Buscar

Atualidades do SUS Cartão SUS, Acolhimento e Farmácia Popular

Prévia do material em texto

21/04/2018 AVA UNINOVE
https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 1/6
Atualidades do SUS: Cartão SUS,
Acolhimento e Farmácia Popular
SEGUNDO AS DETERMINAÇÕES DO MINISTÉRIO DA SAÚDE, O ?NÍVEL FEDERAL? DEVE COLOCAR À 
DISPOSIÇÃO DOS DEMAIS GESTORES INSTRUMENTOS QUE POSSAM ESTIMULAR, SUBSIDIAR E DAR
SUPORTE À 
ADMINISTRAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DOS SISTEMAS ESTADUAIS E MUNICIPAIS E ÀS
TRANSFORMAÇÕES DO 
MODELO E REORGANIZAÇÕES DOS SISTEMAS E REDES DE ATENÇÃO? E, SOB TAL ENFOQUE, O CARTÃO
NACIONAL DE SAÚDE É UM DESSES INSTRUMENTOS.
Introdução
Segundo as determinações do Ministério da Saúde, em artigo de difusão 
técnico-científica, no qual são feitos alguns apontamentos acerca da relação entre conceito 
e ações para promoção da saúde e reorientação do modelo de atenção, o "nível federal deve colocar à
disposição dos demais gestores instrumentos que possam estimular, subsidiar e dar suporte à
administração e aperfeiçoamento dos sistemas estaduais e municipais e às transformações do modelo e
reorganizações dos sistemas e redes de atenção", e, sob tal enfoque, o Cartão Nacional de Saúde é um desses
instrumentos. 
Da mesma forma, o acolhimento do cidadão nas unidades de saúde deve ser entendido como instrumento
extremamente importante para viabilizar o processo de inclusão dos usuários dos serviços de saúde
proposto pelo SUS. Acolher significa, entre outras coisas, "dar crédito a? dar ouvidos? tomar em
consideração", tendo como objetivo principal o oferecimento da assistência adequada.
Ainda nessa direção, apontamos a Farmácia Popular, programa montado a partir de 
parcerias estabelecidas entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), órgão do Ministério da Saúde e executora
do programa e laboratórios farmacêuticos públicos ou do setor privado, quando necessário, que visa
disponibilizar vários medicamentos a baixo custo.
Cartão Nacional de Saúde ou Cartão SUS
01 / 05
21/04/2018 AVA UNINOVE
https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 2/6
O Cartão SUS está fundamentado na necessidade de identificação individualizada dos 
usuários. Segundo seus idealizadores, a partir de um Cadastro do SUS, baseado no número do Programa de
Integração social (PIS) e do Programa de Assistência ao Servidor público (PASEP), cada cidadão terá um
cartão identificador de abrangência nacional. A introdução desse mecanismo de registro vem atender à
necessidade apresentada, qual seja, conhecer o fluxo dos usuários entre os diversos serviços de saúde, na
medida em que são associadas às informações sobre os atendimentos ou ações de saúde à clientela atendida
nos diversos níveis do sistema. Ao vincular a informação ao usuário (e não ao procedimento), torna-se 
possível o cruzamento de dados entre os sistemas e prestadoras, ampliando-se a capacidade de controle e
auditoria.
De fato, os sistemas de informações de base nacional atualmente existentes captam, 
primeiramente, informações referentes aos eventos da vida relacionados à saúde: nascimentos, ações
assistenciais, ocorrências de agravos, diagnósticos, terapias e óbitos. Entretanto, nenhum desses sistemas
consegue identificar a clientela do Sistema Único de Saúde – SUS e explicar sua vinculação a um gestor
sanitário ou a cobertura pretendida pelas ações praticadas.
Nesse sentido, o Cartão Nacional de Saúde tem como objetivo a modernização dos 
instrumentos de gerenciamento da atenção à saúde e sua característica principal é a possibilidade de
identificação dos usuários. Para tanto, será utilizado o Cadastro Nacional dos usuários, baseado no número
do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Assistência ao Serviço Público (PASEP). Cada
cidadão deve receber um Cartão identificador que identificará o usuário em todos os seus contatos com o
SUS e acompanhará a sua evolução dentro do sistema, com efeitos na atenção individual e no planejamento
das ações em saúde. Em relação aos sistemas de informações de base nacional, essa identificação permite a
integração entre os eventos de vida e as ações desenvolvidas e a avaliação de processo e impacto dessas
ações.
O Cartão Nacional de Saúde é um cartão magnético que identifica nacionalmente todos os usuários do SUS.
Sendo utilizado para a operacionalização do Sistema Nacional de Informação em Saúde (SNIS), que consiste
de um sistema padronizado e articulado de informações, que visa subsidiar as ações em saúde, que contém
informações sobre profissionais, unidades de saúde e procedimentos em saúde.
O SNIS permite a identificação do usuário do SUS, registro de informações sobre o 
histórico clínico deste, agilidade no agendamento de consultas e exames, encaminhamento a outras
Unidades de Saúde, além do controle do acesso a medicamentos. Possibilita ainda um melhor
monitoramento da rede assistencial, do fluxo de usuários e das necessidades de saúde dos cidadãos,
subsidiando as ações de planejamento e programação de saúde e permitindo maior integração das
atividades de assistência à saúde. A utilização do cartão é simples, funciona como se fosse um cartão
eletrônico de banco.
02 / 05
21/04/2018 AVA UNINOVE
https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 3/6
Acolhimento
Podemos definir Acolhimento como uma técnica de escuta qualificada para o 
gerenciamento do fluxo do usuário dos serviços de saúde, visando a efetivação do princípio da
Resolutividade. Sendo necessariamente um ato coletivo, uma estratégia que visa a ampliação do acesso à
assistência integral, com abordagem de risco e vulnerabilidade, um diálogo construído dentro do serviço
