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CULTURA DO MILHO – Prof. Renzo Tainah Freitas 2014/2 1. Comente sobre como o fotoperíodo e a temperatura influenciam a produção de grãos de milho. A temperatura é um fator que pode limitar o plantio de milho. O ideal é que se tenha dias quentes e noites frias, sendo as temperaturas mínimas diurna e noturna igual a, respectivamente, 19ºC e 13ºC, sendo a temperatura ótima entre 25 e 30ºC. Se a temperatura for menor que as mínimas referidas, poderá haver redução no metabolismo e crescimento da planta (<19ºC) e afetar a germinação (<10ºC). Fotoperíodo: o milho é uma planta de dias curtos embora algumas cultivares tenham pouca ou nenhuma sensibilidade as variações do fotoperíodo. Um aumento do fotoperíodo faz com que a duração da etapa vegetativa aumente e proporcione também um incremento no número de folhas emergidas durante a diferenciação do pendão e do número total de folhas produzidas pela planta. Nas condições brasileiras, o efeito do fotoperíodo na produtividade do milho é praticamente insignificante. 2. Fazendo uma retrospectiva sobre o mercado de sementes de milho no Brasil, comente sobre a importância do milho transgênico na melhoria do sistema de produção de milho no Brasil. Aumento da produtividade (aumento da produção sem aumentar a área plantada), redução dos custos de produção (menos aplicações de defensivos, menos uso de água e gastos menores com manejo e equipamentos), gerando ganho econômico que fica no bolso do produtor e alimentos mais baratos. Além disso, demandam menor quantidade de aplicações de defensivos, evitando a contaminação da água e do solo, reduzindo o consumo da água, usada nas pulverizações, e também de óleo diesel. 3. Comente sobre a extração e exportação de macronutrientes em milho e sua relação com a recomendação de adubação de milho visando a produção de grãos e silagem. No que se refere à exportação dos nutrientes nos grãos, o fósforo é quase todo translocado para as sementes (80 a 90%), seguindo-se o N (75%), S (60%), sendo a translocação do restante dos nutrientes menor que 50%. Isso implica que a incorporação dos restos culturais do milho devolve ao solo grande parte dos nutrientes, principalmente potássio e cálcio, contidos na palhada. Quando o milho é colhido para silagem, além dos grãos, a parte vegetativa também é removida, havendo consequentemente alta extração e exportação de nutrientes. Assim, problemas de fertilidade do solo se manifestarão mais cedo na produção de silagem do que na produção de grãos, principalmente se a primeira for obtida de uma mesma área por vários anos consecutivos e se não for adotado um sistema de manejo de solo e adubações adequadas. 4. Cite as etapas para o desenvolvimento de cultivares de milho. Comente sobre uma delas. - Escolha e formação da população base - Melhoramento de populações - Síntese e avaliação de linhagens: Método genealógico (6 a 8 geração de autofecundação), Método duplo haplóide (DH) (2 a 3 gerações de autofecundação) - Síntese e avaliação de híbridos: Várias linhagens - centenas/milhares de híbridos. Avaliação em vários locais e épocas Ensaios: Estágios progressivos de teste (aumenta o nº de locais a cada ano) - Produção de sementes Classes de sementes - Certificada e não Certificada Categorias: Genética, Básica, C-1, C-2, S-1, S-2, Agricultor Obs: Qualquer Categoria Pode Vir De Outra Categoria Superior Para o milho não existe as categorias C-2 E S-2 - Marketing e Comercialização 5. Qual a sua opinião sobre o controle químico de doenças de milho? O uso de fungicidas na cultura do milho é recomendado nas situações de elevada severidade de doenças, que são