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São Paulo, XX.10.2017 
DGRV - Confederação Alemã de Cooperativas 
Documentos DGRV 
Guia de Auditoria Cooperativa aplicável nas 
Cooperativas de Crédito do Brasil 
Guia de Auditoria Cooperativa para as Cooperativas de Crédito no Brasil 
Ano 2017 
 
 
 
Página 2 
Elaborado por: 
Alexandre Euzébio Silva, Consultor Sênior da Opus Consultoria e Assessoria 
 
Com apoio de: 
(nome) xxxx, (cargo) 
 
 
 
Guia de Auditoria Cooperativa para as Cooperativas de Crédito no Brasil 
Ano 2017 
 
 
 
Página 3 
 
Conteúdo 
 
1. Introdução ..................................................................................................................... 4 
2. Objetivos....................................................................................................................... 5 
3. Auditorias e supervisão das cooperativas de crédito .................................................... 5 
3.1. Visão geral ................................................................................................................ 6 
3.2. Auditoria interna ........................................................................................................ 7 
3.3. Supervisão das centrais ............................................................................................ 9 
3.4. Auditoria cooperativa ............................................................................................... 10 
3.5. Auditoria das demonstrações contábeis .................................................................. 13 
4. Governança e as auditorias ........................................................................................ 14 
4.1. Responsáveis por contratações, acompanhamento e avaliações............................ 14 
4.2. Honorários de auditoria ........................................................................................... 14 
4.3. Avaliação dos auditores .......................................................................................... 14 
5. Sinergia da auditoria cooperativa com a auditoria contábil ......................................... 16 
6. Auditoria cooperativa .................................................................................................. 20 
6.1. Planejamento, execução e finalização .................................................................... 20 
6.2. Amostragem e extensão ......................................................................................... 24 
6.3. Escopo detalhado ................................................................................................... 25 
6.4. Relatório .................................................................................................................. 36 
6.5. Follow-up ................................................................................................................ 37 
7. Comunicação dos resultados da auditoria cooperativa ............................................... 38 
8. Comentários finais ...................................................................................................... 40 
9. Principais bibliografias e normas consultadas ............................................................. 41 
 
 
 
 
 
 
Guia de Auditoria Cooperativa para as Cooperativas de Crédito no Brasil 
Ano 2017 
 
 
 
Página 4 
1. Introdução 
 
No início de 2014, o Banco Central do Brasil, motivado pela necessidade de aprimorar o 
processo de auditoria das cooperativas de crédito no Brasil, iniciou um trabalho de 
construção conjunta com o segmento, em busca de um modelo de auditoria, que pudesse 
fortalecer as estruturas de controles das entidades, proporcionando uma maior 
sustentabilidade para fazer frente ao crescimento vertiginoso demonstrado nos últimos 
tempos. 
Após discussões e consulta pública, foi instituída, por meio da Resolução CMN 4.454/15, a 
chamada “auditoria cooperativa” que poderá ser operada por auditor independente ou 
Entidade de Auditoria Cooperativa (EAC), sendo que ambos deverão ser credenciados pelo 
Banco Central do Brasil. 
Existe uma expectativa de que esta medida deverá possibilitar maior especialização e 
integração da auditoria cooperativa com as atividades de supervisão desempenhadas pelo 
Banco Central do Brasil, assim como, de promover melhora das informações econômico-
financeira das cooperativas de crédito, bem como da gestão e governança dessas entidades, 
possibilitando ainda, o adequado cumprimento da missão do Fundo Garantidor do 
Cooperativismo de Crédito (FGCoop). 
Para nivelar o desempenho da auditoria cooperativa, o Banco Central do Brasil delineou 
aspectos e procedimentos a serem observados no processo de credenciamento de firma de 
auditoria independente ou Entidade de Auditoria Cooperativa (EAC), por meio da Circular 
BCB 3.790/16, bem como determinou os requisitos mínimos para definição de escopo da 
auditoria cooperativa e elaboração de relatórios na Circular BCB 3.799/16. 
Em 2017, as cooperativas de crédito classificadas na categoria plena e na categoria clássica, 
integrantes de sistemas cooperativos organizados em três níveis, deverão ter realizado de 
forma completa a auditoria cooperativa. As demais cooperativas de crédito realizarão a 
auditoria cooperativa de forma completa, do decorrer do exercício de 2018. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Guia de Auditoria Cooperativa para as Cooperativas de Crédito no Brasil 
Ano 2017 
 
