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Diptera Diptera (dípteros) é uma ordem de insetos. Compreende moscas, mosquitos e afins, é um dos grupos de insetos mais diverso. O grupo tem cerca de 120,000 espécies. Posição dos Mosquitos na Escala Zoológica presença de 3 pares de pernas na classe INSECTA . por possuirem 1 par de asas pertencem a ordem DIPTERA. a família CULICIDAE pela presença de escamas nas asas e tromba picadora-sugadora duas vezes maior que a cabeça. Diptera (di = dois; ptera = asas). ▪ A evolução é do tipo holometabólica, isto é, passam pelas fases de ovo, larva, pupa e adulto. Ciclo Biológico Os mosquitos passam por 4 fases distintas : OVO - LARVA - PUPA - ADULTO ( 4 estágios) As primeiras e fases (imaturas) ocorrem na água. A fase adulta é responsável pela reprodução e dispersão. As fêmeas colocam seus ovos em locais com água paradas, Nos criadouros, os ovos dão origem às larvas, que se transformam em pupas, que originam o mosquito adulto (fase alada). Insetos passam pelas fases de ovo, larva, pupa e adulto e os habitos alimentares das larvas são diferentes dos adultos Diptera - moscas e mosquitos Holometabolia ou Metamorfose completa diferentes estádios larvais Importante: diferentes estádios podem não responder a medidas de controle!! Os gêneros mais conhecidos, de importância epidemiológica, são : CULEX, AEDES, ANOPHELES que englobam as espécies mais comuns. Variadíssimo o meio escolhido por cada espécie para fazer a postura e o desenvolvimento da larva. ✔ tipos de matéria orgânica em decomposição (folhas e paus podres), ✔ fezes de animais ou humanas, ✔ Cadáveres (ENTOMOLOGIA FORENSE), ✔ água parada ou corrente etc. Fatores combinados, como : ✔ duração e intensidade da luz, ✔ presença ou ausência de competição e de predação, ✔ qualidade e quantidade de alimento, ✔ nível de umidade, ✔ temperatura, ✔ e outros fatores, todos estes podendo afetar diretamente nas características e padrões de crescimento. O ciclo de vida dos insetos é regulado dependente de fatores térmicos externos, sendo a temperatura o fator abiótico mais importante que afeta diretamente em seu desenvolvimento. São pecilotérmicos sua temperatura interna depende da temperatura ambiental, são então suscetíveis às variáveis ambientais devido a flutuações sazonais de temperatura e umidade. Os insetos têm uma grande relevância médico-sanitária, porque várias espécies são disseminadoras de muitos microrganismos patogênicos aos humanos como: ✔ vírus, ✔ bactérias, ✔ cistos( protozoários) , ✔ ovos /larvas (helmintos). Importância na saúde pública como causadores: • miíases (infestação em tecido vivo de larvas de moscas). • transmissores de patógenos graves em humanos como a Dengue, Febre amarela. Relação inseto x homem Classificada em dois grupos como : ❖ benéficos ❖ nocivos O homem beneficia-se dos insetos de muitas maneiras, como : fornecem-nos ❖ mel ❖ cera de abelha, ❖ seda e muitos outros úteis. Relação inseto x homem Muitas espécies são: parasitas ou predadoras . Nota: importantes na manutenção das espécies-pragas sob controle; • auxiliam no controle de plantas nocivas; • consomem os restos putrefeitos e tornem o mundo um pouco mais agradável. • algumas espécies são usadas no tratamento de certas moléstias. Para ter-se uma noção do impacto e importância destas enfermidades humanas, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) dentro das doenças que mais afetam a população mundial atualmente, as citadas encontram-se incluídas. Completando este grupo: amebíase, hanseníase tuberculose. Na saúde humana, diversos insetos atuam como vetores de agentes infecciosos, como por exemplo: malária, doença de Chagas, filarioses, leishmanioses. Anopheles x malária Anopheles sp Asas com a extremidade arredondada e manchada. Vetor da malária • Fase sexuada do ciclo do Plasmodium • Espécie mais importante no Brasil: A. darlingi A. darlingi: hábitos noturnos O desenvolvimento de suas formas aquáticas(ovos, larvas e pupas). ocorre em águas profundas (salobra, doce), limpas, pouco turvas e parcialmente