resultantes da combinação de todos, ou alguns, dos seguintes fatores: uso de genótipos suscetíveis, condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento das doenças, plantio direto sem rotação de culturas e plantio contínuo de milho na área. Recomenda-se utilizar cultivares resistentes; realizar o plantio em época adequada, de modo a evitar que os períodos críticos para a cultura coincidam com condições ambientis mais favoráveis ao desenvolvimento da doença; utilizar sementes de boa qualidade e tratadas com fungicidas; utilizar rotação com culturas não suscetíveis; rotação de cultivares; manejo adequado da lavoura – adubação equilibrada (N e K), população de plantas adequada, controle de pragas e de invasoras e colheita na época correta. Os benefícios vão desde o menor risco à saúde humana e ao meio ambiente, menor custo de produção, até a preservação da efetividade das moléculas fungicidas devido ao menor risco de surgimento de populações de patógenos a elas resistentes. 6. Comente sobre a utilização de milho transgênico resistente a herbicidas. A utilização de milho transgênico resistente a herbicida representa mais uma possibilidade de controle das plantas daninhas que competem com o cultivo do milho. Há alguns eventos registrados para tolerância ao glifosato (Roundup Ready® - RR, Agrisure TG® - TG) e para tolerância ao glufosinato de amônio (Liberty Link® - LL). Porém, o uso continuo de herbicidas com o mesmo modo de ação durante vários anos, poderá aumentar a pressão de seleção, contribuindo para o surgimento muito mais rápido de plantas daninhas resistentes a herbicidas. Também deve- se atentar a sucessão ou rotação com outras culturas também resistentes ao mesmo grupo de herbicidas, como o milho safrinha plantado após o cultivo da soja, que também possui eventos de tolerância a herbicidas. Recomenda-se que sejam utilizados também herbicidas de modos de ação diferentes no controle das plantas daninhas para evitar-se o aparecimento de espécies resistentes. 7. Quais os diferentes tipos de silagem possíveis com milho, como são obtidos, qual o rendimento por hectare, quando utilizar e qual a época de ensilar? Silagem de planta inteira: Consiste em cortar toda a planta de milho através de ensiladeiras adequadas, para posterior compactação e vedação no silo. 55 ton/ha. Utilizada como volumoso. Período de corte: 1/2 a 3/4 linha leite dos grãos (65 a 70% umidade). Silagem de grãos úmidos: colheita do milho quando os grãos apresentarem entre 30% a 40% (antecipada) graus de umidade, através de colheitadeiras convencionais, posterior trituração dos grãos em moinhos adaptados, compactação e vedação em silos construídos em locais cobertos. 12 ton/ha. São alimentos com mais energia (concentrado) Silagem da parte superior da planta: a planta é cortada da espiga para cima, quando atinge 40% de umidade (tardia). Possui menor percentual de fibra e consequentemente, maior digestibilidade, sendo um alimento de maior qualidade. Silagem de espigas: aumento na concentração de FDN, devido à presença de palha e sabugo, possuem mais energia, porém possuem menor quantidade de carboidratos não fibrosos (CNF) 8. Em relação a colheita de milho, comente sobre a época de colheita, determinação de perdas e mecanismos para reduzir as perdas em pré e pós-colheita. Época de colheita é quando os colmos e as folhas estão secos, as espigas dobradas, as palhas secas, grão secos – 18% de umidade, 150 a 180 DAS. Porém, pode ser feita a colheita Prematura, quando os grãos estão com 20 a 22%de umidade, sendo necessário a secagem, tendo menos problemas com grãos ardidos, menos degrana e menor nº de plantas acamadas. Para perdas