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Mioma Uterino (livro ginecologia fundamental + anotações da aula + internet) Conceito dados em aula: - Mioma uterino é uma neoplasia benigna, constituída de músculo liso associado a estroma de tecido conjuntivo, sendo que estes componentes podem estar em proporções variáveis. - É a neoplasia mais frequente do útero (na verdade é a neoplasia mais frequente da mulher!). - É muito raro (disse 0,3% em aula) que o mioma de origem a um tumor maligno (pode acontecer, mas “praticamente” o mioma não origina câncer) Sinônimos: Atualmente os termos mais aceitos para descrever essa neoplasia são: leiomioma uterino ou simplesmente mioma uterino. Mas outros nomes “inapropriadamente” usados são: fibroma, fibromioma, leiomiofibroma, fibroleiomioma, escleroma, fibróides, etc. Epidemiologia: - Neoplasia mais frequente da mulher, (95% dos tumores do sistema genital feminino) - 20-25% das mulheres no menacme tem mioma; - A frequência máxima é entre 25-50 anos (faixa etária em que são feitos a maioria dos diagnósticos, esse intervalo de tempo tem relação com o estrogênio, pois o mioma é um tumor estrogênio dependente) - Frequente em virgens, nulíparas, estéreis e em mulheres da raça negra (9x mais frequente); (quem nunca engravidou tem mais chance de apresentar, pois como já disse são tumores estrogênio dependentes). - Muitas vezes o mioma será muito pequeno, sem expressão clínica, e a mulher “morre sem saber que teve” (achado apenas na necropsia) Etiologia: - “a etiologia ainda permanece mal explicada/compreendida”, porem já se sabe algumas coisas... - Tem origem no miométrio (ou seja, tem origem muscular! Acredita-se que não necessariamente uma fibra já pronta, pode vir de ninhos de células embrionárias). - Existe uma predisposição genética para o mioma (miomas tem determinação genética) - Hormônios com GH, HPL (hormônio lactogênico placentário) parecem influenciar no crescimento do tumor; - São tumores ESTROGÊNIO dependentes!! (isso é o mais importante! Os miomas parecem ter mais receptores para estrogênio que o miométrio normal ) - IGF- 1 também parece influenciar no crescimento dos miomas. Anatomia patológica: * Macroscopia: - Crescimento se inicia a partir do miométrio; - Os miomas se apresentam como massas de aspecto nodular, brancacentas, e tem consistência endurecida. (isso porque geralmente predomina tecido conjuntivo fibroso, mas se o predomínio for de fibras musculares o mioma pode ser mais rosado e não tão endurecido) - Geralmente são múltiplos (não é comum encontrar um mioma só, geralmente a mulher tem “alguns” miomas no útero, mas pode sim existir apenas um) - O local mais frequente é no corpo do útero (a imensa maioria, 98%). Pode aparecer no colo, mas é pouco frequente. * Microscopia: - Apresentam pseudocápsula; - São compostos por fibras musculares lisas distribuídas de forma espiralada associadas a tecido conjuntivo fibroso; as mitoses são raras. - São massas pouco vascularizadas (massas pobres em vasos sanguíneos; pequenos vasos) ● Degenerações: (o mioma pode sofrer degenerações...) - hialina (mais comum, torna o mioma amolecido) - cística (Tb frequente, resultado de liquefação de áreas previamente hialinizadas, com formação de coleções líquidas) - vermelha ou carnosa ou rubra (devido a ter muito tecido muscular, mais frequente na gravidez) - mixomatosa (edema) - mucóide (depósito de mucina, cistos preenchidos com material gelatinoso) - gorda / gordurosa (pouco frequente, lipídeos no interior das fibras musculares) - calcificação (focos de calcificação, também frequente) - sarcomatosa (ou maligna! 0,3%, raro! Da origem ao leiomiosarcoma) Formas Anatomo-Clínicas: ● Mioma no colo uterino (muito raro, < 3%) ● Mioma no corpo do útero (é a forma mais comum) Conforme a localização predominante do mioma podemos classificá-lo em: - Subseroso (55%, abaixo da serosa) - Intramural (40%, na intimidade do miométrio) - submucoso (5%, logo abaixo do endométrio, intima relação com esse) ● ● a) b) ● ● ●
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