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Anofelinos e malária

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Prof. Andrey José de Andrade
Brasília
2014
Universidade de Brasília
Faculdade de Medicina
Área de Patologia
Anofelinos e a epidemiologia da malária
Plano de Aula
- Caracterização morfológica de culicídeos
- Diferenças morfo-biológicas entre Aedes, Anopheles e Culex
 
- Vetores de Plasmodium spp.
- Biologia
- Criadouros naturais
- Hábitos hematofágicos
- Eco-epidemiologia da Malária
- Vigilância dos casos e controle de anofelinos
Subordem Nematocera
Ordem Diptera
Culicidae 
(150 mil espécies descritas)
 Pape et al. (2009)
Subordem Nematocera antenas longas (+8seg), palpos 5seg
Psychodidae
Família Culicidae
Latim culex = mosquitos
Família Culicidae
Abdome
digestório
respiratório
excretor
reprodutor
Morfologia - Adultos
 3-6 mm (maioria)
15 ou 16 antenômeros 
 Revestimento: cerdas/escamas
Pernas longas
Nomes populares: 
Pernilongos, muriçocas, mossorongos, 
carapanãs
Cabeça
Tórax
Família Culicidae
Fase larval: 4 instares
1 fase de pupa
Morfologia –larva e pupa
Família Culicidae
Detalhes da morfologia e dimorfismo sexual
♂ 
♀ 
Antena plumosa, alimento=açúcares 
Antena pilosa, alimento=sangue
Família Culicidae
Morfologia – diferenças entre Anophelinae e Culicinae
Palpos nas fêmeas adultas
Família Culicidae
Morfologia – diferenças entre Anophelinae e Culicinae
Asas nos adultos
Família Culicidae
Morfologia – asa de Anophelinae
Família Culicidae
Morfologia – diferenças Anophelinae e Culicinae
 Larvas com sifão desenvolvido ou ausente
Culicidae: diferenças entre os três principais gêneros
Ovos unidos em jangada
Ovos
Ovos flutuantes
Sifão longo
Sifão curto
Sem sifão, paralelas a superfície
Trompa: forma de funil
Trompa cilíndrica
Perpendiculares a superfície
Paralelo ao apoio
Perpendicular ao apoio
Ovos isolados
Anopheles
Culex
Aedes
Culicidae: diferenças entre os três principais gêneros
Aedes aegypti
Anopheles darlingi
Hábitos crepusculares e noturnos 
Principal transmissor do protozoário da MALÁRIA no Brasil
Culex quinquefasciatus 
Transmissor do nematóide Wuchereria bancrofti 			(FILARIOSE LINFÁTICA)
Hábitos noturnos, voraz e com zumbido desagradável 
Principal transmissor do vírus da FEBRE AMARELA e DENGUE no mundo
Hábitos diurnos
Culicidae: diferenças entre os três principais gêneros
Subfamília Anophelinae
Todos os transmissores de malária dos mamíferos são insetos da ordem Diptera, família Culicidae e do gênero Anopheles.
Este gênero compreende cerca de 459 espécies, das quais apenas reduzido número tem importância para a epidemiologia da malária em cada região. No Brasil, cinco espécies são consideradas como vetores principais: 
· Anopheles (Nyssorhynchus) darlingi – Root, 1926 
· Anopheles (Nyssorhynchus) albitarsis– LynchArribalzaga, 1878 
· Anopheles (Nyssorhynchus) aquasalis – Curry, 1932 
· Anopheles (Kerteszia) cruzi – Dyar & Kanab, 1908 
· Anopheles (Kerteszia) bellator – Dyar & Knab, 1908 
É importante ter sempre em mente que outras espécies de anofelinos podem apresentar importância local e/ou transitória.
Vetores de Plasmodium spp.
Subfamília Anophelinae
Vetores de Plasmodium spp.
Os criadouros são compostos por grandes lagos ou lagoas, remansos de rios e córregos, represas artificiais, valas de irrigação, alagados, manguezais, pântanos e plantas da família das bromeliáceas (bromélias, gravatás, caraguatás). 
Os criadouros de todas as espécies de anofelinos têm em comum águas com baixo teor de matéria orgânica. Águas poluídas, especialmente em áreas urbanas, raramente poderão servir para a reprodução desses insetos.
As fêmeas das diversas espécies de anofelinos colocam ovos isolados, medindo cerca de 0.5 mm de comprimento e dotados de flutuadores nas laterais favorecendo a permanência na superfície da água.