sombreadas. Triatomíneos x Doença de Chagas Vetores Culex quinquefasciatus x Filariose bancroftiana Culex sp • Asas com a extremidade arredondada: com escamas. Culex quinquefasciatus • Transmissor da filariose linfática no Brasil • Hábitos noturnos ✔ Popular pernilongo ou muriçoca, o Culex quinquefasciatus. ✔ É encontrado dentro das casas, abrigado embaixo e atrás dos móveis, nos quartos. ✔ As fêmeas começam a agir ao crepúsculo e picam durante toda a noite, mas preferem as horas mais avançadas e os momentos pouco antes do amanhecer. ✔ Regiões carentes, onde não há condições de saneamento e com crescimento e ocupações desordenadas da população, são locais que propiciam a proliferação. ✔ Criadouros referenciais são depósitos artificiais, no solo ou em recipientes, com água estagnadas e poluídas, de aspecto sujo e mal cheirosa, rica em detritos e dejetos humanos. ✔ Põem seus ovos em valas negras, fossas, ralos, poços, latões, bebedouros de animais e latas e copos usados. ✔ Depoista os ovos diretamente sobre a água dos criadouros. Lutzomyia x Leishmanioses Os flebotomíneos apresentam ampla distribuição geográfica, sendo vistos sob as mais diversas condições climá- ticas e de altitude em ambientes silvestres, rurais, urbanos. No Brasil, são popularmente denominados: ✔ asa-branca, ✔ birigui, ✔ cangalhinha, ✔ flebótomo (ou fi-eboti), ✔ mosquito Palha, ✔ tatuquira. Nota: indica que o povo distingue estes insetos dos outros hematófagos. ❖ 2 a 3 mm, ❖ corpo cobertos de cerdas. ❖ voo curto em forma de saltitos e quando pousam mantém as asas eretas, ou seja, levantadas para cima. Vetor da leishmaniose visceral nas Américas • Habita casas em zonas rurais ou periferia de cidades grandes. • Atividade crepuscular ou noturna. fêmea põe seus ovos em locais sombreados. • Desenvolvem-se em ambientes úmidos e ricos em matéria orgânica: folhas, raízes e detritos de animais. • Os adultos vivem entre 15 e 30 dias. Segundo a Fundação Nacional de Saúde os primeiros relatos históricos sobre a dengue no mundo, mencionam a Ilha de Java, em 1779. Aedes aegypti ✔ No Brasil, há registros de epidemias de dengue desde 1923 sem confirmação laboratorial. ✔ 1982 começaram a ser realizado em nosso país para confirmação de casos. Doença típica de áreas tropicais e subtropicais, causada por arbovírus do gênero Flavivirus, transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti (Brasil) . Aedes albopictus (Ásia), geralmente de caráter epidêmico (que atinge um número muito grande de pessoas em um dado momento). Aedes aegypti Parecido com um pernilongo comum. O Aedes é mais escuro e possuem listras brancas pelo corpo e pelas patas. Aedes aegypti • transmissor: ❖Dengue ❖Febre amarela urbana •Hábitos diurnos: ❖• Vivem no domicílio e peridomicílio humano ❖• Desenvolvimento: água limpa parada (tanques, ❖Barris, potes, latas, vasos de flores, caixas de água). Febre Amarela :vacinação contra a doença. gratuita, disponível nos postos de saúde em qualquer época do ano. deve ser aplicada 10 dias antes da viagem para as áreas de risco de transmissão da doença. Detectado que os ovos sobrevivem até 2 anos sem contato com a água. E assim que tiver condições favoráveis eles eclodem e dão continuidade ao ciclo de vida. Ovos de mosquito na água Larvas de mosquito Aedes aegypti nas Américas Fonte: Centers for Disease Control http://www.sabbatini.com/renato/correio/medicina/www.cdc.gov Figura - Sorotipos de DENV circulantes no Brasil por UF em Janeiro de 2012. Fonte: http://www.dengue.org.br/dengue_mapas.html, acessado em março de 2012. http://www.dengue.org.br/dengue_mapas.html *Incidência por 100.000 habitantes; **Casos importados; Fonte: 2010 – Sinan Net; casos confirmados(atualizado em 15/01/11); 2011 – Sinan Online/Planilha semanal Secretarias Estaduais de Saúde (atualizada 03/03/11) Tabela 1. Comparativo de casos notificados e incidência de dengue entre as SE01 a 08 de 2010 e 2011, por Região e Unidade Federada 14/04/2011 Confirmado primeiro caso de Dengue em Santa Catarina Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado