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Construção Civil I Resumo CONCRETAGEM

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CONCRETAGEM
Comunidade da Construção – Sistemas à base de cimento – Evento Sinduscon
O que é concreto?
É uma mistura de:
Cimento Portland
Água potável
Agregados:
Miúdo: areia e pó de pedra
Graúdo: pedra britada, seixos rolados, argila expandida
Aditivos – produtos químicos
Ar
Os agregados devem ser limpos, sem impurezas como lixo, terra, matéria orgânica.
A mistura deve ser feita de modo que proporcione condições de plasticidade, a fim de facilitar o manuseio e moldagem e adquirir, ao longo do tempo,
COESÃO E RESISTÊNCIA.
O cimento e a água formam a pasta que une os agregados quando endurecida.
CIMENTO
O cimento Portland é constituído de calcário e argila moídos e cozidos em altos fornos.
Tipos de cimentos existentes no Brasil:
CP I – Cimento Portland comum
CP I – S – Cimento Portland Comum com adição
CP II – E – Cimento Portland Composto com escória
CP II – Z – Cimento Portland Composto com POZOLANA
CP II – F – Cimento Portland Composto com FÍLER
CP III – Cimento Portland de Alto-forno
CP IV – Cimento Portland POZOLÂNICO
CP V ARI – Cimento Portland de ALTA RESISTÊNCIA INICIAL
Recebimento do cimento
O cimento é comercializado:
Em sacos de 50kg, sendo rejeitados caso estejam empedrados (se for utilizar na mesma semana pode empilhar até 15 sacos, se não no máximo 10 para não empedrar);
Á granel, devem ser pesados rigorosamente;
Os sacos deverão ser armazenados, por lotes, em local protegido da chuva e da umidade do solo e das paredes (Cimento estraga com a umidade);
O saco é de papel porque quando é ensacado ainda está quente;
As pilhas deverão conter de 8 a 10 sacos, sobre estrados de madeira.
TIPOS DE CONCRETO
Convencional – uso corrente;
Bombeável – vencer alturas elevadas ou longas distâncias;
Projetado - Concreto que é lançado por um jato com alta velocidade sobre uma superfície, a fim de proporcionar a compactação do mesmo. Não tem brita 1, tem fibras porque tem que grudar e ficar. Ex.: reparo, revestimentos túneis, contenção de taludes;	
Fluído – concretos que apresentam alta plasticidade ou fluidez. Possui granulometria contínua para evitar segregação dos materiais durante lançamento. Indicado quando se tem congestionamento de armaduras e difícil acesso para vibração. Ex.: peças delgadas;
Submerso – plataformas marítimas
Resfriado – uso de gelo para reduzir tensões de origem térmica internas em uma peça concretada, de modo a evitar trincas e fissuras. Acima dos 65ºC pode ocorrer um fenômeno chamado etringita tardia (mineral expansivo). Ex.: blocos de fundação com elevado volume, barragens de hidrelétricas;
Alto desempenho – alta resistência, pré-fabricados, protendidos;
Rolado – concreto de consistência seca, aplicado por espalhamento manual ou mecânico (espalhador, motoniveladora ou pá carregadeira) e compactado com rolo vibratório. Possui slamp zero. Ex: barragens, pavimentos;
Leve – concreto executado com argila expandida ou poliestireno expandido. Possui peso específico reduzido e elevada capacidade de isolamento térmico e acústico. Ex.: paredes, divisórias, rebaixos de lajes, painéis pré-fabricados;
Pesado – É obtido utilizando-se agregados com elevada massa específica, tais como: hematita, barita, magnetita. Ex.: barreira á radiação, lajes de subpressão, contrapeso.
PRODUÇÃO DO CONCRETO
Concreto pré-misturado, usinado ou de central;
Concreto produzido em canteiro de obras .
ABNT NBR 14931/2004
** Para pedir concreto – especificação pela resistência característica do concreto a compressão;
**Se não deu a resistência, culpa é da concreteira;
**1h30min máximo desde que foi lançado no caminhão.
CONCRETO USINADO
É dosado em instalações apropriadas – Centrais de concreto;
É misturado e transportado em caminhões betoneira;
São entregues em local e horário determinados pelo engenheiro da obra;
O concreto deve ser lançado o mais rapidamente possível.
CONCRETO PRÉ-MISTURADO, USINADO OU DE CENTRAL
Vantagens:
Eliminação das perdas de areia, brita e cimento;
Maior produtividade da equipe de trabalho;
Eliminação das áreas de estoque;
Melhor aproveitamento do canteiro de obras;
Controle da qualidade do concreto por empresa especializada.