na pré-colheita, deve-se marcar 60 m2 em área não colhida; recolher as espigas caídas no chão e/ou presas as plantas de milho tombadas; debulhar, pesar e multiplicar por 167 (x167 = Kg/ha). Para perdas na plataforma, passa o mecanismo de corte, fazendo o mesmo procedimento anterior e subtraindo o total da perda na pré-colheita. Já para perdas pelos mecanismos internos, passa-se a colhedora, quantifica os grãos caídos, subtraias outras perdas, determinando as perdas no cilindro e grãos soltos, pelo rolo despigador e por separação. PERDAS DIRETAS: Espigas não colhidas ou derrubadas devido a velocidade de colheita inadequada e a plantas acamadas. Grãos, devido a má regulagem do cilindro e colheita tardia (palha seca). Limpeza e separação por causa da má regulagem PERDAS INDIRETAS: Grão quebrados ou trincados devido a velocidade do cilindro e menor umidade do grão, CULTURA DO MILHO – Prof. Renzo Tainah Freitas 2014/2 1. PRODUÇÃO DE MILHO: REALIDADE, PERSPECTIVAS E OPORTUNIDADES 1.1. Origem e importância do Milho MILHO: Palavra de origem indígena que significa “FONTE DE VIDA OU AQUILO QUE SUSTENTA A VIDA” Centro de Origem: América Central 1.1.1. Porque cultivar milho? - Grande utilização, Geração de empregos, Alta eficiência fotossintética, Tecnologia de produção disponível, Fácil cultivo, Bem adaptada às nossas condições, Fácil comercialização 1.1.2. Usos - Uso Animal Direto: Silagem, rolão, grãos (inteiro/desintegrado) para aves, suínos e bovinos. - Uso Humano Direto de Preparo Caseiro: Espiga assada, espiga cozida, pamonha, curau, pipoca, pães, bolos, broas, cuscuz, polenta, angus, sopas, farofa. - Indústria de Rações: Rações para aves (corte e postura), outras aves, suínos, bovinos (corte e leite), outros mamíferos. - Indústria de Alimentos Dois grandes grupos industriais, segundo o processo: moagem via úmida e moagem via seca 1.1.3. Razões para o aumento da produção mundial de milho - Melhoramento Genético • Milho Híbrido: Histórico, Evolução • Evolução da Produtividade • Ganhos Genético 1.1.4. Razões para o aumento no consumo mundial Múltiplo usos, Crescimento da população mundial, Mudança no hábito alimentar, Evolução da suinocultura e avicultura, Mercado de biocombustíveis - etanol 1.2. Milho no Mundo Maiores produtores: EUA, China, Brasil, Ucrânia, Índia, Argentina Maiores exportadores: EUA, Argentina, Ucrânia, Brasil, Índia, UE Maiores consumidores: EUA, China, UE, Brasil, México, Japão Maiores importadores: Japão, México, Coréia do Sul, Egito, UE, China 1.3. Milho no Brasil - Milho: segunda cultura mais cultivada - Duas épocas de cultivo • 1ª safra – Primavera/Verão - setembro a dezembro • 2ª safra – Outono/Inverno (Milho Safrinha) - janeiro a abril - Safra 2012/2013: 83 milhões de toneladas, 16 milhões de hectares 1.4. Milho em Minas Gerais - 38000 produtores. - Área plantada: 1.220.000 ha. Empregos totais: 325.300 1.5. Milho no Sul de Minas - Área plantada: 250.000 ha - Empregos totais: 66.700 - Maiores regiões produtoras: Alto Paranaíba, Sul de Minas, Noroeste, Triângulo 1.6. Agronegócio, Crises & Oportunidades - A oferta e a demanda balizam os preços das commodities agrícolas - 2013 – produção de grãos comprometida por: - Estiagem na América do Sul e na Ucrânia - Clima seco no EUA e na Rússia - O Brasil tem condições de responder com: Produtividade; Produção; Maior oferta no mercado nacional e internacional. - Estratégias: - Eficiência tecnológica: busca por produtividade - Gestão de risco do investimento: diversificação de culturas para evitar o efeito manada - Gestão de risco do custo de produção: risco de moeda e risco de preço - Oportunidades: Boa malha viária para o escoamento da