 
 
Página 5 
2. Objetivos 
 
Como percebido na introdução, a auditoria cooperativa deverá ser uma importante atividade 
para contribuir na melhoria na governança corporativa e constituirá um fator essencial para 
as cooperativas de crédito alcançarem de forma sustentável os seus objetivos institucionais, 
estratégicos e operacionais. Também, servirá como um relevante alicerce de proteção aos 
associados das cooperativas de crédito, e fonte de informação crítica para o desempenho 
de papéis de supervisão, regulação e proteção de outras entidades. 
O objetivo do presente documento é de servir de guia, de uma maneira prática, para as 
cooperativas de crédito, para as entidades que irão operar a auditoria cooperativa e demais 
atores envolvidos, sinalizando diretrizes de como implantar a auditoria cooperativa, 
considerando os aspectos de planejamento, escopo, execução, follow-up, comunicação de 
resultados e sinergia com os trabalhos de auditoria das demonstrações contábeis. 
Este guia é direcionado para as cooperativas de crédito singulares, mas poderá, na 
circunstância apropriada, também ser utilizado como referência na realização de auditoria 
cooperativa das cooperativas centrais de crédito e confederações de centrais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Auditorias e supervisão das cooperativas de crédito 
 
Guia de Auditoria Cooperativa para as Cooperativas de Crédito no Brasil 
Ano 2017 
 
 
 
Página 6 
3.1. Visão geral 
 
Este guia tratará da auditoria cooperativa, que conforme regulamentação vigente é uma 
atividade externa de avaliação das cooperativas de crédito. Porém, a integração da auditoria 
cooperativa com a auditoria das demonstrações contábeis, assim como a sua necessidade 
de sintonia com as atividades internas de controles e supervisão, que compõem a 3ª linha 
de defesa da estrutura de controles internos das cooperativas de crédito, também merecerão 
breves comentários neste capítulo. 
O infográfico 1 demonstra, de forma geral e conforme as regulamentações aplicáveis, as 
estruturas e atividades internas e externas de auditoria, supervisão, controle e proteção do 
cooperativismo de crédito no Brasil. 
Infográfico 1 - atividades de auditoria, controlese supervisão 
 
A forma de organização e estruturação das atividades acima demonstradas, dependem da 
natureza, da complexidade, do porte, do perfil de risco e do modelo de negócios das 
cooperativas e do sistema organizado a que esteja filiada ou vinculada. 
Cabe destacar, que com o objeitvo de dosar a regulação prudencial, foi publicada a 
Resolução CMN 4.553/17, que classificou as instituições financeiras e as cooperativas de 
crédito em cinco segmentos, sendo o segmento de instituições 1 (S1) até 4 (S4) contendo 
as instituições mais significantes e no segmento 5 (S5) as instituições com menor 
representativdade econômica e complexidade. 
As atividades de auditoria interna, supervisão, auditoria cooperativa e auditoria das 
demonstrações contábeis serão brevemente comentadas a seguir e estão demonstradas no 
infográfico 2. Podemos separar essas atividades em dois blocos, sendo o primeiro em 
atividades internas da cooperativa, como a auditoria interna ou as atividades de supervisão 
realizadas pelas cooperativas centrais ou confederações (intra-sistêmica). No segundo 
bloco, temos as atividades externas, sendo a auditoria cooperativa e a auditoria das 
Guia de Auditoria Cooperativa para as Cooperativas de Crédito no Brasil 
Ano 2017 
 
 
 
Página 7 
demonstrações contábeis, ambas podendo ser executadas por Entidade de Auditoria 
Cooperativa (EAC) ou empresa de auditoria independente devidamente registrada na 
Comissão de Valores Mobiliários (CVM). 
 Infográfico - atividades de auditoria, controles e supervisão
 
 
3.2. Auditoria interna 
 
A Resolução CMN 4.588/17, aprimorou as regras que tratam da auditoria interna, atividade 
desempenhada na 3ª linha de defesa do sistema de controles internos das cooperativas de 
crédito. 
A respectiva resolução, define que a atividade de auditoria interna não será obrigatória para 
as cooperativas de crédito enquadradas no segmento (S5), desde que sejam integrantes de 
sistemas cooperativos de dois ou três níveis. Assim, algo em torno de 76 cooperativas de 
crédito singulares enquadradas no segmento (S4) e 193 cooperativas de crédito não 
integrantes de sistemas de dois ou três níveis estarão obrigadas a implementação das 
atividades de auditoria interna. 
Essa obrigatoriedade traz, de certa forma uma reflexão para as cooperativas de crédito não 
filiadas, a de buscarem a participação em sistemas organizados visando otimizar o custo de 
observância do referido normativo. 
Cabe ainda destacar, que a auditoria interna para as cooperativas de crédito não filiadas em 
sistema organizado, poderá assumir, além das atribuições determinadas na 
Guia de Auditoria Cooperativa para as Cooperativas de Crédito no Brasil 
Ano 2017 
 
