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PRINCÍPIOS BÁSICOS DA HOMEOPATIA
*
OS QUATRO PRINCÍPIOS	
1° PRINCÍPIO - O Princípio dos Semelhantes
2° PRINCÍPIO - A Experimentação no Indivíduo Sadio
3° PRINCÍPIO - Medicamento Dinamizado
4° PRINCÍPIO - Medicamento Único
*
1°Princípio
O Princípio dos Semelhantes
Princípio da Similitude ou da Analogia
“Similia Simillibus Curantur”
Hipócrates e Paracelso – utilização empírica
Hahnemann – mecanismo de aplicação e utilização científica na medicina
*
1°Princípio
O Princípio dos Semelhantes
Para melhor compreensão da diferença entre o princípio dos semelhantes e o princípio dos contrários vamos usar uma imagem criada pelo eminente médico Dr. H. A Roberts em seu livro "Os Princípios e a Arte da Cura pela Homeopatia": 
Imaginemos um trem (enfermidade) correndo a uma determinada velocidade; para controlá-lo podemos enviar um trem em sentido contrário (medicamento alopático) ou um trem no mesmo sentido (medicamento homeopático), mas numa velocidade maior e que após o encontro, imprime na Energia Vital um padrão vibratório semelhante e mais forte que o pré-existente 
*
- O calor do fogo cura a queimadura
- O banho frio cura o resfriado
- O ácido cura a gastrite
- O veneno do heléboro cura a cólera 
		
	“Qualquer substância capaz de provocar em um homem sadio, porém sensível , determinados sintomas é capaz de curar, desde que em doses adequadas, um homem que apresente um quadro mórbido semelhante, com exceção das lesões irreversíveis” 	
-Quina na forma extrativa
-Sintomas ~ a malária
-Sensação de frio, dores articulares, febre a cada 3 dias e dor de cabeça que piorava com o vento frio
-Além disso: ansiedade, inquietude e certa melancolia
-Sintomas mentais não eram particulares da malária
-Modificação do estado de saúde:
 Sintomas mentais (ansiedade)
 Sintomas gerais (sensibilidade ao frio)
 Sintomas locais (dores articulares)
*
Patogenesia
Pessoas saudáveis
Substância
dose capaz de perturbar a homeostase orgânica
Sintomas
Sintomas patogenéticos
 
Quina
Dose correta
Doente (corpo e mente)
Influências ambiente natural e social
Simillimum
abrange a totalidade dos sintomas de um homem doente, ou seja, aquele medicamento cuja patogenesia melhor coincidir com os sintomas apresentados pelo doente
É o conjunto de sinais e sintomas, 
objetivos (físicos) e subjetivos (emocionais e mentais), que um organismo sadio apresenta ao experimentar determinada substância medicinal 
*
Princípio da Similitude no 19 do 
Organon da arte de curar
		“Visto que as doenças não são mais do que alterações do estado de saúde do individuo sadio, expressando-se por meio de sinais mórbidos, e a cura, igualmente, só é possível com a conversão deste estado em saúde, vê-se, então, sem dificuldade que os medicamentos não poderiam curar as doenças de modo algum, se não possuíssem a força de alterar o estado de saúde do homem, baseado em sensações e funções e mais: vê-se que unicamente nesta sua força de alterar o estado de saúde é que se deve basear seu poder de cura.”
*
2° Princípio 
Experimentação no Indivíduo Sadio
“Experientia in Homine sano”
Experimentação patogenética, homeopática ou pura
É o procedimento de testar substâncias medicinais em indivíduos sadios para elucidar os sintomas que irão refletir sua ação, para saber quais enfermidades eles estão aptos a curar
*
Efeitos farmacológicos – humano sadio
Não são utilizados teste em animais – cada espécie apresenta reação própria
Exemplo: 
 Beladona - mortal em pequenas doses para um elefante
 - inócua para alguns pequenos animais
 Nux vomica e Acônito – inócuos para suínos e cães
 - mortal para homens
*
*
Experimentação
Experimento pelo método duplo-cego – placebo
Fatores que influenciam
Individuo/Experimentador
Meio ambiente
Medicamento
Observação dos sintomas mentais (ansiedade, medo), da ilusão (alucinações, delírios), dos sonhos (repetição), gerais (calor, frio, umidade), estranhos (dificuldade de engolir líquidos e não sólidos), do paladar, ...