confirmou dengue em Santa Catarina. Homem de 77 anos, morador de São João do Oeste. A hipótese mais provável para a transmissão pode estar relacionada com a existência de um mosquito fêmea contaminado após picar a esposa do paciente, que contraiu a doença fora do território catarinense. Confirmado primeiro caso de dengue em Joinville/MAIO 2011 Mulher de 58 anos que ficou internada com sintomas da doença em um hospital particular da cidade. A paciente, moradora no bairro Saguaçu, não teve a identidade revelada. Hoje, ela passa bem. O registro entra para a história da cidade como a primeira confirmação de dengue autóctone, aquela contraída co mosquito da própria região. suspeita de dengue. DENGUE SANTA CATARINA 2013 As Secretarias Municipais de Saúde dos municípios de Santa Catarina estão em alerta para o combate à dengue. três casos da doença foram confirmados em Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, e o número chega a 10 na cidade e a 13 no estado, três casos de pessoas que contraíram a doença no estado foram confirmados em Itapema. Outras dezenas de casos ainda estão em análise. As informações foram confirmadas pela gerente de controle de zoonoses da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) do estado. Florianópolis 130 focos de dengue até julho 2015 Dois meses, o número subiu para 220 e levou, pela primeira vez, a Capital a integrar a lista dos 27 municípios catarinenses . Calor durante inverno aumenta casos notificados de dengue em santa catarina. DENGUE NO ESTADO (Casos de janeiro a 8 de setembro DE 2015) Casos notificados: 9.977 Casos confirmados: 3.568 Casos descartados: 5.602 Casos em investigação: 807 Casos confirmados com transmissão dentro do Estado: 3.258 Casos confirmados com transmissão fora do Estado: 245 Casos sem local de transmissão definido: 65 http://ndonline.com.br/florianopolis/noticias/284615 http://ndonline.com.br/florianopolis/noticias/284615 Na comparação com o mesmo período de 2019, quando foram notificados 1.065 casos, observa-se um aumento de 48% na notificação de casos em 2020 (1.577 casos notificados). Em comparação com o mesmo período de 2019, quando foram notificados 144 casos de febre de chikungunya, observa-se um aumento de 1% na notificação de casos em 2020 (146 casos notificados). Em comparação com o mesmo período de 2019, quando foram notificados 47 casos, observa-se uma diminuição de 38% na notificação de casos em 2020 (29 casos notificados). Vigilância entomológica do Aedes aegypti em Santa Catarina (03 de janeiro a 01 de maio de 2021), foram identificados : 33.815 focos do mosquito Aedes aegypti em 212 municípios. Comparando ao mesmo período de 2020, quando foram identificados 16.323 focos em 180 municípios. Observa-se um aumento de 107,2% no número de focos detectados. O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) projeto de video aulas ‘Aedes aegypti – Introdução aos Aspectos Científicos do Vetor’ (disponível em www.ioc.fiocruz.br/auladengue). http://www.ioc.fiocruz.br/auladengue DENGUE ASPECTOS CLÍNICOS E EPIDEMIOLÓGICOS A Dengue é uma doença febril aguda, de etiologia viral e de evolução benigna na forma clássica, e grave quando se apresenta na forma hemorrágica. AGENTE ETIOLÓGICO O vírus da dengue é um arbovírus do gênero Flavivírus, pertencente à família Flaviviridae. São conhecidos quatro sorotipos: 1, 2, 3 e 4. Dengue 5 é descoberta na Ásia Cientistas americanos descobriram um novo tipo de vírus da dengue na Ásia. Eles receberam amostras de sangue de uma epidemia de dengue ocorrida em 2007 na Malásia e encontraram um tipo completamente diferentes dos outros quatro já conhecidos. Após a análise genética, foi confirmado. Existem oficialmente cinco tipos de dengue. Mas, por enquanto, este quinto tipo só foi encontrado na Malásia. Transmissão se faz quando um mosquito fêmea pica uma pessoa com dengue no período de viremia (de 1 dia antes até 6 dias após o aparecimento dos primeiros sintomas) e suga o sangue com vírus. ✔ O vírus deslocar-se-á e multiplicar-se-á no aparelho digestivo e nas glândulas salivares