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1 www.wendley.com/ufc wendley@ufc.br DESENHO PARA ENGENHARIA – UFC – 2008.1 – PROF. WENDLEY NOTA DE AULA No. 01 TÓPICOS Introdução ao curso, materiais necessários, definições básicas, classificação dos desenhos e formatação do papel UNIDADE Introdução 1. Introdução ao curso � Apresentação e discussão do plano de ensino da disciplina. � Aprendizado cognitivo. � Sistema de avaliação e notas. 2. Materiais necessários Com o uso cada vez mais freqüente do computador no auxílio na elaboração de desenho, parte dos instrumentos convencionais deixou de ser usado. Apenas alguns deles ainda continuam sendo úteis na preparação de rascunhos e esboços. A seguir listamos aqueles ainda úteis: � Lápis 0,5 ou 0,7mm HB; � Borracha; � Compasso; � Transferidor; � Par de esquadros simples; � Régua graduada (preferencialmente escalímetro) Estes instrumentos devem ser adquiridos por cada aluno. Neste tópico, serão apresentados alguns dos instrumentos, acessórios e materiais convencionais, com comentários sobre seus usos atualmente, após o surgimento de meios computacionais usados com a mesma finalidade e os instrumentos, acessórios e materiais utilizados atualmente. 3. Definições básicas O desenho técnico é uma forma de expressão gráfica que tem por finalidade a representação de forma, dimensão e posição de objetos de acordo com as diferentes necessidades requeridas pelas diversas modalidades de engenharia e também da arquitetura. Utilizando-se de um conjunto constituído por linhas, números, símbolos e indicações escritas normalizadas internacionalmente, o desenho técnico é definido como linguagem gráfica universal da engenharia e da arquitetura. Assim como a linguagem verbal escrita exige alfabetização, a execução e a interpretação da linguagem gráfica do desenho técnico exigem treinamento específico, porque são utilizadas figuras planas (bidimensionais) para representar formas espaciais. 2 www.wendley.com/ufc wendley@ufc.br Conhecendo-se a metodologia utilizada para elaboração do desenho bidimensional é possível entender e conceber mentalmente a forma espacial representada na figura plana. Na prática pode-se dizer que, para interpretar um desenho técnico, é necessário enxergar o que não é visível e a capacidade de entender uma forma espacial a partir de uma figura plana é chamada visão espacial. O que é “visão espacial”? Visão espacial é um ‘dom’ que, em princípio, todos temos; dá a capacidade de percepção mental das formas espaciais. Perceber mentalmente uma forma espacial significa ter o sentimento da forma espacial sem estar vendo o objeto. Por exemplo, fechando os olhos pode-se ter o sentimento da forma espacial de um copo, de um determinado carro, da sua casa etc. Ou seja, a visão espacial permite a percepção (o entendimento) de formas espaciais, sem estar vendo fisicamente os objetos. Apesar da visão espacial ser um dom que todos têm, algumas pessoas têm mais facilidade para entender as formas espaciais a partir das figuras planas. A habilidade de percepção das formas espaciais a partir das figuras planas pode ser desenvolvida a partir de exercícios progressivos e sistematizados. O desenho (técnico) e a Engenharia Nos trabalhos que envolvem os conhecimentos tecnológicos de engenharia, a viabilização de boas idéias depende de cálculos exaustivos, estudos econômicos, análise de riscos etc. que, na maioria dos casos, são resumidos em desenhos que representam o que deve ser executado ou construído ou apresentados em gráficos e diagramas que mostram os resultados dos estudos feitos. Todo o processo de desenvolvimento e criação dentro da engenharia está intimamente ligado à expressão gráfica. O desenho técnico é uma ferramenta que pode ser utilizada não só para apresentar resultados como também para soluções gráficas que podem substituir cálculos complicados. Apesar da evolução tecnológica e dos meios disponíveis pela computação gráfica, o ensino de Desenho Técnico ainda é imprescindível na formação de qualquer modalidade de engenheiro, pois, além do aspecto da linguagem gráfica que permite que as idéias concebidas por alguém sejam executadas por terceiros, o desenho técnico desenvolve o raciocínio, o senso de rigor geométrico, o espírito de iniciativa e de organização. Assim, o aprendizado ou o exercício de qualquer modalidade de engenharia irá depender, de uma forma ou de outra, do desenho técnico. 