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Direito Penal - os oxiomas

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FACULDADE DOCTUM DE MANHUÇU
CURSO DIREITO 
JUSSARA SOUZA SOARES
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA 
MANHUAÇU
2018
Jussara Souza Soares
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA 
Atividade prática supervisionada apresentada ao Curso de Direito da Faculdade Doctum de Manhuaçu, entregue à disciplina Direito Penal I
Profª.: 
MANHUAÇU
2018
1) Explique no que consiste as velocidades do Direito Penal.
Ao longo dos anos o Direito Penal passou por diversas transformações em sua doutrina, uma delas é conhecida como a teoria das velocidades do Direito Penal, seu percursor foi Silva Sánchez. Essa teoria surgiu da ideia de que o Direito Penal é formado por dois conjuntos distintos de crimes. Sendo o primeiro conjunto constituído por infrações penais que resultaram em penas privativas de liberdade. O segundo conjunto é constituído por ilícitos ligados a gêneros mais próximos ao administrativo e de suas sanções que atingiram multas, penas privativas de direitos, e algumas outras formas de punição. Ambos os conjuntos devem ser levados ao poder judiciário, uma vez que, todos possuem natureza penal.
O Direito Penal da primeira velocidade possui maior relação com as garantias e os direitos constitucionais. Em síntese, com uma visão clássica, o Direito Penal de primeira é assinalado pela aplicação de pena privativa de liberdade e ao mesmo tempo garante ao indivíduo direitos e garantias fundamentais. 
O Direito Penal da segunda velocidade é marcado por uma forma diferente de aplicar a pena ao ato ilícito. Houve a substituição da pena que privava a liberdade, aplicava-se, então, medidas alternativas para cumprir as sanções, pode-se dizer que existe uma flexibilidade de garantias materiais e processuais.
O Direito penal da terceira velocidade foi caracterizado pela expansão do Direito Penal do inimigo, compondo um direito de emergência ou de exceção. Nessa terceira velocidade houve uma combinação entre a primeira e a segunda velocidade. Utiliza-se a pena privativa de liberdade, porém, se aceita a flexibilidade das garantias materiais e processuais. 
O Direito Penal da quarta e última velocidade está diretamente adjunta ao Direito Penal Internacional e à resolução mundial de conflitos. Encontra-se nessa velocidade a presença do Tribunal Penal Internacional. Deu-se início do tratado de adesão ao Tribunal Penal Internacional no ano de 2002, com a assinatura do decreto 4388/02, sendo este, incorporado à Constituição Federal pela Emenda 45/2004.
2) O que são os axiomas do garantismo penal? Cite-os.
	
Os axiomas do garantismo são valores, princípios garantidores de direitos mínimos que devem nortear tanto o Processo Penal quanto o Direito Penal. Tais axiomas, elencadas por Luigi Ferrajoli, em sua obra Direito e Razão, não servem apenas para legitimar a punição, mas sobretudo atuam como ferramenta para a existência da punição, uma vez que o poder de punir não pode ser ilimitado. Esses axiomas foram utilizados nos sistemas jusnaturalistas e, agregados aos ordenamentos modernos classificados em maior ou menor grau.
Cada axioma é responsável por tutelar um princípio, como por exemplo a igualdade, a liberdade pessoal, direitos e liberdades políticas, entre outros. Ferrajoli propôs dez axiomas, segui-los é a fórmula do garantivismo, são eles:
Axioma 1) Nulla poena sine crimine (Não há pena sem crime)
Princípio da retributividade ou da consequencialidade da pena em relação ao delito.
Axioma 2) Nullum crimen sine lege (Não há crime sem lei)
Princípio da legalidade, no sentido lato ou no sentido estrito.
Axioma 3) Nulla lex (poenalis) sine necessitate (Não há lei penal sem necessidade)
Princípio da necessidade ou da economia do direito penal.
Axioma 4) Nulla necessitas sine injusria (Não há necessidade sem ofensa a bem jurídico)
Princípio da lesividade ou ofensividade do evento.
Axioma 5) Nulla injuria sine actione (Não há ofensa ao bem jurídico sem ação)
Princípio da materialidade ou da exterioridade da ação.
