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EDILENE RIBEIRO VILELA SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO PEDAGOGIA EDILENE RIBEIRO VILELA ENSINO DE MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL Jataí 2017 EDILENE RIBEIRO VILELA ENSINO DE MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL Projeto de Ensino apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de Pedagogia Orientador: Prof. Diego Barboza Prestes Lilian Gavioli de Jesus Natalia Gomes dos Santos Jataí 2017 EDILENE RIBEIRO VILELA RESUMO Entendendo que a educação é a sustentabilidade de uma nação e que os avanços matemáticos influenciam na vida organizacional do planeta é que esta pesquisa vem buscar o entendimento dos conceitos matemáticos que os pequenos produzem na educação infantil, analisando os avanços que a Matemática pode desenvolver nas crianças nessa etapa educacional. Analisando as propostas pedagógicas dos livros didáticos para essa fase da educação básica e examinando, o papel transformador e aprofundador que a matemática exerce nos alunos na educação infantil. PALAVRAS-CHAVE: conhecimento; conceitos matemáticos; problematização e desenvolvimento. EDILENE RIBEIRO VILELA SUMÁRIO 1 Introdução.............................................................................................5 2 Revisão Bibliográfica ............................................................................6 3 Processo de Desenvolvimento do Projeto……………………………...21 3.1 Tema e linha de pesquisa.................................................................19 3.2 Justificativa........................................................................................19 3.3 Problematização................................................................................20. 3.4 Objetivos............................................................................................20. 3.5 Conteúdos..........................................................................................21. 3.6 Processo de desenvolvimento............................................................21 3.7 Tempo para a realização do projeto...................................................22 3.8 Recursos humanos e materiais..........................................................22 3.9 Avaliação............................................................................................23 4 Considerações Finais........................................................................... 24 5 Referências............................................................................................26 EDILENE RIBEIRO VILELA INTRODUÇÃO O aumento do número de informações e a velocidade com que elas chegam a nós, nos é exigido uma habilidade no processamento e na obtenção de resultados eficientes. Devido a essa exigência, que fez e ainda está fazendo com que nos preocupemos antecipadamente com a educação e o ingresso mais cedo no ensino sistemático, a educação infantil assume um papel importantíssimo na educação das crianças. Paulo Freire que trouxe à tona a problemática da importância de ler o mundo vem endossar o papel da Matemática na compreensão e na intervenção desta leitura. Nada melhor que iniciar a leitura do mundo desde cedo, já nos primeiros dias de vida; sistematicamente nos primeiros anos da educação infantil para uma caminhada mais segura e benéfica no desenvolvimento das crianças. Onde podemos encontrar o uso da matemática? Desde uma simples compra de guloseima ao grandioso projeto espacial internacional; nas diversas áreas do conhecimento, no idioma falado por um povo, na religião, na ética, na gastronomia são encontrados conceitos matemáticos. Vivemos no mundo rodeado de números, a invenção deles nos trouxe benefícios e malefícios, como já afirmou Platão (428-347 a.C.) no século V a. C que "os números governam o mundo". A capacidade de ir além é uma proeza da humanidade que se apega com os conceitos matemáticos para progredir cada vez mais e assim construir mais um pilar na história da humanidade, assim podemos reforçar a fala de Roger Bacon (1220-1292): "O abandono da Matemática traz dano a todo o conhecimento, pois aquele que a ignora não pode conhecer as outras ciências ou as coisas do mundo." Não queremos dizer que a Matemática é uma ciência superior a todas as outras. Tampouco, estamos menosprezando as contribuições das outras áreas do conhecimento para o progresso da humanidade. Enfatiza -se aqui, a colaboração que a Matemática presta às demais Ciências, seja no ramo da lógica, da estatística, da aritmética, da geometria, da álgebra, seja onde for, ela fornece meios para o passo seguinte que será tomado. EDILENE RIBEIRO VILELA 2 Revisão Bibliográfica Em matemática a criança deve partir do fazer para o textualizar. Sobretudo na educação infantil o fazer é instrumento necessário no progresso da criança, pois quando ela constrói, se sente realizada, enriquecida, sai de um estado desafiador para um engrandecedor. Ela passa a olhar sua criação com cuidado e atenção, estando pronta para falar sobre ela e dizer como chegou ao fim. Ela se supera. Fortalece sua autonomia. Pensamento esse embasado nos estudos de Confúcio (551-479 a.C.), pois afirma: "Se ouço, esqueço; se olho, recordo; se faço, compreendo". A pesquisadora argentina, Emília Ferreiro, que formulou sua teoria sobre a aprendizagem da escrita, é clara quando fala da aquisição social da língua, da escrita e de noções matemáticas. Nas suas pesquisas está explícita a abordagem