*
Experimentação
Critérios:
Frequência de repetição do sintoma nos experimentadores
Intensidade dos sintomas
Duração dos sintomas
Particularidades e peculiaridades do sintoma
DOSES TÓXICAS: sintomas como diarréias, convulsões, taquicardia, cólicas
DOSES HIPOTÓXICAS: sintomas orgânicos (físicos)
DOSES DINAMIZADAS: sintomas emocionais e mentais
*
Levantamento dos sintomas
MATÉRIA MÉDICA: é a obra que reúne as patogenesias desenvolvidas pelas drogas e medicamentos homeopáticos quando administrados nas suas diferentes doses a individuos sadios e sensíveis
REPERTÓRIO: é a obra que reúne os sinais e sintomas, seguidos pelas drogas e pelos medicamentos em cuja manifestação no homem sadio ele manifesta, ou seja, compilação de todos os sintomas organizados em ordem alfabética
*
3° Princípio
Medicamento Dinamizado
		Medicamento dinamizado é uma substância extraída da natureza, que sofre diluições sucessivas, intercaladas por movimentos vigorosos (agitação/sucussões) e, possui poder curativo devido à sua capacidade de modificar o estado de saúde do individuo sadio.
*
Diluições: 
decimal, centesimal e milesimal
DECIMAL: 1 mL do soluto para 9 mL do solvente, expressas por D1, D2, D3,... D200
CENTESIMAL: 1 mL do soluto para 99 mL do solvente, expressas por 3 CH (centesimal hahnemanniana) , 4 CH, 5 CH, ... 200 CH, 1000 CH (é manual). Após, a milésima diluição usa-se equipamento mecânico – fluxo contínuo (FC)
MILESIMAL: são diferentes. A partir de 1 glóbulo para cada 100 mL de álcool, expressas por 1 LM, 2 LM,...
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Observações
A partir da 30 D, 12 CH e 1 LM – não existe mais molécula da substância original
Potência ou dinamização – definir uma diluição homeopática
Diluição com álcool e água ou glóbulos ou papéis contendo pó
 
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Observações
Formas de administrar:
Dose única: todo o frasco de uma vez
Doses repetidas: 5 a 20 gotas ou 1 a 5 glóbulos em intervalos
Doses alternadas para mais de um medicamento 
 Dinamização – forma simples de extrair o poder curativo dos elementos da natureza afastando seu poder tóxico
Em cada diluição - menos toxicidade (concentração) e mais curabilidade (força)
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4° Princípio 
Medicamento Único
É o medicamento mais semelhante à síndrome sintomática peculiar a cada enfermo
Hahnemann – o desequilíbrio da energia vital do organismo é um só – medicamento único – remédio constitucional ou remédio de fundo
A associação pode destruir a capacidade de reagir ao estímulo medicamentoso – críticas a outros médicos
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ESCOLAS MÉDICAS HOMEOPÁTICAS
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Escolas médicas homeopáticas
Vários métodos de prescrição;
Complexidade da doença
Imprecisão dos sintomas
Desconhecimento dos princípios homeopáticos
Processo de industrialização do medicamento homeopático
Inexistência de patogenesias capazes de cobrir a totalidade dos sintomas
Necessidade de estudos constantes
Experiência clínica individual
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Principais escolas homeopáticas
UNICISMO: único medicamento – totalidade dos sintomas do doente – Hahnemann
 Sephia 12 CH 30 mL – 10 gts, 2X ao dia
