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Moscas de interesse médico nova3

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Moscas de interesse 
médico 
Prof. Rodrigo Gurgel Gonçalves 
Universidade de Brasília 
Faculdade de Medicina 
Área de Patologia 
1. Qual a importância médica das moscas? 
2. Como são caracterizadas morfologicamente? 
3. Como é o ciclo de vida de Musca domestica? Qual o papel 
dessas moscas na transmissão de patógenos e como podem 
ser controladas? 
4. O que são miíases? Como podem ser classificadas? 
5. Como diagnosticar e tratar miíases traumáticas e 
furunculares? Quais são os grupos de risco? 
6. Qual o papel das moscas na entomologia forense e na terapia 
larval? 
 
 
 
 
Moscas de interesse 
médico 
Brachycera: moscas 
Ecológica: 
Polinização 
Descompositoras de matéria orgânica 
Alimento de diversos animais 
Médica : 
Sinantropia e veiculação de patógenos 
Hematofagia 
Agentes de miíase 
Qual a importância das moscas? 
Entomologia forense e terapia larval 
Caracterização morfológica 
Diptera 
Nematocera (mosquitos) 
antenas longas 
pernas longas 
Brachycera (moscas) 
antenas curtas com 3 segmentos 
pernas curtas 
Quais são as semelhanças e 
diferenças entre mosquitos e 
moscas? 
Musca domestica 
Veiculam vários 
tipos de bactérias, 
protozoários, 
helmintos e 
miíases 
- Mecanismos de veiculação de 
patógenos: regurgitação do alimento, 
defecação e adesão nas cerdas das 
pernas 
 
-Qual a importância dessas moscas em 
saúde pública? 
 
A pupa (oval e castanha) 
se desenvolve locais secos. 
Ciclo biológico de Musca domestica 
Fêmeas colocam de 500-
800 ovos no lixo/esterco 
Larvas (brancas e apodas), 
alimentam-se de matéria 
orgânica (3 estágios, 7 d) 
Em 1 semana o adulto 
emerge da pupa. Os adultos 
vivem cerca de 30 dias 
Adultos voam bem: 1-3 km em 24 horas 
Ciclo biológico 
Importância médica de Musca domestica 
• veiculação mecânica de patógenos 
Antrax 
Lepra 
Cólera 
Toxoplasma 
G. lamblia (cistos) 
E. histolytica (cistos) 
A. lumbricodes 
E. granulosus 
T. solium 
N. americanus 
A. duodenale 
Entre muitos outros !!!!! 
Importância médica de Musca domestica 
Justificativa: surtos de diarréia por E. coli associados a moscas 
 
Pergunta: quantas bactérias a mosca carrega e transfere para um substrato? 
 
Método: exposição de alimento contaminado (8 bilhões de bactérias) a moscas 
 
Resultado: 
 
 
Em média a cada pouso uma mosca contaminada deposita 1000 bactérias no substrato 
 
 
 
 
Controle de Musca domestica 
Como evitar as 
moscas 
domésticas? 
Coleta e tratamento do lixo, recolher fezes 
dos animais, produção de adubo e manejo 
com predadores, inseticidas e armadilhas 
usando iscas (solução concentrada de açúcar 
ou outros) 
Indicadores de baixa qualidade dos serviços sanitários 
+ barbantes embebidos com inseticidas e açúcar 
Armadilhas comerciais 
Classificação das moscas 
Brachycera 
Muscomorpha 
Moscas domésticas, varejeiras, 
berne, mosca tsé-tsé 
Muscidae 
 
 
 
 
Calliphoridae 
 
 
 
 
Oestridae 
 
 
 
 
 
 
 
Miíases 
Miíases -Definição 
 Zoodermatose, infestação de vertebrados vivos por larvas de 
dípteros (moscas), que se alimentam de seus tecidos 
Miíases 
Pseudomiíases Facultativas Obrigatórias 
Biontófagas Intestinais 
Calliphoridae (Cochliomyia hominivorax) 
Oestridae (Dermatobia hominis) 
Sarcophagidae Stratiomyidae 
Necrobiontófagas 
-Classificação biológica 
 
Miíases 
Miíases 
Cutâneas Orgânicas/cavitárias 
Epiderme/derme 
Larvas na boca, nariz, 
olhos, ouvidos, ânus, 
vagina etc… 
-Classificação por habitat 
 
Miíases 
Miíases 
Traumática Furuncular 
-Classificação por mecanismos de 
entrada da larva 
 
Cochliomyia hominivorax (bicheira, varejeira) Dermatobia hominis (berne) 
Mosca varejeira 
As larvas (1,5 cm) possuem dois 
estigmas respiratórios cada um com 
três espiráculos, além das peças bucais 
na extremidade anterior 
Cochliomyia hominivorax 
Ciclo Biológico de Cochliomya hominivorax 
Após a cópula depositam os ovos 
(10-300) em cavidades (narina, 
vulva, ânus) ou ferimentos 
 
 
 Passados de 4-8 dias as larvas 
maduras caem no solo onde 
transformam-se em pupas e 
posteriormente em adultos 
Após a eclosão as larvas 
alimentam-se vorazmente, 
destruindo os tecidos 
Miíase é resultante da 
destruição dos tecidos pela 
fase larval 
Adultos são atraídos por secreções de ferida e.... 
Ciclo Biológico 
Miíases traumáticas por C. hominivorax 
Visciarelli et al (2007) 
Miíases traumáticas por C. hominivorax 
Visciarelli et al (2007) 
Miíases traumáticas por C. hominivorax 
Visciarelli et al (2007) 
Miíases Humanas por Cochliomyia hominivorax em hospitais 
públicos na cidade do Recife, Pernambuco, Brasil 
 