sócio-interacionista de Vygotsky. Como nos diz Ferreiro: As crianças iniciam o seu aprendizado de noções matemáticas antes da escola (...) Iniciam o aprendizado do uso social dos números e das atividades sociais relacionadas aos atos de comprar e vender. (2001, p. 98). No momento em que a criança possui um brinquedo e com ele interage, as relações sociais e o uso dos números estão presentes. Quando falta um brinquedo a criança procura, vai atrás porque sabe que sua coleção está incompleta, algo estar faltando, houve perda. E a mesma estando no estágio do egocentrismo, não suporta o sentimento da perda. É um ponto que na educação infantil deve ser trabalhado incessantemente - a perda está para todos nós, assim como o espaço está para a Física. As pessoas sempre terão de perder algo, e trabalhar com os pequenos esse sentimento pode amenizar problemas futuros fortalecendo sua auto-estima e sua capacidade de resistência. Quando o educador desenvolver atividades com os pequenos, nas quais haja subtração, o mesmo deve ter em mente que o deixar para o outro está nas entrelinhas da atividade realizada. Estimular a verbalização do aluno, deixar que ele exponha sua opinião sobre esse sentimento é importante para prosseguir na práxis pedagógica. Dante (1996) nos lembra que a Matemática é, em especial, um modo de pensar. Por isso, faz-se necessário trabalhar o quanto antes esse pensar com as crianças, para um fortalecimento mais eficaz nos alicerces da EDILENE RIBEIRO VILELA aprendizagem dessa disciplina. É na primeira etapa da educação básica o momento para alicerçar a construção dos conceitos matemáticos. São através de conceitos simples que ascrianças irão buscar o complexo. Seja na elaboração da idéia de número; da classificação; nas noções de grandeza, tempo, direção e sentido, posição, capacidade e massa; no trabalho com a simbolização, seqüências e correspondências; explorando a idéia das operações matemáticas, a manipulação geométrica e a construção e interpretação estatística de fatos e situações. Iniciando a compreensão, partindo sempre de uma situação problema, para maiores progressos futuros no desenvolvimento pleno do ser humano. O desafio da descoberta leva a criança a refletir, a manipular, a agir, para solucionar uma situação-problema. O jogo lhe dá prazer, ela aprende brincando e satisfeita, ao contrário do aborrecimento causado por atividades rotineiras. Como no jogo a criança é livre pra criar, arriscar-se e errar sem censuras, sua autoconfiança se desenvolve mais facilmente. (DANTE, 1996, p. 37) Quando os pequenos estão brincando ou jogando o erro é encarado de forma desculpabilizada. Se errarem durante uma rodada ou numa partida eles podem recuperar na outra. Para eles não é importante saber de imediato os procedimentos: o como jogar ou brincar, o essencial é estar interagindo com os demais. E é durante a interação que eles irão aprender as regras, as maneiras de como jogar ou brincar; um ajuda o outro, ora com exemplos ora com a fala. Essa ajuda pode lhe ser muito útil na aprendizagem, pois ele poderá realizar tarefas que sozinha não seria capaz de conseguir. Segundo os estudos de Vygotsky, o que a criança hoje realiza com ajuda (nível de desenvolvimento real), amanhã será capaz de realizar de modo independente (nível de desenvolvimento potencial). Entre esses níveis está a zona de desenvolvimento proximal, caracterizada pelas informações que a criança recebe, porém, ainda não estão amadurecidas ou totalmente assimiladas. O processo da aprendizagem se dar através da interação com o meio e com os outros. A criança, portanto, irá desenvolver a maturação, o que sozinha ela não conseguiria. São várias as propostas de editoras para o ensino na educação infanti l. Elas oferecem uma variedade de elementos que podem ajudar o profissional EDILENE RIBEIRO VILELA no seu trabalho e, também, encantar as crianças com as cores que o material traz. Entretanto ao avaliar estes livros o professor deve observar a formação do autor, suas experiências na área educacional, o tipo de corrente filosófica em que ele se baseia para fundamentar a formulação do material didático. É raro encontrar no ramo editorial autores de livros didáticos para a educação infantil em matemática, com formação específica na área. A grande maioria dos autores é graduada em Pedagogia ou em Letras. Entretanto, podemos encontrar matemáticos que formulam livros de Matemática para essa fase da educação básica. Não desqualificando o trabalho de outros profissionais sobre o tema, porém quando há uma formulação por parte dos mesmos são muitas as lacunas matemáticas existentes. O estudioso da Matemática pode escolher com propriedade o significado mais adequado a ser trabalhado e sobre tudo, conhece intimamente as implicações matemáticas sobre o desenvolvimento da criança. Contudo, a maioria dos licenciados em Matemática, não se interessa no estudo da criança, não gostam do trabalho miúdo e nem tão pouco de estar observando como as crianças formulam seus conceitos sobre temas matemáticos. Claro que há exceções. Para tentar resolver ou amenizar esse problema, há editoras que reúnem especialistas das diversas áreas e que possuem competências didáticas sobre a educação como um todo para elaborarem coleções de livros na educação infantil. São pedagogos, licenciados e/ou bacharéis em Matemática, Ciências, História, Geografia, Letras e Comunicação Social. Eles possuem especializações, sejam na área em que realizaram seus estudos acadêmicos