PLURALISMO: dois ou mais medicamentos, alternadamente, com o intuito de um completar o outro
 Phosphorus 6CH 30 mL 
 Phytolaca 6CH 30 mL
 5 gts de 2/2 h alternando os medicamentos
 
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Principais escolas homeopáticas
COMPLEXISMO: dois ou mais medicamentos para serem administrados simultaneamente
 Complexismo industrial - produz em larga escala- compostos ou específicos homeopáticos
ORGANICISMO: tratamento de órgãos e sistemas – sintomas imediatos do paciente não levando em consideração os sintomas emocionais e mentais
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PROCESSO SAÚDE-DOENÇA
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Vitalismo
FORÇA VITAL é a energia que governa soberanamentetodos os processos fisiológicos e sensoriais dos organismos vivos, desde o nascimento até a morte, quando ela se extingue
Níveis dinâmicos: mental (pensamento), emocional (sentimento) e físico (ação) – integração através da força vital
Promotora do equilíbrio orgânico ou saúde/doença
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Energia Vital
Quando sua Energia Vital vibra harmonicamente, encontra-se em perfeito estado de saúde, ou seja, não se observam sinais e sintomas, tanto nos planos físico, emocional ou mental. Isso significa que ele está apto a se realizar como Ser Humano porque pode usufruir livremente da inteligência para dirigir sua vontade e manter-se em estado de saúde. 
Quando a Energia Vital se desequilibra, começa a aparecer um conjunto de reações, muitas vezes imperceptível se não estivermos atentos. Inicialmente ao nível da imaginação, com sonhos desagradáveis ou sensações desconfortáveis, a seguir, sintomas ao nível emotivo-efetivo como por ex. fobias, inseguranças, ciúmes, desconfianças, tristezas indefinidas, 
 posteriormente surgem os sintomas físicos. 
Por que a Energia Vital se desequilibra? Conflitos internos, ações incorretas, estão no cerne desse desequilíbrio, isto é, o emprego inadequado da vontade, das escolhas como Ser Humano. Nos animais e nas plantas as doenças ocorrem principalmente devido às alterações no meio ambiente provocadas, em geral, pelo próprio Homem.
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Leis da cura
DO INTERIOR PARA O EXTERIOR - os sintomas devem desaparecer na ordem inversa do seu aparecimento – dos órgãos mais nobres para os menos nobres
DE CIMA PARA BAIXO: da cabeça para os membros
DA MENTE PARA O CORPO
DO SINTOMA ATUAL PARA O MAIS ANTIGO
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Semiologia Médica Homeopática
Conceito dos Sintomas Homeopáticos
Semiologia: estudo de sinais e sintomas. 
Segundo Hahnemann, os sintomas são “uma manifestação anômala na maneira de sentir e de operar da parte do organismo acessível aos sentidos do observador e do médico”, “produzidos pela desarmonia da força vital que provoca as desagradáveis sensações que experimenta o organismo e o impele a reações anormais que conhecemos com o nome de enfermidade”. 
Para Carrol Dunham, sintomas “são tudo o que distingue o homem diante de si mesmo, quando não está doente”. 
Os sintomas não são outra coisa que a expressão da perturbação da força vital. 
Os sintomas são distintos graus das características anímicas do estado psíquico normal. 
