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* HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA CLÍNICA MÉDICA NEFROLOGIA Insuficiência Renal Crônica Prof. Flavio Moura Brasília - 2015 * Conceito: Decorre de um declíneo lento e progressivo da função renal decorrente da redução do N0de néfrons . Caracterizada por uma crescente incapacidade do rim em manter níveis baixos normais dos produtos do metabolismo das proteínas ( ex. uréia) e valores normais de PA e hematócrito. É uma sínd. Clínica que ocorre após a perda superior a 50% da massa de néfrons do paciente , sendo irreversível e progressiva. * Filtração Glomerular vs Creatinina Plasmática * Fórmulas para Estimativa da Filtração Glomerular Cockcroft – Gault (1976) CCr = (140 – Idade) x Peso/72 x P Creat ♂ - 100% ♀ - 85% MDRD (1999) GFR (mL/min/1,73 m2) = 170 X [P Creat]- 0,999 x [Idade]- 0,176 X [N uréico]- 0,170 x [Alb]+ 0,318 x [0,762 se ♀] X [1,180 se negro] * II. Incidência e Prevalência: EUA: 2 milhões de pessoas com IRC e falência renal. Há um anual de 7% na taxa de crescimento: 500.000 pacientes nos EUA vão se submeter a TRR até 2010. 2/ 3 de IRC terminal: DM ou HAS. IRC desenvolve-se : 30% dos pacientes com DM Tipo I e II ( ppte após 15 anos de doença) * ABCDT 2005 Pacientes necessitando diálise no Brasil Apesar da baixa prevalência (falta de diagnóstico ?) da IRC no Brasil, mas em função do crescimento de doenças com diabetes e hipertensão e do envelhecimento da nossa população, estima-se que o número de pacientes em diálise deve duplicar nos próximos 5-6 anos * * II. Incidência e Prevalência: Em todos os estágios da doença , a principal causa de mortalidade são por problemas cardiovasculares: 50% Mortalidade < em pacientes que receberam transplante renal. * III. Progressão da Doença * Uhlig, K – Managed Care 2003;12( 7):S3-S9. * ESTADIAMENTO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA - NKF * ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DO ESTADIAMENTO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA 1 2 43 30 33 * Fatores de Risco na Progressão da doença * IV. Etiologia: Possui etiologia variada, podendo ser resultante de: doenças que acometem diretamente o rim ; ou os atingem a partir de um acometimento sistêmico. * * Etiologia: * V. Fisiopatologia da IRC * VI. Consequência da Falência Renal Diminuição do Volume Urinário: Oligúria ( < 500 ml/dia) 2. Retenção de Líquido e Sódio: Há um níveis séricos de Na+, mas pela retenção de líquidos pode sua [ ] pode estar normal ou . 3. Aumento dos níveis Pressóricos: Pela retenção de líquido Melhor indicador do balanço hídrico que o Na+ * VI. Consequência da Falência Renal 4. Retenção de Potássio: Níveis séricos de K+ > 5,5 mEq/L Anormalidades ECG 5. Azotemia: dos níveis séricos de uréia e creatinina 6. Anemia: Deficiência de eritropoetina absorção de Ferro * VI. Consequência da Falência Renal 7. Acidose Metabólica: Incapacidade do rim de excretar H+ 8. Desenvolvimento de Osteodistrofia Renal: dos níveis séricos de Ca++ na sua forma ativa. dos níveis séricos de Fosfato: deficiência na sua excreção Produto Ca x P >55: levando a da secreção de PTH. Hiperparatireoidismo Crônico: remove o Ca++ dos osssos * * Fósforo como fator de Risco * VI. Manifestações Clínicas Apresenta quadro clínico complexo envolvendo: distúrbios hidroeletrolíticos, Ácido- básico, Metabolismo de Ca++ e Fósforo Endocrinológicos , nutricionais Repercussões sociais significativas. * VI. Manifestações Clínicas Iniciais Tardias (TFG<15 ml/min, Uréia >60 mg/dl * Síndrome Urêmica 3. Sinais e Sintomas: * Síndrome Urêmica 3. Sinais e Sintomas: * Síndrome Urêmica 3. Sinais e Sintomas: * Como Investigar o paciente com IRC História: Pesquisar sintomas Urinários: Sintomas de Infecção Urinária Cólica Renal Eliminação de Cálculos e uso crônico de analgésicos ou