ou na própria educação infantil, e experiência na educação básica. As diagnoses analisadas foram produzidas no ano de 2005 e são divididas em quatro partes (quatro bimestres). Elas são montadas pelos professores e a direção da escola, observados os conteúdos ministrados e visando superar limites. É chamado aluno por aluno para que ele desenvolva a atividade individualmente. O docente esteve atento à oralidade e à escrita do discente, observando ainda suas atitudes no momento da realização da avaliação, para as quais são reservadas duas semanas. EDILENE RIBEIRO VILELA Foram analisadas produções de seis crianças que no final de 2005 completaram seis anos de idade e ingressaram no ensino fundamental em 2006. A I avaliação compreendeu o período de fevereiro a abri l e teve como principal objetivo perceber o nível de coordenação motora, a noção de quantidade, a formulação da idéia de número e o registro, o entendimento sobre dezena e unidade e sua posição, a sequência numérica e a compreensão sobre o processo algoritmo da soma com unidades. Na realização da atividade observou-se a apropriação da noção de direita e esquerda quando a criança registrou o numeral. Também se percebeu a necessidade de estar sempre trabalhando a capacidade de concentração e organização dos alunos. Na realização da II diagnose buscou-se ampliar os conhecimentos matemáticos e incorporar na linguagem das crianças outras noções matemáticas, tais como: a contagem e os registros numéricos, a compreensão e o registro de ordem crescente e decrescente, sinais de pertinência, maior que / menor que, igual / diferente, o entendimento de dúzia e meia dúzia e o fortalecimento do processo algoritmo da adição incorporando dezenas e unidades. O discente foi convidado para avançar na formulação do pensamento. No período em que as crianças retornam para a escola, são realizadas atividades que buscam o fortalecimento do processo algoritmo, só que agora utilizando a subtração como carro chefe. O agrupamento é essencial, pois o discente pode compreender o conceito de numeral par e ímpar. No que se refere ao registro numérico esperava-se que os alunos pudessem realizá-los até 100 (cem), entretanto todos foram além do almejado; nesta noção Matemática inter relacionou-se a organização e conceitos de ciências. O entendimento temporal foi alvo de análise mais ampliada. Saber se as crianças seqüênciam corretamente os dias da semana e os meses do ano e entendem a funcionabilidade dos mesmos é importante nessa fase da educação infantil. A noção de conjunto e litro também foi avaliada. Na aplicação da III avaliação os alunos demonstraram o que sabem e o que ainda necessitam para alcançar a aprendizagem desses conceitos matemáticos. EDILENE RIBEIRO VILELA Na IV e última etapa de avaliações buscou-se ampliar no aluno as noções de grandeza, massa e capacidade; a relação entre sólidos geométricos e a realidade, registrando os nomes dos sólidos; para o raciocínio lógico houve uma atividade em conjunto com o emprego dos numerais ordinais; o registro de horas ampliando o entendimento temporal; o reconhecimento e o registro de símbolos foi um ponto abordado; o avanço com o processo algoritmo envolvendo a adição e a subtração esteve presente e por fim a textualização de situações matemáticas (problemas). Um progresso tamanho na aprendizagem das crianças. A busca pela compreensão é incessante, pois a partir do momento em que o discente consegue o domínio intelectual sobre um assunto, quando sua mente processa com habilidade as informações e a reconstroem, ele passa a fazer parte da construção da sua história. Ele deixa de ser um ser passivo para se tornar o agente construtor. A Matemática vem proporcionar essa transformação. Nesteperíodo da educação infantil ela exerce papel aprofundador do desenvolvimento cognitivo das crianças. Ela vem fermentar a psique dos pequenos para o progresso cidadão: desde a tomada de decisões à realização de uma simples tarefa. Na finalização das atividades letivas o discente deve estar fundamentado para a entrada no ensino fundamental. A base foi construída sobre um olhar atento e detalhista para poder identificar futuras dificuldades que possam vir a se concretizar, possibilitando elementos para o aluno poder superar essas hipóteses e prosperar cada vez mais. Sobre o tema alfabetização matemática; daremos ênfase ao trabalho de Danyluk (1988 ; 1991; 2002) q ue t ra to u sob re o a to de le r e , posteriormente, sobre o ato de escrever matematicamente. Danyluk (2002) afirma que alfabetização matemática: [...] diz respeito aos atos de aprender a ler e a escrever a linguagem matemática, usada nas séries iniciais da escolarização. Compreendo a alfabetização matemática, portanto, como fenômeno que trata da compreensão, da interpretação e da comunicação de conteúdos matemáticos ensinados na escola, tidos como iniciais para a construção do conhecimento matemático. Ser alfabetizado em matemática, então, é compreender o que se lê e escrever o que se compreende a respeito das primeiras noções de lógica, de aritmética e de geometria. Assim, a escrita e a leitura das primeiras idéias matemáticas podem fazer parte do contexto de alfabetização EDILENE RIBEIRO VILELA (DANYLUK, 2002, p. 20-21). A matemática possui uma linguagem única, que guarda suas diferenças em relação a língua materna. A linguagem matemática utiliza termos e símbolos (signos) que são próprios dela, ou seja, o seu próprio alfabeto e sua gramática, como afirma Danyluk (1991). Essa