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Apostila Colheita

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1 
 
Disciplina: Formação de Povoamentos de alta produtividade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disciplina 
 
SISTEMAS DE SUPRIMENTO E COLHEITA 
FLORESTAL DE PRECISÃO 
 
Prof. Dr. Renato Robert 
Programa de Educação Continuada em 
Ciências Agrárias (PECCA) 
MBA em 
Manejo Florestal de Precisão 
 
 
2 
 
Disciplina: Sistemas de Suprimento e Colheita Florestal de Precisão 
 
SUMÁRIO 
 
1. PLANEJAMENTO LOGÍSTICO ............................................................. 5 
1.1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 5 
1.2 LOGÍSTICA DE PRECISÃO ......................................................................................... 5 
1.3 FLUXO DE INFORMAÇÕES ....................................................................................... 6 
1.4 SISTEMA DE MEDIÇÃO E ACURACIDADE EM CARGAS DE MADEIRA (LASER 
SCANNING) ....................................................................................................................... 7 
2. CONTROLE E GESTÃO DA PRODUÇÃO NAS OPERAÇÕES DE COLHEITA 
FLORESTAL ..................................................................................... 12 
2.1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 12 
2.2 GEOPROCESSAMENTO .......................................................................................... 12 
2.3 MAQUINAS E EQUIPAMENTOS FLORESTAIS ......................................................... 13 
2.3.1 OPTI 4G................................................................................................................. 13 
2.4 SOFTWARES AUXILIARES NÃO EMBARCADOS ...................................................... 14 
2.4.1 C7 LDFP..................................................................................................................15 
2.4.2 SOFTWARE ARVUS PARA GESTÃO – SWS.............................................................. 15 
2.4.3 CENGEA (TRIMBLE COMPANY).............................................................................. 15 
3. CONTROLE LOGÍSTICO NO TRANSPORTE FLORESTAL ...................... 16 
3.1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 16 
3.2 TMS (TRANSPORTATION MANAGEMENT SYSTEM): FERRAMENTA NO 
GERENCIAMENTO DO TRANSPORTE .............................................................................. 19 
3.2.1 RASTREAMENTO POR SATÉLITE............................................................................ 20 
3.2.2 A TELEMETRIA E O MONITORAMENTO LOGÍSTICO NAS INDÚSTRIAS DE CELULOSE
 ..............................................................................................................................21 
3.3 “TELEMETRIA – GERENCIAR A TRANSPORTADORA COM OS DADOS GERADOS – 
CUSTOMIZAR”. ................................................................................................................ 22 
4. DESAFIOS DA COLHEITA FLORESTAL ............................................... 24 
 
 
3 
 
Disciplina: Sistemas de Suprimento e Colheita Florestal de Precisão 
 
4.1 DESAFIOS DA COLHEITA FLORESTAL ..................................................................... 24 
4.1.1 INTRODUÇÃO........................................................................................................ 24 
4.1.2 FATORES DE INFLUÊNCIA...................................................................................... 25 
4.1.3 DIÂMETRO DAS ÁRVORES A SEREM COLHIDAS (DAP).......................................... 25 
4.1.4 VOLUME INDIVIDUAL DAS ÁRVORES.................................................................... 25 
4.1.5 VOLUME DE MADEIRA POR HECTARE................................................................... 26 
4.1.6 DENSIDADE DE PLANTIO....................................................................................... 26 
4.1.7 DECLIVIDADE DO TERRENO................................................................................... 26 
4.1.8 SORTIMENTO........................................................................................................ 27 
4.1.9 OPERADOR............................................................................................................ 27 
4.1.10 DISTÂNCIA DE EXTRAÇÃO................................................................................ 27 
5. NOVAS TECNOLOGIAS APLICADAS A MECANIZAÇÃO FLORESTAL ... 27 
5.1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 27 
5.2 NOVAS TECNOLOGIAS NA COLHEITA DE MADEIRA .............................................. 28 
6. TELEMETRIA APLICADA AO CONTROLE DE PRODUÇÃO DA COLHEITA 
MECANIZADA ................................................................................ 31 
6.1 ESRI ........................................................................................................................ 31 
6.2 TREEMETRICS ........................................................................................................ 32 
6.3 MULTIDAT ............................................................................................................. 32 
6.4 CLAAS .................................................................................................................... 32 
6.5 ENALTA .................................................................................................................. 33 
7. CARACTERÍSTICAS DA INFRAESTRUTURA FLORESTAL NO 
SUPRIMENTO DE MADEIRA E SUAS IMPLICAÇÕES 
GEORREFERENCIADAS ................................................................... 34 
7.1 DEFINIÇÕES E HISTÓRICO ...................................................................................... 34 
7.2 ELEMENTOS E CARACTERÍSTICAS DA INFRA ESTRUTURA FLORESTAL .................. 36 
7.2.1 TRAÇADO GEOMÉTRICO....................................................................................... 36 
7.2.2 PAVIMENTAÇÃO................................................................................................... 37 
7.2.3 DRENAGEM........................................................................................................... 37 
 
 
4 
 
Disciplina: Sistemas de Suprimento e Colheita Florestal de Precisão 
 
7.3 GEORREFERENCIAMENTO ..................................................................................... 38 
7.4 IMPLICAÇÃO DO GEORREFERENCIAMENTO PARA A LOGÍSITICA FLORESTAL ...... 39 
7.5 POSSÍVEIS SOLUÇÕES ............................................................................................ 40 
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................... 42 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
Disciplina: Sistemas de Suprimento e Colheita Florestal de Precisão 
 
1. PLANEJAMENTO LOGÍSTICO 
 
1.1 INTRODUÇÃO 
 
A logística conforme definições diversas se resume a disciplina de administração 
de empresas preocupada com a organização do fluxo de produtos acabados nas 
dimensões tempo e espaço e com o comprometimento de recursos necessários a sua 
devida utilização. 
 
Sendo assim definida a logística é o sistema de gestão responsável por prover 
recursos, equipamentos e informações para a execução de todas as atividades de uma 
empresa. Uma estratégia associada a uma logística de qualidade seria a diluição dos 
valores dos custos fixos, exemplos de alguns caminhos possíveis que facilitaria essa 
diluição: economia de escala, eficiência de processos/baixaociosidade, organização, 
sincronia/integração das atividades. 
 
A tecnologia vem avançando e aprimorando o planejamento da logística, 
surgindo novas tecnologias e novos termos como a logística de precisão que consiste 
em monitoramento e rastreio de veículos e ações relacionadas a logística, possibilitando 
maior confiança e precisão diante das operações realizadas. A gestão de máquinas 
permite rastrear o movimento do veículo de modo a maximizar a eficiência de 
combustível e organizar a gestão da frota e manutenções. Criar cercas 
georreferenciadas em torno das propriedades agrícolas e talhões para identificar 
quando veículos estão entrando e saindo do local de modo a eliminar aplicações 
incorretas de defensivos nos plantios e minimizar o risco de roubos de veículos. 
 
1.2 LOGÍSTICA DE PRECISÃO 
 
A logística de precisão é definida como uma área específica dentro da cadeia de 
distribuição na qual se compreende tecnologias de mapeamento e posicionamento via 
satélite ou GPS. Sua aplicação é voltada para atingir objetivos de racionalização de 
recursos de transporte e da colheita florestal através de planejamento de rotas e 
acompanhamento operacional por meio de um software de distribuição em veículos de 
cargas ou de prestação de serviços. 
 
O processo compreende algumas etapas principais: 
 Georreferenciamento: Localização de pontos de atendimento, através de 
coordenadas mapeadas de GPS; 
 Alocação: Obtenção de informações de distribuição como locais para 
atendimento, capacidade e disponibilidade de veículos; 
 Validação: Checagem de restrições à distribuição, como janelas de 
horários, prioridades, segmentação e tempos de atendimento; 
 Roteirização: Buscando as menores distâncias com os menores tempos, 
de forma a atender o cliente com melhor qualidade e previsibilidade; 
 
 
6 
 
Disciplina: Sistemas de Suprimento e Colheita Florestal de Precisão 
 
 Acompanhamento: Acompanhamento das jornadas dos veículos e 
obtenção dos tempos e deslocamentos totais, consolidando o 
planejamento. 
 
A logística, está ligada a praticamente todas as áreas, visando maior controle e 
otimização de produção. Essa otimização tem como objetivo a responsabilidade sobre 
transações comerciais e transporte do produto, ao consumidor final. Toda essa logística 
se faz necessária, desde a contratação de fornecedores, contratos de transporte, 
estocagem na indústria, armazenagem após o processamento e posterior distribuição 
para o comércio e consumidores finais. Depois de feito todo esse processo de logística 
Inbound até chegar na indústria, parte até a estocagem, e após fabricação, entra na área 
de armazenagem do produto final. Como consequência tem-se a última etapa, que é o 
transporte do produto final, ao consumidor ou comercio, ou logística outbound. 
 
Um exemplo sobre a dinâmica de logística de precisão é a utilização de um 
monitoramento remoto de longa distância, em que todos os veículos que fazem o 
transporte, estão sendo monitorados, através de GPS, via satélite. Fazendo com que o 
usuário possa acompanhar o transporte da matéria-prima ou produto final, através do 
celular, tablet ou computador vendo o histórico de rota que o produto percorreu. 
 
1.3 FLUXO DE INFORMAÇÕES 
 
O fluxo de informações é um fator de grande importância nas operações 
logísticas. Antigamente, o fluxo de informações era documentado em papel, deixando 
lento o processo logístico, pouco confiável e sujeito a erros. Com o avanço da tecnologia, 
buscaram-se formas por meios eletrônicos que tivessem um objetivo de maior eficácia, 
eficiência, rapidez, aperfeiçoamento e menor custo. 
 