Axioma 6) Nulla actio sine culpa (Não há ação sem culpa)
Princípio da culpabilidade ou da responsabilidade pessoal.
Aaxioma 7) Nulla culpa sine judicio ( Não há culpa sem processo)
Princípio da jurisdicionalidade no sentido lato ou estrito.
Axioma 8) Nulla judicium sine accustone (Não há processo sem acusação)
Princípio acusatório ou da separação entre o juiz e a acusação.
Axioma 9) Nulla accusatio sine probatione (Não há acusação sem prova)
Princípio do ônus da prova ou da verificação.
Axioma 10) Nulla probatio sine defensione
Princípio do contraditório ou da defesa ou da falseabilidade.
3) Fale da importância de Cesare de Beccaria; John Howard e Jeremias Bentham para o Direito Penal.
Cesare Bonasena, conhecido como o marquês de Beccaria, foi economista e jurista italiano se preocupou com o desenvolvimento da aplicação das penas. Seu livro Dos Delitos e Das Penas, apresenta um estudo detalhado sobre as condições para o cumprimento das penas. Cesare Beccaria foi muito influenciado pelos pensamentos de Voltaire, Diderot, Kelsen e Kant, bem como por outros iluministas, principalmente Servan e Marat, políticos e juristas francês que iniciavam este tipo de estudo.
Com a publicação da obra de Beccaria, começou-se o período humanitário da pena, despertando a discussão quanto a intolerabilidade das punições aplicadas e os meios em que as penas deveriam se realizar. Beccaria impulsionou o pensamento moderno para a mudança do tratamento dado a quem cometia algum tipo de delito, sendo que a partir da discussão de sua obra, vários países modificaram suas legislações. A partir deste momento, a pena para o criminoso toma forma de sanção e não mais de punição. 
Mesmo com essa nova visão sobre a aplicabilidade das penas, Beccaria ainda admitia situações que conduziam à degradação humana, trabalhos forçados, prisão perpétua, pena de morte em certos casos, entre outras práticas utilizadas na execução penal. Começa, então, a estruturação do direito penal como ciência dentro do estudo do direito e a execução penal como uma preocupação arraigada dentro desta matéria. 
A visão sobre o criminoso foi reformulada com o advento da obra de Beccaria, sendo que os seus sucessores bem mostraram este tipo de ação. A obra de John Howard, “State of Prison in England and Walles”, de 1777, influenciada por Beccaria, iniciou um movimento de humanização do sistema prisional, com críticas ao modelo aplicado.
Beccaria não só tece críticas ao sistema de penas utilizadas na época como também sugere algumas medidas a serem tomadas para que se alcance a prevenção dos delitos, o que é mais desejável do que a punição. Esclarece que: as leis precisam ser claras e justas para todos os homens, sem distinção; o conhecimento humano deve promover a evolução do pensamento da sociedade; o judiciário precisa ser estendido para coibir a corrupção e não pode estar sujeito a parcialidade dos magistrados; devem-se premiar ações virtuosas para que se estimulem outras tantas mais; e, por fim, esclarece que o desenvolvimento da educação é o melhor e o meio mais seguro para se alcançar uma sociedade justa, onde os delitos sejam raros, inexistentes ou de menor potencial ofensivo possível.
John Howard humanista de tradicional família inglesa. Esteve preso no calabouço da cidade de Brest em 1775, quando se dirigia para Lisboa a fim de ajudar as vítimas do terremoto. Ao retornar para Inglaterra passou a combater o sistema prisional da época. Com este objetivo viajou por diversos países do continente europeu colhendo informações sobre as prisões, lazaretos e hospitais, sendo posteriormente publicadas na obra The State of Prisons in England and Walles. Esta obra tornou-se um dos clássicos do Direito Penitenciário Mundial, relatou a situação das prisões européias, propondo um tratamento mais digno aos presos (direito ao trabalho, a uma alimentação sadia, assistência religiosa...). John Howard considerado por muitos comoo pai da Ciência Penitenciária.
