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CASO DE HARVARD GESTAO DE RISCO, AMEACA E VULNERABILIDADE

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO
Fichamento de Estudo de Caso
Ivane Gonçalves
Trabalho da disciplina: Gestão Risco, Ameaça e Vulnerabilidade
Tutor: Prof. SERGIO RODRIGUES AFFONSO FRANCO
Local: Presidente Vargas
2017
ESTUDO DO CASO 
SURGIMENTO DO MERCADO DE SOFTWARE DE SEGURANÇA E A F- SECURE
REFERÊNCIA: ESTUDO DO CASO SURGIMENTO DO MERCADO DE SOFTWARE DE SEGURANÇA E A F- SECURE
Dentre as invasões de computador amplamente divulgadas, a primeira ocorreu em agosto de 1986, quando um intruso persistente atacou o laboratório Lawrence Berkeley, na Califórnia. Um engenheiro de computação no departamento de física de Berkeley, Clifford Stoll, notou uma discrepância de 75 centavos nos sistemas de contabilidade do laboratório. 
 O próximo grande evento aconteceu em novembro de 1988, quando Robert Morris, Jr., um estudante de graduação em ciência da computação na Universidade de Cornell, desenvolveu um programa experimental, autorreplicante e de autopropagaçaõ chamado “WONM”, e injetou em um só (node) na internet. 
 Neste mesmo ano, Petri Allas e Risto Siilasma fundaram a F-SECURE. Naquela época, a maioria dos PCs não eram ligadas na rede, então proteger empresas contra ameaças de segurança propagada em rede ainda não parecia como uma oportunidade de negócios. Em 1991 a F-SECURE criou seu produto de antivírus . A primeira versão desta linha de produto chamado F_PROT PROFISSIONAL, foi enviada em setembro de 1991.
Embora o mercado para programas antivírus fosse minúsculos, a F-SECURE estava convencida de que cresceria, achavam que a melhor tecnologia para proteção contra vírus estava de uma coleção de ferramentas desenvolvida por FRIDRIK SKULASON. Embora muito bom, o conjunto de ferramentas não era fácil de usar, nem era intuitivo. Você tinha que entender quando e como usar cada uma das duas dezenas de programas diferentes para assegurar a proteção. As duas partes que colaboram para desenvolver um produto comercial, o F-PROT versão 2, com interface e com menu. Pouco tempo depois, em1993, a F-SECURE desenvolveu uma versão de Windows, F-PROT Professional versão 3. O produto esteva à frente de seu tempo em muitas maneiras. A F-SECURE também estabeleceu uma equipe de pesquisa antivírus para desenvolver e expandir as capacidades do produto. Eles perceberam, também, uma necessidade para distribuição com bom custo-benefício para soluções de segurança e lançaram um sistema de BBS (Bulletin Board System ou Quadro de Avisos) em 1991 e um servidor web no início de 1994.
 Nos primeiros dias de negócios de segurança para computadores, os empreendedores de tecnologia tendiam a distribuir as ferramentas e software que eles desenvolveram como shareware. O campo avançou rapidamente conforme as pessoas compartilharam conhecimento sobre ameaças de segurança.
A F-SECURE havia sido rentável desde a sua criação (e nunca tinha feito financiamento
do risco), e por isso não faltou capital operacional. Mas sua posição de mercado significava que a empresa precisava encontrar uma nova maneira de competir num mercado global e crescente, podendo ultrapassar maiores rivais. Para adquirir fundos que poderiam permitir um salto e aumentar a visibilidade, os gestores decidiram levar a empresa a público.
O anúncio ao público, em novembro de 1999, foi um enorme sucesso, mas os primeiros anos da empresa na bolsa de valores de Helsinque foram, no mínimo, turbulentos. Como a F-SECURE gastou muito para crescer, construir sua marca, contratar o talentos de P&D e expandir globalmente,7 seu lucro operacional ficou negativo (perdas de US$ 15,7 milhões US$ 12,2 milhões e US$ 1,1 milhões, de 2000 a 2002).