linguagem precisa ser ensinada de maneira estruturada na escola desde os primeiros anos de escolarização. Dessa forma, é preciso que durante o processo de alfabetização em língua portuguesa ocorra também um processo semelhante em matemática, ou seja, que estes estudantes aprendam a ler e a escrever a linguagem matemática usada nas primeiras séries de escolarização. Mas que leitura é essa? Essa leitura não é a mera decodificação de símbolos, mas a leitura com compreensão dos conceitos apresentados. Assim, a Alfabetização Matemática envolve a compreensão, a interpretação e a comunicação de conteúdos matemáticos ensinados na escola e considerados iniciais para a construção do conhecimento matemático. Esse conhecimento matemático inicial envolve a leitura e escrita das primeiras noções de lógica, aritmética e geometria. Danyluk (1991), ao pesquisar a relação de futuros professores dos primeiros anos do ensino fundamental (estudantes do curso de Magistério) com a Matemática, observou que: A maioria desses futuros professores confessava não saber ensinar Matemática e não gostar dessa ciência. Afirmavam que haviam escolhido o curso de Magistério por acharem que, em tal curso, “não teriam muito de Matemática”. Eles mostravam não gostar de Matemática e achavam-se incapazes de entendê-la. Esses futuros professores consideravam que quem “sabia” Matemática era um gênio (DANYLUK, 1991, p.18). Muitas vezes docentes da área de matemática ou futuros professores classificam a matemática como uma disciplina difícil, esta insegurança é repassada para os alunos que poderão atrapalhar na compreensão da matemática, e criar as vezes uma certa repulsa pela disciplinas. Danyluk (1991) comenta que é preciso que se tenha atenção para não se criar repulsa pela matemática desde os primeiros anos, ou seja, no período da alfabetização, já que nesta fase o estudante tem contato com as primeiras noções de lógica, as de aritmética e as de geometria. A intenção deve ser a de EDILENE RIBEIRO VILELA que os estudantes possam aprender matemática, e compreender matemática não seria somente dominar sua forma acadêmica, mas também para usos no cotidiano. No período inicial da alfabetização é necessário que a criança comece a ter contato com seus próprios conhecimentos que possam ser relacionados com a matemática, conheça os “signos” e a “gramática” próprios da matemática, para que seja capaz de realizar a leitura da linguagem matemática,. Esta leitura deve ser incentivada desde os primeiros anos de escolarização. Como afirma Danyluk: Se ler é compreender e interpretar aquilo que está impresso em um texto, então, ao ler o discurso matemático o leitor deve compreender e interpretar aquilo que o texto de Matemática mostra, ou seja, os símbolos e signos expressos pela linguagem matemática. No momento em que o leitor olha para os símbolos ou signos impressos no texto e a sua consciência atentiva volta-se para o desvelamento dos significados que aí estão implícitos, o ato de ler a linguagem matemática começa a se realizar (DANYLUK, 1991, p. 39). Vale destacar que a leitura matemática, segundo a autora envolve a compreensão, "[...] é entendida como ato de compreender, de interpretar e de transformar. É vista como compreensão da expressão de uma linguagem e não apenas decifração de traços codificados e impressos em um papel". (DANYLUK, 1998, p.14). Segundo a autora, a leitura da linguagem matemática envolve compreensão e interpretação dos símbolos componentes da linguagem matemática. Estes signos (ou símbolos) são considerados por Danyluk (1991) como parte do alfabeto da matemática, fazendo parte, portanto, do contexto da alfabetização: Considerando que a palavra “alfabeto” refere-se às primeiras noções de qualquer ciência e que a Matemática é uma ciência que possui primeiras noções, tais como as noções iniciais de lógica, as d e aritmética e as de geometria, é possível afirmar que a escrita e a leitura dessas primeiras idéias podem ser aprendidas e, desse modo, fazer parte do contexto alfabetização (DANYLUK, 1991, p.44). Danyluk (1991) usou o termo alfabetização matemática para referir-se aos atos de aprender a ler e a escrever a linguagem matemática usada nas primeiras séries da escolarização. EDILENE RIBEIRO VILELA Segundo Marcozzi e Dornelles (1976), a criança aprende estes conhecimentos em suas experiências cotidianas, no seu próprio meio, a criança é internalizada por práticas culturais que lhe proporciona pensar sobre os problemas imediatos. Ela aprende por meio de sua interação social, observando, manuseando, elaborando e concluindo, ela aprende vivendo. Sobre a linguagem geométrica, é importante rever o que se entende por leitura. De acordo com Danyluk (1991), ler é compreender e interpretar aquilo que o texto de Matemática mostra, ou seja, seus signos e símbolos. O reconhecimento das figuras planas pelos estudantes exige uma leitura dos símbolos ou signos (as figuras geométricas), e esta leitura será feita de tal forma que ele compreenda e interprete aquilo que está escrito, ou seja, que ao observar uma das figuras geométricas (o triângulo, por exemplo) ele saiba reconhecê-lo não só por “parecer-se” com outra figura, mas por ter conhecimento de elementos que são necessários para que se tenha um triângulo. Danyluk (1991), afirma que a matemática tem uma linguagem própria, dessa forma, ao ter contato com a linguagem matemática o estudante vai conhecendo seu alfabeto e, consequentemente, sendo alfabetizado matematicamente, ou seja, vai