No Brasil o transporte rodoviário, principal alternativa para o transporte, é 
bastante complexo, pois tem uma baixa infraestrutura nas estradas (buracos, estradas 
de terra, pontes improvisadas e etc.), veículos com idade média a alta e falta de 
planejamento mais eficiente. 
 
A partir desse problema, buscou-se um planejamento para minimizar essas 
situações. No geral, as informações logísticas devem refletir com precisão o status 
atualizado e incorporar atividades periódicas de avaliação, em casos como um pedido 
de clientes e níveis de estoques. 
 
Para minimizar os problemas de infraestrutura das estradas e aumentar a 
precisão do transporte florestal no Brasil foram criados métodos matemáticos que 
auxiliam nas tomadas de decisões. Entre esses métodos encontram-se a Programação 
Linear, Programação Dinâmica e PERT/CPM. 
 
 
 
7 
 
Disciplina: Sistemas de Suprimento e Colheita Florestal de Precisão 
 
A Programação Linear tem aplicações em diversas áreas, tratam de problemas 
com alocação de recursos através de uma otimização de função linear e é o método mais 
flexível, porém com algumas restrições. Uma aplicação dessa programação é uma 
otimização de redes lineares, no qual uma transportadora atende várias indústrias ou 
clientes. 
 
 A Programação Dinâmica é uma técnica feita para melhorar a eficiência dos cálculos 
de programações matemáticas. É um método que vem evoluindo e se aplica em 
situações em que estágios vão se sucedendo sequencialmente. Em cada estágio 
temos estados (clientes) e decisões. 
 O método PERT (Program Evaluation and Review Technique) envolve aspectos de 
probabilidade e o CPM (Critical Parth Method), é utilizado quando há aspectos 
determinísticos. É um método com maior sucesso, e diante do seu planejamento 
temos diversas vantagens como: redução de ciclos operacionais dos veículos, 
permitindo diminuir o custo do transporte deixando o custo final do produto mais 
barato; redução no tempo de espera, como a espera de carregamento e 
descarregamento favorecendo o aumento da duração do ciclo operacional e as 
vantagens para o operador, que são submetidos ciclos operacionais menores, assim 
diminuindo o cansaço do mesmo e melhorando o seu rendimento. 
 
1.4 SISTEMA DE MEDIÇÃO E ACURACIDADE EM CARGAS DE MADEIRA (LASER 
SCANNING) 
 
No setor madeireiro tem-se a grande necessidade de transporte de cargas, pois 
este é essencial para a produção de qualquer que seja o produto final que tem como 
matéria prima a madeira, desta forma, todas as etapas que envolvem esse processo 
buscam novas tecnologias, para que ocorra maior controle e qualidade, além de maior 
efetividade na produção. 
 
Na etapa final do transporte, há a chegada do material na indústria, na qual é 
verificada a quantidade de carga no veículo de transporte com a finalidade de ter o 
controle de entrada de matéria prima para o futuro processamento que será dado a ela. 
 
Atualmente, grande parte das empresas e indústrias utilizam-se de medição 
manual para essa verificação, a qual apresenta muitas variáveis e certa imprecisão, 
devido a ser muito vulnerável a erro humano, além disso, há pouca praticidade, como 
lentidão e gastos elevados, visto que é indispensável trabalhadores para esta função. 
 
Os resultados são baseados em coeficientes, estes quais não apontam sempre a 
realidade do volume da carga, e através de dados estatísticos, precisam ser atualizados 
a cada período, ou seja, constantemente, uma vez que sua imprecisão é visível no 
momento da produção, necessitando de maior mão de obra para conferi-los. 
 
 
 
8 
 
Disciplina: Sistemas de Suprimento e Colheita Florestal de Precisão 
 
Tendo em vista essas complicações, surgiu uma nova carência no mercado, a qual 
incentivou o aparecimento de novas tecnologias, dessa maneira foi desenvolvido um 
inovador método de medição, no qual é utilizado um sistema de medição a laser que 
consegue aferir com exatidão e confiança a carga líquida. 
 
No território nacional encontra-se como principais equipamentos, os 
denominados Logmeter® 4000, que é utilizado para medição de cargas de madeira em 
toras, e o Chipmeter® 4000, para cargas de volume decavacos e de resíduos florestais. 
Eles são produzidos, planejados e fornecidos pela empresa Woodtech Mensurement 
Solutions, uma empresa chilena de 20 anos de mercado, que possui filiais nos Estados 
Unidos, na Europa e principalmente na América Latina, no Brasil localiza-se em Itapema, 
Santa Catarina. 
 
A empresa é especializada em desenvolver soluções para plantas que exigem um 
grau de confiabilidade e precisão para medir a entrada de material, para que resulte em 
um maior controle e lucro financeiro do início ao final da produção, eliminando possíveis 
fraudes. 
 
É possível encontrar em alguns lugares de norte a sul do Brasil os equipamentos 
citados, atendendo grandes empresas que necessitam dessa segurança na coleta de 
seus dados. 
 
Logmeter® 4000 
 
Segundo a Woodtech Mensurement Solutions, o equipamento Logmeter 4000 é 
definido como: o sistema de scanner laser mais avançado disponível no mercado para a 
cubagem de cargas de madeira. O processo de medição é simples e automático, com 
uma intervenção humana em menos dos 5% dos casos. O processo de escaneamento 
demora menos de um minuto, fato que permite que mais de 600 caminhões sejam 
escaneados por dia. O sistema pode medir diferentes configurações, incluindo, 
comprimento fixo e variável e comprimento da árvore”. 
 
A análise dos dados, é transferido e computado instantaneamente por um 
software que também é fornecido pela empresa, o programa gera um modelo de 
imagem 3D do caminhão e a carga, no qual se pode observar claramente as 
irregularidades e dimensões das toras, além do desconto automático dos fueiros, da 
plataforma e de outros elementos, não sendo, assim, considerados como parte da carga, 
demonstrados na Figura 1 ilustrado. 
 
 
 
9 
 
Disciplina: Sistemas de Suprimento e Colheita Florestal de Precisão 
 
 
Figura 1- Ilustração de funcionamento do equipamento logmeter®4000. 
Fonte: Woodtech Mensurement Solutions 
 
Com relação as medições apenas um operador é responsável por todo o controle 
do processo, tendo responsabilidade somente de autorizar a passagem do caminhão, 
anotando o tipo deste e sua placa, assim é notada a alta praticidade de operação, e pelo 
fácil manuseio do sistema, permite que o mesmo funcionário realize outras medições 
como umidade e classificação do material dentro da indústria, as quais são todas feitas 
a partir de coeficientes e fatores que a própria empresa determina e atualiza. 
 
Para maior segurança e exatidão dos dados há um controle de velocidade da 
passagem do caminhão pelo scanner através de um semáforo que indica se a passagem 
está sendo de acordo com a normalização do equipamento. 
 
Mesmo que aparentemente a velocidade seja baixa, a passagem completa do 
caminhão e verificação dos dados até a liberação destes, leva de 2 a 3 minutos, ou seja, 
é perceptível a eficiência e rapidez, sendo assim, em média há a passagem de 160 
caminhões por dia, tendo uma grande variabilidade, onde há dias de maior movimento 
e dias de menor movimento, que variam muito devido ao clima e produção da colheita 
de madeira. 
 
A partir de planilhas é possível verificar a diferença dos métodos manuais em 
relação à medição a laser. 
No método manual: 
 Incerteza com relação aos dados obtidos, possibilitando a ocorrência 
fraudes; 
 Trabalho mais desgastante para determinar os fatores de empilhamento e 
de forma mais próximo da realidade; 
 Necessidade de remedição mensal; 
 Adição de tempo para plotar os dados nas planilhas. 
 
 
 
10 
 
Disciplina: Sistemas de Suprimento e Colheita Florestal de Precisão 
 
Já no uso do scanner: 
 Possibilidade de detectar o volume assíduo; 
 O resultado é instantaneamente e qualquer tipo de fraude é detectado, uma 
vez que apenas a madeira é realmente considerada. 
 
Uma das desvantagens do uso do scanner é com relação a necessidade de 
manutenção, a qual é difícil de fazer, necessitando de muita cautela e de um profissional 
especialista e com expertise no equipamento. Este detalhe pode causar a parada do 
sistema por longos períodos até que o problema seja resolvido. No caso deste tipo de 
ocorrência, deve-se adotar o método mais convencional e, dessa forma, ter mais 
trabalho. 
 
A seguir observaremos exemplos de funcionamento de scanners aplicados a área 
florestal. 
 
Chipmeter® 4000 
 
O equipamento tem como principal utilidade, medir cargas de cavaco e 
biomassa, com um sistema de laser configurado para reconhecer a diferença de volume 
do material, o Chipmeter consegue obter a quantidade exata de cavaco contido em uma 
carga, tornando o processo de medição mais preciso, visto que este está sujeito a 
dificuldades de medições, devido a distribuição do mesmo dentro do compartimento de 
carga. 
 
O processo convencional apresentava muitas complicações, pelo fato de não se 
conseguir distribuir uniformemente o carregamento, necessitando de uma mão de obra 
para poder corrigir este erro. Observando também um constante risco para o 
profissional que desempenhava tal função, pelo fato da altura e instabilidade que eles 
se submetiam. 
 
O processo atual, consiste em cinco etapas, as quais ocorrem em cerca de um 
minuto de funcionamento: Primeiro o caminhão ingressa na zona de medição, onde 
começa a ser escaneado; depois os perfis da carga começam a ser gerados, 
normalmente cerca de 300 perfis para cargas padrão; em uma terceira etapa, o 
equipamento reconhece os limites do compartimento de carga; quase no final do 
processo, acontece o cálculo do volume de cavaco contido; e como etapa final, o 
software apresenta os resultados e imagens da passagem, disponibilizando também 
uma composição em 3D da carga, conforme ilustrado na Figura 2. 
 