Dos ovos surgirão as larvas, que se transformarão em pupas, que por sua vez darão origem aos adultos. O tempo de desenvolvimento de ovo a adulto varia de 15 a 40 dias, na dependência da temperatura e da espécie.
Subfamília Anophelinae
Biologia (holometábolos)
Anopheles spp. 
Fêmeas – Repasto sanguíneo – 2-3 dias, postura 70-90 ovos/fêmea 
Ovos – 1-3 dias
Larvas – 7-9 dias
Pupas – 24 hs
Alados – Machos ~ 15 dias
 - Fêmeas ~ 40 - 50
Subfamília Anophelinae
Biologia (holometábolos)
Subfamília Anophelinae
Biologia (holometábolos)
Subfamília Anophelinae
Criadouros Naturais
Subfamília Anophelinae
Hábitos hematofágicos
Espécies zoófilas – aquelas que procuram principal ou unicamente o sangue de animais (mamíferos, aves).
Espécies antropófilas - aquelas que picam freqüente ou preferencialmente o homem.
Espécies endofílicas – aquelas que costumam penetrar na habitação humana em busca de abrigo e/ou alimentação (endofágicas).
Espécies exofílicas – aquelas que habitualmente não penetram no domicílio humano (exofágicas).
Quanto ao hábito, podemos classificar as diversas espécies anofélicas em:
Subfamília Anophelinae
O tempo de vida do mosquito é importante porque em algumas espécies vetoras da doença se a vida média for muito curta, não há tempo suficiente para que o ciclo esporogônico se complete. 
Os anofelinos e a epidemiologia da malária
A. darlingi
A. albitarsis
Subfamília Anophelinae
Distribuição Geográfica dos Anofelinos
(Sinka et al., 2012)
Subfamília Anophelinae
Distribuição Geográfica dos plasmódios
(Guerra et al., 2005)
P. falciparum
P. vivax
Subfamília Anophelinae
Distribuição Geográfica da Malária
Distribuição geográfica da malária nos continentes evidenciando sua concentração na faixa tropical
Fonte: WHO, 2011; WANDERLEY, 2011.
Subfamília Anophelinae
Global traffic and disease vector dispersal
Andrew J. Tatem*†‡, Simon I. Hay*†, and David J. Rogers*
Fig. 3. The 10 sea traffic routes identified with the strongest risk factors for importation and establishment of each of four principal members of the An. gambiae complex. (A) An. gambiae sensu stricto (s.s.). (B) An. arabiensis. (C) An. quadriannulatus. (D) An. melas.
Epidemiologia da malária
As 4 grandes epidemias de malária no Brasil
1 - ocorreu na região Amazônica no final do século XIX e coincidiu com o fluxo de migrantes de estados do nordeste que foram trabalhar na extração da borracha. 
Epidemiologia da malária
As 4 grandes epidemias de malária no Brasil
2- durante a construção da ferrovia Madeira-Mamoré, em Rondônia, e foi ocasionada pelo fluxo de imigrantes vindos do Caribe. 
Epidemiologia da malária
As 4 grandes epidemias de malária no Brasil
3- aconteceu na década de 1930 e início da década de 1940, como conseqüência da introdução do A. arabiensis nos estados do Ceará e Rio Grande do Norte. 
Epidemiologia da malária
As 4 grandes epidemias de malária no Brasil
4 – ocorreu durante a Segunda Guerra Mundial. Naquela oportunidade, ocorreu fluxo migratório intenso de populações do nordeste brasileiro para a Amazônia com o objetivo de trabalhar na extração da borracha. Esses trabalhadores ficaram conhecidos como “Soldados da Borracha”. 
Epidemiologia da Malária
- P. falciparum - 36 a 48 horas, chamada de febre terçã maligna
- P. vivax - a cada 48 horas, chamada de febre terçã benigna (> 80% dos casos)
- P. malariae - a cada 72 horas, chamada de febre quartã
-Anopheles darlingi (N)
Epidemiologia da Malária
Porcentagem de casos por países das Américas Central e do Sul
Epidemiologia da Malária
Número de casos na Amazônia Legal
99% dos casos ocorrem na Amazônica legal
2011: 263.323 casos (SVS, 2012)
Fatores: Alta temperatura e umidade (fundamental para a esporogonia nos insetos vetores); mineração, novos empreendimentos (desmatamento)
Epidemiologia da Malária
Incidência Parasitária Anual (IPA)
2000
2008
Baixo IPA: < 10 casos
Médio IPA: 10 to 49.9 
Alto IPA: > 50 casos.