3 www.wendley.com/ufc wendley@ufc.br 4. Classificação dos desenhos O desenho não é necessariamente um fim em si mesmo, podendo vir a assumir uma função. Entre as várias modalidades de desenho, incluem-se: • Desenho técnico - uma forma padronizada e normatizada de desenho, voltado à representação de peças, objetos e projetos inseridos em um processo de produção. • Desenho arquitetônico - desenho voltado especialmente ao projeto de arquitetura. • Ilustração - um tipo de desenho que pretende expressar alguma informação, normalmente acompanhado de outras mídias, como o texto. • Croquis ou esboço - um desenho rápido, normalmente feito à mão sem a ajuda de demais instrumentos que não propriamente os de traçado e o papel, feito com a intenção de discutir determinadas idéias gráficas ou de simplesmente registrá-las. Normalmente são os primeiros desenhos feitos dentro de um processo para se chegar a uma pintura ou ilustração mais detalhada. 4.1 Classificação O desenho técnico é classificado: quanto aos aspectos geométricos, quanto ao grau de elaboração, quanto ao grau de pormenorização, quanto ao material empregado, quanto à técnica de execução e quanto ao modo de obtenção. Aspectos Geométricos Quanto aos aspectos geométricos, o desenho técnico se classifica em desenho projetivo: vistas ortográficas e perspectivas; desenho não projetivo: diagramas, esquemas, ábacos ou nomograma, fluxogramas, organogramas e gráficos; Grau de Elaboração Quanto ao grau de elaboração, o desenho técnico se classifica em esboço, desenho preliminar, croqui e desenho definitivo. Grau de Pormenorização Quanto ao grau de pormenorização, o desenho técnico se classifica desenho de componente, desenho de conjunto e detalhe. Material Empregado Quanto ao material empregado, o desenho técnico se classifica em desenho a lápis, desenho a giz, desenho a lápis a carvão, desenho com computador ou com outro material adequado. Técnica de Execução Quanto à técnica de execução, o desenho técnico se classifica em desenho à mão livre, com instrumentos ou à máquina. Modo de Obtenção 4 www.wendley.com/ufc wendley@ufc.br Quanto ao modo de obtenção, o desenho técnico se classifica em original e reprodução. 5. Formatação do papel Os formatos de papel para a execução dos desenhos técnicos são padronizados. A série mais usada de formatos é originária da Alemanha e conhecida como série DIN-A (Deutsch Industrien Normen-A), cuja base é o formato A0 (A no. Zero), constituído por um retângulo de 841 mm x 1189 mm = 1m², aproximadamente. O padrão internacional: ISO 216 O padrão internacional para tamanho de papéis ISO 216 é baseado no padrão alemão DIN. Partindo do sistema métrico, o formato-base é uma folha de papel medindo 1 m² de área (A0). O grande trunfo é a proporção entre os lados do papel, a mesma em todos os tamanhos do padrão,aproximadamente igual a 1 (raiz quadrada de 2, igual a 1,4142…), que tem a propriedade de se manter quando a folha é cortada pela metade ou dobrada. Sucessivos cortes definem a série A de tamanhos A1, A2, A3, A4…, cujas medidas são arredondadas na ordem dos milímetros. Manter a mesma proporção entre diferentes tamanhos, propriedade inexistente nos formatos tradicionais de papel, facilita a ampliação e redução de um tamanho para o outro e a confecção de folhetos e brochuras com duas páginas em cada folha, na qual o tamanho do papel deve ser, na série, de uma ordem acima do tamanho da página, p.ex., folhas A3 são dobradas para fazer brochuras A4. Onde vigora o padrão ISO, a grossura e densidade de um papel é expressa em gramas por metro quadrado (g/m²), unidade batizada de gramatura e padronizada na norma ISO 536. Gramaturas comuns no dia-a-dia são 75g/m² e 90g/m². FORMATO DIN / ISO 216 Série Principal (Medidas em mm) Símbolos Dimensões A 0 841 x 1189 A 1 594 x 841 A 2 420 x 594 A 3 297 x 420 A 4 210 x 297 A 5 148 x 210 A 6 105 x 148 A 7 74 x 105 A 8 52 x 74 A 9 37 x 52 A 10 26 x 37 A 11 18 x 26 A 12 13 x 18 Figura 1 – Formatos de papel na série DIN-A
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