 
 
11 
 
Disciplina: Sistemas de Suprimento e Colheita Florestal de Precisão 
 
 
Figura 2- Ilustração de funcionamento do equipamento Chipmeter®4000. 
Fonte: Woodtech Mensurement Solutions 
 
Para a devida utilização e otimização nas medições, o equipamento pode ser 
instalado na mesma plataforma do logmeter®4000, formando um conjunto completo 
para medição de todo o tipo de carga recebida pela fábrica. Como são localizados na 
entrada, todos os caminhões passam obrigatoriamente pela medição, havendo o 
controle total da entrada de matéria prima na produção. Como exemplificado na Figura 
3. 
 
 
Figura 3- Funcionamento do equipamento Chipmeter®4000 junto ao logmeter®4000 
Fonte: O Autor (2014) 
 
Considerando a eficiência dos dados dos equipamentos nas medições, ele se 
mostra extremamente útil em qualquer planta, uma vez que permite o controle total de 
entrada de matéria prima, podendo, assim, se ter um planejamento industrial e florestal 
 
 
12 
 
Disciplina: Sistemas de Suprimento e Colheita Florestal de Precisão 
 
mais coerente, além de que a parte financeira para o transportador e para o consumidor 
se torna mais justa. 
 
2. CONTROLE E GESTÃO DA PRODUÇÃO NAS OPERAÇÕES DE COLHEITA 
FLORESTAL 
 
2.1 INTRODUÇÃO 
 
O manejo florestal de precisão, embora seja ainda um processo pouco explorado, 
é um conceito do qual se obtém um melhor aproveitamento do planejamento florestal 
sustentável. Obtém-se dele um menor custo causando um menor impacto ambiental 
evitando assim o desmatamento indiscriminado e melhor controle de produção. 
 
Entende-se por ferramentas de controle qualquer sistema que vise melhoria 
sobre o que se produz em um processo de colheita florestal mecanizado, utilizando-se 
de equipamentos para tal finalidade, principalmente sistemas de geoprocessamento e 
veículos como o Harvester. 
 
2.2 GEOPROCESSAMENTO 
 
Geoprocessamento representa um conjunto de tecnologias capazes de coletar e 
tratar informações georreferenciadas, que permitam o desenvolvimento constante de 
novas aplicações, atualmenteessa ferramenta se aplica ao meio florestal por meio do 
avanço da tecnológico e inovação referente a colheita florestal de precisão, englobando 
diversas tecnologias, entre elas: 
 Sensores remotos; 
 Processamento de imagens orbitais; 
 Sistemas de coleta de informações geográficas; 
 Cartografia de precisão digital; 
 Modelagem digital de terrenos; 
 
As tecnologias de coleta de informações do geoprocessamento são ferramentas 
fundamentais que auxiliam o suporte ao processo de tomada de decisão. Sistemas de 
Informações Geográficas (SIG) podem ser visto como um conjunto de ferramentas para 
capturar, armazenar, recuperar, transformar e apresentar dados espaciais do mundo 
real. 
Pode-se definir um SIG como: 
 Uma base de dados específica para dados referenciados espacialmente; 
 Um conjunto de operações para trabalhar com os dados da base; 
 Uma ferramenta para manipular e armazenar dados não espaciais. 
 
O SIG integra uma sofisticada interface de visualização de uma base de dados 
que constitui uma poderosa ferramenta de análise e planejamento espacial. Um SIG 
 
 
13 
 
Disciplina: Sistemas de Suprimento e Colheita Florestal de Precisão 
 
pode habilitar um planejador a visualizar e entender os problemas, além fornecer uma 
base solida para auxiliar na tomada de decisões. 
 
De posse dessas informações, pode-se partir para a planificação propriamente 
dita, podendo-se: 
1. Calcular a distância ótima entre caminhos, densidade ótima e volume 
possível de corte. Elaborar mapas topográficos e de reconhecimento da 
área. 
2. Identificar na área: 
 Áreas a serem exploradas; 
 Pontos obrigatórios de passagem – evitar rotas com algum tipo de 
restrição; 
 As melhores rotas de exploração de área florestal; 
 Menores distâncias de extração de madeira. 
3. Identificar a melhor direção de escoamento da madeira; 
4. Verificar possíveis adaptações na rede existente; 
5. Calcular os impactos gerados. 
 
2.3 MAQUINAS E EQUIPAMENTOS FLORESTAIS 
 
A tecnologia embarcada, em equipamentos florestais, se refere a softwares que 
controlam o sistema de conforto da cabine (refrigeração – ar condicionado), consumo 
de combustível e rendimento do equipamento, pressão dos sistemas hidráulicos entre 
outros. 
 
Podemos citar algumas empresas que investem neste quesito e trazem inovação 
ao meio: 
 PONSSE 
 JOHN DEERE 
 KOMATSU FOREST 
 
2.3.1 OPTI 4G 
 
A Ponsee detém tecnologia de informação sobre processos de colheita florestal 
de precisão em seus equipamentos. Os harvesters PONSSE usam o sistema de 
informação Opti4G, o mais avançado e fácil de usar do mercado. O Opti4G é a interface 
de usuário do operador com o sistema de controle da máquina. 
 
O Opti oferece comodidade no gerenciamento dos arquivos de marcação de 
toras e na calibração da máquina, bem como torna mais fácil o ajuste da máquina e do 
software, como também inclui ferramentas de geração de relatórios, transferência de 
dados e gerenciamento de trabalho. O sistema inteligente gera outras informações de 
colheita, como tempo de uso, paradas, operação da máquina e consumo de 
 
 
14 
 
Disciplina: Sistemas de Suprimento e Colheita Florestal de Precisão 
 
combustível. Além disso, ainda há o sistema de mapa que é um opcional, o OptiMap2, 
que é um programa baseado em GPS – Global Positioning System. 
 
Vantagens em sua utilização nos equipamentos harvesters se dão da seguinte 
maneira: 
 O corte de árvores fica mais fácil com automação inteligente pois o operador 
determina de que maneira o tronco deve ser cortado, controlando a 
operação; 
 Monitoramento automático de eficiência e tempo através de PC embarcado, 
o software programa de forma automática a coleta das informações da 
máquina para distribuição de tempo, produção, operação e consumo de 
combustível, e com base neste dados o operador tem acesso a relatórios em 
tela, bem como pode se ter acesso remoto 
 Rede de mapas do talhão e melhorias para as rotas de transporte através do 
software OptiGis Office, que indica as áreas de corte, áreas de proteção, 
pontos de estocagem nas vias de deslocamento, bem como os caminhos 
principais mais curtos de transporte; 
 OptiGis Harvester: é um programa embarcado em harvester no qual o 
operador pode visualizar a localização da máquina em um campo de colheita 
florestal no qual se usa o GPS, bem como outra linhas que podem estar no 
talhão florestal como redes telefônica, linhas de transmissão de energia, 
torres, áreas de preservação, etc; 
 OptiPlanner: que é um software que desenvolve instruções sobre a colheita 
de precisão passando as informações mais relevantes aos operadores para 
execução dos trabalhos, como por exemplo o comprador e vendedor da 
madeira; 
 OptiComm: software que executa a transferência de dados do equipamento 
em interface com o controle de produção; 
 Base de relatórios onde as informações de monitoramento de saídas de 
madeira e suas medições são apresentadas em função do controle do tempo 
de trabalho realizado, podendo ser analisados de forma numérica e gráfica; 
 OptiAnalysis: é um programa administrativo para monitorar a precisão 
dimensional do harvester e seu desenvolvimento. O programa lê os arquivos 
de medição do controle de KTR e calibragem e os converte em relatórios de 
precisão dimensional com base no comprimento, diâmetro e volume. 
 
2.4 SOFTWARES AUXILIARES NÃO EMBARCADOS 
 
Todavia em busca a outras fontes que auxiliem a exploradores deste mercado de 
colheita florestal de precisão e que não dispõe de recursos financeiros suficientes, tendo 
em vista o elevado custo que demanda um equipamento como este mencionado, mas 
que podem em sua grande maioria trazer benefícios a empresas de menor porte. 
 
 
15 
 
Disciplina: Sistemas de Suprimento e Colheita Florestal de Precisão 
 
Abaixo são apresentados alguns destes modelos que estão em uso no mercado 
de silvicultura e que detém uma tecnologia de baixo investimento trazendo melhorias 
na gestão destes processos. 
 
2.4.1 C7 LDFP 
 
O Aplicativo C7 LDFP - Levantamentos de Dados I – Florestas Plantadas 
possibilita: 
1. Cadastro de Espécies Florestais Exóticas (Plantadas). 
2. Cadastro de Projetos de Levantamentos Florestais aplicados a: 
 Inventário de Florestas Plantadas; 
 Cálculo de Relação Hipsométrica; 
 Cubagem de árvores individuais. 
3. Cadastro de parcelas amostrais georreferenciadas relacionadas aos projetos 
de levantamento florestais registrados, com informações de local, área e 
formato. 
4. Registro de elementos dendrométricos (DAP e altura) de arvores existentes 
nas parcelas, com o georreferenciamento da localização das árvores. 
 
Os dados cadastrados de projetos, parcelas e dados de árvores medidas ficam 
registrados em um Banco de Dados SQLite (Floresta_7.db3), localizado no SD Card do 
aparelho em campeiro/bd, os quais podem ser lidos e interpretados pelo Sistema 
Especialista de Silvicultura de Precisão do CR Campeiro7, ou por outros gerenciadores 
de BD compatíveis. 
 