 
 
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regulamentação, parte das atividades de supervisão realizadas pelas centrais, como o 
acompanhamento dos trabalhos e as soluções de inconsistências e situações identificadas 
pela auditoria cooperativa e auditoria das demonstrações contábeis. 
É fundamental que a auditoria interna tenha autonomia para realizar uma avaliação 
independente e imparcial sobre a qualidade e a efetividade dos sistemas e processos de 
controles internos, gerenciamento de riscos e governança das cooperativas de crédito. 
A atividade de auditoria interna, no caso das cooperativas de crédito, poderá ser realizada 
por: 
• unidade própria; 
• auditor independente registrado na CVM, desde que não seja aquele responsável 
pela auditoria das demonstrações contábeis e auditoria cooperativa; 
• pela cooperativa central ou confederação da qual é filiada; 
• entidade de classe de outras instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central 
do Brasil, mediante convênio, previamente aprovado por este, celebrado entre a 
entidade a que a instituição seja filiada e a prestadora de serviço. 
Importante ressaltar que a nomeação, a designação, a exoneração ou a dispensa do chefe 
da atividade de auditoria interna deve ser aprovada pelo conselho de administração da 
cooperativa de crédito (ou diretoria executiva na ausência do conselho de administração) e 
comunicada ao Banco Central do Brasil. 
O escopo da atividade de auditoria interna deve considerar todas as funções da cooperativa 
de crédito, incluindo as operações terceirizadas, bem como a avaliação dos sistemas e 
processos de controles internos, da estrutura de gerenciamento de riscos e de capital e o 
cumprimento do arcabouço regulatório. Assim, a auditoria interna deverá ter um regulamento 
específico da atividade aprovado pelo conselho de administração (ou diretoria executiva na 
ausência do conselho de administração) e pela assembleia geral de associados. 
O regulamento da atividade de auditoria interna, deverá dentre outros, prever o escopo da 
atividade, a posição da unidade de auditoria interna na estrutura organizacional, as 
atribuições e responsabilidades do chefe de auditoria e a definição de obrigatoriedade, da 
forma e dos componentes organizacionais, aos quais os auditores internos devem comunicar 
os resultados do desempenho de suas funções. 
Mediante os itens citados acima, percebe-se que a auditoria interna, quando implantada, 
conforme a regulamentação em vigor, será uma importante atividade dentro da governança 
das cooperativas de crédito, principalmente para as cooperativas não integrantes de 
sistemas organizados, que poderão ter como melhor prática, as atribuições, 
responsabilidades e estruturas da auditoria interna definidas no estatuto social da 
cooperativa. 
No plano anual de auditoria interna, deverá ser contemplado, dentre outras atividades, uma 
estratégia de comunicação e coordenação com os auditores responsáveis pela auditoria 
cooperativa e demonstrações contábeis. 
Para cada trabalho de auditoria interna deverá ter um relato das conclusões e das 
recomendações e posteriormente um relatório de acompanhamento das providências 
tomadas para atendimento dos pontos de auditoria. Também deverá ser preparado um 
relatório anual de auditoria interna, contendo o sumário dos resultados dos trabalhos, suas 
principais conclusões, recomendações e providências tomadas pela administração da 
cooperativa. 
Guia de Auditoria Cooperativa para as Cooperativas de Crédito no Brasil 
Ano 2017 
 
 
 
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O plano anual de auditoria interna e o relatório anual de auditoria interna deverão ser 
aprovados pelo conselho de administração (ou diretoria executiva na ausência do conselho 
de administração). 
 