do mosquito (fêmea), que, após 8 a 12 dias, estará pronto para transmiti-lo a todas as pessoas que picar. ✔ De 4 a 10 dias após a picada pelo Aedes aegypti infectado surgem os primeiros sintomas da dengue. ✔ O período médio de incubação é de 5 a 6 dias. Dengue Febre não diferenciada Febre clássica do dengue Febre hemorrágica do dengue Síndrome do choque do dengue Manifestações Clínicas ⇨ Síndromes Clínicas do Dengue O termo “dengue hemorrágica” deixou de ser empregado em 2014, quando o Brasil passou a utilizar a nova classificação da doença, que leva em consideração que a dengue é uma doença única, dinâmica e sistêmica. Para efeitos clínicos e epidemiológicos, considera-se a seguinte classificação: dengue, dengue com sinais de alarme e dengue grave. Dengue ⇨Dengue Clássico Febre. Cefaléia. Mialgia e artralgia. Náuseas/vômitos. Exantema. Manifestações Clínicas Dengue ⇨ Fatores de Risco : ⇨Maior risco em infecções seqüenciais. Maior risco em locais com dois ou mais sorotipos circulando simultaneamente em altos níveis (transmissão hiperendêmica). Sorotipo do vírus ✹ Risco de FHD é maior para DEN-2, seguido do DEN-3, DEN-4 e DEN-1. Manifestações Clínicas manisfestações hemorrágicas (hematomas) deve se ter cuidado pois há muitas doenças com sintomas parecidos como : ❖ Febre Amarela, Leptospirose, Hepatite A, Vacina da dengue ✔ Trata-se de vacina atenuada, ✔ Indicação: ▪ Crianças a partir de 9 anos de idade, ▪ Adolescentes, ▪ Adultos até 45 anos. Contraindicação: ▪ Pessoas imunodeprimidas. ▪ Alergia grave (anafilaxia) a algum dos componentes da vacina. ▪ Gestantes. ▪ Mulheres amamentando. Esquema de doses: ▪ Três doses com intervalo de seis meses. Local de aplicação: ▪ Subcutânea. Chikungunya A febre de chikungunya é uma arbovirose causada pelo vírus Chikungunya (CHIKV), da família Togaviridae . Gênero Alphavirus. A viremia persiste por até dez dias após o surgimento das manifestações clínicas. Transmissão picada de fêmeas dos mosquitos Ae. Aegypti e Ae. albopictus infectadas pelo CHIKV. A principal manifestação clínica que as difere são as fortes dores nas articulações. Após a fase inicial (aguda/febril), a doença pode evoluir em duas etapas subsequentes: Fase subaguda e crônica :pacientes evoluem com persistência das dores articulares após a fase aguda. com duração até 3 meses. Quando a duração dos sintomas persistem até 3 meses atingem a fase crônica. O nome Chikungunya deriva de uma palavra em Makonde, língua falada por um grupo que vive no sudeste da Tanzânia e norte de Moçambique. Significa “aqueles que se dobram”, descrevendo a aparência encurvada de pessoas que sofrem com a artralgia característica. O CHIKV foi isolado inicialmente na Tanzânia por volta de 1952. Nas Américas, em outubro de 2013, teve início uma grande epidemia de chikungunya em diversas ilhas do Caribe. Zika vírus Este vírus é da mesma família dos causadores da Dengue e da Febre Chikungunya, causando sintomas semelhantes, porém menos intensos. confundidos com uma simples gripe. ✔ Isolado pela primeira vez em 1947, a partir de amostras em macacos Rhesus, na floresta de Zika, em Uganda. ✔ No continente americano, foi identificado na Ilha de Páscoa, território chileno, em 2014. ✔ No Brasil, foi confirmada transmissão autóctone defebre pelo vírus zika a partir de abril de 2015. ❖ Primeiros casos Bahia, ❖ Rio Grande do Norte , ❖ São Paulo. Transmissão : ✔ Ocupacional em laboratório de pesquisa, ✔ Perinatal, ✔ Sexual, ✔ Transfusional. Viremia no ser humano pode perdurar até o 5° dia da doença. Período de Incubação da doença varia de 3 a 12 dias, sendo, em média, de 4 dias. PROVOCANDO: Febre, entre 37,8°C e 38,5°C; Dor nos músculos do corpo; Dor de cabeça, que se localiza principalmente atrás dos olhos; Conjuntivite, inchaço das pálpebras e secreção; Hipersensibilidade nos olhos; Manchas vermelhas na pele, que inciam na face e que se podem espalhar pelo corpo e, que podem ser confundidas com sarampo; Cansaço físico e mental. Preocupado com os casos de febre do vírus zika ( 72% são assintomáticos e não há um kit comercial