2.4.2 SOFTWARE ARVUS PARA GESTÃO - SWS 
 
Os Softwares e Serviços da Arvus fazem o tratamento dos dados gerados pelos 
Computadores de Bordo nas operações mecanizadas. Fazem a integração das 
informações de campo com os Sistemas de Informações Corporativos (ERPs, SIGs, bases 
de dados georeferenciadas). Ainda, oferece como alternativa a geração de arquivos, 
relatórios e mapas em padrões pré-definidos pelos clientes. 
 
2.4.3 CENGEA (TRIMBLE COMPANY) 
 
O aplicativo Cengea Forest atende à função crítica de planejamento, reportagem 
e gerenciamento de recursos florestais com a opção de três diferentes módulos que 
atendem a diferentes requisitos dos clientes: arquitetura, funções discretas, estilo, etc. 
Complementando as opçõesPlanner (Planejador) / Resources (Recursos) / The Forest 
Manager, outros módulos de nossa solução proporcionam controle sólido de: 
 Registros de terras—relatórios claros e detalhados sobre direitos e 
embaraços detalhados em escrituras de terras; opções de visualização 
tabular e espacial de quinhões de terra e seus históricos. 
 
 
16 
 
Disciplina: Sistemas de Suprimento e Colheita Florestal de Precisão 
 
 Colheitas, com separações volumétricas e análises de produtos detalhadas 
que fornecem suporte ao melhor fluxo madeireiro possível. 
 Contratação: dinamização do gerenciamento de vários tipos de contratos 
em todas as funções de negócios, incluindo colheitas, silvicultura, contratos 
de construção de estradas e vendas de madeiras. 
 Medição de volumes de madeira em pacotes assistidos e não assistidos e 
para verificação de qualidade e origem das cargas; rastreamento incluindo 
compostos; otimização do uso de caminhões. 
 Gerenciamento de inventários de pátios para destinar "o produto certo à 
serraria certa no tempo certo". 
 
Diante dos aspectos de controle e otimização de produção os fatores de 
produção devem ser melhor estudados visando menos desperdício de tempo e capital, 
além de ajudar a entender os problemas de depreciação de maquinário além de auxiliar 
na tomada de decisão de gestores. 
 
3. CONTROLE LOGÍSTICO NO TRANSPORTE FLORESTAL 
 
3.1 INTRODUÇÃO 
 
 A logística é um ramo da gestão cujas atividades estão voltadas para o 
planejamento da armazenagem, circulação e distribuição de produtos, essa ferramenta 
procura resolver problemas em dois pontos, os de suprimento de insumos ao setor 
produtivo e a distribuição de produtos acabados e semi-acabados. A logística, em seu 
enfoque moderno, deve realizar o transporte cumprindo os prazos de entrega do 
produto no destino final (NOVAES, 1989). 
 
O transporte florestal consiste na movimentação de madeira dos pátios ou das 
margens das estradas nos talhões até o local de consumo ou pátio das empresas (SILVA 
et al., 2007). No Brasil, pode ser realizado por diversos meios (ferroviário, duto viário, 
rodoviário), em que este último representa 85% de toda a madeira que é transportada, 
ainda, 62% de todos os produtos transportados no país. Mesmo com as condições 
precárias de trafegabilidade em que se encontram muitas estradas, além de serem essas 
o único meio capaz de interligar as indústrias às suas fontes de abastecimento de 
madeira, localizada sem origens distintas, ou seja, abrangendo áreas descontinuas 
dentro do Brasil (STEIN et al., 2001). 
 
O transporte é o elemento mais importante do custo logístico para a grande 
maioria das empresas transportadoras, pois o frete costuma absorver cerca de 60% do 
gasto logístico (TABOADA, 2002). A madeira é um produto de valor específico 
relativamente baixo, ou seja, o volume transportado é muito elevado e o valor da carga 
é baixo, e isso torna o transporte um dos principais problemas na empresa florestal 
(SEIXAS,1992). 
 
 
17 
 
Disciplina: Sistemas de Suprimento e Colheita Florestal de Precisão 
 
Segundo Taboaba (2002) apud Machado et al. (2006) o maior entrave para a 
difusão da logística nas empresas brasileiras é a falta da cultura de trabalho com 
enfoque integral, pois as empresas usam um enfoque vertical, por funções, que não 
cabe mais nas condições atuais, outra dificuldade consiste na carência de informações 
contábeis que sirvam para apoiar a correta tomada de decisões logísticas. A falta de 
hábito de trabalho com parceiros constitui outro problema, sem mencionar a falta de 
ferramentas para avaliar o desempenho da logística. Há carência de ferramentas, com 
enfoque estruturado, para realizar uma eficiente e eficaz avaliação do desempenho dos 
processos logísticos. 
 
Quanto mais longo o trajeto percorrido, maior será o custo unitário por volume 
de madeira transportada (SILVERSIDES, 1976). Uma das maneiras de diminuir o custo 
em percursos longos tem sido a utilização de veículos com maior capacidade de carga 
(LEITE, 1992). 
 
Atualmente, o número de eixos na composição e o peso em cada eixo são fatores 
de preocupação para o transportador, já que esse busca a otimização da quantidade de 
madeira transportada por veículo sem, contudo, ultrapassar os limites estabelecidos 
pela legislação (SEIXAS, 2001). 
 
Os veículos utilizados no transporte florestal rodoviário podem ser classificados 
de acordo com a capacidade de carga, assim, têm-se os veículos leves (que têm 
capacidade de carga que não ultrapassa 10toneladas); veículos pesados (que suportam 
de 30 a40 toneladas de carga); e veículos extrapesados (com capacidade de carga acima 
das 40 toneladas) como podemos ver na Figura 4 (SILVA et al., 2007). 
 
 
 
18 
 
Disciplina: Sistemas de Suprimento e Colheita Florestal de Precisão 
 
 
Figura 4 - Veículos utilizados no transporte florestal rodoviário. 
Fonte: Machado (2000) apud Cechin (2009) 
 
Outra grande dúvida das empresas é com relação a distância máxima viável de 
transporte de madeira, pois o custo de transporte elevado pode inviabilizar 
reflorestamentos localizados mais distantes dos centros de consumo. 
 
Segundo Silva et al. (2007) as variáveis preço da madeira e produção apresentam 
maior influência na distância máxima de transporte de madeira, já as variáveis custo de 
implantação, taxa de juros e preço da terra, apesar de afetarem a rentabilidade dos 
projetos florestais, tem menor influência na distância máxima de transporte. 
 
O modelo de transporte utilizado no Brasil, apesar de provocar danos 
ambientais, ainda é a forma mais eficiente de proporcionar desenvolvimento 
socioeconômico a uma região. Para atenuar os danos provenientes de estradas inseridas 
em um empreendimento florestal, a definição do traçado deverá atender aos aspectos 
técnicos, ambientais e econômicas, buscando o ponto de equilíbrio (CORREA, 
MALINOVSKI e ROLOFF, 2006). 
 
 
19 
 
Disciplina: Sistemas de Suprimento e Colheita Florestal de Precisão 
 
O planejamento da rede viária deve estar fundamentado por projetos 
adequados, pois assim reduz possíveis erros ou falhas na construção, pois quanto 
melhor for a qualidade da estrada, menores serão os custos de manutenção da rede 
viária e das máquinas (CORREA, MALINOVSKI e ROLOFF, 2006). 
 
3.2 TMS (TRANSPORTATION MANAGEMENT SYSTEM): FERRAMENTA NO 
GERENCIAMENTO DO TRANSPORTE 
 
Os contínuos avanços tecnológicos nas áreas produtivas, administrativas, 
financeiras, comerciais, diante da constante atualização de mercado , fizeram a gestão 
de serviços ser otimizada buscando agilidade de serviços e respostas rápidas de 
mercado, no setor logístico não foi diferente, a demandada pelas exigências de seus 
clientes em relação ao nível de serviço e agilidade, fato este, que fez com que as 
empresas do segmento da informação para reestruturação de seus processos, 
construindo um diferencial competitivo no mercado e reduzindo custos. Com isto a 
Logística, antes vista como uma simples operação passou a ser denotada como atividade 
estratégica nas organizações, principalmente no quesito de transportes. 
 
Com o decorrer dessas mudanças organizacionais, uma importante ferramenta 
desenvolvida para a gestão do transporte aparece, a TMS - Transportation Management 
System, definida como Sistema de Gerenciamento de Transporte. O software para 
melhoria da qualidade e produtividade de todo o processo de distribuição, permite 
controlar toda a operação e gestão de transportes de forma integrada, o programa tem 
como finalidade identificar e controlar os custos inerentes a cada operação, sendo 
importante a identificação e medição dos custos de cada elemento existente na cadeia 
de transporte, a qual envolve não só o veículo em si, mas o controle das cargas, gestão 
dos recursos humanos,os índices das entregas e os custos da manutenção da frota, bem 
como as diversas tabelas de fretes existentes. 
 
O TMS é uma ferramenta de extrema importância no gerenciamento das 
atividades de transporte, nele contém uma funcionalidade do sistema que auxilia nesse 
gerenciamento e na gestão da frota, que compreende: 
 Controle de cadastro do veículo: considera todas as informações necessárias 
relacionadas com cada veículo da frota (seguro, leasing, entre outros); 
 Controle de documentação: licenciamento, impostos, taxas, boletins de 
ocorrência, pagamentos (à vista, parcelado); 
 Controle de manutenção: controla as atividades relacionadas à manutenção 
(garantias, manutenção preventiva, corretiva); 
 Controle de estoques de peças: envolve o cadastro de componentes 
(localização de componentes, entre outros); 
 Controle de funcionários agregados: controla o cadastro de funcionários 
agregados; 
 
 
20 
 
Disciplina: Sistemas de Suprimento e Colheita Florestal de Precisão 
 
 Controle de combustíveis e lubrificantes: controla todas as informações de 
atividades relacionadas com abastecimentos de combustíveis e 
lubrificantes; 
 Controle de tacógrafos: monitora o comportamento do motorista durante 
toda viagem; 
 Controle de pneus e câmaras: através do número de fogo do pneu e 
etiquetas nas câmaras, pode-se gerenciar a manutenção de pneus, 
quilometragem rodada por pneu, e algumas empresas controlam até 
protetor de câmara, caso necessário; 
 Controle de engates e desengates: monitora e registra todas as operações 
de engates e desengates de carretas, mantendo o histórico para 
rastreabilidade; 
 
Para implantação do TMS, deve-se haver um planejamento, para assim assegurar 
que os resultados sejam alcançados no menor custo possível. Os investimentos nesse 
equipamento variam principalmente em função dos módulos contratados e do número 
de usuários simultâneos. Podendo dizer que os investimentos financeiros variam de R$ 
15 mil a R$ 3 milhões de reais. 
 