aprendendo a compreender o que lê e escrevendo o que compreende sobre as primeiras noções de lógica, aritmética e geometria. É interessante observar que esta leitura envolve não somente a decodificação dos símbolos, mas também a leitura com compreensão, envolvidade significado. Se os estudantes realizam uma leitura com compreensão, o conteúdo matemático tem significado para eles. A aprendizagem de matemática é gradual e contínua. Cada novo conhecimento ou habilidade depende essencialmente de conhecimentos e habilidades dominados anteriormente. Todos os estágios da aprendizagem são importantes e nenhum pode ser desprezado com a ideia de que meus alunos são ótimos, eles nem precisam de, aprendem logo que ensino. É importante que todas as crianças passem pela etapa de concretização e da semiconcretização em cada nova aprendizagem, sendo evidente que, diferentes crianças se desenvolveram de diferentes formas em estágio. A concretização será abandonada desde que a própria criança demonstre já ter ultrapassado essa etapa em sua aprendizagem, já tendo chegado às EDILENE RIBEIRO VILELA abstrações visadas. Essa aprendizagem também se dá de forma coletiva onde possa ter significado para a criança. Quando ela é realizada coletivamente há uma interação umas com as outras e uma apropriação de funções sociais e cognitivas estando assim a criança ligada a um mundo em que a matemática se torne importante para o convívio em sociedade. Dessa forma segundo Smolka (1994), a criança constrói os conceitos matemáticos de maneira coletiva, contemplando uma participação ativa da criança na atividade realizada. A alfabetização matemática, segundo Danyluk (1998), é um fenômeno que trata da compreensão, da interpretação e da comunicação dos conceitos matemáticos ensinados na escola e tidos como iniciais para a construção do conhecimento matemático. Relacionando com o afirmado por Smolka (ano), esta alfabetização se dá no coletivo, a medida que as crianças interagem. A alfabetização matemática acontece de formas diferentes, pois cada um lê, interpreta, escreve e comunica-se com o outro e no mundo por diversos símbolos matemáticos, às vezes os conteúdos matemáticos parecem vazios por não parecerem fazer sentido para os alunos. O professor precisa encontrar a melhor maneira de realizar uma experimentação, descobrir a ideia principal em um trecho lido, calcular a quantidade de papel necessário a um a álbum, para que a criança leia os problemas, dos quais vai buscar a solução. Quando esses problemas envolvem quantidades, medidas ou valores podem-se caracterizá-los como problemas aritméticos. A resolução de problemas deve ter como fim levar a criança à aquisição e ao desenvolvimento de habilidades que tornem mais proveitosa sua vida, quer no sentido de lhe permitir tomar decisões e agir com reflexão, independência e segurança, como no de levá-la a participar com eficiência das atividades do seu grupo, sendo por ele aceita e apreciada. A criança, assim, tornará um adulto apto a enfrentar situações de maior ou menor complexidade, procurando as melhores soluções para uma existência útil e bem construída. A resolução de problemas não é um aspecto à parte, num programa de matemática, é.uma atividade integrada a todos os níveis e fases da aprendizagem. EDILENE RIBEIRO VILELA Conciliando os conceitos de alfabetização formulado por Danyluk (1991), podemos argumentar na direção de nosso entendimento para “Letramento matemático” como expressão da categoria que estamos a interpretar, como: A autora ainda ressalta que apesar de serem crianças, elas sabem muito, sabem diferenciar textos com letras de números, devido aos mesmos estarem por toda parte, na TV, nos livros, nas placas, na tela do computador e na calculadora, desde cedo, as crianças têm a liberdade de formular ideias através destas informações. A educação infantil pode explorar tais conhecimentos prévios usando questionamentos por meio de questões didáticas, planejando momentos em que utilizem números e textos. A linguagem matemática deve ser trabalhada na escola de forma que se constitua regras próprias cuja interpretação quase sempre gera obstáculos à sua compreensão. Danyluk (1991) afirma que é preciso compreender todas as formas de interpretação, explicação e analise do mundo, feitas pelo homem. A Matemática corresponde a uma dessas formas, com seus códigos e linguagens, e com seu sistema de comunicação e representação construído ao longo de sua história, considerando todo conhecimento que os alunos possuem ao longo de sua trajetória. E nessa perspectiva é importante pensarmos que o lugar que o professor ocupa não é apenas de apoiar a alfabetização da criança e sim de ensinar. Por isso a importância de nós futuros educadores sermos bem preparados para essa jornada sendo que, a formação de educadores desempenha um importante papel na profissionalidade docente pois é um processo pelo qual nos futuros educadores adquirimos conhecimentos, aprimoramos também nossas práticas baseadas em teorias aprendidas visando melhora a qualidade do trabalho que desempenharemos junto a nossos alunos. A educação infantil é a porta de entrada das crianças para o mundo da escola, nesse espaço elas começam a desvendar uma série de novos conhecimentos e consolida também os conhecimentos prévios que elas adquiriram, o conhecimento matemático é, portanto papel da escola ampliar, a maneira como é ensinado matemática na educação infantil será refletido nas dificuldades apresentadas no ensino