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Semiologia Médica Homeopática
Classificação dos Sintomas Homeopáticos
 1- Segundo quem sente ou perceba os sintomas seja o paciente ou o observador. {Objetivos /Subjetivos} 2 - Segundo a localização que apresentem nas diversas esferas orgânicas. {Mentais / Gerais / Locais}     3 - Segundo a maior ou menor freqüência com que habitualmente se apresentam na população enferma. {Comuns/Patognomônicos/Característicos/Peculiares/Raros}
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Classificação das doenças
Alopatia 
 Doenças agudas e crônicas – tempo de duração
Homeopatia 
 Doenças agudas são na maioria das vezes manifestações mais intensas da doença crônica
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Doenças crônicas
Miasmas ou Diásteses
São perturbações mórbidas, permanentes e progressivas da Força Vital, somente pelo medicamento mais semelhante ou simillimum
“Se para curar era somente necessário achar o medicamento mais similar possível de que valeria uma multidão de conceitos imprecisos e filosóficos durante o ato terapêutico, perguntavam-se atônitos os médicos homeopatas que entravam na homeopatia vindos da escola médica clássica. Aliás, este é um quadro relativamente atual quando observamos que ainda hoje a formação médica clássica não dota os médicos de uma compreensão correta de organismo. Estudamos uma parte do complexo funcionamento corporal, compreendemos segmentos da patologia humana através do estudo de órgãos, pesquisamos a etiopatologia das enfermidades de forma fragmentada e jamais ensinada a debruçar sobre a imagem do misterioso organismo dinâmico - com suas maravilhosas intercorrelações, ritmos e sinergismos - para realmente pensar sobre aqueles que deveriam ser os fundamentos da arte médica: saúde e vida. De certa forma os miasmas e as oscilações desencadeadas pelas patogenesias sobre os sujeitos permitem que os estudos destas potencialidades vitais ocorram  na prática”. 
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Doenças crônicas
Miasmas ou Diásteses
Hahnemann identificou estados (marcadores miasmáticos) que condicionam o organismo a apresentar certas enfermidades: 
 - Psora
 - Sycosis
 - Syphilis
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Miasmas
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Semelhança entre psora e alergia
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Semelhança entre psora e alergia
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Psora
É a enfermidade básica de todas as doenças agudas ou crônicas quando a força vital reage lentamente
Plano existencial: indecisão existencial – por que eu nasci?
Plano mental: ansiedade com dificuldade para agir
Plano emocional: carência afetiva, sente-se abandonado
Plano fisiológico: irritabilidade celular, filtração lenta das toxinas
Plano físico: prurido, alergias, inflamações, intoxicações
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Sycosis (Sicose)
É a reatividade acelerada da força vital produzindo sintomas defensivos
Plano existencial: auto estima elevada
Plano mental: empreendedor, perfeccionista
Plano emocional: desconfiança exageraa
Plano fisiológico: metabolismo celular acelerado
Plano físico: verrugas, tumores, cistos
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Syphilis
É o enfraquecimento da força vital produzindo sintomas auto-destrutivos
Plano existencial: auto estima baixa
Plano mental: criativo, aptidões artísticas
Plano emocional: apatia, indiferença
Plano fisiológico: metabolismo celular lento
Plano físico: úlceras, feridas, necroses
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Prognóstico Clínico Dinâmico
PRÓ = antes + GNOSIS= reconhecer. Ou seja, é a arte de predizer o progresso e o fim da enfermidade. (Dr. Maffei - médico patologista) São, na verdade, um conjunto de observações que homeopatas clássicos fizeram correlacionando a primeira prescrição do medicamento, o que se deve esperar de evolução do caso com o estado do paciente. Utilíssimos, mas que exigem boa observação de seus pacientes e um melhor relato nos animais. Diferem do prognóstico em outras terapêuticas pelo fato de que, embora o clínico não saiba com certeza o que esperar de reação do paciente depois que o medicamento é dado, sabe o que fazer com os resultados desta medicação nele.  Pode dar uma falsa sensação de insegurança ao clínico, mas com certeza dá a ele um campo de ação muito maior, já que mesmo em casos clinicamente incuráveis há a possibilidade de melhoria das condições do paciente. I. Funcional = manifestações sensoriais, alterações bioquímicas; II. Lesional Leve = alterações em órgãos e tecidos não vitais; III. Lesional grave = alterações em órgãos e tecidos vitais; IV. Incurável = alterações tão graves e profundas em órgãos e tecidos vitais (incluindo alterações mentais) que são irreversíveis. 