CONCRETO PRODUZIDO NO CANTEIRO DE OBRAS
Manual: obras de pequeno porte, com volume reduzido;
Mecânico: em betoneiras (intermitentes, contínuas).
Normalmente usa-se betoneira intermitente de queda livre de eixo inclinado.
Betoneira de Eixo Inclinado ou Basculante:
A abertura da cuba é inclinada durante a operação;
A descarga é feita pela abertura de entrada, de forma inclinada, e o seu conteúdo cai por gravidade.
MISTURA DO CONCRETO
A ordem de lançamento dos materiais depende do tipo de misturados e do tamanho dos agregados.
Em geral a ordem de lançamento dos materiais é:
1º) Uma parte dos agregados graúdos e uma parte de água, depois rodar para lavá-la da mistura anterior;
2º) O cimento, o restante da água, a areia e girar...
3º) os agregados graúdos na ordem crescente de diâmetro.
O amassamento deve garantir homogeneidade.
A falta de homogeneidade leva a perda de resistência e durabilidade.
Calcular a quantidade dos materiais de acordo com a capacidade da betoneira – usar nº inteiro de sacos de cimento;
DEVE-SE TOMAR CUIDADO COM A DOSAGEM DOS ADITIVOS, DESMOLDANTES, COLAS...
Tempo de mistura
Em geral, o tempo é de 2min, após o lançamento de todos os materiais.
Pouco tempo – mistura imperfeita
Muito tempo – anti-econômico
TRABALHABILIDADE DO CONCRETO
Avaliada pelo ensaio de abatimento do tronco de cone (SLUMP);
Água em excesso prejudica a resistência à compressão e a durabilidade.
 ** SLUMP: coloca-se uma massa de concreto dentro de uma forma tronco-cônica, em 3 camadas igualmente adensadas, cada uma com 25 golpes. Retira-se o molde lentamente, levantando verticalmente e mede-se a altura do molde e a altura da massa de concreto depois de assentada (abatimento).
Tolerância:
 +/- 2mm para abatimento de 10mm;
+/- 3mm para abatimento de 15mm.
ADENSAMENTO DO CONCRETO
OBJETIVO:
Preencher os vazios
Dar maior fluidez
Retirar o ar do material
Ascender o excesso da água de mistura.
A boa compactação do concreto melhora:
Resistência
Aderência
Retração
Durabilidade do concreto
PROCESSO DE ADENSAMENTO
Manual: socamento e apiloamento.
Mecânicos: vibração e centrifugação ( a centrifugação é usada em pré-fabricados).
ADENSAMENTO MECÂNICO
Os vibradores de imersão podem ter baixa, média ou alta freqüência. A baixa freqüência mobiliza o agregado graúdo e a alta freqüência vibra a argamassa;
As camadas de concreto devem ter altura inferior ao comprimento do vibrador;
A imersão da ponta deve ser rápida e sua retirada muito lenta, ambas com o aparelho em funcionamento; a retirada rápida pode deixar um vazio;
O vibrador deve penetrar na vertical até 10 cm da camada inferior, de modo a associar as mesmas;
O vibrador nunca deve ser utilizado para transportar ou empurrar o concreto;
Não vibrar a armadura, para não deixar um vazio ao seu redor e eliminar aderência. Se isto ocorrer, deve-se dar uma passada final do vibrador no concreto, evitando qualquer contato com a armadura;
A cada 50 cm deve ter um ponto de vibração;
Término da vibração: quando surge ligeira camada de argamassa na superfície e cessa o desprendimento de bolhas de ar.
Daí em diante a vibração é negativa, segregando material.
NÃO VIBRAR EM EXCESSO
CURA DO CONCRETO
Proteger as superfícies do concreto da ação direta do vento e do sol, para impedir a evaporação prematura da água necessária a hidratação do cimento.
A melhor cura é a argamassa podre, mais fácil de tirar. Vai pouco cimento.
CURA NÃO É ENDURECIMENTO!
TEMPO DE CURA
Deve-se iniciar logo após a concretagem e permanecer por 7 a 14 dias.
A cura adequada aumenta a resistência e durabilidade.
CURA NATURAL
Irrigação freqüente;
Cobrir as superfícies de concreto com areia, papel Kraft , plásticos.
CURA QUÍMICA
Membranas de cura que formam películas impermeáveis ao vapor d’água.
CONTROLE TECNOLÓGICO
Determinação da consistência do concreto:medição do abatimento. 
Com o resultado, autoriza-se ou não a descarga do concreto.