Nascimento, E. M. F. et al. 
Entomol. Vect. 12 (1): 37-51, 2005 
 
Quais são 
os grupos 
de risco? 
Consequências do parasitismo e Controle de 
C. hominivorax 
Miíase nasal e na 
perna provocada 
por larvas de 
C. hominivorax. 
Como é feito o 
tratamento? 
Após limpar a ferida, 
anestesiar o local e retirar as 
larvas com auxílio de pinças 
Tratar as feridas com 
assepsia e antibióticos. 
Cirurgia 
Miíase oral: Cochliomyia hominivorax Vídeo de um relato de caso 
Miíase Vulvar 
(Martinez et al 2003) 
Relato de caso 
 
- Mulher, 77 anos, com deficiência intelectual, zona rural de Bragança Paulista 
 
- Vivia isolada da família, em péssimas condições de higiene 
 
-Reclamava de úlcera vulvar pruriginosa com secreção purulenta de odor fétido. 
 
- Relatava sensação de movimentos larvários no interior da lesão 
 
- Com diagnóstico de miíase vulvar, foi submetida a desbridamento cirúrgico, sob 
anestesia. 50 larvas foram retiradas. 
 
- Após a excisão cirúrgica, recebeu antibióticos, anti-inflamatório, analgésico. Foram 
realizados curativos diários. 
 
- Houve cicatrização completa da ferida cirúrgica e resultado estético satisfatório 
Miíase Vulvar 
(Martinez et al 2003) 
Miíase Vulvar (Martinez et al 2003) 
- Homem, 34 anos, morador de rua 
(EUA) 
 
- Chegou a emergência do hospital 
com infestação nas pernas, pênis, 
uretra, escroto e períneo 
 
-Fotos e vídeo 
 
 
- 27 anos, homem, Uberlândia, com história de agressão física. 
 
- Exame clínico: fratura mandibular, edema de pálpebras, 
 
 
- Tomografia: fraturas múltiplas de crânio, atrofia cerebral e fraturas de face e 
mandibular 
 
- No 8º dia de internação: pneumonia devido à infecção hospitalar 
 
-No 20º dia de internação: miíase oral (+ de 100 larvas) 
 
- Terapêutica: remoção mecânica das larvas, curetagem e antibioticoterapia 
 
- Estabilização do paciente, foi dada alta hospitalar. 
 
- O paciente faleceu em seu domicílio devido ao seu precário estado geral 
Mosca berneira 
Adultos com vida curta e ap. bucal 
atrofiado. Larvas bem conhecidas 
(bernes) 
 
Dermatobia hominis 
 
Berne 
As larvas possuem várias fileiras de 
espinhos curvos, com pontas voltadas 
para fora, alcançando 2 cm. 
Ciclo Biológico de 
Dermatobia hominis 
Os ovos amadurecem no 
inseto veiculador 
A larva sai do ovos e 
penetra no 
hospedeiro 
A larva fica 
com a 
espiraculo 
respiratório e 
mandíbula 
sofre 2 
ecdises (60d)e cai no solo 
Os adultos não se 
alimentam e têm 
vida curta. Em 
vôo rápido 
captura um inseto 
hematófago e 
deposita seus ovos 
no abdômen. Pupa se desenvolve na terra e após 30 dias 
origina a mosca adulta 
Vídeo 
Manifestações 
patológicas e 
tratamento da miíase 
por Dermatobia 
hominis 
-Provoca dor e coçeira intensa. 
O orifício aberto serve de porta de 
entrada outras larvas e bactérias. 
 
Miíase peniana: Dermatobia hominis (Passos et al. 2008) 
Tratamento da miíase por Dermatobia hominis 
Primeira opção: 
 Cobrir com esparadrapo/vaselina, 
esperar (asfixia): a larva tende a sair 
 
Segunda opção: 
 Aplicar no orifício éter ou clorofórmio 
e retirar a larva por compressão 
 
- Quando grandes deve-se fazer 
pequena cirurgia aumentando o 
orifício (Fig) e forçando lidocaína (2ml) 
por baixo da larva 
Vestígios de insetos (larvas 
e adultos) encontrados 
sobre o cadáver: 
estimativa do intervalo 
pos-mortem de 45 a 51d Projetos JR Pujol (UnB) 
Entomologia forense 
Uso de insetos em medicina legal: Quando, 
onde e como morreu? 
Terapia larval 
Uso de larvas de moscas para tratamento de 
feridas 
Ferimentos de guerra 
Desuso após 1940 (antibióticos) 
Atualmente: casos crônicos de diabetes, 
osteomielite, escaras de pressão no leito 
Terapia larval 
Método: aplicação de larvas necrobiontófagas (L1) no ferimento 
(10/cm2)---cobrir com gaze e vedar---retirada após 1-3 dias (pinças). 
Sangramento e prurido podem ocorrer 
Espécies usadas: Lucilia sericata, Musca domestica 
 
 
 
 
 
 
Vídeo 
Vantagens 
 Eliminam o tecido necrótico 
Produzem secreções com atividade antimicrobiana 
Drenam líquido necrótico 
Estimulam a rápida cicatrização 
5-10 larva/cm2 2-3 dias Hidrocoloide ou óxido de zinco 
Desvantagem 
Desconforto 
Fim!

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