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Prognóstico Clínico Dinâmico
Sempre lembrar que incurável é a lesão e não o ser que está sendo tratado. E isto significa que mesmo num paciente incurável o uso de um medicamento bem elegido é útil. E ainda segundo Elizalde, no caso de ser dado o simillimum: I. Funcional = melhoram os sintomas mentais, gerais e funcionais com sensação subjetiva de bem estar geral. Ocorre, portanto uma melhora suave, progressiva e sem agravações. II. Lesional Leve = agravação curta e forte, seguida de rápida melhoria. III. Lesional Grave = agravação prolongada, seguida de lenta e segura melhoria. IV. Incurável = a deterioração energética chegou ao máximo, por isso a tentativa do organismo equilibrar-se foi levada às últimas possibilidades, não existindo nada para curar e, portanto não há agravação, e se espera uma paliação com melhora dos sintomas idiossincrásicos (os próprios do doente) e morte em ataraxia (bem estar).
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Prognóstico Clínico Dinâmico
As 12 observações prognósticas de Kent - são as situações que ocorrem após ter sido medicado pela primeira vez o paciente. SegundoKent, na lição XXXV de seu livro, "Filosofia Homeopática”: 
 "Depois de feita a prescrição, o médico começa a observar. Todo o futuro do paciente pode depender das conclusões a que chega a partir destas observações, e de sua ação, o bem do paciente. Se não entende o significado do que vê, atuará de maneira equivocada, fará prescrições erradas, mudará os medicamentos, agirá enfim, em detrimento do paciente. Não há um caminho a seguir e não é capaz de substituir a inteligência". 
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Prognóstico Clínico Dinâmico
As mudanças estão começando. Com que se parecem? O que significam? A que conduzem? Ao escutar o relato do paciente (no caso de veterinários, tanto o relato do proprietário, como sua própria observação), o médico precisa saber o que está acontecendo. Sabe-se que remédio está atuando pela mudança dos sintomas. O desaparecimento de sintomas, o aumento de sintomas, a melhoria de sintomas, a ordem dos sintomas, constituem mudanças provocadas pelo remédio, e estas mudanças devem ser estudadas.² Uma das coisas mais comuns que os remédios fazem é agravar ou melhorar. I. Observação - Prolongada agravação seguida de aniquilamento final do paciente-”o antipsórico era muito profundo e produziu uma destruição, a reação vital era impossível, pois era incurável."  Também pode ter ocorrido que a potência era muito alta para a fraca reação. É recomendável a 30C ou 200C (Kent). Nestes casos geralmente o paciente chegou tarde demais para ser tratada, sua energia não agüenta mais nem se manter. O que não impede de dar-lhe um remédio que lhe seja paliativo, segundo Elizaldi e Roberts, deve-se medicar pelos sintomas mais atuais. Alguns estudiosos da Homeopatia dizem que nunca um remédio bem elegido poderia fazer mal. Outros, que se a dose não for suave o suficiente, a agravação pode até matar o paciente. Enquanto não se chega a um consenso, é interessante seguir a indicação de Kent de dosagens. Também há de se ter cuidado de se julgar incurável um caso que não o é, e que cai na observação seguinte. 
