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FONTES DE ENERGIA Atualmente, no mercado, existem três tipos de fontes de energia capazes de produzir o calor necessário ao processo de soldagem: 1. o transformador; 2. o retificador; e 3. o gerador. TRANSFORMADOR É o equipamento que, como o próprio nome indica, transforma a energia que recebe da rede elétrica, de alta tensão, em uma energia de baixa tensão. Ao mesmo tempo, ele transforma a corrente de baixa intensidade para uma de alta intensidade. A corrente produzida pelo transformador é alternada (CA). Por isso, somente os eletrodos revestidos apropriados para CA podem ser utilizados com esse aparelho. TRANSFORMADOR RETIFICADOR O retificador é um transformador com algo a mais: ele possui componentes eletrônicos capazes de converter a corrente alternada (CA) em corrente contínua (CC). Assim, pelo fato de permitir a passagem da corrente elétrica contínua (CC), o retificador aceita qualquer tipo de eletrodo. RETIFICADOR GERADOR Como o próprio nome indica, o gerador é uma máquina rotativa capaz de gerar energia. Com um motor que tanto pode ser alimentado por eletricidade, quanto por combustão, ele produz corrente elétrica contínua (CC). Assim como o retificador, por produzir corrente elétrica contínua (CC), o gerador é capaz de utilizar qualquer tipo de eletrodo. GERADOR Essas fontes de energia podem gerar dois tipos de correntes: • A Corrente Contínua (CC); A corrente contínua (CC) ocorre se o fluxo de elétrons segue um único sentido. • A Corrente Alternada (CA). Já a corrente alternada (CA) ocorre se o fluxo de elétrons segue dois sentidos, ou A diferença entre elas é o sentido do fluxo de elétrons. seja, vai e volta. A corrente contínua perde força quando percorre grandes distâncias. Isso já não acontece com a corrente alternada. Para os processos de soldagem é necessária uma corrente elétrica de alta intensidade e de baixa voltagem. Por isso, que contamos com a ajuda de equipamentos que, para serem fontes de energia – ou seja, para produzirem a fonte de calor necessária ao processo de soldagem, transformam, retificam e geram o tipo de energia adequada para cada situação. Na soldagem a arco elétrico, por exemplo, sempre ocorrerá solidificação heterogênea devido a turbulência do arco, mas principalmente a partir da interface sólido líquido. A corrente contínua (CC), quando comparada à alternada (CA), apresenta um conjunto de vantagens para o processo de soldagem: • Solda qualquer material e Proporciona uma solda de melhor qualidade. • Proporciona uma solda com polaridade direta ou inversa. • Tem um alto fator de potência e proporciona maior flexibilidade. • Gera arco elétrico mais estável e é mais adaptável às diversas situações de trabalho. • A desvantagem é o custo do equipamento e de sua manutenção é maior. A corrente alternada no processo de soldagem A corrente alternada (CA) é a mais indicada nas soldagens que exigem eletrodos de maior diâmetro e, consequentemente, correntes mais altas. Aumentando a corrente de soldagem é possível conseguir: • Fusão mais rápida do eletrodo. • Maior penetração. • Volume maior da poça de fusão. • Cordão de solda mais largo. Além do conceito de corrente, há outro que influencia diretamente o processo de soldagem. Trata-se da polaridade. A polaridade depende da ligação da peça que será soldada ao equipamento, ou seja: Polaridade direta (CC-): a peça está ligada ao polo positivo do equipamento e o eletrodo, ao negativo. Polaridade Inversa (CC+): a peça está ligada ao polo negativo do equipamento e o eletrodo, ao positivo. A polaridade direta (CC-), quando utilizada nas soldagens manuais com corrente contínua, produz uma: 1. menor penetração; e 2. maior taxa de fusão. A polaridade inversa (CC+), quando utilizada nas soldagens com corrente contínua, produz uma: 1. maior penetração; e 2. menor taxa de fusão. O termo parâmetro de soldagem está relacionado às características necessárias para a execução de uma junta soldada que tenha o tamanho, a forma e a qualidade desejados. Na soldagem manual com eletrodos revestidos, a escolha correta dos parâmetros de soldagem é essencial para se conseguir uma junta soldada de qualidade. A seleção dos parâmetros de soldagem deve levar em consideração: 1. Tensão; 2. Corrente; 3. Velocidade; e 4. Penetração. A manutenção do comprimento do arco elétrico depende, exclusivamente, da habilidade do soldador. Um profissional experiente costuma perceber, pelo som produzido durante a soldagem, se o comprimento do arco está ou não adequado: • UNIFORME, é sinal de que o arco está estável. • “PIPOCADO”, é sinal de que o arco está instável. A consequência de um arco instável é a penetração não uniforme de solda. Com isso, ocorrerá um defeito conhecido como mordedura (falha) no cordão de solda. A corrente de soldagem está relacionada: 1. ao tipo de material que será soldado; 2. à geometria da junta; 3. à posição de soldagem; e 4. ao diâmetro do eletrodo. Normalmente, a corrente de soldagem é igual a 40 vezes o diâmetro do eletrodo. A velocidade da soldagem está diretamente relacionada à intensidade da corrente. Basicamente, se a velocidade de soldagem aumenta, a intensidade de corrente também deve aumentar. Só assim é possível se manter a taxa de deposição. A penetração da solda está relacionada a todos os outros parâmetros. Mas o que mais a influencia é a intensidade da corrente. Macroestrutura esquemática da seção transversal de uma junta soldada e sua relação com as temperaturas de pico. A - ZF, B - ZTA e C - MB. Distribuição de temperaturas (estado quase estacionário) na deposição de um cordão sobre uma chapa espessa de aço. Microestrutura de aço carbono resfriados lentamente. Aço com 0,45%C, Ataque Químico: Nital – 500 X Microestrutura de aço carbono resfriados lentamente. Aço com 0,80%C, Ataque Químico: Nital – 500 X Microestrutura de aço carbono resfriados lentamente. Aço com 0,95%C, Ataque Químico: Nital – 500 X
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