AINEs. Investigar dados sobre HA, DM, Surdez, colagenoses, gota e outros. * Como Investigar o paciente com IRC 2. Exame Físico: Segue os princípios gerais de qualquer avaliação . Sinais de Nefropatia Congênita: Deformidade e implantação baixa das orelhas : hipoplasia renal, duplicidade de ureter Rins aumentados de volume: doença policística e ou hidronefrose congênita * Como Investigar o paciente com IRC 2. Exame Físico: Sinal de Nefropatia Adquirida: HA: pode ser 10 (etiologia) ou 20 a uma nefropatia crônica. Difícil diferenciar IR Aguda x Crônica Sinais Agudos: oligúria intensa ou anúria, ausência de anemia, retenção nitrogenada progressiva, fundo de olho normal e calcemia e fosfatemia normais. Sinais Crônicos: Palidez palha, exsudatos antigos no fundo de olho, osteodistrofia renal e cilindros céreos e largos no sedimento. * Como Investigar o paciente com IRC 3. Exame Laboratorial: EAS: densidade e teste qualitativo para glicosúria e quantitativo para proteinúria. Hemograma e análise plasmática da uréia, creatinina, eletrólitos, cálcio, fósforo, FA, ácido úrico e eletroforese de proteínas . 4. Exames Complementares: Raio X simples do Abdome Ecografia Renal: Volume, parênquima, cálculos * Como Investigar o paciente com IRC 5. Passos Seguintes: Biópsia Renal: elemento importante no diagnóstico, prognóstico e seguimento IRC: pouca utilidade. * Manejo do Paciente com IRC 1. Manejo Conservador: A estratégia envolve: Controle da progressão da nefropatia - Tratamento da Hipertensão - Restrição dietética - Redução da proteinúria - Manejo da Hiperlipidemia Evitar mais dano aos rins Manejo das complicações da uremia * Manejo do Paciente com IRC 2. Balanço Hidroeletrolítico: 2.1 Sódio: Á medida que a IRC progride , o rim torna-se incapaz de variar a excreção de sódio em resposta a uma mudança do volume EC, tornando a sua excreção mais fixa Manutenção do Balanço : 2-6 g/ dia * Manejo do Paciente com IRC 2. Balanço Hidroeletrolítico 2.2 Água: No nefropata crônico: o balanço de H2O está preservado 2.3 Potássio: Balanço preservado até estágios terminais. Orientação dietética. Solução polarizante. TRS. * Manejo do Paciente com IRC 2. Balanço Hidroeletrolítico: 2.4 Cálcio e Fósforo : Controle do HPT 20. Quelanteso orais de fósforo - Hidróxido de Alumínio - Carbonato, acetato de Cálcio - Sevelamer - Calcimiméticos Suplementação de Vitamina D: 1, 25 – (OH)2D3 * Manejo do Paciente com IRC 2. Balanço Hidroeletrolítico: 2. 5 Anemia: Administração de Eritropoetina Recombinante Humana: 50-150 unidades/ Kg por semana por via SC. Níveis muito elevados de Ht. Suplementação de Ferro: melhora a ação da ERH. * Manejo do Paciente com IRC 2. Prurido: Geralmente é controlado: Controle de Cálcio e Fósforo plasmático Instituição do tto dialítico Admistração de anti-histamínicos Colestiramina Mais Recente: Fototerapia com UV em pruridos graves e pomada de Tacrolimus. * Quando indicar Diálise ? Evitar desnutrição Evidência de neuropatia periférica em paciente tratado conservadoramente. Presença de sintomas urêmicos com náuseas e vômitos e o aparecimento de pericardite. Clearence de creatinina < 10 ml/min. Idoso > 80 anos ? Ketosteril * QUAL MODALIDADE? HEMODIÁLISE DIÁLISE PERITONEAL: CAPD DPA * DOSE DE DIÁLISE: Kt/ Ve Hemodiálise > 1,2 Diálise Peritoneal: Clearance semanal > 1,7 * Quando indicar transplante Renal ? Diálise e transpalnte são tratamentos que se completam. A diálise pode servir de terapia de suporte durante a fase inicial de preparo p/ o transplante,no pós-operatório imediato , nos casos de rejeição aguda ou de NTA e , finalmente nos casos de rejeição crônica, com retorno do paciente pra a diálise. Paciente c/ IRC é um forte candidato a transplante dos rins. * OBRIGADO !!!!!! * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
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