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Prognóstico Clínico Dinâmico
II. Observação - Longa agravação, mas seguida de lenta melhoria final. Indica paciente lesional grave em órgãos ou tecidos vitais, mas ainda com energia suficiente para se recompor. Podem durar meses e anos as agravações prolongadas. "É necessária muita paciência, tanto do médico quanto do enfermo, para só repetir a dose quando voltarem os sintomas pelo qual se prescreveu”.São casos em que a boa observação do veterinário é fundamental, para saber ver o que está acontecendo e não mudar o medicamento que está sendo dado, desnecessariamente. Neste tipo de caso as chances maiores de um tratamento dar certo é em proprietários homeopatizados, pois por conhecerem na prática como funciona a Homeopatia, terão mais paciência para esperar os resultados quando estes forem mais lentos. III. Observação - Agravação imediata, curta e forte, seguida de rápida melhoria do paciente- “Sempre que virmos uma agravação que surge rapidamente, que é curta e mais ou menos intensa, verificaremos que a melhoria do paciente será duradoura. A melhoria será acentuada, pois a reação do organismo é vigorosa e não há nenhuma tendência para alterações estruturais em órgãos vitais. Qualquer alteração estrutural eventualmente presente estará a nível de superfície, em órgãos que não são vitais; haverá a formação de abcessos e freqüentemente glândulas não essenciais poderão supurar em regiões que não implicam risco de vida para o paciente. Estas alterações orgânicas são do tipo superficial." Acontece quando o paciente é lesional leve. Preconiza-se não interferir a não ser que seja demasiadamente incômoda ao paciente ou ao proprietário (no nosso caso, é o proprietário quem menos suporta a agravação de seu animal.) Em humanos, é a agravação que ocorre poucas horas após a tomada do medicamento, no caso das doenças agudas, ou durante os primeiros dias, em casos crônicos. No caso de veterinários essa referência é um pouco complicada, porque cães e gatos têm um limiar à dor e ao desconforto da doença maior que os humanos. Então às vezes não observamos as agravações, mas mesmo assim conseguimos avaliar a sensação de bem estar que vem com a melhoria da doença. IV. Observações - Ocorrem curas muito satisfatórias sem agravações - Nesta hipótese, o paciente tomou um medicamento bem escolhido e é um paciente só funcional, não existia doença orgânica e nem tendência para tal. "Em curas que ocorrem sem qualquer agravação, sabemos que a potência é adequada e que o remédio é o remédio curativo, desde que os sintomas desapareçam e a saúde retorne de maneira ordenada" ². Ordenada, segundo Kent, significa que a cura deve seguir as suas leis. V. Observação - Primeiro melhora, e depois ocorre agravação-Depois de dada a medicação, o paciente se sente muito bem, mais passado 4 a 5 dias ou uma semana, ele está pior do que estava antes de começar o  tratamento. Segundo Kent, "Não é raro nos casos graves, nos casos com uma grande quantidade de sintomas; mas diga-se o que se disser, a situação é desfavorável”.”Nesse caso, ou o remédio era só superficial e só podia agir como paliativo ou o paciente era incurável, apesar do remédio ser de alguma forma adequado”.Deve-se reavaliar o caso para se saber qual das duas situações está ocorrendo. De qualquer forma, se espera esse tipo de situação em doentes de lesionais graves a incuráveis 
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Prognóstico Clínico Dinâmico
VI. Observação - Alívio demasiadamente curto dos sintomas. Quando isso ocorre, ou algo no dia a dia do paciente está atrapalhando a ação do medicamento ou as alterações nos órgãos é tão profundo que são incuráveis ou estão se encaminhando para tal situação. VII. Observação - Melhoria total dos sintomas, sem haver, no entanto alívio especial para o paciente. Existem condições físicas que fazem com que sua melhora vá até certo ponto. Defeitos congênitos, falta de algum órgão, lesões irreversíveis. Segundo Kent "Ele é paliado neste caso e esta representa uma paliação conveniente pelos remédios homeopáticos”.Isto também significa que, mesmo que o corpo não possa mais se curar, a procura pelo medicamento mais adequado para o paciente deve ser feita, pois o alivia. VIII. Observação - Alguns pacientes reagem a todos remédios que tomam-Pacientes hipersensíveis. Para Kent, "são pacientes com tendência a histeria, superexcitados e hipersensíveis a todas as coisas. Diz-se que o paciente tem uma idiossincrasia a tudo e estes hipersensíveis são freqüentemente