Moldagem dos corpos de prova
Determinação da resistência a compressão
PLANO DE CONCRETAGEM: CONSIDERAR
Capacidade de suporte e deformação das fôrmas e escoramento considerando o peso do concreto fresco e operações de concretagem;
Atender às especificações do projeto: dimensões das fôrmas e detalhamento das armaduras.
EXEMPLO: Pilar de 20x40cm possui a<60, então tolerância de +/- 5mm.
**Quanto que o prédio todo pode ficar fora de prumo!
** tolerância cumulativa, total da edificação, ao longo dos pilares somados;
**Puxar prumo sempre do primeiro andar, porque se puxar o de baixo vai acumular erro.
Espessura de cobrimento – espaçadores em posição e quantidade adequadas;
Garantir acesso: não pisar nas armaduras negativas, usar pranchas;
Manter armadura na posição correta durante concretagem – pode causar fendilhação;
CUIDADOS! MARQUISES E VARANDAS CAEM POR CAUSA DA FENDILHAÇÃO;
Fendilhação: fissura por causa do momento fletor, viga em balanço armadura vai em cima e não embaixo;
Equipe para lançamento, adensamento e cura;
Equipamentos suficientes: carrinhos, gericas, esteiras, caçambas, guinchos, vibradores...;
Ferrramentas auxiliares: enxadas, pás, desempenadeiras....
Funcionamento dos equipamentos elétricos;
Tipo, volume e dosagem do concreto;
Horário e tempo de concretagem;
Interrupções, paredes com vigas ou lajes...;
JUNTAS também podem ocorrer devido á chuva forte, falta de energia, á entupimento de bomba, a quebra de equipamento ou de transporte...
O local das juntas deve ser definido pelo engenheiro da obra.
	**JUNTAS: espaço deixado para permitir dilatações e contrações dos materiais de modo a evitar fendilhões. Sempre na vertical.
As superfícies da junta da construção devem ser:
Fazer as juntas na vertical, contendo o concreto com taliscas de madeira;
Tornada rugosa com escova de aço, jato de areia ou jato de água (se concreto fresco), ate que o agregado graúdo fique aparente;
Limpa, livre de pó e do material solto com jato de água ou de ar comprimido;
Bem molhada previamente.
CONTROLE ANTES DA CONCRETAGEM
Posicionamento das armaduras;
Rigidez das malhas da armadura;
Facilidade de colocação do concreto e passagem do vibrador;
Espessura de cobrimento;
Estanqueidade das formas – para não vazar concreto. Pode passar nata, mas não agregado;
Limpeza das fôrmas e armaduras;
Separar equipamento e ferramentas.
TRANSPORTE
O concreto deve ser transportado para o local de lançamento o mais rápido possível, a fim de manter sua homogeneidade e evitar segregação;
O calor acelera o tempo de endurecimento e da evaporação da água;
Deve-se proteger e transportar rapidamente.
MEIOS DE TRANPORTE
Carrinho de mão: para pequenas distâncias ou sobre pranchas (rodas de borracha para evitar segregação);
Carrinhos motorizados: para distâncias até 300m;
Calhas: tubos inclinados por onde desliza o concreto. Usam-se quando o concreto está em local mais elevado que as fôrmas;
Gruas: o concreto é içado em reservatórios e distribuído no local;
Caminhões betoneira: veículos que efetuam a mistura e mantém a homogeneidade do concreto por simples agitação;
Bombas de concreto: comuns na construção de edifícios, permitem a concretagem até 3 pavimentos. Mangueira não deve ficar vertical, deve ter uma patê horizontal para não vibrar muito a forma.
LANÇAMENTO DO CONCRETO
Os tubos para lançamento do concreto deverão estar completamente preenchidos e continuamente alimentados;
Logo após misturado, o concreto deve ser depositado sem choques e o mais próximo possível de sua posição final. O concreto não deve ser empurrado;
Se forem usadas calhas, deve-se prever um anteparo na extremidade inferior;
A colocação do concreto deve ser feita em camadas horizontais, com espessura menor que 50 cm;
A altura de lançamento deve ser no máximo igual a 2m, para evitar segregação;
Enche 1/3 do pilar e vibra e mais 1/3 vibra e assim sucessivamente. Dessa forma diminui a pressão;
Os tubos verticais para lançamento do concreto a grandes alturas deverão estar completamente preenchidos e continuamente alimentados, para não haver choques ou refluxos.
Observações:
Se a forma estourar, deve-se parar a concretagem, e vibrar até sair todo concreto. Após, deve-se fazer tudo novamente;
Abaixo de 5ºC não se deve concretar, pois o concreto pode congelar;
Se no dia da concretagem chover, deve-se tirar a água, mas caso não dê de tirar, olhar na norma, pois água com velocidade não pode.

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