3.2.1 RASTREAMENTO POR SATÉLITE 
 
De acordo com Nohara e Acevedo (2005), o sistema de rastreamento de veículos 
é a tecnologia utilizada para controlar a movimentação dos veículos no transporte de 
cargas, visando a aumentar a segurança e a eficiência na utilização da frota. 
 
Os sistemas de rastreamento por satélite para o transporte rodoviário de cargas, 
coletam a posição do veículo através do sistema de GPS (Global position system), por 
isso cada veículo equipado com um módulo eletrônico que inclui um receptor de GPSe 
um dispositivo de comunicação, que permite a troca de mensagens entre os veículos e 
a central de controle que são transmitidas para um satélite que os transfere para uma 
estação terrena, e então os dados são retransmitidos para o usuário (PRADO, GRAEML 
e PEINADO, 2008). 
 
No Brasil existem diversos sistemas de rastreamento, segundo Lopez (1996), a 
principal diferença é a presença ou não de estação intermediária, para estabelecer a 
ligação entre a estação terrena e o usuário, através de software de comunicação. 
 
De acordo com Anefalos (1999) apud Reis (1997), esses sistemas de rastreio 
possuem três funções básicas, a comunicação entre a estação de controle e os veículos, 
localização on-line de veículos e o controle da frota em relação ao nível de combustível, 
velocidade do veículo, temperatura do compartimento de cargas, fechamento de 
portas, presença de caronas, entre outros. 
 
 
 
21 
 
Disciplina: Sistemas de Suprimento e Colheita Florestal de Precisão 
 
É de fundamental importância que os sistemas de rastreamento por satélite 
garantam a qualidade das informações, tem havido grande preocupação com aumento 
da precisão das distâncias entre as estações e os usuários, principalmente em atividades 
que necessitam de posicionamento em tempo real. 
 
Segundo Anefalos (1999) as empresas ao rastearem uma carga estão 
preocupadas essencialmente com o aumento da segurança da mesma, mas de acordo 
com Tavares (2010) podem ser benefícios para a empresa e para o motorista do veículo, 
garantindo maior fiscalização no serviço de transporte e possibilitando o 
acompanhamento em tempo real das atividades realizadas, o que resulte em uma maior 
eficiência no transporte de cargas, além do que evitar problemas, como o desvio de rota. 
 
3.2.2 A TELEMETRIA E O MONITORAMENTO LOGÍSTICO NAS INDÚSTRIAS DE 
CELULOSE 
 
Sendo uma ferramenta de gestão para o suprimento de madeira, o 
monitoramento é amplo e complexo, onde o rastreamento do transporte é uma das 
etapas. 
 
Na floresta o sistema monitora no posicionamento georreferencial nas gruas, 
estado operacional das gruas, tamanho da fila de carregamento, tempos de espera e 
carregamento, apontamentos produtivos, dados de origem da madeira e fazenda, 
talhão e pilha. Na indústria são realizados a captura dos dados de medição e pesagem 
da madeira, tempo de permanência do caminhão na área industrial, controle de filas, 
descarregamento de madeiro no pátio ou mesas e estado operacional das gruas de 
pátio. Nos caminhões são usados computadores de bordo com chip de celular e modem 
satelital. Nas filas são as cercas eletrônica e na grua um tablet é usado. 
 
A necessidade de controlar o processo está diretamente ligada ao 
funcionamento da indústria que não pode parar, logo a sua matéria prima não pode 
parar de chegar. Outros fatores logísticos como chuvas, acidentes de transito e 
engarrafamento também são monitorados facilitando assim, a tomada de decisões 
rápidas e efetivas para o processo como um todo. 
 
O contrato entre as empresas é caracterizado como um Acordo de Nível de 
Serviço – SLA (servisse level agreement), como o processo de colheita e abastecimento 
é ininterrupto “24/7” caso haja alguma falha nos equipamentos a CREARE tem a 
responsabilidade de fazer a manutenção em tempo hábil, com um mínimo de 90 a 95% 
de eficiência operacional. A manutenção não é preventiva, apenas corretiva. 
 
Os dados coletados são transformados em informações úteis para auxiliar nas 
tomadas de decisão, que podem ser distinguidas por decisões em tempo real 
(imprevistos) e informações acumuladas com todos os tempos médios de cada etapa do 
processo (carregamento, transporte, descarregamento). 
 
 
22 
 
Disciplina: Sistemas de Suprimento e Colheita Florestal de Precisão 
 
Centralizar informações, Otimizar logística diminuindo custos, assegurar abastecimento 
de madeira na indústria, controlar fornecedores, diminuir o número de pessoas 
encarregadas no processo auxiliando em uma performance cada vez mais capacitada 
visando sempre na maximização do lucro. 
 
A sala central localizada na Industria de celulose integra informações, 
acompanha processos, faz gestão do processo logístico e o rastreamento da madeira. 2 
a 3 pessoas por turno. 
 
3.3 “TELEMETRIA – GERENCIAR A TRANSPORTADORA COM OS DADOS GERADOS – 
CUSTOMIZAR”. 
 
A telemetria é uma ferramenta utilizada em diversos setores do mundo 
moderno, essa tecnologia permite a medição e comunicação de informações visando 
otimização de produção e transporte, pois é uma grande aliada, tendo em vista que as 
informações relativas a condução do veículo são transmitidas à base de monitoramento, 
sendo assim possível identificar e corrigir hábitos dos motoristas, identificar situações 
que podem expor o veículo, a carga e o próprio condutor a riscos e otimizar o 
desempenho de cada veículo. 
 
Sua maior área de expressão é a logística, onde é amplamente utilizada por 
diversos domínios. A telemetria apresenta um enorme potencial, porém se não sejam 
gerados relatórios com dados de maneira automatizada, se torna ineficaz. 
Os dados coletados são transformados em informações úteis para auxiliar nas tomadas 
de decisão, que podem ser distinguidas por decisões em tempo real(imprevistos) e 
informações acumuladas com todos os tempos médios de cada etapa do processo 
(carregamento, transporte, descarregamento). 
 
Centralizar informações, Otimizar logística diminuindo custos, assegurar 
abastecimento de madeira na indústria, controlar fornecedores, diminuir o número de 
pessoas encarregadas no processo auxiliando em uma performance cada vez mais 
capacitada visando sempre na maximização do lucro. 
 
A primeira patente conhecida que remete ao sistema de telemetria é do ano de 
1845, onde foi instalado um dos primeiros conjuntos de transmissão de dados, do 
palácio de inverno do czar russo Nicolau I até a sede de seu exército. Em 1874, 
engenheiros franceses instalaram uma linha de transmissão de dados que enviasse em 
tempo real informações sobre o clima de Monte Branco até Paris. Já em 1885 a 
telemetria passou a ser usada como instrumento de monitoramento da rede elétrica e 
finalmente e só 1901 o inventor americano C. Michalke patenteou um circuito que 
permitiu o envio a distância de informações sincronizadas sem o uso de cabos, que é 
como conhecemos a telemetria hoje. 
 
 
 
23 
 
Disciplina: Sistemas de Suprimento e Colheita Florestal de Precisão 
 
Devido a sua vasta capacidade de monitoramento e possível armazenamento 
constante, a telemetria tem mostrado resultados notáveis em diversas áreas, tanto civis 
quanto militares, tais como nos veículos tripulados (Aeronaves, navios, veículos 
terrestres), veículos não tripulados (VANTs, mísseis, satélites), medicina e, de maneira 
geral, nos fatores de produção. 
 
No setor florestal, bem como em outras áreas, a telemetria mostra inúmeros 
potencias de uso, todos associados de alguma forma, a melhorias na produção, 
otimização de recursos, aprimoramentos na parte da segurança do trabalho e assim por 
diante. Por esses motivos foram pesquisadas informações sobre o tema de com 
empresas que trabalham com esses sistemas. 
 
As empresas do setor florestal já utilizam o sistema de telemetria, pois busca 
melhor eficiência nos serviços auxiliando e controlando as ações do motorista. Esse 
sistema é contratado geralmente para a verificação de alguns pontos específicos, como 
excesso de velocidade, excesso de rotação, carga de bateria, freio motor, freada brusca, 
tempo de pé na embreagem e limpador de pára-brisas pois depois de alguns segundos 
usando entende-se que está chovendo, mandando um comando de diminuição de 
velocidade para o motorista. 
 
Caso seja constatado que o motorista está infringindo as regras, o sistema alerta 
notificando a central qual das variáveis foram desrespeitadas. As informações que o 
rastreador envia são recebida online que geram os relatórios instantaneamente. 
Com a implantação de um sistema de telemetria podemos obter diversos ganhos, sendo 
estes a redução de combustível, maior durabilidade do freio e embreagem, otimizando 
tempo, parando menos para concertos e abastecimentos, consequentemente aumenta 
a produtividade. 
 
O transporte florestal sofre danos maiores por consequência das áreas que 
atinge, pois muitas vezes se encontra em situações precárias. A declividade e resíduos 
de poeira das estradas também afetam o transporte, essas características exigem 
manutenção do veículo com mais frequência. 
 