incuráveis". Não é uma situação que ocorra com freqüência, mas são experimentadores natos em humanos, exatamente por reagirem a todas substâncias que tenham contato, mostrando uma rica sintomatologia. Como hipótese, poderia dizer que pelo limiar alto que cães e gatos tem à dor e ao desconforto, seria mais improvável de se encontrar entre eles tipos hipersensíveis. IX. Observação - Ação dos medicamentos sobre os experimentadores-Aqui Kent se referia a humanos que experimentam substâncias para se descobrir ou comprovar suas qualidades curativas. X. Observação - Novos sintomas que aparecem após a tomada do remédio-Segundo Hahnemann, nos §179 do Organon, 6ª edição, "Em casos mais freqüentes, porém, o medicamento que, então foi escolhido em primeiro lugar pode ser apenas em parte adequado, isto é, não exatamente adequado, pois não houve um número significativo de sintomas que orientasse a escolha acertada". §180 "É, então, que o medicamento, na verdade tão bem escolhido quanto possível, mas imperfeitamente homeopático pelos motivos já ponderados, em seu efeito contra a doença que lhe é apenas parcialmente semelhante - como no caso referido acima, em que a escassez de meios de cura homeopáticos torna por si só imperfeita a escolha - vai causar distúrbios secundários e diversos fenômenos de sua própria série de sintomas se misturam com o estado de saúde do doente, os quais, contudo, são, ao mesmo tempo, sintomas da própria doença, embora, até então, nunca ou raramente terem sido percebidos; surgirão ou desenvolver-sesão intensamente fenômenos que o doente há pouco tempo antes absolutamente não percebia ou percebia apenas vagamente". §181 "Não se objete que os distúrbios agora surgidos e os novos sintomas dessa doença ocorrem por conta do medicamento que acabou de ser usado. Tais distúrbios provêm dele*; são, porém, apenas certos sintomas cujo aparecimento dessa doença também já era capaz de produzir por si nesse organismo e que o medicamento - na qualidade de autoprodutos de sintomas semelhantes - somente atraiu e fez aparecer. Em uma palavra, tem-se que considerar tudo o que agora, seguramente, passou a ser á própria doença, como o verdadeiro estado atual e tratá-lo, futuramente, de acordo com ele”. *Quando sua causa não foi um erro importante no regime de vida, uma paixão intensa ou um fenômeno tumultuoso no organismo, como o início ou a parada de regras, concepção, parto, etc. Enfim, segundo Kent, ”se um grande número de novos sintomas aparecer depois da administração de um remédio, a prescrição geralmente se mostrará desfavorável. De vez em quando o aparecimento de um novo sintoma representará simplesmente um sintoma antigo que ressurge, que o paciente não havia observado e pensa que é novo. Quanto maior a série de sintomas novos que aparece depois da administração de um remédio, tanto maior dúvida haverá quanto ao acerto da prescrição”. Porém, duas situações podem estar ocorrendo: os sintomas que aparecem são sintomas do paciente, que o medicamento que está sendo dado deveria cobrir e não cobre. Deve-se, então, procurar um medicamento mais adequado, ou - está sendo dada dose excessiva do medicamento e o paciente está mostrando sintomas do medicamento e não os dele.
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Prognóstico Clínico Dinâmico
XI.  Observação - Retorno de sintomas antigos-Segundo Kent, "uma doença é curável na exata proporção que retornam sintomas antigos que há longo tempo haviam desaparecido. Eles desapareceram simplesmente porque outros mais novos surgiram”.São as Leis de cura se cumprindo. XII. Observação - Sintomas tomam a direção errada-Kent fala aqui de situações em que "logo o médico se dá conta de que houve um deslocamento da periferia para o centro e o remédio precisa ser  imediatamente antidotado, porque senão se produzirão alterações estruturais na nova localização." Estes são os casos de supressão. Kent fala que "há um grande perigo em se selecionar um remédio baseado unicamente nos sintomas externos, isto, é, em se selecionar um remédio que só tenha correspondência com a pele, ignorando todos os demais sintomas que o paciente possa ter, ignorando a economia como um todo e o estado geral do paciente; porque é verdade que aquele remédio que só tem relação com a pele, pode conduzir para o interior a doença da pele, fazendo-a desaparecer, embora o próprio paciente não esteja curado. Tal paciente continuará doente até que aquela erupção retorne ou se localize em outro lugar”.Ou seja, a doença se aprofunda.

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