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EXERCÍCIO 4 (1)

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EXCELENTÍSSIMO JUÍZO DE DIREITO DA Xº VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO LUIS- MA
		Processo nº XXXXXXXXXXX
CONDOMÍNIO BOA VISTA RESIDENCE, pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ sob o nº xxxxxxxxxx, com endereço na Rua, n.º, Bairro, Cidade, Estado, CEP, representado por seu Síndico, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência por intermédio de seus procuradores infra-assinado, com procuração anexa, com escritório situado na Av. Colares Moreiras, n° 0, sala n° 410, Bairro: Renascença, São Luís – MA, CEP: 000000000, local onde deverão ser remetidos as futuras intimações, vem respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, nos autos nº... De ação indenizatória, que lhe move JOSÉ PILATOS, já qualificado nos aludidos autos, oferecer
CONTESTAÇÃO
No incidente de indenização por danos materiais e morais, pelos fatos e fundamentos que passa expor.
PRELIMINARMENTE
1.1 DA ILEGITIMIDADE ATIVA 
A presente Ação foi proposta por José Pilatos, o qual alega que teve seu apartamento invadido e que alguns pertences, que supostamente estavam no local, haviam sido levados, quais sejam: duas pulseiras de ouro, um cordão, um anel de formatura e um Xbox 360.
Todavia, juntou como documentos comprobatórios notas de penhor que estão em nome de sua esposa realizado junto à Caixa Econômica Federal, demonstrando claramente que não pode este configurar como polo ativo da presente demanda, uma vez que não é proprietário das joias, aparentemente desaparecidas.
Mister, portanto, que se declara a ilegitimidade ativa da Requerente, com a consequente extinção do processo sem o julgamento do seu mérito nos termos do art. 485 VI do CPC.
Art. 485.  O juiz não resolverá o mérito quando:
[...] VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual; [...]
Em consonância ao que fora supramencionado, vale mencionar o que versa o Art. 330, II do CPC, o qual versa a respeito da ilegitimidade, requisito das condições da ação arguidas no art. 17 do CPC.
Art. 17.  Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade.
Art. 330.  A petição inicial será indeferida quando:
[...] II - a parte for manifestamente ilegítima; [...]
Conforme aos artigos do CPC/15 arguidos acima, venho a presença de Vsª Excelencia requerer que a presente ação seja extinta sem resolução do mérito, uma vez que resta claro que o Sr José Pilatos não possui legitimidade ativa para propor a ação de indenização referente aos objetos furtados, uma vez que este não são de sua propriedade.
1.2 DA INCORREÇÃO DO VALOR DA CAUSA 
1.3 DO INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE JUSTIÇA GRATUITA
Insta esclarecer que segundo o Novo Código de Processo Civil, no art. 98 “caput”, terá direito ao benefício da gratuidade da justiça, pessoa natural ou jurídica, quando esta possuir insuficiência de recursos para o pagamento das custas, despesas processuais e honorários advocatícios, no entanto o Sr José Pilatos não preenche tais requisitos, uma vez que este é servidor público, Delegado de polícia.
Não obstante, vê-se que o requerente não é pessoa hipossuficiente e este possui condições financeiras de arcar com as custas processuais sem prejuízo de sua subsistência, assim em conformidade com o que assevera os artigos 82, §2º e 84 do NCPC, a responsabilidade pelo pagamento das custas judiciais é devida ao vencido, que pagará as despesas antecipadas pela parte vencedora, as custas dos atos processuais, a indenização de viagem, a remuneração do assistente técnico e a diária de testemunha.
Nesta senda, reitera-se que não há que se falar em concessão do pedido de justiça gratuita pelo requerente, uma vez que este não constitui-se pessoa hipossuficiente, no sentido real do termo, demonstrando que o valor das custas geradas não comprometem em nada seu sustento. 
Diante disso, requere-se a que seja negado do pedido de gratuidade da justiça, tendo em vista a condição ser José Pilatos Servidor público, e o valor das custas não serem comprometedoras de sua subsistência.
2. DO RESUMO DA LIDE
José Pilatos residente em uma casa localizada no condomínio Boa Vista Residence alega que viajou no período de carnaval com toda a família para passar o feriado prolongado na cidade de Guaramiranga-CE, tendo permanecido fora por cinco dias. Ao retornarem, José Pilatos afirma que alguns de seus pertences não estavam mais em casa, sentindo falta de duas pulseiras de ouro, um cordão, um anel de formatura e um Xbox 360.
José Pilatos, ao assistir os vídeos do circuito interno de TV relativos ao período alegou que, no sábado momesco, uma pessoa adentrou livremente no condomínio pela portaria principal, tendo circulado por algumas ruas do condomínio durante aproximadamente duas horas, após o que foi embora também pela portaria.