3.3. Supervisão das centrais 
 
O papel de supervisão das cooperativas centrais em suas filiadas, está estabelecido na 
Resolução CMN 4.434/15, destacando as seguintes atribuições: 
• supervisionar o funcionamento das cooperativas de crédito filiadas, verificando o 
cumprimento da legislação e regulamentação em vigor e das normas próprias do 
sistema cooperativo; 
• adotar medidas para assegurar o cumprimento das normas em vigor referentes à 
implementação de sistemas de controles internos e a certificação de empregados; 
• recomendar e adotar medidas visando ao restabelecimento de normalidade do 
funcionamento das cooperativas de crédito, em face de situações de inobservância 
da regulamentação aplicável ou que acarretem riscos imediato ou futuro que sejam 
materialmente importantes. 
As funções de supervisão estabelecidas anteriormente podem ser exercidas conjuntamente 
pela confederação, quando o sistema organizado for de três níveis. 
Ainda no papel de supervisora, a cooperativa central ou confederação, quando aplicável, 
deverá comunicar ao Banco Central do Brasil as seguintes situações: 
• requisitos e critérios adotados para admitir filiação e proceder desfiliação de 
cooperativas singulares; 
• irregularidades ou situações de exposição anormal a riscos, identificadas nas 
cooperativas singulares, em decorrência do desempenhodas atribuições de 
supervisão; 
• medidas tomadas ou recomendadas para regularização de situações identificadas 
nas cooperativas singulares e eventuais obstáculos para sua implementação, com 
destaque para as ocorrências que indiquem possibilidade de desligamento futuro da 
cooperativa singular filiada; 
• indeferimento de pedido de filiação de cooperativa de crédito singular em 
funcionamento ou em constituição; 
• deliberação de admissão de cooperativa de crédito, com apresentação de relatório 
de auditoria externa realizada nos três meses anteriores à data da comunicação. 
Com base nos principais aspectos e atribuições das cooperativas centrais/confederações no 
papel de supervisão das suas cooperativas filiadas, as seguintes atividades devem ser 
desempenhadas: 
• realizar o monitoramento contínuo dos indicadores legais, regulamentares e de 
performance das cooperativas filiadas, assim como, dos procedimentos realizados 
pelos gestores das cooperativas para garantir que os processos e controles estão 
operando com efetividade e de forma apropriada; 
• instituir um canal de comunicação efetiva junto aos auditores responsáveis pela 
auditoria cooperativa e das demonstrações contábeis, com vistas a ter de forma 
tempestiva informações sobre o andamento dos trabalhos, as dificuldades 
enfrentadas e os achados de auditoria; 
Guia de Auditoria Cooperativa para as Cooperativas de Crédito no Brasil 
Ano 2017 
 
 
 
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• adotar procedimentos para avaliação periódica da estrutura simplificada de 
gerenciamento contínuo de riscos das cooperativas de crédito enquadradas no 
segmento (S5), conforme previsto na Resolução CMN 4.557/17; 
• aprovar e acompanhar os planos de regularização dos problemas e situações 
identificadas pelos processos de monitoramento contínuo, auditoria cooperativa e 
auditoria das demonstrações contábeis; 
• realizar auditorias ou inspeções diretas especiais, por demanda do conselho de 
administração, da cooperativa central, por recebimento e apuração de denúncias, 
ou por solicitação do Banco Central do Brasil; 
• definir a adotar medidas sancionadoras, como as de acompanhamento 
compartilhado de gestão, implantação e adoção de termos de compromisso, 
aplicação de penalidades e situações que implicarão em regime especial de 
resolução de problemas via incorporação, liquidação ou eliminação. 
 
3.4. Auditoria cooperativa 
 
A auditoria cooperativa está regulamentada pela Resolução CMN 4.454/15 e pelas 
Circulares 3.799/16 e 3.790/16 do Banco Central do Brasil. São destacados abaixo, de forma 
resumida, os principais aspectos da auditoria cooperativa. 
Objeto e Periodicidade 
Serão objeto da auditoria cooperativa as cooperativas singulares de crédito, as cooperativas 
centrais de crédito e as confederações de centrais de crédito. 
A auditoria cooperativa terá uma frequência mínima anual ou período inferior, quando 
requisitado pelo Banco Central do Brasil; 
Quem deverá realizar a auditoria cooperativa 
Será realizada por empresa de auditoria independente registrada na Comissão de Valores 
Mobiliários (CVM) ou por Entidade de Auditoria Cooperativa (EAC), constituída como 
cooperativa de terceiro nível, destinada exclusivamente para prestar serviços de auditoria. 
A realização da auditoria cooperativa somente poderá ser executada por EAC ou empresa 
de auditoria independente credenciada pelo Banco Central do Brasil. 
Principais aspectos para elegibilidade 
Como critérios de elegibilidade para credenciamento, a EAC ou empresa de auditoria 
independente, deverão comprovar ao Banco Central do Brasil: 
• conhecimentos técnicos específicos do segmento de cooperativas de crédito; 
• ter estrutura operacional e administrativa compatível; 
• realizar a substituição periódica dos membros, com função de gerência, da equipe 
envolvida na auditoria de cada cooperativa, após a emissão de relatórios relativos a, 
no máximo, cinco exercícios sociais completos; 
Guia de Auditoria Cooperativa para as Cooperativas de Crédito no Brasil 
Ano 2017 
 