 Howard destacou as necessidades e condições das prisões da época, fixando as seguintes bases: condições humanas de higiene e alimentação deveriam ser proporcionadas aos reclusos; a disciplina deveria ser diferenciada para os presos provisórios e os condenados; implantação da educação moral e religiosa nos estabelecimentos penitenciários; implantação do trabalho para os reclusos e um sistema celular mais humanizado.
Jeremias Bentham tornou-se mestre em Humanidades, era um reformador político e inventor. Escreveu vários livros como "Fragmento sobre o governo" e "Introdução aos princípios da moral e da legislação". Bentham criou a palavra "deontologia", ou seja, o conjunto de princípios morais e legais aplicados às atividades profissionais. A expressão Direito Internacional também é uma criação atribuída a Bentham, antes utilizava-se o termo "Direito das Gentes".
O utilitarismo de Bentham foi uma tentativa de se criar uma ciência objetiva da sociedade e da política. Pensava-se em se livrar do subjetivismo, tal como da influência religiosa e dos acidentes históricos. Surgiu, então, o princípio da utilidade. Para Bentham, ética, moral e Direito eram a mesma coisa. Pretendia iniciar uma nova ciência do Direito, tal como reformar a sociedade, tornando-a moderna e disciplinada. Bentham defendeu a idéia de que as leis são revogáveis e aperfeiçoáveis
O Direito, então – para Bentham -, assume importância de destaque. O legislativo só deve elaborar e aprovar leis segundo o princípio da utilidade. As leis devem ser produzidas para aumentar a felicidade do maior número de pessoas. As leis poderiam ser principais (se dirigidas aos cidadãos), ou subsidiárias (para as autoridades fazerem cumprir as primeiras). 
A teoria da punição proposta pelo utilitarismo é simples e mais capaz de atingir seus objetivos. Porém, considerava Bentham que a punição é um mal em si, pois acarreta em sofrimento e dor. Só se utiliza a punição, então, no intuito de punir um mal maior.
REFERÊNCIAS  	
BECCARIA, Cesare Bonesana. Dos delitos e das penas. 3ª edição. Tradução de Lúcia Guidicini, Alessandro Berti Contessa; revisão de Roberto Leal Ferreira. São Paulo: Martins Fontes, 2005. (Clássicos).
HORTA, Ana Clélia Couto. Evolução historica do Direito Penal e Escolas Penais. Disponivel em http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=514 acessado dia 12 de abril de 2018.
LEMOS, Walter Gustavo da Silva. A influência de Cesare Beccaria nas Constituições Brasileiras: Estudo da influência da obra de Cesare Beccaria nas Constituições brasileiras e a sua contribuição para o nosso direito penal. Disponível em 
https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/3848/A-influencia-de-Cesare-Beccaria-nas-Constituicoes-Brasileiras acessado dia 12 de abril de 2018. 
ORTEGA, Flávia Teixeira. As velocidades do direito penal. Disponível em 
https://draflaviaortega.jusbrasil.com.br/noticias/344640749/as-velocidades-do-direito-penal acessado dia 12 de abril de 2018. 
SANTOS, Bruno Eduardo Vieira. Um resumo sobre as Velocidades do Direito Penal. Disponível em 
https://jus.com.br/artigos/63624/um-resumo-sobre-as-velocidades-do-direito-penal acessado dia 12 de abril de 2018. 
SANTO, Luiz Tiago Vieira. O ideário de Beccaria e sua contribuição para o direito penal moderno. Disponível em http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,o-ideario-de-beccaria-e-sua-contribuicao-para-o-direito-penal-moderno,52741.html acessado dia 12 de abril de 2018.
SILVA, Ageu Tenório da. Evolução da prática e do discurso no Direito Penal. Disponível em 
http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=2851 acessado dia 12 de abril de 2018.
YABIKU, Roger Moko. Ética e Direito no utilitarismo de Jeremy Bentham . Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 16, n. 3090, 17 dez. 2011. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/20642>. Acesso em: 19 abr. 2018.
ZUZA, Diego dos Santos. Os dez axiomas do garantismo penal. Disponível em 
https://jus.com.br/artigos/51067/os-dez-axiomas-do-garantismo-penal acessado dia 12 de abril de 2018.

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