fundamental, visto que a metodologia EDILENE RIBEIRO VILELA usada é de suma importância para que o estereótipo da disciplina difíci l e chata seja desmitificado. É importante a utilização de materiais especiais, varetas, fichas, formas geométricas, faz com que os alunos se sintam atraídos pelo aprender matemática, tornando esta alfabetização de símbolos e signos atraente. A ideia de número só é construída de maneira concreta quando o aluno começa a construir seu próprio raciocínio. Para Danyluk (1991), é essencial entender o sentido da alfabetização matemática. Para ser alfabetizado em Matemática é preciso que a criança consiga entender aquilo que ela está fazendo a leitura e, por fim, compreender as primeiras noções de aritmética geometria e lógica, não esquecendo a dimensão social e cultural desse processo, a qual busca o significado do ato de ler e de escrever, presentes na prática cotidiana. O professor de nossos dias sabe que as experiências diretas oferecem inúmeras oportunidades para a criança calcular distâncias, tempo gasto em viagens e passeios, despesas, lucros, trocos, prejuízos, taxas, medir e pesar seres e objetos e avaliar a capacidade de recipientes. Compreende que os diferentes tipos de problemas não devem chegar à criança em termos de memorização de esquemas. Para aprender a resolvê-los, o aluno precisa compreender e estabelecer relações, desenvolvendo determinadas habilidades, como: Leitura interpretativa Pensamento quantitativo Percepção da situação apresentada e dos elementos quantitativos que a compõem Domínio de operações fundamentais e de conceitos básicos. É preciso que o ensino seja planejado com o objetivo de oferecer situações variadas, de dificuldades graduadas. O que vivenciamos em nossas escolas hoje é simplesmente a efetivação da garantia de universalização do Ensino Fundamental com turmas lotadas e professores oprimidos por diretrizes impostas pelos diferentes Sistemas de Ensino, com vários conflitos internos entre professores alfabetizadores, a equipe gestora da instituição e das próprias secretarias de Educação no sentido de tentar, na prática, compreender a verdadeira EDILENE RIBEIRO VILELA identidade desta nova “clientela”. Infelizmente as discussões nas formações destes profissionais são meramente técnicas com foco voltado para o processode alfabetização em si (codificação e decodificação), levando a um trabalho docente restrito a metodologias – técnicas de ensino, que muitas vezes acabam por ignorar o verdadeiro sentido do letramento, esse essencial na aprendizagem dos alunos, sem analisar tais políticas públicas no sentido de discutir e refletir em: “quem é este aluno do ciclo de alfabetização?”, “como ele aprende?”, “será que estamos preparados para trabalhar com este aluno garantindo um mínimo de qualidade?” “o que é idade certa?”. Em busca de contextualizar o cenário da Educação Básica brasileira, que desde há muitas décadas apresenta resultados alarmantes no que diz respeito à alfabetização, apresentamos neste tópico algumas considerações sobre alfabetização e letramento. Isso porque, as crianças alfabetizadas, em diversas regiões do Brasil, apresentam sérias dificuldades, próprias de um ensino que ainda tem como base apenas a codificação e a decodificação do signo linguístico. Ainda hoje, existem processos de alfabetização que mantém o sujeito em um estado de analfabetismo funcional, ou seja, apesar de alfabetizados, os alunos não conseguem fazer uso da escrita e da leitura em diferentes contextos sociais. Mortatti (2004) afirma que há um consenso entre os estudiosos para definir a condição de quem sabe ler e escrever, quais sejam: analfabeto e analfabetismo, para os que ainda não adquiriram o código escrito (leitura e escrita), e alfabetizado para quem já adquiriu essa condição, ou seja, a instrução primária. Depois de alfabetizado, o indivíduo deixa de ser ‘analfabeto’, e, com a ‘alfabetização’, busca-se erradicar o ‘analfabetismo’, infelizmente representados apenas nos dados estatísticos, pois na prática essa superação tem estado distante da realidade das crianças brasileiras. Para Rojo (2009), a escrita, e suas múltiplas funções, está presente em todos os espaços da vida de uma pessoa, e ter acesso à leitura e à escrita passou a ser, na contemporaneidade, sinônimo de inserção social. Porém, os alunos que têm acesso à escola nem sempre desenvolvem a habilidade da leitura e da escrita. É preciso que os contextos de leitura e produção escrita na escola levem em consideração os usos e funções da escrita e da leitura nos diferentes EDILENE RIBEIRO VILELA espaços sociais, visando atender finalidades diferenciadas, atendendo, assim, as proposta de Soares (1998, p.47), em que “alfabetizar e letrar são duas ações distintas, mas não inseparáveis, ao contrário: o ideal seria alfabetizar/letrando, ou seja: ensinar a ler e escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, de modo que o indivíduo se torne, ao mesmo tempo, alfabetizado e letrado”. EDILENE RIBEIRO VILELA 3 Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino 3.1 Tema e linha de pesquisa Algumas pesquisas voltadas para o ensino de matemática nos anos iniciais do ensino fundamental, segundo MIGUEL, SOUZA, LOURENÇO e DANYLUK, afirmam que a alfabetização matemática e seus conceitos são importantes no desenvolvimento da criança. A partir do seu nascimento a criança tem contato com a cultura de modo amplo e com conhecimentos relacionados com aquilo que chamamos de matemática, e a quando essa criança chega à idade escolar, o professor se torna um mediador despertando o interesse nas crianças em assuntos relacionados à matemática. É papel da graduação possibilitar às alunas e aos alunos do curso de pedagogia uma discussão inicial e sólida sobre a alfabetização matemática. Sendo assim, a partir de um estudo realizado nos referenciais teóricos sobre a alfabetização matemática, dentre eles, MIGUEL, SOUZA, LOURENÇO e DANYLUK, realizaremos uma analise das ementas nas disciplinas de alfabetização e letramento e de Fundamentos e metodologia da matemática nos anos iniciais do ensino fundamental I, verificando como é abordado o tema alfabetização matemática. 