 
 
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• implantar um programa de capacitação continuada com carga horária mínima de 
quarenta horas anuais. 
O retorno dos membros com função de gerência à equipe envolvida nos trabalhos de 
auditoria cooperativa de uma mesma cooperativa, somente poderá ser efetuada depois de 
decorridos três anos, contados da data da sua substituição. 
Constada, a qualquer tempo, a inobservância dos requisitos mínimos estabelecidos, as 
atividades de auditoria cooperativa, poderão ser consideradas sem efeito e o Banco Central 
do Brasil poderá cancelar o credenciamento da executora do serviço. 
Supervisão do Banco Central do Brasil 
As empresas de auditoria independente ou EAC credenciadas para execução do serviço de 
auditoria cooperativa serão submetidas periodicamente à revisão externa de qualidade nos 
processos desse serviço, realizada, a critério do Banco Central do Brasil. 
O Banco Central do Brasil, sem prejuízo de outras medidas previstas na legislação e na 
regulamentação, poderá exigir das cooperativas crédito auditadas: 
• prestação de informações e esclarecimentos adicionais sobre os trabalhos de 
auditoria cooperativa; 
• realização de exames complementares pela executora do serviço de auditoria 
cooperativa; 
• revisão do trabalho de auditoria realizado, pela própria executora ou por outra 
entidade devidamente credenciada. 
Foi autorizado pelo Banco Central do Brasil, que as atividades de auditoria cooperativa 
podem ser desempenhadas cumulativamente com a prestação de serviços de auditoria das 
demonstrações contábeis. Cabe ressaltar que o objetivo desta possibilidade é de 
proporcionar sinergia entre os trabalhos das auditorias, algo que merecerá capitulo 
específico neste documento. Porém, cabe destacar, que um trabalho não substitui o outro, 
tendo responsabilidades e papéis distintos e totalmente segregados, incluindo a 
necessidade rigorosa de a auditoria as demonstrações contábeis adotar e cumprir em seus 
trabalhos as normas brasileiras de auditoria determinadas pelo Conselho Federal de 
Contabilidade. 
Escopo baseado em riscos 
Deverá ser levado em consideração pela executora dos serviços de auditoria cooperativa os 
seguintes aspectos relacionado ao escopo: 
• a complexidade das operações e o porte da cooperativa de crédito; 
• a avaliação preliminar de riscos; 
• a adequação da situação econômico-financeira; 
• a exposição da cooperativa a riscos decorrentes de suas operações com outras 
entidades, inclusive fundos exclusivos e fundos em que haja retenção substancial de 
riscos ou de benefícios; 
• os resultados de auditoria anteriormente realizadas. 
Guia de Auditoria Cooperativa para as Cooperativas de Crédito no Brasil 
Ano 2017 
 
 
 