O sistema é separado em categorias para geração de dados, sendo estes a 
produtividade operação (Ex: saída da fábrica que é marcada automaticamente por 
sensor); improdutividade operação (Ex: chegada no campo, abastecimento); 
improdutividade manutenção (Ex: conserto de pneus). 
 
Com os dados adquiridos são calculadas as porcentagens de eficiência e 
rendimento e com estes valores, é computado o faturamento da empresa. 
 
As empresas utilizam bônus mensais para os motoristas, ou seja, eles usam esse 
método para que os motoristas tomem um cuidado maior e cometam menos infrações, 
 
 
24 
 
Disciplina: Sistemas de Suprimento e Colheita Florestal de Precisão 
 
e no fim do mês eles recebem uma bonificação e com esse incentivo e melhora dos 
rendimento dos funcionários por consequência as empresas se beneficiam. 
 
A cada ação entendida como um erro como excesso de rotação, excesso de 
velocidade o motoristas perde pontos. 
 
O sistema possui cercas eletrônicas que ficam em pontos estratégicos como 
escolas, igreja e engarrafamento. Quando o veicula passa por estes pontos, o sistema 
responde dizendo quais são as medidas para serem tomadas naqueles locais como 
redução de velocidade e rotações menores. 
 
Os equipamentos utilizados são o sistema GPRS, que atualmente é considerado 
uma comunicação barata possui um “ship” que emite mensagens para celular, tablets 
ou computadores e o software identifica a informação que chega. 
 
Para identificação do motorista é utilizado o “i Button”, que é um componente 
de grande praticidade e resistência. Consiste em um “chip” de aço inoxidável, de código 
inviolável, com altíssima resistência mecânica, imune a campos eletromagnéticos e a 
altas temperaturas. A leitura se dá no contato “aço-inox” do leitor com o “aço-inox” do 
chip em 0,05 segundos, tornando o leitor extremamente robusto, à prova de falhas e 
livre de manutenção. Essa é uma das prevenções de antifurto que a empresa utiliza. 
 
Em casos de furto da carga, mesmo com a telemetria, após alguns segundos se 
perde o sinal do veículo. Isso ocorre devido a funcionários que tem conhecimento de 
informação de como utilizar e interferir no sistema. Existem gangues especialistas em 
roubo de caminhões, onde os empregados que instalam o sistema, muitas vezes são 
comprados pelas quadrilhas e acabam repassando as informações do sistema. Para 
tentar evitar que essas informações do software sejam repassadas a terceiros, ao 
instalar todo o sistema, apenas um funcionário fica responsável para instalação. 
 
A necessidade de controlar o processo está diretamente ligada ao 
funcionamento da indústria que não pode parar, logo a sua matéria prima não pode 
parar de chegar. Outros fatores logísticos como chuvas, acidentes de transito e 
engarrafamento também são monitorados facilitando assim, a tomada de decisões 
rápidas e efetivas para o processo como um todo. 
 
4. DESAFIOS DA COLHEITA FLORESTAL 
 
4.1 DESAFIOS DA COLHEITA FLORESTAL 
 
4.1.1 INTRODUÇÃO 
 
A colheita de madeira mecanizada é influenciada por diversas variáveis, que 
influenciam na capacidade operacional da máquina, e que afetam na produtividade e 
 
 
25 
 
Disciplina: Sistemas de Suprimento e Colheita Florestal de Precisão 
 
no custo de produção da madeira (SEIXAS, 1998). De acordo com Bramucci (2001), 
existem poucos dados sobre a influência dessas variáveis sobre a capacidade produtiva 
das máquinas em condições de trabalho variadas. 
 
4.1.2 FATORES DE INFLUÊNCIA 
 
As máquinas e os equipamentos por trabalharem à campo apresentam influencia 
por diversos fatores técnicos e ambientais. Seixas (1998) menciona que as condições 
climáticas, as características físicas do solo, o relevo, o diâmetro das árvores, a 
quantidade de galhos, a densidade e a qualidade da madeira afetam a produtividade 
das máquinas. Lopes et al. (2010) menciona que a experiência do operador também 
pode afetar a produtividade. 
 
A seguir observaremos alguns pontos, conforme levantado pela Engenheira pós 
graduada Carla Rodrigues em sua monografia: Variáveis de influência na operação de 
colheita de madeira mecanizada, buscando maior comprovação destas influencias no 
meio florestal. 
 
 
4.1.3 DIÂMETRO DAS ÁRVORES A SEREM COLHIDAS (DAP) 
 
O DAP é considerado como um dos fatores que influenciam na produtividade de 
equipamentos florestais (ELIASSON, 1999; GINGRAS,1988). Bramucci (2001) em seu 
estudo, verificou que o aumento do DAP está diretamente relacionada com a 
produtividade, atéaproximadamente aos 24 cm, apresentando uma queda na 
produtividade em diâmetros maiores. 
 
4.1.4 VOLUME INDIVIDUAL DAS ÁRVORES 
 
Outros autores relataram que existe uma direta relação da produtividade das 
máquinas florestais com o volume médio individual das árvores, acarretando na redução 
dos custos de produção com o aumento do volume individual das árvores (SANTOS; 
MACHADO, 1995; HOLTZSCHER; LANFORD,1997; SILVA et al., 2007; MALINOVSKI et al., 
2006; MARTINS et al., 2009). 
 
Burla (2008) afirma que o volume médio individual é o principal fator de 
influência na produtividade de um harvester. Santos; Machado e Leite (1995) ao avaliar 
a influência do volume individual por árvore, que variou de 0,0 até valores acima de 
0,381 m³ árvore-1, nos elementos do ciclo operacional do forwarder, na produtividade e 
nos custos, verificou que a medida que aumentava o volume por árvore, o tempo de 
carregamento diminuía até atingir um volume de 0,300m³, estabilizando-se a partir de 
então. Além disso, a produtividade aumentou em função do volume, e 
consequentemente os custos diminuíram. 
 
 
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Disciplina: Sistemas de Suprimento e Colheita Florestal de Precisão 
 
Bramucci (2001) ao avaliar a produtividade do harvester, verificou que o volume 
médio por árvore, influenciou 55 % na capacidade produtiva da máquina, sendo esta em 
conjunto com outras variáveis, apresentou 80 % de correlação com a sua capacidade 
produtiva. 
 
4.1.5 VOLUME DE MADEIRA POR HECTARE 
 
Diversos estudos realizados com sistemas de colheita da madeira pelo método 
mecanizado, mencionam que a produtividade do povoamento está diretamente 
relacionada a eficiência de várias máquinas, sendo mais eficiente aquelas que operarem 
em povoamentos com maior produtividade volumétrica por hectare (MOREIRA, 2000 
apud LOPES et al., 2007). 
 
O volume de madeira por hectare está diretamente correlacionado com o 
volume individual das árvores. Bramucci (2001) ao estudar a produtividade do 
Harvester, verificou que as curvas de regressão da produtividade e volume de madeira 
por hectare são semelhantes as curvas da produtividade em relação ao volume 
individual por árvore. 
 
4.1.6 DENSIDADE DE PLANTIO 
 
A densidade do plantio está diretamente relacionada ao volume individual das 
árvores, quanto mais densa é a população, menores são os volumes médios por árvore. 
Bramucci (2001) verificou que florestas densas e com baixo volume individual, 
influenciou negativamente na capacidade produtiva do harvester, que segundo o autor, 
se deve ao maior dificuldade de movimentação do equipamento e ao arranjamento das 
árvores derrubadas, sendo recomendado uma faixa de densidade ideal de 800 a 1200 
árvores por hectare. 
 
4.1.7 DECLIVIDADE DO TERRENO 
 
Diversos autores mencionam que o aumento da inclinação do terreno influencia 
negativamente na produtividade (BRAMUCCI; SEIXAS, 2002; MARTINS et al., 2009; 
SIMÕES; FENNER, 2010). Isto se deve ao tempo consumido nas atividades, pois em 
menores inclinações do terreno, os operadores das máquinas tem maior facilidade de 
posicionar o cabeçote nas árvores. 
 
Paula (2011), avaliou a colheita de eucalipto realizada por dois modelos de 
harvesters, PC200 e PC228 da marca Komatsu, com rodado de esteira, e encontrou uma 
produtividade média de 18,57 m³ h-1 e 19,88 m³ h-1, sendo 33,50 m³ h-1 em áreas planas. 
O custo obtido em condições planas foi de US$ 3,28m-3 em condições planas à US$ 7,00 
m-3 em relevos acidentados. 
 
 
 
 
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Disciplina: Sistemas de Suprimento e Colheita Florestal de Precisão 
 
4.1.8 SORTIMENTO 
 
O tamanho das toras influência diretamente na capacidade produtiva das 
máquinas. Spinelli et al. (2002) verificou que no harvester, apresentou um aumento da 
produtividade quando o traçamento passou de 2 para 4 metros. 
 
Oliveira, Lopes e Fiedler (2009) avaliaram a influência da dimensão dos 
sortimentos de Pinus, na produtividade de um forwarder, As maiores produtividades e 
os menores custos de produção foram obtidos nos sortimentos de 2,4 e2,6 m de 
comprimento, sendo estes os maiores comprimentos das toras, o que permitiu otimizar 
o compartimento de carga do forwarder. 
 
4.1.9 OPERADOR 
 
De acordo com Machado (2014) as empresas florestais possuem a necessidade 
de formar operadores de máquinas, capacitando-os, para que possam trabalhar nestas 
máquinas de alta tecnologia. Para Parise (2008) a dificuldade de encontrar pessoas que 
apresentam o perfil adequado para executar a operação de colheita de madeira, pode 
acarretar em baixas produtividades das máquinas, baixa disponibilidade mecânica e 
operacional, altos custos operacionais e custos de manutenção, além de aumentar os 
riscos de acidente e trabalho. 
 