produção, Facilidade de comercialização, Crescimento da agroindústria, Modernização da produção de leite, Aumento do consumo de carne, aves e ovos, Estabilidade política e econômica, Grande oferta de insumos, Possibilidade de mecanização, Disponibilidade e acesso a novas tecnologias, Presença de órgãos especializados na cultura, Aumento da demanda pelo produto, Ampliação da rede armazenadora - Desafios: Elevar a produtividade média, Gerar freqüência das exportações, Melhorar a infraestrutura logística, Melhorar a coordenação do SAG do milho, Implementar ferramentas de financiamento e comercialização, Queda do poder aquisitivo do produtor, Aumento no custo de produção, Falta de infraestrutura básica, Carga tributária excessiva, Adversidades climáticas (safrinha), Problemas na comercialização 1.7. Considerações Finais - Brasil: maior potencial para aumentar a produção - Carne, leite, ovos: estímulo para produção - Alta tecnologia: ótima opção para o produtor - Melhoramento genético: continuará impulsionando a produção de milho - Cadeia produtiva do milho: grande geradora de empregos - Conscientização da importância da cultura - Potencial para ser grande exportador 2. FATORES CLIMÁTICOS 2.1. Temperatura - Ótima - 25 – 30ºC - Mínima diurna – 19ºC. Mínima noturna – 13ºC. Temperatura basal – 10ºC. Mínima para germinação – 10ºC - < 19ºC – redução no metabolismo e crescimento da planta - < 10ºC – afeta a germinação - Ideal: dias quentes e noites frias Obs: fator que pode limitar o plantio de milho 2.2. Graus dias – GDU - GDU = (Tmax + Tmin/2) -10 → Classificação quanto ao ciclo: hiperprecoce, superprecoce; precoce, semiprecoce OBS: previsão do comportamento de genótipos nas ≠ regiões, bem como o período de florescimento de cada híbrido 2.3. Luz PLANTA C4 - Alta produtividade líquida – ↑luz ↑FS - Praticamente não tem FR - Taxa mínima de saturação lumínica - Intensidade: Respostas crescentes, Saturação lumínica pouco significativa - Duração: Respostas ao fotoperíodo em altas latitudes (>33º), Alteração do ciclo é função de Soma Calórica - Qualidade: Não tolera luz difusa – sombreamento Ex: dias nublados no florescimento FOTOPERÍODO é importante para o milho? Para regiões produtoras – não. Para época de plantio – sim Fotoperíodo: o milho é uma planta de dias curtos embora algumas cultivares tenham pouca ou nenhuma sensibilidade as variações do fotoperíodo. Um aumento do fotoperíodo faz com que a duração da etapa vegetativa aumente e proporcione também um incremento no número de folhas emergidas durante a diferenciação do pendão e do número total de folhas produzidas pela planta. Nas condições brasileiras, o efeito do fotoperíodo na produtividade do milho é praticamente insignificante. - Varia: estação do ano, latitude - Milho – PDC – florescem quando o dia (horas de luz) começa a diminuir 2.4. Água - 3,5 a 4,5 mm/dia – até 7ª - 8ª folha. 5 a 7 mm/dia – florescimento - Consumo total = 400 a 600 mm/ciclo PERÍODO CRÍTICO: 15 dias antes do florescimento (Emborrachamento) e 15 dias após florescimento (Grãos leitosos) 2.5. Altitude - Ideal: 720-1100 m - Resposta esperada: < 300 m: baixa; 300 à 500m: média; 500 à 700m: alta; 700 à 1200m: muito alta; > 1200m: alta à média - Importante – Existe grande interação dos diferentes genótipos em relação à resposta esperada para as diferentes faixas de altitude 3. CALAGEM, GESSAGEM E ADUBAÇÃO 3.1. Fertilidade - Lei do mínimo: “O rendimento de uma safra é limitado pela deficiência de qualquer um dos nutrientes essenciais, embora todos os outros estejam presentes em quantidades adequadas”. Justus Von Liebig (1840) - Análise do solo: indispensável na avaliação da fertilidade, pH e na