Um momento decisivo importante: Entendendo os Mercados de Soluções de Segurança ISP
 Depois da F-SECURE ter sido listada na bolsa de valores de Helsinque, em 1999, a análise feita pelos gestores da empresa do mercado de software de segurança, e a posição da sua empresa dentro dele, levou a três fatos importantes para a estratégia de desenvolvimento da F-SECURE:
• Apesar de ser relativamente jovem, o mercado de software de segurança era surpreendentemente maduro; os grandes participantes estavam no jogo há algum tempo, e duas empresas eram significativamente maiores do que o resto; muitos clientes corporativos já haviam se envolvido a uma das duas marcas globais mais fortes;
• A F-SECURE não era uma das marcas dominantes; manteve-se como uma participante relativamente pequena, com uma participação de mercado de 0,5%; e,
• A proximidade geográfica de clientes não fornecia nenhuma vantagem específica para provedores de soluções de segurança; assim como os ataques podiam ser lançados contra as empresas de qualquer lugar do mundo, então os programas antivírus e soluções de segurança poderiam também ser distribuídos em quase qualquer lugar.
 A reputação do fornecedor de soluções de segurança importava, assim como a velocidade de um fornecedor em fornecer antídotos para novos vírus, mas os próprios produtos eram tão complicados que a maioria dos clientes não conseguiam discernir com precisão os níveis de eficácia em proporcionar segurança como um todo. Assim, os fornecedores de segurança tinham problemas em diferenciar seus produtos em características, o que levou a focar na construção da marca.
 Uma outra realidade prática dos negócios da segurança também funcionou contra a diferenciação de produto: Todos os participantes compartilharam uma tradição e um sentimento de obrigação ética de compartilhar importantes conhecimentos de segurança. Uma pequena elite global que atravessava firmes fronteiras fazia a pesquisa e desenvolvimento sobre os vírus e outras ameaças de segurança, compartilhamento conhecimento para evitar atrasos desastrosos na implantação de medidas de segurança contra ameaças.
 As soluções de segurança oferecidas através de marcas de ISP estabelecidas permitiam que a F-SECURE tivessem vantagem sobre os fornecedores, distribuindo através de varejo e canais de
OEM. Além disso, ISPs já tinham relacionamentos com sua grande base de clientes. Se o F-SECURE distribuía através de ISPs, todos os clientes de um ISP também seriam um potencial cliente da F-SECURE, e poderiam ser provisionados e faturados utilizando métodos e procedimentos já em uso pelos ISPs. Soluções de segurança poderiam ser oferecidas como apenas mais um serviço de ISP.
 No final de 2000, os gestores da F-SECURE decidiram tentar esta nova abordagem de distribuição. Eles esperavam ganhar vantagem na construção das competências de tecnologia e negócios para oferecer seu Software como um serviço de primeira. Várias condições deviam ser atendidas para que a estratégia fosse bem sucedida. Primeiro, a F-SECURE teve de convencer um número significativo de ISPs para comprar soluções de segurança, desta forma, da F-SECURE.
Crescimento da F-Secure e a Evolução do Mercado, de 2001 a 2008
 A FSECURE cresceu também durante este tempo; a receita alcançou aproximadamente US$ 47 milhões em 2003, US$ 116 milhões em 2007.10
 Os desafios de segurança e as ameaças também evoluíram. Até por volta de 2003, as ameaças vieram principalmente dos criadores de vírus "antigos" da Europa, dos Estados Unidos, do Canadá e da Austrália, principalmente "amadores" mexendo com o software e "fuçando" para encontrar falhas de segurança. Por volta de 2003, no entanto, as preocupações sobre os amadores tornaram-se secundária em relação às crescentes preocupações sobre os profissionais orientados para objetivos específicos.
 Nos últimos anos, a utilização da Internet em mercados emergentes tem sido fenomenal: por exemplo, o Brasil atualmente possui mais 2 milhões de usuários de Internet. Consequentemente, desde 2003, crimes virtuais aumentaram muito no Brasil, na China e nos antigos países soviéticos. Como resultado disso, estes hackers tinham pouca razão para temer. As empresas de software frustradas tentaram várias medidas,
porém ineficazes para combater esta tendência; a Microsoft, por exemplo, ofereceu grandes recompensas por informações que levaram à detenção e condenação dos criadores de vírus. Os autores de malware tinham mudado suas táticas, criando uma ilusão de ameaça em declínio.