De acordo com Lopes et al. (2010) o uso dos simuladores de realidade virtual em 
treinamento de operadores de máquinas é uma solução considerada eficiente, 
permitindo a capacitação de operadores com baixos custos. Os autores ao avaliarem o 
desempenho de um grupo de 26 operadores sem experiência no treinamento com 
simulador de forwarder verificaram que com o treinamento houve uma redução de 
danos à máquinas, como por exemplo a colisão com fueiros, na etapa de carregamento. 
 
4.1.10 DISTÂNCIA DE EXTRAÇÃO 
 
O forwarder é influenciado pela distância de extração. Em curtas distâncias, a 
velocidade média de deslocamento é baixa, quando comparada a distâncias médias e 
longas. De acordo com Santos; Machado e Leite (1995) isso se deve pela maior parte do 
tempo ser gasto com aceleração e desaceleração da máquina. 
 
5. NOVAS TECNOLOGIAS APLICADAS A MECANIZAÇÃO FLORESTAL 
 
5.1 INTRODUÇÃO 
 
A colheita da madeira é considerada a operação final do ciclo de produção 
florestal, onde são obtidos os principais produtos, considerados os mais valiosos, e o 
planejamento da operação garante a rentabilidade do negócio (ARCE et al., 2004), desta 
maneira, considera-se que os processos de colheita e transporte da madeira é a etapa 
 
 
28 
 
Disciplina: Sistemas de Suprimento e Colheita Florestal de Precisão 
 
mais importante do ponto de vista econômico, visto que de acordo com Wadouski 
(1997) esta operação pode chegar a mais de 50% do custo final da madeira posto fábrica. 
 
A escolha por um sistema de colheita de madeira pelas empresas, pode ser 
influenciado por algumas variáveis como: topografia, rendimento volumétrico dos 
povoamentos, tipos dos povoamentos, uso final da madeira, das máquinas, dos 
equipamentos e dos recursos disponíveis (FIEDLER, 1995). 
 
5.2 NOVAS TECNOLOGIAS NA COLHEITA DE MADEIRA 
 
Uma nova tecnologia que tem o intuito de reduzir o tempo de operação em um 
sistema integrando corte, se refere a uma das últimas tecnologias é o Dual Harwarder 
(Figura 5) que é uma máquina de colheita de madeira, onde, em poucos minutos, uma 
única máquina pode se transformar de um harvester para um forwarder, e vice-versa. 
 
 
Figura 5 – Detalhe Do Dual Harwarder. 
Fonte: Ponsee (2013) 
 
O Buffalo Dual, da marca Finlandesa Ponsee, permite que o corte e o baldeio 
sejam executados de forma flexível, levando em conta a geografia dos talhões, o 
diâmetro e o volume das árvores e a carga de trabalho da frota de máquinas, otimizando 
o uso e maximizando a capacidade da máquina. 
 
De acordo com Zinkevicius et al., (2013), a transformação de um forwarder em 
um harvester dura em média 22 minutos e inclui a reprogramação do computador, a 
instalação do cabeçote harvester e a desmontagem da grua e do pilar do forwarder. 
Enquanto que, com 10 minutos em média, a transformação de um harvester em um 
forwarder se dá pela reprogramação do computador, a instalação da grua e do pilar do 
forwarder e a desmontagem do cabeçote harvester. 
 
 
29 
 
Disciplina: Sistemas de Suprimento e Colheita Florestal de PrecisãoPara a realidade brasileira o harwarder ou Combi, pode parecer um pouco 
inadequado em razão dos altos índices de produtividade e a dinâmica que é aplicada 
nos plantios homogêneos. No entanto para alguns casos como em florestas plantadas 
que possuem como característica um regime de manejo onde é dada a maior atenção 
aos tratos silviculturais como o desbaste e a poda para obtenção de árvores de futuro 
com maior padrão de qualidade; o uso deste modelo de trator pode ser indicado para 
estudos de tempo e movimento para avaliação do desempenho. Basicamente o trator 
que realiza o corte e baldeio em uma só máquina implica em menor produtividade, no 
entanto para uma melhor sustentabilidade do sítio e menor impacto a árvores 
remanescentes e qualidade do produto colhido seu desempenho pode garantir 
melhores resultados. 
 
Esta tecnologia que ainda não é aplicada no Brasil também foi descrita por Seixas 
(2010) que apresentou que o crescente custo da mão de obra e o aumento das restrições 
de segurança no ambiente de trabalho foram causas do desenvolvimento do harvester 
Besten (Figura 6), fabricado pela companhia sueca Gremo AB, operado por controle 
remoto a partir de um forwarder, constituindo-se de uma máquina com seis rodas, 
equipada com esteiras, sem cabine e sem operador. 
 
Operando em um conjunto formado por um harvester e dois forwarders, entre 
suas vantagens estão a melhor condição ergonômica para os operadores, menor 
investimento e o carregamento, logo após o corte das árvores, direto na caixa de carga 
do forwarder. Comparado ao sistema tradicional, o inovador conceito Besten driverless 
é altamente competitivo em operações de corte final (SEIXAS, 2010). 
 
 
Figura 6 – Detalhe Do Harvesterbesten. 
Fonte: Gremo (2011) 
 
De acordo com Hummel et al., (2005), Fleischer (2007) e Biernath (2012) em 
terrenos com declividades acentuadas as principais novas tecnologias nas máquinas de 
corte florestal, além do harvester X3M 911.3 estudado nesta tese, são: 
 
 
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Disciplina: Sistemas de Suprimento e Colheita Florestal de Precisão 
 
 Königstiger–é um trator harvester especializado em colher árvores em 
declividades até 33° e possui um sistema de nivelamento da cabine que 
garante maior área de visão ao operador. 
 Highlander (FIGURA 4) – que é composto por uma máquina base de seis 
pneus onde o detalhe em que garante ao chassi da máquina a possibilidade 
de alongar-se e encurtar-se independentemente um lado do outro garante 
a característica de aplicabilidade desta máquina em terrenos declivosos e 
íngremes. 
 
 
Figura 7 – Detalhe do Highlander. 
 
 Timber Pro TL 735 – B (Figura 8) – é utilizado em áreas montanhosas e se 
caracteriza por uma máquina base de esteiras com um cabeçote harvester e 
um cabo acoplado a lança da máquina para extrair árvores inteiras para 
posterior processamento das mesmas. Esta máquina também possui um pé 
de apoio alocado na lança que serve para apoiar à lança no solo, trazendo 
maior estabilidade a máquina, o que garante o processamento das árvores 
em terrenos não planos. 
 
 
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Disciplina: Sistemas de Suprimento e Colheita Florestal de Precisão 
 
 
Figura 8 – Timber Pro Tl 735 – B. 
Fonte: Hummel et al. (2007) 
 
 
6. TELEMETRIA APLICADA AO CONTROLE DE PRODUÇÃO DA COLHEITA 
MECANIZADA 
 
O sistema de telemetria pode ser aliado a outros sistemas como a utilização de 
computadores de bordo conectados ao GPS (Global Positioning System) e sistemas que 
quantificam o tempo de trabalho, paradas, tempo de manutenção, combustível/tempo, 
e o georreferenciamento, que permite identificar a área trabalhada por operador. 
 
Empresas do ramo Florestal se utilizam do sistema de telemetria buscando uma 
melhor eficiência nos serviços, um exemplo de sua utilização pode se dar com intuito de 
auxiliar e controlar as ações do motorista, o sistema pode se fazer útil para a verificação 
de alguns pontos específicos. 
 
Com os dados adquiridos são calculadas as porcentagens de eficiência e 
rendimento e com estes valores, pode ser computado o faturamento da empresa. A 
seguir veremos exemplos de programas de sistemas que buscam auxiliar o 
levantamento dos dados. 
 
6.1 ESRI 
 
A Esri é uma empresa americana atuante no segmento de Sistemas de 
Informação Geográfica (SIG). Um dos produtos desta empresa é o ArcGIS, um software 
SIG utilizado em diversos segmentos da sociedade e setores produtivos, tais quais 
governos regionais e municipais, exército nacional, departamento de polícia, setor 
 
 
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Disciplina: Sistemas de Suprimento e Colheita Florestal de Precisão 
 
florestal, da agricultura e da mineração. A Esri lançou em 2014 o ArcGIS 10.3, que possui, 
entre outras funções, a telemetria de dados em tempo real, transmitidos como mapas, 
listas, gráficos, entre outros. 
 
Os dados são coletados em data logger e são transferidos por telemetria ao 
banco de dados central. Os dados podem ser dados de um GPS para fornecer a posição 
geográfica das máquinas dentro de um erro de um metro aproximadamente, bem como 
a situação da mesma (ligada ou desligada). A totalidade das máquinas e veículos pode 
ser monitorada em tempo real pelos técnicos responsáveis em qualquer local que 
possua o sistema ArcGIS 10.3 instalado. 
 
6.2 TREEMETRICS 
 
A plataforma Treemetrics possibilita a transferências em tempo real das 
informações de áreas de colheita remotas, além de posicionar geograficamente o local 
de cada árvore colhida. Os dados de colheita obtidos são utilizados para constantemente 
atualizar o módulo de gestão florestal da plataforma Treemetrics, o que possibilita o 
técnico adaptar as estratégias e demandas ao longo da execução da colheita. Os dados 
coletados pelo sistema são armazenados em data logger e transferidos por telemetria 
para o satélite particular da Treemetrics, denominado “SATCOM”, e posteriormente são 
exportados para um banco de dados na nuvem que pode ser acessado em qualquer 
localidade com acesso à internet. 
 