3.2 Justificativa A educação infantil é a porta de entrada das crianças para o mundo da escola e consequentemente para o conhecimento historicamente construído pelo homem. O conhecimento matemático é um dos tantos que a escola tem o papel de ajudar a ampliar. Afinal, esta é uma área do conhecimento que costuma trazer dificuldades no ensino fundamental. Segundo Miguel (2017,p. 414) “os professores das series iniciais não tem formação específica na disciplina de matemática, e a formação recebida, em geral, não possibilita uma abordagem segura dos conteúdos de modo que se perdem em modelos tradicionais […]”. A partir da perspectiva de Miguel, podemos afirmar que é necessário que o profissional nessa área durante sua formação inicial tenha contato com EDILENE RIBEIRO VILELA diretrizes que possam norteá-lo. Sendo assim, buscamos investigar de que forma o tema alfabetização matemática é trabalhado nas disciplinas de alfabetização e letramento e Fundamentos e metodologia da matemática nos anos iniciais do ensino fundamental I, no curso de pedagogia da UFG da regional Jataí. A partir deste questionamento, realizaremos uma análise das ementas das disciplinas de Fundamentos e metodologia da matemática nos anos iniciais do ensino fundamental I e alfabetização e letramento, entendendo que estes documentos nos possibilitarão uma compreensão do trabalho que é realizado nestas áreas dentro do curso investigado. 3.3 Problematização Como é abordado o tema alfabetização matemática nas disciplinas de alfabetização e letramento e Fundamentos e metodologia da matemática nos anos iniciais do ensino fundamental? 3.4 Objetivos 3.4.1 OBJETIVO GERAL Analisar como é discutida a alfabetização matemática nas disciplinas de alfabetização e letramento e Fundamentos e metodologia da matemática nos anos iniciais do ensino fundamental I. 3.4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Realizar um estudo teórico do termo alfabetização matemática; Compreender a importância da linguagem e sua relação com o conhecimento matemático; Fazer uma análise das ementas das disciplinas de Fundamentos e metodologia da matemática nos anos iniciais do ensino fundamental I e alfabetização e letramento; Desenvolver uma proposta de trabalho interdisciplinar sobre a alfabetização matemática para o curso de pedagogia na UFG jatai. EDILENE RIBEIRO VILELA 3.5 Conteúdos A metodologia é o conjunto de procedimentos de que uma ciência faz uso para comprovar suas hipóteses. Portanto, cada campo do conhecimento necessita da elaboração desse conjunto de normas a ser seguido em cada procedimento que fizer parte de sua pesquisa. Para realização da pesquisa em questão utilizaremos como metodologia uma abordagem de forma qualitativa, sendo que para Gil (2002) classifica as pesquisas de acordo com seus objetivos e pesquisas com base nos procedimentos utilizados sendo que esta tem duas subdivisões: Bibliográficas que é desenvolvida com base em material já elaborado, ela é constituída principalmente de livros e artigos científicos. Já a segunda, a documental, se diferencia da bibliográfica, pois a mesma não se baseia de materiais que não receberam tratamento analítico. Gil (2002) afirma que a pesquisa bibliográfica pode ser entendida como um processo que envolve uma escolha de tema, levantamento bibliográfico, formulação de problema, busca de fontes, leitura e organização do assunto a ser tratado O estudo pretende desenvolver, a coleta de dados junto à Instituiçãode ensino sobre a estruturação do ensino de matemática na educação infantil, além de uma análise documental das Diretrizes Curriculares do Curso de Pedagogia, dos Parâmetros Curriculares Nacionais, do Projeto Político Pedagógico do Curso de Licenciatura de Pedagogia e dos Planos de Ensino das disciplinas, alfabetização e letramento e Fundamentos e metodologia da matemática nos anos iniciais do ensino fundamental I. 3.6 Processo de Desenvolvimento Propostas Pedagógicas de Livros Didáticos para o Ensino da Matemática na Primeira Etapa da Educação Básica São várias as propostas de editoras para o ensino na educação infanti l. Elas oferecem uma variedade de elementos que podem ajudar o profissional no seu trabalho e, também, encantar as crianças com as cores que o material traz. EDILENE RIBEIRO VILELA Entretanto ao avaliar estes livros o professor deve observar a formação do autor, suas experiências na área educacional, o tipo de corrente filosófica em que ele se baseia para fundamentar a formulação do material didático. É raro encontrar no ramo editorial autores de livros didáticos para a educação infantil em matemática, com formação específica na área. A grande maioria dos autores é graduada em Pedagogia ou em Letras. Entretanto, podemos encontrar matemáticos que formulam livros de Matemática para essa fase da educação básica. Não desqualificando