Em 2002-2003, a maioria dos malware foi espalhada através de anexos de e-mail, o que resultou em surtos de massa e brechas de segurança, tais como aqueles causados por ameaças chamadas de "Bagle," "Mydoom" e "Warezov." Em 2008, no entanto, enviar um anexo .EXE. A unidade de R&R da F-Secure por muitos anos foi considerada como a melhor do mundo e recebeu vários prêmios por ser a mais rápida para identificar, detectar e resolver novos tipos de ataques (ver Anexo).
 
 
 A segurança como um modelo de tecnologia e serviços empresariais
Os produtos de software de segurança precisam ser atualizados em tempo real para rodarem confiavelmente. E o modelo SaaS permite o fornecedor a oferecer diferentes serviços para diferentes usuários finais, oferecendo mais opções para diferenciação de preço ou serviço.
O Anexo 9 compara a cadeia de valor de solução de segurança para o modelo de negócio tradicional e o modelo de negócios SaaS. Retrata como os componentes de software de segurança diferentes são organizados e como o valor é criado para o cliente. Em ambos os modelos de negócio, o fornecedor de software de segurança oferece e atualiza o pacote de software de segurança, que é instalado nas máquinas do cliente.
A segurança como um modelo de serviço da F-scure
Korpi ligou para os ISPs. Foram feitas de 10 a 150 chamadas para conseguir uma reunião com um prestador de serviço. Ele também visitou seminários e exposições de telecomunicações para se conectar com os operadores. A F-SECURE também se tornou a líder de mercado global em serviços de proteção de celular fornecidos através de operadoras como T-Mobile e Swisscom e fabricantes de aparelhos móveis, como Nokia. Durante o segundo trimestre de 2008, as receitas obtidas através de parceiros ISP atingiram US$ 13,9 milhões, que representa 43% do faturamento total da F-SECURE.
Em 2008, a maioria dos ISPs percebeu que as soluções de segurança podem ser um componente importante das suas ofertas de serviço. A F-SECURE, já não precisava mais explicar porque esse serviço era necessário e porque fez sentido para os negócios. A F-SECURE também tinha sido bem sucedida em alcançar um alto grau de fidelidade do cliente. Na verdade, ela não perdeu um único parceiro de ISP. Uma das razões para isto: ofertas de serviços de segurança.
Os desafios daqui para frente
 O negócio do ISP na F-SECURE cresceu constantemente, mas importantes desafios permaneceram.
Siilasmaa focou especialmente no que ele acreditava que eram dois grandes desafios. Primeiro, a F-Secure precisava manter sua posição forte no segmento de ISP, mesmo enquanto concorrentes tentaram entrar. A empresa foi inovadora, a primeira a oferecer muitas novas tecnologias, liderando a corrida no
Fornecimento de ferramentas de software de segurança. A F-SECURE tinha sido a mais rápida a responder aos problemas de malware, conforme medido pela média da taxa de resposta, mas essa vantagem foi se tornando reduzida devido ao aumento da concorrência e automação de processos pelos principais participantes do setor de segurança.
 Como devo a F-SECURE deve se posicionar na cadeia de valor que tinha ajudado a criar? Hyppönen trabalhou constantemente para melhorar a pesquisa, reforçando a comunicação entre diferentes sites em todo o mundo que estavam com os mesmos problemas. A FSECURE também tinha que continuar a desenvolver produtos inovadores para o segmento de ISP. Mas estes passos foram suficientes para manter a forte posição atual da empresa nos próximos cinco anos? Como a convergência tecnológica afetaria os mercados de software de segurança? Como o mercado pareceria em 5 anos? Quais novas oportunidades de negócios que a convergência digital iria apresentar à
F-SECURE? Qual seria o aplicativo matador do futuro? Como o software de segurança será vendido no futuro? Como uma segurança como serviço se tornaria um modelo de negócio viável no futuro? Estas eram questões difíceis, mas importantes.

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