Diante desses fatos, José Pilatos propôs ação indenizatória contra o condomínio e a empresa de segurança que foi contratada para a vigilância da portaria, sustentando que a demanda deve ser analisada sob a ótica do direito do consumidor e que os réus devem ser condenados ao pagamento de indenização pelos danos materiais de R$ 30 mil e morais equivalentes a R$ 20 mil. Sobre os danos materiais, José Pilatos juntou notas de penhor em nome de sua esposa realizado junto à Caixa Econômica Federal, onde consta a descrição das joias e o respectivo valor, totalizando aproximadamente R$ 12 mil. Ao final da inicial, José Pilatos, que se qualifica como delegado de polícia, pediu a concessão da assistência judiciária gratuita, considerando que o valor da causa foi apontado como R$ 100 mil.
3. DOS FATOS VERDADEIRAMENTE OCORRIDOS
Inicialmente, é questionável a veracidade dos objetos alegados como sumidos, uma vez que não há como comprovar a sua existência ou mesmo a sua perda em razão de um suposto furto.
	Não foi observada nas imagens do circuito interno de TV nenhuma imagem que correlacionasse qualquer indivíduo com a residência do autor, muito menos que comprovasse, de forma irrefutável, a violação de sua unidade no condomínio.
	Importante frisar que a residência do autor não apresentava sinais de arrombamento, o que denota que, caso alguém tenha de fato adentrado sua casa, este o teria feito portando a própria chave da mesma, objeto este que deve ser de posse, responsabilidade e conhecimento do proprietário.
	O autor propôs ação indenizatória contra o condomínio e a empresa de segurança que foi contratada para a vigilância da portaria. Sustentou que a demanda deve ser analisada sob a ótica do direito do consumidor, fato este que será judicialmente desqualificado a seguir. Exigiu que os réus devem ser condenados ao pagamento de indenização pelos danos materiais de R$ 30 mil e morais equivalentes a R$ 20 mil.
	Frisamos que não há previsão de cláusula em Convenção do condomínio que reconheça ou determine a responsabilidade do mesmo frente a eventuais violações das unidades que o compõe. 
Sobre os danos materiais, José Pilatos juntou notas de penhor em nome de sua esposa realizado junto à Caixa Econômica Federal, onde consta a descrição das joias e o respectivo valor, totalizando aproximadamente R$ 12 mil, porém, é desconhecido o regime de comunhão de bens dos mesmos, e dessa forma, o mesmo não seria competente para mover ação representando sua es posa. 
Por fim, ao final da inicial, José Pilatos, que se qualifica como delegado de polícia, pediu a concessão da assistência judiciária gratuita, considerando que o valor da causa foi apontado como R$ 100 mil, trazendo assim, duas novas contradições ao seu processo, pois: 1) na condição de servidor público ocupando o cargo de Delegado por ele apontado, o mesmo pode arcar perfeitamente com as custas processuais; e, 2) a soma dos danos por ele inferidos somam apenas metade do valor da causa mensurada em R$ 100 mil.
 DO MÉRITO
4.1 ILEGITIMIDADE PASSIVA
Analisando os autos, observa-se claramente que na inicial, que não há nenhum fundamento para que o Requerido configure como polo passivo da presente demanda, nem há possibilidadede requerer qualquer tipo de indenização em face deste uma vez que o Condomínio boa Vista Residence agiu em conformidade com a lei e convenção.
Vê-se que o condomínio não pode ser responsabilizado pelo resultado do furto ocorrido no interior do apartamento. Primeiramente por ter fornecido um serviço de vigilância através de empresa terceirizada especializada na segurança do condomínio. Segundo porque o condomínio, embora incumbido de exercer a vigilância do prédio, não assume uma obrigação de resultado, pagando pelo dano porventura sofrido por algum condômino; sofrerá pelo descumprimento da sua obrigação de meio se isso estiver previsto na convenção, e caso não haja convenção específica, não há lei que o obrigue, dessa forma resta claro que não há qualquer motivo para responsabilização do demandado.
Ademais, solicita-se que configure no polo passivo da demanda apenas a empresa prestadora de serviço de vigilância, caso seja entendido por vsª Excelência que os pedidos postulados da exordial mereçam prosperar e que os fatos narrados são verdadeiros. Caso seja confirmado que houve a presença de terceiro não identificado que possa ser o responsável pelo suposto furto no interior do apartamento do Autor, solicitamos que a empresa terceirizada seja responsabilizada e que o terceiro seja identificado e seja intimado para esclarecimento dos fatos. 
Sendo assim Vossa Excelência, não vislumbramos amparo legal para o chamamento ao processo, de ofício, da ora contestante.
Razão pela qual desde já protesta pela exclusão da mesma do polo passivo da relação.
4.2 ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA
	 