recomendação de adubação e calagem; Grande possibilidade de erros; Começam na amostragem; Passam pelo laboratório; Checar qualidade do laboratório/análise; Interpretação correta; Adoção das recomendações pelo produtor - esta etapa decisiva foge do nosso controle. - Retirar amostras nas camadas de 0-20 cm e 20-40 cm; Formar uma composta para cada profundidade - Amostras de 0-20 cm – calagem e adubação - Amostras de 20-40 cm – gessagem 3.2. Calagem - ↑ pH, ↑ Ca2+ e Mg2+, ↑ CTC, ↓ Fixação de P, ↓ Acidez potencial - Obs: Aplicação em área total Incorporaçãoa 20 cm NC = (70 – V1) x T / PRNT onde: NC = Necessidade de Calcário em t/ha; V1 = saturação de bases atual; T = CTC a pH=7,0 3.3. Gessagem - Quando fazer? Ca2+ ≤ 0,4 cmolc/dm3; Al+3 ≥ 0,5 cmolc/dm3; m (%) > 40% - NG (kg/ha) = 300 + 20 x (% argila) (20-40 cm). - NG (kg/ha) = 25 x (% argila) (20-40 cm) 3.4. Adubação Extração e Exportação de Nutrientes: Grão exige mais N e Restos mais K, sendo a necessidade total ~ 24,9 kg/t de N; 5,9 kg/t de P; 26,7 kg/t de K; 6,6 kg/t de Ca; 7,9 kg/t de Mg; 2,5 kg/t de S; 66,6 g/t de Zn; 21 g/t de B; 21,2 g/t de Cu. - Nitrogênio: Produtividade esperada; Cultura anterior; Cultivar; Fertilidade do solo; Tecnologia; Condições ambientais - Período de maior exigência: 35 a 40 dias - Entre a 4º e 6º folha – totalmente expandida - Deve-se parcelar: Altas doses de nitrogênio (120 a 200Kg/ha); Solos de textura arenosa; Áreas sujeitas a chuva de alta intensidade - Fontes de nitrogênio: Sulfato de amônio (20%); Uréia (45%); MAP (11%); DAP (18%); Nitrato de amônio (33%); Nitrocálcio (15%). - SuperN: Fertilizante nitrogenado com tecnologia de inibidor da enzima urease, minimizando as perdas de N por volatilização, que deve ser usado quando a incorporação do nitrogênio não é possível - Fósforo:•Exigido em pequenas quantidades, porém, são aplicados altas doses; Solos brasileiros são naturalmente pobres em P disponível; Não movimenta – ↓ lixiviação; Fixação: P-precipitado + P-adsorvido Fosfatagem: Elevar para teores médios; É recomendável para solos arenosos, com baixa CTC e baixos teores de óxidos de Fe e Al; Correção do fP no solo (médio ou longo prazo); Fontes: superfosfatos simples, fosfatos reativos, etc. - Potássio: Semeadura: máximo de 50 Kg/ha de K2O na linha; Distanciar o K2O das sementes, no mínimo, 8-10 cm; Opções: aplicar em pré-semeadura ou em cobertura. - Enxofre e Micronutrientes: Histórico da área; Análise de solo; Análise foliar; Aplicação de forma generalizada: desequilíbrio de nutrientes fitotoxidade. Micro incorporado (no grânulo): Maior uniformidade adubação Zn: via semente ou foliar, altas doses pode inibir absorção de Cu. B: via solo. Mn: via foliar - Formulações utilizadas: Semeadura (300 a 500 Kg/ha): 08-28-16; 09-33-12; 08-30-12; 08-24-12 Cobertura (300 a 400 Kg/ha): 30-00-20; 30-00-15; 30-00-10 4. ESCOLHA DA CULTIVAR DE MILHO Adaptação à região; Época de semeadura – safra verão ou safrinha; Finalidade de uso; Resistência às doenças; Resistência ao acamamento; Empalhamento; Produtividade; Custo 4.1. Cultivares Transgênicas – Safra 2013/2014 - 5 eventos para o controle de lagartas - TC 1507 (marca Herculex I ®) - MON 810 (marca Yieldgard®) - MON 89034 (marca YieldGard VT PRO®) - Bt 11 (marca Agrisure TL®) - MIR 162 (marca TL VIP ®) - 2 eventos tolerância ao glifosato - NK 603 (marca Roundup Ready® - RR) - GA 21-TG (marca Agrisure TG® - TG) - 1 evento tolerância ao glufosinato de amônio - T 25 (marca Liberty Link® - LL) 4.2. Finalidade de uso - Silagem de planta inteira – 170 cultivares - Silagem de grãos úmidos – 41 cultivares - Milho verde – 18 cultivares - Milho pipoca – 3 cultivares - Produção de canjica – 5 cultivares (milho branco) - Indústria do amido – 3 cultivares - Milho doce – 1 cultivares 4.3. Outras características - Potencial produtivo; Estabilidade de produção; Proteína bruta, FDA, FDN, lignina, NDT e MS; Velocidade de emergência; Qualidade de colmo; Empalhamento; Prolificidade; Staygreen; Dry down 4.4. Classificação de cultivares a) Quanto ao ciclo • Hiperprecoces - <790 GD • Superprecoces - <790-830 GD • Precoce – 831-889 GD • Semiprecoce – Tardio - >890 GD b) Quanto ao aspecto do grão Amiláceo ou farinhoso; Duro ou Flint; Dentado ou mole; Pipoca; Doce; Milho verde; Ceroso c) Quanto a base genética - HS – A x B - HSmod – (A’ x A) x B - HT – (A x B) x C - HTmod – (A x B) x (C x C’) - HD (A x B) x (C x D) - Variedades 4.5. Etapas para o desenvolvimento de cultivares - Escolha e formação da população base - Melhoramento de populações - Síntese e avaliação de linhagens: Método genealógico (6 a 8 geração de autofecundação), Método duplo haplóide (DH) (2 a 3 gerações de autofecundação) - Síntese e avaliação de híbridos: Várias linhagens - centenas/milhares de híbridos. Avaliação em vários locais e épocas Ensaios: Estágios progressivos de teste (aumenta o nº de locais a cada ano) - Produção de sementes Classes de sementes - Certificada e não Certificada Categorias: Genética, Básica, C-1, C-2, S-1, S-2, Agricultor Obs: Qualquer Categoria Pode Vir De Outra Categoria Superior Para o milho não existe as categorias C-2 E S-2 - Marketing e Comercialização 4.6. Requisitos melhoramento para silagem de planta 1. Digestibilidade De Fibra: Baixa Lignina <5.0%; FDN < 50.0%; FDA < 30%; 2. Digestibilidade de Grãos: Grãos dentados e ricos em Amido; 3. Volume Matéria Seca: 32 a 37% MS > 17 t/ha; 4. %Amido (> 20%) 5. Sanidade Foliar 6. Conjunto: Ciclo, Stay green, Período de Colheita 5. MANEJO DE PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DO MILHO - Conceito agronômico: planta que se apresenta onde não é desejada por interferir nas atividades do homem - Características: Poucas exigências para germinação, Rápido crescimento, Alta produtividade de sementes, Habilidade de perpetuação, Tolerância a variação ambiental, Adaptação às práticas de manejo, Prejuízos - Período crítico de competição: V2, V4 e V6 5.1. Controle de plantas daninhas - Evitar perdas devido à interferência, Melhorar as condições de colheita, Evitar aumento da infestação, Evitar a contaminação do meio a) Controle Cultural: Seleção dos híbridos; Consorciação, rotação e sucessão de culturas; Época de plantio; Densidade de plantio e espaçamento; Cobertura morta; Manejo da água de irrigação e drenagem b) Controle Mecânico: Capina manual, Capina mecânica, Inundação, Cobertura morta c) Controle Químico: Eficiência, Danos as raízes da cultura, Não revolve o solo, Exige equipamentos adequados, Capacitação dos operadores 5.2. Principais herbicidas utilizados na cultura do milho Dessecação: Paraquat (Gramoxone), Glufosinato de amônio (Finale), Glifosato (Roundup) Pré plantio incorporado: Acetochlor (Surpass Ec), Butylate (Sutam 720 Ce), Trifluralim (Novolate) Pré Emergência: Acetochlor (Kadett), Alachlor (Laço), 2,4-D (Capri) Pós Emergência: Atrazine(Gesaprin 500), Glifosato (Roundup), Glufosinato de amônio (Finale) 5.3. Milhos Tolerantes a Herbicidas ROUNDUP READY® - Glifosato (Roundup) CLEARFIELD® - Imidazolinonas (OnDuty) LIBERTY LINK ® - Glufosinato de Amônio (Finale) Produtividade Preço Rusticidade Adaptação 5.4. Resistência de plantas a herbicidas Consiste na capacidade inerente e herdável de alguns biótipos, dentro de uma determinada população, de sobreviver e se reproduzir após a exposição à dose de um herbicida que normalmente seria