(Oliveira-Ferreira et al., 2010)
A distribuiçãonão é homogênea: 80% dos casos estão concentrados em 57 dos 807 municípios amazônicos; principalmente em 3 (Manaus-AM, Porto Velho-RO e Cruzeiro do Sul-AC)
(Oliveira-Ferreira et al., 2010)
Epidemiologia da Malária
Número de casos na Região Amazônica
Epidemiologia da Malária
Malária: redução de 42% entre 1999 e 2002;
Registro mensal de casos de malária. Amazônia legal, 1999 a 2003*.
Fonte:SIVEP
*Dados parciais sujeitos a alterações
Epidemiologia da Malária
Porque a malária é um grave problema de Saúde Pública na Amazônia?
Condições ambientais
- T, UR, chuva abundantes – proliferação do mosquito
Habitações precárias que facilitam a atividade vetorial
- Falta de paredes nas casas e dormir sem proteção
Larga dispersão e antropofilia do principal vetor
(Cadernos de Saúde Pública., 2005)
Epidemiologia da Malária
Número de casos na Região Extra-Amazônica
N de casos de malária na região extra-amazônica. O pico em 2002 foi atribuído a um surto no CE transmitido por Anopheles associados a bromélias
Epidemiologia da Malária
Baixo nº de casos de malária
Baixa relevância:
 população/serviço de saúde/gestores
Atraso e falha no diagnóstico e no tratamento
Maior risco de letalidade
Baixa consciência malárica
Amazônia
Letalidade em 2004
0,015/100 casos
Letalidade em 2004
0,78/100 casos
52 vezes 
maior!!!
Slide: Prof. Cor Jesus F. Fontes
Epidemiologia da Malária
Os mosquitos foram 2 x mais atraídos por crianças na fase gametocítica: aumento da probabilidade de Plasmodium ser transmitido ao mosquito
Epidemiologia da Malária
Controle do vetor – principal meio de reduzir a malária (coletiva)
- Proteção contra a picada do mosquito (individual)
Mosquiteiros recomendados pela OMS;
Utilização de inseticidas no interior de casas (em torno de 80%);
Diagnóstico e tratamento precoces.
Epidemiologia da Malária
- O controle de mosquitos adultos é feito, atualmente, por meio de borrifação intradomiciliar;
- Nebulização: somente em situações de alta transmissão (surtos e epidemias) para retirar fêmeas infectadas da população de mosquitos.
Medidas de proteção coletivas
Epidemiologia da Malária
Baixa densidade demográfica e dispersão populacional
Elevados custos para o programa
Acesso difícil ao grande número de localidades
Ciclo de borrifações depende de cheias e secas de rios
Fluxos migratórios
Elevados índices maláricos (intenso, desordenado e desesperado)
P. falciparum resistente à cloroquina 
Atividade exofílica do vetor em alguns locais
- A. darlingi é primariamente silvestre.
Dificuldades no controle da Malária
Epidemiologia da Malária
Quimioprofilaxia (QPX)
- risco de adoecer de malária grave por P. falciparum for superior ao risco de eventos adversos graves, relacionados ao uso das drogas quimioprofiláticas.
QPX: recomendada para viajantes que visitarão regiões de alto risco de transmissão de P. falciparum na Amazônia Legal, que permanecerão na região por menos de 2 meses e em locais cujo acesso ao diagnóstico e tratamento de malária estejam distantes mais de 24 horas.
	-mefloquina (250 mg semanalmente)
	-início: 1 semana antes da ida. Final
	-4 semanas depois da volta
	-P. falciparum
	-Informar sobre os efeitos colaterais
	-Baixa terapêutica e proteção	
Epidemiologia da Malária
Medidas de proteção individuais
 
• uso de roupas claras e com manga longa, durante atividades de exposição elevada;
• uso de barreiras, tais como: telas nas portas e janelas, ar condicionado e uso de mosquiteiro impregnado com piretróides;
• uso de repelente à base de DEET (N-N-dietilmetatoluamida);
	- Exposis possui uma concentração de 50% de DEET. Ainda, o Autan e o Exposis também tem um apresentação sem DEET, mas sim com Icaridina (Beyrepel), com proteção acima de 8 horas (alta eficácia) (5hs > 30ºC).

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