para comprovar os casos da doença). Embora não haja registros de complicações graves ou mortes, há fortes suspeitas da associação entre a infecção, conhecida a Síndrome Guillain-Barré, que provoca paralisia progressiva, iniciando pelos membros inferiores e podendo chegar ao pulmão. Principais sintomas das doenças ∙ Dengue: dor no fundo dos olhos, febre alta. ∙ Chikungunya: forte dor nas articulações. ∙ Zika: manchas vermelhas na pele. Vigilância Epidemiológica Dificuldades no controle Diptera Classe Insecta Ordem Diptera Sub-Ordem Cyclorrapha (moscas) Miíases: “Proliferação de larvas de moscas em tecidos vivos ou necrosados” Miíases são afecções causadas pela presença de larvas de moscas em órgãos e tecidos do homem onde elas se nutrem e evoluem como parasita. Freqüentes em países tropicais, acometendo mais comumente habitantes da zona rural. Moscas varejeiras: Cochliomyia hominivorax (biontófaga) Cochliomyia macellaria (necrobiontófaga) Doença: miíase (Bicheira) Formas clínicas de miíase: ✔ Larvas biontófagas ( furunculóide e cavitária). ✔ Furunculóide (Dermatobia hominis) ✔ Cavitária (Callitroga hominivorax / cavidade nasal, seios paranasais, conduto auditivo). ✔ Obrigatórios: desenvolvem sobre ou dentro de vertebrados vivos (míases primárias). ✔ Facultativos: desenvolvem em matéria orgânica em decomposição e podem atingir tecido humano necrosado (míases secundárias). ✔ Pseudomiíase: larvas de dípteros ingeridas com alimentos (míases acidental). Diptera Dermatobia hominis - Berne Presente do sul dos EUA até Argentina, em regiões tropicais (ano inteiro) e temperadas (primavera-verão) Cochliomyia macellaria: ovos em tecidos necrosados. Fêmeas de Cochliomyia hominivorax depositam 200-300 ovos/dia durante 3-4 dias ao redor de um ferimento recente (biontófaga, oviposição somente em seres vivos) 12-24 horas depois a larvas eclodem e fixam-se e nutrem se dos tecidos. durante 3-4 dias há duas ecdises (L1-L3) abandonam o hospedeiro e pupam no solo (6-8 dias). emergem os adultos •O local de infecção fica suscetível a entrada de oportunistas: bactérias •A infecção normalmente é benigna (inflamação localizada) ((larva biontófaga) •O local de infecção fica suscetível a entrada de oportunistas: bactérias •A infecção normalmente é benigna (inflamação localizada). Cor metálica com listras pretas longitudinais. Sua fase larval ocorre na pele e mucosas de mamíferos e aves. larvas devem evoluir em tecidos vivos. infecções secundárias são comuns após essa miíase. Patogenia • Larvas secretam enzimas proteolíticas • Ferimento aumenta de tamanho • Decomposição de material no ferimento Atrai moscas Miíases por necrobiontófagas (Cochliomyia macellaria) Miíases secundárias • Larvas secretam enzimas proteolíticas • Ferimento aumenta de tamanho • Decomposição de material no ferimento Patogenia Paciente em peregrinação a Santiago de Compostela que apresentou feridas em ambas pernas com infestação por larvas cutâneas. Dermatobia hominis Berne(mosca berneira) • Encontrado em várias áreas úmidas da Américas central e Sul. deposição das larvas de Dermatobia hominis na pele do homem e animais através de insetos veiculadores de ovos (pernilongo ou carrapato). Diptera Dermatobia hominis - Berne Dermatobia hominis A fêmea coloca os ovos na parte abdominal de outros insetos (foréticos) que se alimentam de sangue ou secreções (moscas ou pernilongos). Durante o pouso no hospedeiro, os ovos eclodem e a larva de Dermatobia penetra a pele sã (biontófaga) e dentro da lesão evolui, até a larva 2. estádio. Após 6-12 semanas, a larva três emerge do hospedeiro e cai no solo onde se transforma em pupa. inseto forético inseto foréticoD. comines PATOGENIA E SINTOMATOLOGIA Prurido, “agulhadas” e“ferroadas” no local; Tumoração que se assemelha a um furúnculo, com uma pequena abertura com serosidade; Podem associar-se ao berne infecções: bacterianas secundárias. Diagnóstico Clínico e encontro das larvas nas lesões. Tratamento Remoção da larva com esparadrapo ou técnicas cirúrgicas Eventualmente, aplicação de um antibiotico •Remoção