letal a uma população normal (suscetível) da mesma espécie 5.5. Considerações finais - O melhor herbicida é a própria cultura (dianteira competitiva) - O nível tecnológico e competitivo exige aplicação de herbicidas - Necessidade de integrar as práticas culturais, pois o manejo otimizado une medidas culturais, às características específicas das plantas daninhas e o controle químico - Não há regra específica de quais herbicidas e quando aplicar - Parâmetros a serem considerados: Comunidade infestante e histórico de manejo adotado, Disponibilidade de herbicidas, Período de mato-competição, Custo e impacto ambiental 6. SILAGEM - Produção de silagem de planta inteira e de grãos úmidos de milho Verão: Condições climáticas favoráveis. Inverno: Condições climáticas desfavoráveis Produção de Silagem Silagem éo produto da conservação de forragem de alta umidade em meio anaeróbio Grãos – Concentrado energético. Planta inteira – volumoso Alternativas para melhorar a qualidade da silagem - Manejo: Silagem de planta inteira, Silagem da parte superior da planta, Silagem de espigas, Silagem de grãos úmidos - Melhoramento genético: Enfoque dos programas, Potencialidades para melhorar o valor nutritivo - Avaliação da qualidade nutricional: Parâmetros agronômicos, Altura de plantas, Produção de espigas, Produção de massa verde, % de grãos na matéria verde, Resistência a doenças, Resistência a acamamento, Stay green 6.1. Planta inteira Silagem adequada: Bom teor de carboidratos, Excelente palatabilidade, Ótima qualidade de silagem, Baixo poder tampão, Grande durabilidade do ensilado, Alto rendimento da matéria seca/ha, Estabilidade de Produção (Sanidade); FDN < 50%; NDT > 65%; Digestibilidade > 70 %; Grãos Macios e Longos; Ponto de Corte Prolongado; Baixo teor de Lignina, Alto teor de carboidratos solúveis (>25%) Deficiências do ensilado: Baixo teor proteico, Baixo teor de minerais Ponto de ensilagem: Período de corte: 1/2 a 3/4 linha leite dos grãos 6.2. Grão úmido - Silagem de grãos úmidos: É o produto da conservação em meio anaeróbico de sementes ou grãos de cereais, logo após a maturação fisiológica. Alimento concentrado energético de alta qualidade (+200 a 250 Kcal/Kg Milho) - Maturação Fisiológica (Umidade 26-35%). >35% - Alta umidade, perda nutrientes < 25% – Dificulta a compactação, caramelização da silagem (perda proteica) e micotoxinas Vantagens: Antecipação da colheita; Uso mais eficiente da Terra (3-4 semanas); Menores perdas quantitativas, tombamento, quebramento; Menores perdas Qualitativas; Menor custo de produção; Alimento concentrado energético; Melhor digestibilidade (Matriz Protéica); Melhor sanidade animal (menos diarréia); etc Desvantagens: Menor flexibilidade de comercialização; Altas perdas após a abertura do silo/ação de fungos e leveduras; Dimensionamento ideal dos silos; Dificuldade de planejamento para grandes produtores; Trituração – funil da operação; Preparo diário (Não guardar misturas) 7. COLHEITA 7.1. Época - Colmos e folhas secas, Espigas dobradas, Palhas secas, Grão secos – 18% de umidade, 150 a 180 DAS - Colheita Prematura (20 a 22%): Necessidade de secagem, Menos problemas com grãos ardidos, Menos degrana, Menor nº de plantas acamadas 7.2. Tipos de colheita - Manual: Carretas, Rendimento – 5-7 sacos debulhados por dia - Semi-mecanizada: Colheita – Manual; Debulha mecânica – 13 – 20% umidade - Mecanizada: Planejamento no plantio – espaçamento, cultivar, divisão de campos, número de colhedoras, capacidade de secagem; Máquinas: montadas ou automotrizes. Espigadora - espigas com palha; Espigadora despalhadora - espigas despalhadas; Debulhadoras - material debulhado: granel ou sacos SISTEMAS: Sistema de corte e alimentação, Sistema de trilha e separação, Sistema de limpeza de grãos, Sistema de transp., armazenamento e descarga 7.3. Secagem do milho Tempo de secagem: até 16% - seca rápido – água livre. 