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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE SALVADOR/BA
Frederico, brasileiro, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade nº..., expedida pelo IFP, inscrito no CPF sob nº..., residente na rua (endereço completo), por seu advogado, com endereço profissional ______ , vem a Vossa Excelência, propor
AÇÃO DE ANULAÇÃO DO NEGÓCIO JURÍDICO,
pelo rito Ordinario, em face de GEOVANA, brasileira, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade nº..., expedida pelo IFP, inscrita no CPF sob nº..., residente na rua, com base nos fatos e fundamentos que passa a expor.
DOS FATOS
	O autor recebeu uma ligação informando que sua filha Julia havia sido sequestrada e com a exigencia de pagamento de R$300.000,00 (trezentos mil reais) pelo resgate.
 Em 13 de janeiro de 2014 os sequestradores enviaram ao AUTOR um envelope contendo parte da orelha de Júlia, ressaltando que se o valor não lhes fosse entregue sua filha seria morta. O autor conseguiu levantar somente a quantia de R$220.000,00 (duzentos e vinte mil reais) que em momento de despero vendeu as pressas seu único imóvel situado em Fortaleza- CE, pelo valor de R$80.000,00 (oitenta mil reais) para a ré. Ressalta-se que que a ré desde o princípio se manteve ciente da necessidade do autor em arrecadar o valor exigido pelos sequestradores.
DOS FUNDAMENTOS
Conforme se apura, há no contrato celebrado um vício que enseja à anulação do negócio jurídico, conforme prevê os artigos 156 e 171, II, CC. Posto que o autor vendeu um imóvel de valor venal de R$ 280 mil, por R$ 80 mil, face ao estado de perigo de sua filha.
Desta forma, no presente caso, configura-se o estado de perigo que está devidamente conceituado no artigo 156, CC.
Neste sentido, o Ilustre doutrinador Carlos Roberto Gonçalves nos ensina, em seu livro Direito Civil Brasileiro, editora Editora Saraiva, ano 2006, p. 392, que: “Constitui estado de perigo, portanto, a situação de extrema necessidade que conduz uma pessoa a celebrar o negócio jurídico em que assume obrigação desproporcional e excessiva”.
“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ANULATÓRIA DE ATO JURÍDICO. PRETENSÃO DE ANULAÇÃO DE ACORDO HOMOLOGADO POR SENTENÇA. ALEGATIVA DE VÍCIO NA MANIFESTAÇÃO DE VONTADE, POR ERRO, DOLO E LESÃO (CC/2002, ART. 171, II). SENTENÇA NA FORMA DO ART. 267, INC. I, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. INDEFERIMENTO DA INICIAL POR INÉPCIA (CPC, ART. 295, INC. I E PARÁGRAFO ÚNICO, INC. II). NARRAÇÃO DOS FATOS COERENTE COM A CONCLUSÃO DO PEDIDO. SENTENÇA CASSADA. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. Tem-se que, da narração dos fatos decorre logicamente o pedido quando o autor, na petição inicial, narra uma situação arguindo erro, lesão e dolo, no que se refere a um acordo entabulado com a parte adversa, e finaliza formulando pedido coerente com a situação narrada, isto é, a anulação do ato jurídico porque inválido em face dos vícios apontados. Na análise da petição inicial, não é permitido precipitar o resultado de mérito da demanda (ressalvada a hipótese do art. 285-A do CPC), pois o critério de exame de admissibilidade da exordial a ser utilizado - exceto nas hipóteses legalmente previstas, qual a prescrição - é formal (condições, pressupostos e requisitos), e não material (o direito invocado). "Em princípio, à luz da inicial, o julgamento que se permite ao juiz realizar é apenas formal, tanto quando defere como quando indefere a petição. Isso porque não é da essência do nosso sistema autorizar ao juiz julgar unilateralmente sem ouvir o réu" (LUIZ FUX. Curso de Direito Processual Civil: processo de conhecimento. Rio de Janeiro: Forense, 2008, p. 429).
(TJ-SC , Relator: Stanley da Silva Braga, Data de Julgamento: 15/08/2012, Sexta Câmara de Direito Civil Julgado)”	
Apresenta-se ainda o entendimento do Tribunal de Justiça:
“Processo: AC 70055865521 RS; Relatora: Ana Beatriz Iser; Julgamento: 18/09/2013; Órgão Julgador: Décima Quinta Câmara Cível; Publicação: Diário da Justiça do dia 25/10/2013; Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PRIVADO NÃO-ESPECIFICADO. AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO. DESPESAS MÉDICO-HOSPITALARES. ESTADO DE PERIGO. INOCORRÊNCIA.”
Desta forma, diante do exposto, dúvidas não restam que o valor do negócio jurídico foi muito abaixo do valor de mercado, e o único motivo de sua venda foi o estado de perigo da filha do autor.
 
DO PEDIDO
Diante do exposto, requer a V. Exª:
1 – A citação da Ré;
2 – A procêdencia do pedido de anulação do negócio jurídico celebrado entre as partes;
3 – A pré-notação no RGI do imóvel;
4 – Seja julgado procedente o pedido para condenar a ré aos ônus da sucumbência.
DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, em especial, documental, documental superveniente, testemunhal, pericial e depoimento pessoal da ré.
DO VALOR DA CAUSA
	Dá–se à causa o valor de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais)
	Pede deferimento.
Local e data.
ADVOGADO
OAB

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