o trabalho de outros profissionais sobre o tema, porém quando há uma formulação por parte dos mesmos são muitas as lacunas matemáticas existentes. O estudioso da Matemática pode escolher com propriedade o significado mais adequado a ser trabalhado e sobre tudo, conhece intimamente as implicações matemáticas sobre o desenvolvimento da criança. Contudo, a maioria dos licenciados em Matemática, não se interessa no estudo da criança, não gostam do trabalho miúdo e nem tão pouco de estar observando como as crianças formulam seus conceitos sobre temas matemáticos. Claro que há exceções. Para tentar resolver ou amenizar esse problema, há editoras que reúnem especialistas das diversas áreas e que possuem competências didáticas sobre a educação como um todo para elaborarem coleções de livros na educação infantil. São pedagogos, licenciados e/ou bacharéis em Matemática, Ciências, História, Geografia, Letras e Comunicação Social. Eles possuem especializações, sejam na área em que realizaram seus estudos acadêmicos ou na própria educação infantil, e experiência na educação básica. 3.7 Tempo para a realização do projeto O projeto tem ba durabilidade de seis meses. 3.8 Recursos humanos e materiais Por ser um projeto de cunho bibliográfica e educacional não houveram custos financeiros. EDILENE RIBEIRO VILELA 3.9 Avaliação A Avaliação ocorrerá de forma documental e comparativa analisando o conteúdo ensinado pelas faculdade e o que estudiosos da pedagogia na área da disciplina em matemática retrata sobre o assunto, além de analisar as produções feitas pelos alunos no decorrer do projeto. EDILENE RIBEIRO VILELA 4 Considerações finais Entendemos, assim, que a alfabetização matemática não se trata de uma prática fragmentada onde muitos “pensam” que somente aqueles dotados de “inteligência” possam aprender e compreender os conceitos matemáticos. A alfabetização matemática vai além desses conceitos é importante que ela seja considerada um propagador de conhecimentos para professores e alunos e assim possamos compreendê-la de forma clara. Sendo assim a alfabetização matemática se dá a partir do instante em que uma criança começa a interpretar e compreender e expressar, ela estará alfabetizada matematicamente. Sendo assim, ser alfabetizado em matemática é ler e compreender os números, saber relacionar as unidades de medidas e também a partir do momento em que ela saiba compreender as operações matemáticas. Nossa expectativa é que ao finalizar esse trabalho de levantame nto bibliográfico nós nos debruçaremos ao estudo dos projetos pedagógicos do curso a fim de verificar a alfabetização matemática se ela se encontra tal qual nos entendemos a partir dos estudos de Danyluk. Pode-se pensar em Matemática de maneira clara e espontânea, pois ela se manifesta de forma simples e sutil, contudo realiza modificações grandiosas no pensar de cada um que consegue estar intimo dos conceitos matemáticos. As crianças manifestam o estreitamento com noções matemáticas desde a maneira como cortam um papel até na habilidade de tomar decisões. No momento em que elas utilizam o pensamento automaticamente suas habilidades matemáticas se manifestam, não importa se poucas ou muitas, o fundamental é que as relações existentes entre elas (as crianças) e a Matemática propiciam avanços que se observados podem facilitar o entendimento sobre outras áreas do conhecimento. Quando as crianças começam a dizer que têm dois bonecos, cinco petecas, duas pulseiras ou uma boneca a idéia de número está se construindo na sua psique. Quando começa a relacionar o conjunto de brinquedos que ela EDILENE RIBEIRO VILELA possui com o conjunto que seu amigo possui, sua mente amplia as relações interpessoais e se abre para questionar. A educação infantil possibilita nos pequenos uma sistematização dos conhecimentos de maneira agradável e rica. Ela vem dar suporte para o ensino fundamental, para que os alunos possam se nutrir de ingredientes que venham somar com os que eles já trazem do contexto familiar e assim fortalecê-las para a descoberta de novos conhecimentos. Trabalhar com os alunos da educação infantil, em especial os do III período e a Matemática é envolver-se constantemente com desafios, os quais fazendo uso dela se pode alcançar êxitos constantes. O pensar logicamente nos proporciona uma sistematização das nossas atitudes e nos encaminha para a busca das descobertas. As crianças procuram sempre algo novo, querem sempre manipular algum objeto... Aprendendo conceitos matemáticos: como lateralidade (esquerda/ direita), lugar (perto / longe, em cima/ embaixo), tamanho (grande / pequeno), quantidade, adição, subtração e tantos outros podendo progredir na realização de suas atividades. Com a linguagem mais ampla e o pensamento mais abrangente os alunos do III período estão intimamente ligados com conceitos matemáticos que são externados desde uma simples brincadeira até um comentário que venham a fazer sobre o mundo e os outros. As crianças pensam matematicamente, agem utilizando a matemática, mas de modo intuitivo e estabelecem relações mentais com a ajuda da matemática ampliando suas descobertas e solidificando o saber. EDILENE RIBEIRO VILELA REFERÊNCIAS Alfabetização e a perspectiva histórico-cultural Disponivel em : https://www.youtube.com/watch?v=e2tQFZyyKfo acessado em 11/08/17 as 17: 40. DANYLUK, O. S. Alfabetização matemática: o cotidiano da vida escolar. 2.ed. Caxias do Sul: EDUCS, 1991. DANYLUK, O.S. 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