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Recuperação do ICMS nas Compras
Recuperação do ICMS nas Compras Conforme estabelecido na LC/87/96, Art. 19, o ICMS é um imposto não-cumulativo. Aliás, esse dispositivo é praticamente reprodução do parágrafo 2º, inciso I, artigo 155, da CF/88. 
Dessa forma, o contribuinte, chamado pelo Fisco de sujeito passivo, poderá compensar o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo Estado, por outro Estado ou pelo Distrito Federal. 
Para a compensação do ICMS, é assegurado ao contribuinte o direito de creditar-se do imposto anteriormente cobrado em operações de que tenha resultado a entrada de mercadoria, real ou simbólica, no estabelecimento, inclusive a destinada ao ativo permanente, ou o recebimento de serviços de transporte interestadual e intermunicipal ou de comunicação, dentro das normas aplicáveis e regulamentares. 
Esse sistema é bastante simples, pois é baseado no sistema de débito e crédito. A compensação do ICMS devido entre as operações e prestações de entradas e saídas é feita, ordinariamente, através de confronto periódico na conta corrente fiscal, na qual o saldo, se devedor, é pago, e se credor, transferido para aproveitamento no período ou nos períodos seguintes. Ou seja, o contribuinte debita a seu favor, em uma conta do ativo, comumente chamada ICMS a Recuperar, o valor do ICMS pago em suas operações de compra e credita na mesma conta o valor a recolher do ICMS de suas operações de venda. 
Caso o saldo da conta seja devedor, o contribuinte recolherá esse valor ao fisco. Na hipótese do saldo credor, o contribuinte não terá recolhimento ao fisco. Essa operação é conhecida como compensação do imposto. 
É muito importante não confundir a Recuperação do ICMS nas compras com a opção legal do ICMS Substituição Tributária.
O ICMS Substituição Tributária - ICMS-ST, é o mecanismo pelo qual há tributação pelo imposto de forma antecipada, englobando as etapas seguintes, mas, em algumas situações também pode gerar crédito de ICMS. 
A Lei estadual poderá atribuir a contribuinte do imposto ou a depositário a qualquer título a responsabilidade pelo seu pagamento. Nessa hipótese o responsável pelo pagamento assumirá a condição de substituto tributário. O recolhimento do ICMS-ST é destinado à Unidade da Federação onde as mercadorias serão destinadas e na presunção que tais mercadorias serão comercializadas dentro desta mesma Unidade da Federação destino. 
Para os contribuintes distribuidores e atacadistas que operam em todos os Estados brasileiros a presunção, determinada pelo regime da substituição tributária do ICMS na entrada das mercadorias em seus estabelecimentos, de que tais mercadorias serão negociadas dentro de seus Estados (operações internas) não se aplica ou não se realiza de forma integral. Nessa situação passa a haver um crédito fiscal quando esta mercadoria é negociada com outras Unidades da Federação, conforme a LC 87/96, artigo 10.
BIBLIOGRAFIA: 
KALUME, C. L. ICMS Didático. 2. ed. São Paulo: Del Rey, 2014.
OLIVEIRA, J.J. Macedo de. Impostos Estaduais. 2. ed. Rio de Janeiro: Saraiva, 2011.

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