16-13% - secagem lenta – água constituinte da própria célula a) Milho em espiga < 16% - Pode armazenar as espigas sem qualquer tratamento prévio 16 a 25% - necessário despalhar as espigas e secá-las por circulação natural de ar > 25% - secagem obrigatória das espigas previamente despalhadas, por circulação forçada de ar quente b) Milho em grãos < 14% - armazenagem sem problemas 14 a 16% - necessário secá-los em secador contínuo > 16% - secagem artificial com ar quente 7.4. Perdas na colheita a) Perdas na pré-colheita Marcar 60 m2 em área não colhida; Recolher as espigas caídas no chão e/ou presas as plantas de milho tombadas; Debulhe, pese e multiplique por 167 (x167 = Kg/ha) b) Perdas na plataforma Espiga: Subtrair o total da perda na pré-colheita obtendo-se a perda pela plataforma Grão: Perdas no cilindro e grãos soltos, Perdas pelo rolo despigador, Perdas por separação c) Perdas pelos mecanismos internos PERDAS DIRETAS: Espigas não colhidas ou derrubadas, Velocidade de colheita, Plantas acamadas, Grãos, Má regulagem do cilindro, Colheita tardia (palha seca), Limpeza e separação – má regulagem PERDAS INDIRETAS: Velocidade do cilindro e menor umidade do grão, Grão quebrados ou trincados 7.5. Armazenamento 7.5.1. Espigas a) Com Palhas: Pequeno agricultor, Utilização de paióis, Expurgo – Deltametrine 2% (500g/ton – carência 7 dias) b) Sem Palhas: Melhor controle de pragas, Unidade armazenadoras fechadas, Umidade – 12,5 – 18% 7.5.2. Grãos a) Em Sacos: Melhor condição de manuseio, Observar: combate a insetos e roedores, limpeza e empilhamento, ventilação, beiral (60-70 cm) e estrados. Desvantagem: custo, mão de obra e espaço b) A Granel: Tecnicamente conduzidos – tipo mais aconselhável, Umidade: 12,5 a 13,5%, Aeração: - uniformizar temperatura, retirar odores e ligeira secagem, Ambiente hermético – menor [ ] de O2... 8. MORFOLOGIA E CARACTERÍSTICAS DA PLANTA DE MILHO 8.1- SISTEMA RADICULAR Semeadura rasa: Ponto de crescimento próximo a superfície do solo; Poucas raízes nodais, planta sustentada pelo mesocótilo. Semeadura profunda: Requer de mais energia para emergência do coleóptilo; Danos no mesocótilo forçando formação de folhas abaixo da superfície do solo. 8.1.1- Raízes primárias ou seminais: Surgem diretamente da semente, Radícula – ancora para plântula; Raízes seminais – absorvem água e nutrientes; Absorção de H2O, nutrientes + Ancora para planta, Elongação até V3; Crescimento reduzido VE – V3; Pêlos radiculares a partir de V3; Função ao longo do ciclo – maior contribuição antes estabelecimento raízes nodulares. 8.1.2- Raízes secundárias ou permanentes: 2º ao 6º nós abaixo da superfície do solo, Principal fornecedor de água e nutrientes (a partir de V6). V1 >>> R3 (GP) conjunto de raízes desenvolve em cada nó – 2o ao 6o nó; Tendem a crescer de 25 a 30 graus na horizontal. 8.1.3- Raízes adventícias ou aéreas: Crescem a partir dos nós acima da superfície, Sustentação da planta, Absorção de água e nutrientes em camadas superficiais do solo 8.2- PARTE AÉREA 8.2.1- Colmos: Formado de nós e entrenós, Órgão de reserva de fotoassimilados, Suportar as folhas e partes florais, Baixa capacidade compensatória 8.2.2- Folhas: Alternadas, lanceoladas e presas aos nós dos colmos, Principal órgão de produção de fotoassimilados 8.2.3- Pendão: 8.2.4- Espiga 8.2.5- Grãos Características Da Planta de Milho: Monóica, Protândrica, Alógama, Planta C4
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