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Historia do Direito e Direitos Humanos - Grécia Antiga

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19/08/2013 
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História do Direito e 
Direitos Humanos 
O mundo grego ou Grécia antiga. 
AULA 2 
2. O mundo grego ou Grécia 
antiga - Atenas 
• Atenas foi a principal cidade-
estado na Grécia Antiga durante o grande 
período da civilização grega, no primeiro 
milênio a.C., durante a "Idade do Ouro" da 
Grécia (aproximadamente 500 a.C. até 300 
a.C.) 
• Atenas era o principal centro cultural e 
intelectual do Ocidente, e certamente é 
nas ideias e práticas da Antiga Atenas que 
o que nós chamamos de "civilização 
ocidental" tem sua origem. 
• Após seus dias de grandiosidade, Atenas 
continuou a ser uma cidade próspera e um 
centro de estudos até o período tardio 
do Império Romano. 
• As escolas de filosofia foram fechadas 
em 529 depois que o Império Bizantino 
(império formado por várias nações da 
Eurásia) foi convertido para 
o cristianismo. 
• Atenas perdeu bastante o seu status e 
se tornou uma cidade provinciana. 
 
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2. O mundo grego ou Grécia 
antiga - Atenas 
• Ficou virtualmente inabitada na 
época em que se tornou a capital 
do recentemente 
estabelecido Reino da Grécia, 
em 1833. Durante as próximas 
poucas décadas foi reconstruída 
e se transformou em uma cidade 
moderna. 
• Durante a Segunda Guerra 
Mundial foi ocupada 
pela Alemanha Nazista e esteve 
mal nos últimos anos da guerra. 
Depois da guerra começou a 
crescer novamente. 
• A Grécia entrou para a União 
Europeia em 1981, trazendo 
novos investimentos para Atenas, 
acompanhados de problemas de 
congestionamento e poluição do 
ar. 
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Direito antigo 
• Vivido na Grécia, pouco se tem 
conhecimento e estudo, pois nem 
sempre é possível contar com um 
conjunto de leis desta época. O que 
muito se tem é fruto dos principais 
expoentes da filosofia grega. 
• A princípio, trata-se de um direito 
essencialmente costumeiro, 
ritualístico, fundado no culto aos 
antepassados e desenvolvido no seio 
da própria família. 
• Os gregos também desenvolveram a 
consciência da existência de uma lei 
eterna, imutável, a reger o homem 
indistintamente. Era o embrião do 
DIREITO NATURAL. 
 
• Igualmente, é creditado aos gregos o 
mérito de terem contribuído para o 
florescimento de uma noção 
preliminar de constitucionalismo, 
especialmente em Atenas, onde os 
cidadãos, por serem mais politizados, 
acabavam possuindo uma experiência 
mais apurada da condução da vida 
pública. 
• Por isso, quando se trata de estudar o 
“Direito Grego” não se pode jamais 
perder de vista o fato de que 
inúmeras cidades-estados eram 
regidas por um ordenamento 
jurídico próprio, uma vez que elas 
gozavam de plena soberania. 
 
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Legislativo e Judiciário 
• A atividade legislativa, a partir do 
séc. VII a.C. torna-se cada vez mais 
necessária para dar mais instabilidade 
das instituições política do Estado. “A 
falta de leis que possam servir-ser de 
regra para julgar o caráter arbitrário 
de seus julgamento não dá nenhuma 
segurança aos réus (Aristóteles). 
• O primeiro aspecto a chamar a 
atenção de qualquer interessado no 
estudo das leis da Grécia antiga diz 
respeito ao sofisticadíssimo modelo 
de organização judiciária de Atenas, 
onde já havia tribunais com 
competências jurisdicionais 
completamente distintas. 
• AREÓPAGO era o mais antigo tribunal de 
Atenas que, de acordo com a lenda, foi 
instituído pela deusa Atena, por ocasião 
do julgamento de Orestes. Era um tribunal 
formado por antigos arcontes (cargo nos 
governos destinado à aristocracia 
ateniense), que sempre eram escolhidos 
entre os cidadãos das duas classes mais 
altas, de caráter aristocrático. 
• A mais democrática corte de Atenas foi 
aquela conhecida por HELIAIA ou 
TRIBUNAL DOS HELIASTAS, um júri 
popular composto de até 6.000 cidadãos, 
escolhidos por sorte entre os que 
tivessem mais de 30 anos e se colocassem 
à disposição da cidade para exercer 
importantes funções. 
 