da larva com esparadrapo ou técnicas cirúrgicas. •Eventualmente, aplicação de um antibiotico. Tratamento: •Limpar ferimento (com anestesia local) •Remoção individual das larvas •Aconselhavel: Aplicação de um antibiótico de largo espectro •No caso de miíase cavitária, (ingestão de ovos/larvas de uma variedade de moscas): antihelmínticos Profilaxia Combate às espécies de moscas cujas larvas são produtoras de doença. Cobertura adequada de feridas abertas. Higiene adequada do corpo e ambiente. Controle • Zoonose: Tratamento também dos animais! Manipulações em gado (castração) no inverno Tratamento do gado com: Ivermectina/Doramectina para diminuir a densidade populacional das moscas. Lembre!!!! As moscas percebem o cheiro de alimento a até dez quilômetros de distância. Ao pousar sobre um prato contendo alimento, deixam os microrganismos que estavam nas cerdas ou no aparelho bucal“ são mais comuns no verão, pois o clima quente e úmido é propício para as moscas. TERAPIA LARVAL Úlceras cutâneas crônicas- diabetes, queimaduras, escaras de pressão de aplicação de larvas de certas moscas nas feridas, limpando-as e promovendo a sua cicatrização. Carlos Brisola Marcondes (Entomologia Médica em Santa Catarina ) As larvas de certas moscas podem auxiliar muito na cura destas úlceras. Miíases- infestação de tecidos animais por larvas de moscas; Miíases facultativas- larvas se desenvolvem em tecidos mortos em animais vivos ou mortos. Vantagens: estimulam, com seu movimento, a produção de exsudatos, que removem as bactérias, e de tecido granuloso de cicatrização; alimentam-se de bactérias e de tecido necrosado; secretam agentes terapêuticos, como alantoína e uréia; aumentam o pH da lesão, por produzirem amônia, prejudicando o desenvolvimento de Streptococcus spp., Staphylococcus aureus e outras bactérias, mesmo resistentes a antibióticos; têm custo relativamente baixo. Contra-indicações e limitações: nojo de pacientes e profissionais de saúde- explicar e demonstrar vantagens; podem causar sangramento pela erosão de veias- diferenciar sangramento de pequenas manchas rosas, que são comuns; curta vida das larvas quando guardadas; possibilidade de fuga das larvas; não cura úlceras venosas de perna, apenas as limpa. não consegue curar úlceras isquêmicas de pé diabético. Histórico: -eram usadas por povos de vários locais; -foram observados efeitos positivos em guerras; -foram muito utilizadas na década de 1930 e abandonadas após o desenvolvimento dos antibióticos; -ressurgimento na década de 1990, especialmente nos EUA, RU e Israel; -técnica barata e eficiente; Metodologia: -Lucilia sericata e outras espécies, criadas em laboratório; -ovos são esterilizados e larvas mantidas estéreis para a aplicação; -larvas são aplicadas na úlcera e retidas nesta por tela e plástico; -deixar 48 horas e retirar com solução fisiológica;-repetir se necessário; -esclarecer bem para o paciente e profissionais o que vai ser feito e obter autorização prévia (Comitê de Ética?). Miíases - ação terapêutica – tratamento pode ser vantajoso no caso de resistência a antibióticos – utilização larvas necrobiontófagas – úlceras crônicas: pé diabético, estase venosa (forma de terapia milenar) Lucilia sericata, L. ilustris Phornia regina Remoção de tecidos necróticos ● secreção de proteases ● ingestão do tecido liquefeito Atividade antimicrobiana ● S. aureus, Streptococcus sp. Cicatrização 1 semana 1 ano Profilaxia Priorizar ações de manejo ambiental que resultem na redução do número de mosquitos com necessidade mínima de usar inseticidas; • Incentivar uma consciência coletiva sobre a importância e os procedimentos necessários para um controle eficiente dos mosquitos; • Realizar avaliações do ataque de adultos e o levantamento de focos de larvas para dimensionar as áreas que necessitam de ações prioritárias de manejo e para verificar a necessidade de aplicação de larvicidas; • Incentivar a eliminação de focos de criação de mosquitos em áreas particulares e manter a integridade biológica dos ambientes de conservação permanente dos municípios.