4.3 LITIGÂNCIA DE MÁ FÉ
	
4.4 RESPONSABILIDADE CONDOMINIAL
4.5 DA INAPLICABILIDADE DO CDC
É entendimento unânime assentado na jurisprudência de que a relação entre condomínio e condôminos não é de consumo e, dessa forma não é aplicável os preceitos instituídos pelo Código do Consumidor como vê-se no julgado abaixo transcrito, in verbis:
CIVIL E PROCESSUAL. CONTRATO DE EDIFICAÇÃO POR CONDOMÍNIO. AÇÃO DE COBRANÇA E INDENIZAÇÃO MOVIDA POR CONDÔMINOS CONTRA OUTRO. MULTA. REDUÇÃO. CDC. INAPLICABILIDADE. INCIDÊNCIA DA LEI N. 4.591/64, ART. 12, § 3º. I. Tratando-se de contrato em que as partes ajustaram a construção conjunta de um edifício de apartamentos, a cada qual destinadas respectivas unidades autônomas, não se caracteriza, na espécie, relação de consumo, regendo-se os direitos e obrigações pela Lei n. 4.591/64, inclusive a multa moratória na forma prevista no art. 12, parágrafo 2º, do referenciado diploma legal. II. Recurso especial conhecido e provido. (REsp 407.310/MG, Rel. Ministro ALDIR PASSARINHO JUNIOR, QUARTA TURMA, j. Em 15/06/2004, DJ 30/08/2004, p. 292).
 O condomínio não tem personalidade jurídica. Não é pessoa física nem jurídica. Não presta serviços mediante remuneração. Constitui-se em uma comunhão de interesses, onde são rateadas despesas. Não tem objetivo de lucro, distinguindo-se assim das sociedades. Portanto não se encaixa em relações de consumo as relações condominiais.
Juiz Milton Sanseverino, Tratou dessa questão brilhantemente e argumentou da seguinte maneira como se transcrever trecho do acórdão:
“O condomínio nada mais é, em essência, que a massa ou o conjunto de condôminos, isto é, o complexo de co-proprietários da coisa comum. Ora, não teria sentido imaginar que cada um dos comproprietários pudesse ser considerado “consumidor” em relação aos demais e que estes, por sua vez, pudessem ser tidos na qualidade “fornecedores” de “produtos” e/ou de “serviços” uns aos outros, co-respectivamente, pois isto não só contrariaria a natureza mesma das coisas como aberraria dos princípios e das normas jurídicas disciplinadoras da espécie, destoando por completo da realidade e da lógica mais complementar” “não existe verdadeira e própria relação de consumo, não podendo o condomínio, a toda evidência, ser considerado “fornecedor de produtos e serviços”, nem o condômino “consumidor final” de tais “produtos e serviços”(Apelação nº 614098-00/2 (2º Tribunal de Alçada Civil – 3ª Câmara), em julgamento datado de 23 de outubro de 2001). 
 
Tal entendimento é fundamental para que as pessoas não proponham ações contra os condomínios fundadas no Código de Defesa do Consumidor. 
Dessa forma sedo inaplicável o código de defesa do consumidor para a demanda proposta, haja vista ser impossível tratar a presente questão a luz do código de defesa do consumidor
	
4.6 DA TERCEIRIZAÇÃO DO SERVIÇO DE VIGILÂNCIA
	
4.7 DA CONSTITUIÇÃO DO CONDOMÍNIO	
	
4.8 DA AUSÊNCIA DE PROVAS
5. DA CONCLUSÃO
Por todo o exposto, requer a esse douto Juízo:
Que acolha as preliminares de mérito apresentadas e, considere incorreção do valor da causa, bem como indefira o pedido de justiça gratuita com fundamento nos argumentos arguidos em sede de preliminar, além de declarar extinto o presente processo sem julgamento do mérito em razão da ilegitimidade ativa com fulcro no art. 485 do CPC;
Caso, por hipótese, não sejam acolhidas as preliminares, no mérito, que julgue totalmente improcedente a presente Ação ao Condomínio Boa VistaResidence, haja vista a inexistência de conduta ilícita da Requerida que possa dar causa à sua responsabilização civil, bem como seja considerada a possibilidade de litigância de má fé e enriquecimento ilícito uma vez que não consta comprovado qualquer conduta ilícita do requerido e que os argumentos levandtados na inicial não demonstram verdadeiramente que houve o furto arguido
Termos em que, pede Deferimento. 
São Luís-MA, 28 de fevereiro de 2018.
Aléssio Milhomem
OAB/MA 8.884
Antonia Leonida Pereira de oliveira
OAB/MA 4.130
Danilo Magalhães
OAB/MA 9.012
Deyvid Veloso de Sousa
OAB/MA 8.101
	Página 8
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