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Dois arcontes célebres, um totalmente oposto 
do outro. 
• DRACON: (620 a.C.). foi o artífice de 
lei pautadas na construção de um 
ambiente de tamanha severidade que 
passou às História como pérfido 
legislador. 
• A vileza de intenções desse famoso 
personagem da política ateniense e a 
impiedade habitual eram vícios que 
acompanhavam de modo 
absolutamente trágico, a feitura de 
leis encomendadas por seus pares. 
• As regras jurídicas rigorosas ao 
extremo não encontraram apoio 
popular na cidade mais erudita da 
Antiguidade Clássica. 
• A tônica da legislação de Drácon 
consistia na aplicação da pena de 
morte para a maioria dos delitos, o 
que lhe valeu a reputação de 
sanguinário. 
• Lei draconiana = lei cruel. 
 
• SÓLON: (638 – 558 a.C.) homem designado a 
promover uma grande reforma no campo 
jurídico. Em 594 a.C. tomaria a tarefa de 
enfrentar a crise. Levado a viajar isso faria com 
que se afastasse da aristocracia. Consciente da 
ameaça representada por uma agitação 
camponesa que poderia desembocar na tirania 
recusa a se tornar tirano e proclama seisachteia, 
ou seja: a suspensão dos encargos, arrancando 
dos campos aos marcos que tornavam concreto o 
estado de dependência de seus proprietário, ao 
mesmo tempo em que anula as dívidas e revoga o 
direito do credor de mandar prender o devedor, 
fazendo retornar toda aqueles que como 
escravos, haviam sido vendidos no exterior. 
• Fez com que a legislação fosse festejada como 
sinônimo de justiça e mesmo depois de 2 séculos 
desde o ano de seu falecimento, a Constituição 
de Atenas refletia um regime social novo que, 
para o seu tempo era progressista. 
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Direito Penal 
O DIREITO PENAL ateniense parecia bem 
menos severo que aquele produzido entre 
os povos da Antiguidade Oriental. 
Acredita-se que as formas de punição mais 
usuais seriam as multas, o desterro, o 
confisco e a prisão. 
Pode-se perceber uma nítida intenção de 
abrandamento das penas, evitam, até onde 
fosse julgada oportuna, uma sentença de 
morte. Não quer se dizer que nesta época as 
penas seriam destituídas de total crueldade 
(como a crucificação). 
Havia clara distinção entre o homicídio 
doloso e culposo. O adultério era crime. 
 
“E àquele que pega em flagrante o 
adúltero, não lhe é lícito continuar 
vivendo com sua mulher; se o fizer, 
será privada de seus direitos vivis. E à 
mulher que cometeu adultério não é 
dado assistir ao sacrifício púbico; se o 
fizer, poderá sofrer qualquer castigo, 
com exceção da morte, e quem lhe 
aplicar o castigo não sofrerá qualquer 
punição”. 
 
(qualquer pena para o adultério). 
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Direito Penal 
• Sobre a 
prostituição: 
• “Se qualquer ateniense se prostituir, não 
terá permissão para se tornar um dos 
novo arcontes, para exercer qualquer 
sacerdócio, para atuar com advogado do 
povo ou exercer qualquer ofício, em 
Atenas ou outro lugar, por sorteio ou 
votação; não terá permissão para ser 
enviado como arauto, para fazer qualquer 
proposta na assembleia dos cidadãos e 
em sacrifícios públicos, para usar florão, 
quando todos usarem, para entrar em 
local de reunião purificado para a 
Assembleia. Qualquer pessoa que, tendo 
sido condenado por prostituição, 
desobedecer a qualquer dessas 
proibições, será condenada à morte”. 8 
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Direito Civil 
DIREITO CIVIL: Também dispunham sobre o direito sucessório e o 
inovador TESTAMENTO. 
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O Direito Espartano 
Relativamente ao poder, Atenas era a principal rival de Esparta 
e foi ela que liderou as cidades-estado gregas na luta contra os 
invasores persas, em 480 a.C. 
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O DIREITOESPARTANO – militarismo 
• O homem espartano ingressava no 
período de treinamento das forças 
armadas aos 7 anos. Na juventude já 
era um exímio e perigoso guerreiro. O 
pai poderia lançar o bebê de qualquer 
penhasco se imaginasse que sua 
compleição física seria um empecilho à 
carreira militar. 
• Amavam a pátria com fervor. 
Dedicavam-se até a morte ao combate e 
tinham repugnância aos coverdes e 
desertores. Julgavam-se iguais entre si 
mas superiores a qualquer outro povo. 
• Usavam cabelos compridos e bem 
forjados apetrechos de guerra. Uma 
longa capa a vermelha tocava-lhes o 
calcanhar. O escudo e o elmo que 
protegiam, além da cabeça, os 
maxilares, provocava pavor nos 
adversário. 
 
• Havia uma regra que isentava o 
indivíduo da prestação do serviço militar 
se eles tivessem 3 filhos. 4 filhos 
isentariam o pai de família do 
pagamento de tributos ao estado. 
 