com os profissionais de saúde e com a comunidade, fortalecendo o poder de participação dos usuários,
enquanto sujeitos ativos do processo.
O Acolhimento surge como uma estratégia para promover mudanças na organização do processo de
trabalho e propõe uma recepção técnica com escuta qualificada por profissionais da equipe de saúde, para
atender a demanda espontânea que procura os serviços, com o objetivo de identificar risco/vulnerabilidade
no adoecer e, desta forma, orientar, priorizar e decidir sobre os encaminhamentos necessários para a
resolução do problema apresentado pelo usuário. Visa potencializar o conhecimento técnico e agregar
resolutividade na intervenção dos diversos profissionais de saúde, promovendo o vínculo e a
responsabilidade com o usuário dos serviços. O Acolhimento está fundamentado na necessidade de
melhoria da qualidade de atenção à saúde.
No entanto, para que o profissional de saúde reconheça as reais necessidades dos 
usuários e estabeleça o Acolhimento na rede de serviços, há necessidade de conhecer os 
fluxogramas (figuras) assistenciais, rotinas e orientações para as queixas e problemas mais 
freqüentes que surgem no atendimento à demanda espontânea nas unidades de saúde, de 
acordo com os ciclos de vida e temas transversais, devendo ser destacadas as dimensões 
biológicas e sociais no processo saúde-doença, as quais devem ser consideradas na identificação de risco e
vulnerabilidade para priorização da atenção, bem como ações e orientações de prevenção e diagnóstico
precoce que devem ser oferecidas pelos profissionais de saúde no momento do acolhimento.
O Acolhimento estabelece que o profissional de saúde deve fazer e, para fazer, tem que saber. Estes
profissionais têm extrema importância nas ações de acolhimento porque são eles que recebem o usuário,
conhecem os cuidados e podem tomar decisões. Para tanto, se faz necessário que nos locais de trabalho
haja espaços para discussões coletivas de casos, do processo de trabalho e adequação das normas,
protocolos e orientações à realidade local, para o desenvolvimento de seus próprios fluxogramas e normas
de atendimento, no intuito de formular propostas que possam romper com um modelo baseado na oferta e
formulem propostas que transformemo cotidiano na construção de um modelo que tenha como eixo o
usuário e suas reais necessidades de saúde.
Clique abaixo para visualizar o Fluxograma de Acolhimento e o Fluxograma de Atendimento 
de Casos Suspeitos de Violência na Rede Ambulatorial.
ACOLHIMENTO (https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/impressos/_g/sac40/a18_tc1_sac40.pdf)
ATENDIMENTO (https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/impressos/_g/sac40/a18_tc2_sac40.pdf)
03 / 05
21/04/2018 AVA UNINOVE
https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 4/6
Farmácia Popular
A Farmácia Popular do Brasil é um programa do Governo Federal para ampliar o acesso da população aos
medicamentos considerados essenciais. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), órgão do Ministério da Saúde e
executora do programa, adquire os medicamentos de laboratórios farmacêuticos públicos ou do setor
privado, quando necessário, e disponibiliza nas Farmácias Populares a baixo custo. O programa "Farmácia
Popular" tem como principal objetivo facilitar o acesso da população aos medicamentos básicos e
essenciais, disponibilizando remédios a preço de custo, atendo, assim, à parcela população que não busca
assistência no SUS, mas tem dificuldade para manter tratamentos, medicamentos devido aos altos preços
dos remédios. A implementação das farmácias populares é feita em parceria com governos estaduais,
municipais ou entidades filantrópicas.
Estão disponíveis 95 itens que tratam das doenças com maior incidência no país, como hipertensão,
diabetes, úlcera gástrica, depressão, asma, infecções e verminoses, além dos anticoncepcionais.
Em alguns casos, a economia para o usuário pode ser superior a 80%, comparando o preço do medicamento
em uma farmácia convencional. Os produtos disponibilizados são adquiridos pela Fundação Oswaldo Cruz
(Fiocruz), órgão do Ministério da Saúde e executora do programa, e disponibilizados na farmácia a preço de
custo e em consignação.
Para utilizar a Farmácia Popular, basta o usuário ter uma receita da rede pública ou 
particular, contendo medicamentos disponíveis no programa. A Farmácia Popular funciona em horário
comercial, de segunda-feira a sábado, e conta com farmacêuticos e funcionários 
qualificados para orientar o usuário sobre os cuidados com a saúde e o uso correto da medicação.
Importante lembrar que, quanto à dispensação dos medicamentos, todo usuário que apresentar receita
oriunda da rede pública deve ser orientado sobre o direito à assistência farmacêutica enquanto usuário do
SUS. Somente após essa informação e consulta ao usuário sobre sua opção pela obtenção do medicamento,
por meio do programa, é que poderá ser feita a dispensação.
Alguns questionamentos vêm sendo feitos acerca do programa Farmácia Popular, o que fica evidente nas
criticas sobre o co-pagamento de medicamentos, fato que, para teóricos como Eugênio Vilaça Mendes, "esse
compartilhamento de custos lesa fortemente o princípio da equidade".
Agora que você já estudou esta aula, resolva os exercícios e verifique seu conhecimento. Caso
fique alguma dúvida, leve a questão ao Fórum e divida com seus colegas e professor.
QUIZ (https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/web/_g/sac40/a18ex01_sac40.htm)
04 / 05
21/04/2018 AVA UNINOVE
https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 5/6
REFERÊNCIA
05 / 05
21/04/2018 AVA UNINOVE
https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 6/6

Continue navegando