6.3 MULTIDAT 
 
O sistema MultiDAT é equipado com sensores internos que detectam o 
movimento das máquinas e registra o uso das funções das máquinas, o que possibilita 
analisar a duração das ações da máquina e quantas vezes essas funções foram 
realizadas. O sistema ainda conta com a coleta de datas espaciais (pontos GPS) que 
posteriormente podem ser visualizados em softwares compatíveis de SIG. Ainda são 
reportados dados quanto ao tempo fora de operação e progresso do trabalho. 
 
Os dados gerados pelo sistema podem ser transferidos por telemetria pelo 
satélite particular da MultiDAT ou manualmente pela cópia e transferência de dados por 
um HD portátil. Um software ainda acompanha o sistema facilitar o trabalho e a 
visualização dos dados e informações geradas. 
 
6.4 CLAAS 
 
O Claas telematics possibilita monitorar a performance das máquinas em campo 
em qualquer lugar com acesso à internet. O sistema permite o responsável monitorar, 
analisar e comparar resultados sobre a performance da colheita de modo a garantir 
todas as informações necessárias para o desenvolvimento das operações planejadas. 
 
 
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Disciplina: Sistemas de Suprimento e Colheita Florestal de Precisão 
 
O funcionamento do sistema se baseia na coleta de dados via data logger 
embarcado, o qual coleta dados a cada 15 segundos, que posteriormente são enviados 
a um banco central de dados. Esses dados são salvos na central e podem ser acessados 
remotamente através de qualquer browser de navegação. 
 
Apesar de o sistema ter sido para operações de colheita de culturas agronômicas, 
certa gama de dados e informações geradas podem ser estendidas à colheita florestal. 
Dentre os dados comuns coletados pode-se citar: velocidade da máquina, altura de 
corte, desempenho da colheita, rendimento da colheita,área colhida, desempenho do 
descascamento, horas efetivas de trabalho, rotação do motor, velocidade de 
deslocamento, status do tanque de combustível, consumo de combustível, declividade 
e declividade lateral, posição geográfica e rotas percorridas. 
 
6.5 ENALTA 
 
A solução da Enalta para telemetria busca junto a Cadeia de Valor dos Ativos 
Móveis, redução de valores de operação (colhedoras, manutenção, motor ocioso e 
operadores) e elevando a produtividade. Além de ser útil na recente onda de 
certificações e regulamentações ambientais. 
 
O contexto da Gestão de Ativos Móveis (GAM) apresenta uma série de análises 
de performance dos equipamentos e auxilia na gestão da frota melhorando também o 
monitoramento dos operadores e motoristas melhorando eficiência de combustíveis, 
lubrificantes, peças e manutenções. 
 
A GAM é composta por produtos da linha E-Track da Enalta, ambientes de 
comunicação com 3G, GPRS, WIFI e satélite, infraestrutura de TI com servidores, bancos 
de dados, sistemas e serviços e o E-Manager que realiza todo monitoramento dos ativos 
em tempo real usando um SIG (Sistemas de Informação Geográfica) de alta 
performance. 
 
Para as empresas do setor de transporte logístico, torna-se cada dia mais 
essencial um planejamento elaborado, visando a área da tecnologia da informação, para 
implantação de algum software de monitoramento para garantir a melhoria da 
qualidade e quantidade de todo processo de distribuição. Pois, esse setor encontra-se 
em constante crescimento do comércio eletrônico, e a empresa que não quiser ser 
suprimida por esse mercado, terá de se adaptar as mudanças. 
 
 
 
 
 
 
 
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Disciplina: Sistemas de Suprimento e Colheita Florestal de Precisão 
 
7. CARACTERÍSTICAS DA INFRAESTRUTURA FLORESTAL NO 
SUPRIMENTO DE MADEIRA E SUAS IMPLICAÇÕES 
GEORREFERENCIADAS 
 
7.1 DEFINIÇÕES E HISTÓRICO 
 
Considera-se infraestrutura florestal todos os alicerces relacionados a produção 
florestal durante toda a cadeia produtiva, desde operações de preparo a implantação 
da floresta (quando trata-se de florestas plantadas) até a colheita da floresta. Quando 
estuda-se a exploração de florestas nativas as principais definições de infraestrutura 
tomam outra forma em função das particularidades de florestas nativas. Basicamente 
no setor florestal iremos nos ater aos três principais modais viários utilizados para 
transporte de suprimentos: Hidroviário, Ferroviário e Rodoviário. Em função da ampla 
rede rodoviária existente no Brasil a participação do modal rodoviário é de 
aproximadamente 61,1% em relação aos demais modais viários de transporte de carga, 
CTN (2014). Neste capitulo trata-se com grande ênfase os estudo de características e a 
qualidade das estradas florestais. Define-se como estradas florestais: “Estrada rural e 
florestal é o meio de ligação entre as áreas rurais e urbanas, comumente denominadas 
de estrada de terra.” (Machado, 2013). 
 
A infraestrutura florestal é de suma importância para melhoria da produtividade 
e redução dos custos operacionais, principalmente a infraestrutura rodoviária, pois o 
transporte significa a maior porcentagem de custos da madeira colocada na indústria. 
Em estudos de caso avaliados em empresas de base florestal na região sudeste do Brasil, 
as operações de: Transporte, colheita e implantação da rede viária totalizaram 65% dos 
custos na produção de madeira, vale ressaltar a grande relação das estradas florestais 
nestes centros de investimento. 
 
A execução da infraestrutura florestal pode ser uma das atividades que 
representam depois da floresta o principal investimento em um empreendimento 
florestal, este fator produtivo está diretamente relacionado a ação de depreciação 
contínua através do trafego sob a estrada (MALINOVSKI et al., 2004). O planejamento 
destas vias deve levar em conta a menor retirada de vegetação nativa e árvores isoladas, 
assim como, a menor mobilização do solo e a maior utilização das estradas já existentes, 
fazendo com que diminuam os custos para a implantação das estradas. 
 
Quando trata-se de estradas florestais é fundamental salientar a finalidade na 
implantação de uma estrada florestal de alta qualidade e capaz de garantir índices de 
trafegabilidades elevado durante todo o ano, independente das características 
climáticas da região. Segundo Malinovski (2013), as principais finalidades de estradas 
florestais são: 
 Acesso a áreas; 
 Guarda de Patrimônio; 
 Implantação e manutenção; 
 
 
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Disciplina: Sistemas de Suprimento e Colheita Florestal de Precisão 
 
 Colheita; 
 Transporte e abastecimento fabril; 
 
Visando alcançar padrões de qualidade elevados cumprindo todos os requisitos 
e finalidades de uma estrada florestal, alguns elementos de composição são essenciais 
e devem ser considerados durante o planejamento e execução de projetos rodoviários. 
Alguns dos principais elementos de composição de uma estrada florestal são: 
 Densidade Ótima 
 Perfil Horizontal 
 Perfil Transversal 
 Perfil Longitudinal 
 Revestimento e Pavimentação 
 Elementos de Drenagem 
 
Em função da grande variação entre os padrões de qualidade encontradas nas 
estradas brasileiras, variação entre os elementos de composição e variação de 
investimentos na rede viária, geralmente empresas de base florestal utilizam 
metodologias para classificar suas vias. Segundo Machado (2013), os principais tipos de 
classificação utilizados são: 
 Quanto a sua Posição Geográfica 
- PR 090 (Ventania– Assaí) 
- BR 277 (Porto de Paranaguá – Ponte da Amizade) 
 Quanto a Função 
- Rodovia Arterial 
- Rodovia Local 
- Rodovia Coletora 
 Quanto a Jurisdição 
- Rodovia Federal 
- Rodovia Municipal 
- Rodovia Estadual 
 Quanto as Condições Técnicas 
 
Em geral empresas florestais utilizam critérios de diferentes tipos de classificação 
visando customizar seu sistema de classificação. Portanto geralmente encontramos a 
seguinte classificação segundo sua importância para a empresa, sendo as: Primárias, 
mais largas e com melhor acabamento, ligam a área de plantio ao local onde está 
instalada a indústria; Secundárias, ligam a área de exploração às estradas principais, 
devem ser paralelas e de leste à oeste, linha do sol, para secar mais rápido depois das 
chuvas; Terciárias, geralmente conhecidos como ramais ou trilhas de arraste visando 
levar a madeira para uma estrada passível da entrada de carretas. 
 
 
 
 
 
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Disciplina: Sistemas de Suprimento e Colheita Florestal de Precisão 
 
7.2 ELEMENTOS E CARACTERÍSTICAS DA INFRA ESTRUTURA FLORESTAL 
 
Para melhor entendermos a importância do georreferenciamento e a forma 
como ele interage com o planejamento florestal e sua infraestrutura, devemos conhecer 
brevemente os elementos que compõe as estradas florestais e a forma como se dispõe 
no processo construtivo da mesma. 
 
Quando trata-se de elementos de construção de uma estrada florestal, pode-se 
segmentar os elementos construtivos em três grandes grupos: Traçado Geométrico, 
Pavimentação e Drenagem. 
 
7.2.1 TRAÇADO GEOMÉTRICO 
 
Define-se como traçado geométrico o desenho ou delineamento de um trecho 
de estrada. Este parâmetro é de grande relevância para todo o horizonte produtivo que 
a estrada irá escoar. Este elemento relaciona todo o planejamento de: Perfil horizontal, 
Velocidade Diretriz, tipo e raio de curva, perfil longitudinal, perfil transversal e 
superelevação (Figura 9). 
 
Os parâmetros de traçado geométrico de maneira geral devem concordar o 
projeto da estrada com as características do ambiente. Quando projetados e alocados 
corretamente os traçados geométricos de uma estrada irão proporcionar a melhor via 
para determinada área em um custo não oneroso. 
 
Figura 9 - Fatores relacionados no estudo

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