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O Sistema Espartano – militarismo 
• Sistema política: 2 reis, que não 
possuíam irrestrita autonomia no 
campo da política interna e nem da 
externa e eram submissos a 
Assembleia do Povo. Chamada em 
Esparta de Conselho de Anciãos, 
composta por 28 gerontes com 
idade igual ou superior a 60 anos. 
• A assembleia do povo espartano 
não é outra coisa senão a antiga 
comunidade guerreira. Não há 
qualquer discussão. Limita-se a 
votar SIM ou NÃO em face de uma 
proposta definida no Conselho de 
Anciãos. 
• Direito espartano: 
pouco se tem registro 
deles mas basicamente 
consuetudinário. Era um 
direito oral. Possuíam 
também um exíguo 
direito escrito. 
 
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Educação Espartana - 
militarismo 
• A educação espartana, que 
recebia o nome técnico 
de agogê, apresentava as 
particularidades de estar 
concentrada nas mãos do Estado 
e de ser uma responsabilidade 
obrigatória do governo. 
• Estava orientada para a 
intervenção na guerra e a 
manutenção da segurança da 
cidade, sendo particularmente 
valorizada a preparação física 
que visava fazer dos jovens bons 
soldados e incutir um sentimento 
patriótico. 
• Nesse treinamento 
educacional eram muito 
importantes os treinamentos 
físicos, como salto, corrida, 
natação, lançamento de disco 
e dardo. 
• Nos treinamentos de batalha, 
as meninas se dedicavam ao 
arco e flecha. 
• Já os meninos eram 
especialistas em combate 
corporal, assim como em 
táticas defensivas e ofensivas. 13 
Curiosidades sobre Espartanos 
Meninos 
• Aos doze anos, eram abandonados em penhascos sozinhos, nus e sem comida. 
• Os jovens poderiam atacar a qualquer momento servos (hilotas), a fim de lutar e se 
preparar para a guerra, mas, se fossem mortos por ele, o servo receberia dois dias de 
folga (por conseguir matar alguém que não era bom o bastante para o exército 
espartano). 
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Curiosidades sobre Espartanos 
Meninas 
• As mulheres recebiam educação quase igual à dos homens, participando dos torneios 
e atividades desportivas. O objetivo era dotá-las de um corpo forte e saudável para 
gerar filhos sadios e vigorosos. 
• Assim que atingiam a chamada menarca (primeira menstruação), começavam a 
receber aulas práticas de sexo, para gerarem bons cidadãos para o estado, aulas onde 
se usavam escravos, com coito interrompido para não engravidarem de hilotas 
(servos). 
• Assim que atingiam a maturidade (entre dezenove e vinte anos) elas pediam a 
autorização ao estado para casarem, passando por um teste para comprovar sua 
fertilidade (engravidavam de um escravo que era só para a reprodução, sendo muito 
bem tratado e alimentado e morto aos 30 anos, pois era considerado velho. 
• O filho que ela tinha com esse escravo era morto e a mulher conseguia sua 
autorização para casar), caso elas não conseguissem engravidar, eram mandadas aos 
quartéis para, assim como os homens, servir ao exército espartano. 
 
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Curiosidades sobre Espartanos 
Mulher 
• A mulher espartana podia ter qualquer homem que quisesse, 
mesmo sendo casada, já que seus maridos ficavam até os 60 anos de 
idade servindo ao exército nos quartéis. 
• Muitos filhos era sinal de vitalidade e força em Esparta, assim, 
quanto mais filhos a mulher tivesse, mais atraente ela seria, 
podendo engravidar de qualquer esparciata, mas o filho desta seria 
considerado filho do seu marido. 
• A partir dos sete anos de idade, os pais (cidadãos) não mais 
comandavam a educação dos filhos. As crianças eram entregues à 
orientação do Estado, que tinha professores especializados para 
esse fim. 16 
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Curiosidades sobre Espartanos 
Crianças e Adolescentes (finalizando) 
• Em lugar de proteger os pés com calçados, as crianças eram obrigadas a andar 
descalças, a fim de aumentar a resistência dos pés. Usavam um só tipo de roupa o 
ano inteiro, para que aprendessem a suportar as oscilações do frio e do calor. 
• A alimentação era bem controlada. Se algum jovem sentisse fome em demasia, era 
permitido e até estimulado que furtasse para conseguir alimentos. Castigavam-se com 
chibatadas, entretanto, aqueles que fossem apanhados roubando - não por terem 
roubado, mas por terem sido apanhados - pois acreditava-se que era bom para a 
formação aprender a lutar contra a fome, e ser ousado e esperto. 
• Na adolescência, os jovens eram encarregados dos serviços de segurança na cidade. 
Qualquer cidadão adulto podia vigiá-los e puni-los. O respeito aos mais velhos era 
regra básica. Às refeições, por exemplo, os jovens deviam ficar calados, só 
respondendo de forma breve às perguntas que lhes fossem feitas pelos adultos. 
 
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