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Contratos de serviços da auditoria cooperativa 
Deverá constar nos contratos de prestação de serviços de auditoria cooperativa: 
• acesso integral e irrestrito do Banco Central do Brasil aos papéis de trabalho e aos 
demais documentos produzidos, inclusive com relação ao processo de revisão do 
trabalho de auditoria realizado; 
• comunicação pela EAC e auditor independente ao Banco Central do Brasil, às 
respectivas confederações e às cooperativas Centrais (no caso das cooperativas 
singulares), além dos conselhos fiscal e de administração das entidades auditadas, 
fatos materialmente relevantes observados no processo de auditoria, tais como: 
✓ irregularidades, deficiências ou situações de exposição anormal a riscos; 
✓ descumprimento da regulamentação ou da legislação vigente; 
✓ descumprimento de regras do sistema cooperativo a que a cooperativa de 
crédito esteja filiada. 
Entregáveis da auditoria cooperativa 
A executora da auditoria cooperativa deverá elaborar os seguintes relatórios relacionadoscom a auditoria cooperativa: 
• a programação anual detalhada das atividades e auditoria cooperativa que serão 
realizadas durante o ano seguinte; 
• o relatório geral das atividades de auditoria cooperativa, contendo as atividades 
planejadas, as descrições das ações de auditoria efetivamente realizadas no ano e 
a avaliação crítica dos resultados alcançados; 
• os relatórios dos trabalhos de auditoria cooperativa, compreendendo, pelo menos, o 
planejamento dos trabalhos, a análise dos processos ou atividades planejadas, as 
atividades de controles internos, as amostras definidas e os testes realizados, as 
fragilidades identificadas, os achados de auditoria e as recomendações registradas. 
Abrangência da auditoria cooperativa 
A auditoria cooperativa deverá abranger a avaliação da cooperativa financeira objeto de 
auditoria em relação: 
• adequação do desempenho operacional e da situação econômico-financeira; 
• adequação e aderência das políticas institucionais; 
• a formação, a capacitação e a remuneração compatíveis com as atribuições e 
cargos; 
• ao atendimento aos dispositivos legais e regulamentares, no que se refere: 
✓ a adequação dos limites operacionais e dos requerimentos de capital; 
✓ as regras e práticas de governança e controles internos; 
✓ à adequação da gestão de riscos e de capital; 
✓ a prevenção a lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo; 
✓ ao crédito rural e ao Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro); 
✓ ao relacionamento com clientes e usuários de produtos e serviços. 
 
Guia de Auditoria Cooperativa para as Cooperativas de Crédito no Brasil 
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3.5. Auditoria das demonstrações contábeis 
A auditoria das demonstrações contábeis está regulamentada pela Resolução CMN 
4.434/15 e poderá ser realizada por auditor independente registrado na Comissão de Valores 
Mobiliários (CVM) ou por Entidade de Auditoria Cooperativa (EAC). 
A auditoria das demonstrações contábeis tem por objeto aumentar o grau de confiança nas 
demonstrações contábeis por parte dos usuários (associados, centrais, Bancos 
Cooperativos e Banco Central e Brasil). Isso é alcançado mediante a expressão de uma 
opinião pelo auditor sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os 
aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável, 
que no caso é a estrutura aprovada pelo Banco Central do Brasil (Cosif). 
A auditoria das demonstrações contábeis deverá ser realizada: 
• nas demonstrações contábeis das confederações de crédito e das cooperativas 
centrais relativa as datas-bases de 30 de junho e 31 de dezembro; 
• nas demonstrações contábeis das cooperativas de crédito singulares relativas a 
data-base de 31 de dezembro. 
As cooperativas de crédito classificadas como de capital e empréstimos estão dispensadas 
da contratação dos serviços de auditoria das demonstrações contábeis, sendo obrigatória 
apenas a contração da auditoria cooperativa a partir do exercício de 2018. 
Vale ressaltar que as auditorias das demonstrações contábeis realizadas nas cooperativas 
de crédito deverão atender as normas brasileiras de auditoria publicadas e homologadas 
pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC). 
As demonstrações contábeis do encerramento do exercício deverão, acompanhadas do 
respectivo relatório de auditoria, ser divulgadas pela cooperativa de crédito com 
antecedência mínima de dez dias da data de realização da assembleia geral ordinária anual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Guia de Auditoria Cooperativa para as Cooperativas de Crédito no Brasil 
Ano 2017 
 
 
 
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4. Governança e as auditorias 
 
4.1. Responsáveis por contratações, acompanhamento e avaliações 
 
A responsabilidade pela avaliação e por recomendações, quanto aos critérios a serem 
adotados para selecionar a empresa de auditoria independente ou a Entidade de Auditoria 
Cooperativa (EAC) é do conselho de administração das cooperativas e quando da ausência 
deste órgão de governança, da diretoria executiva. 
Recomenda-se, como boa prática que o conselho de administração estabeleça uma política 
para contratação dos auditores que realizarão os trabalhos de auditoria cooperativa e 
auditoria das demonstrações contábeis. Nessa política deverão constar os requisitos de 
seleção, não se limitando aos honorários propostos, mas também incluindo aspectos quanto 
a: 
• se o auditor atende aos requisitos legais e regulamentares; 
• se o escopo do trabalho e o orçamento de horas são compatíveis com a 
responsabilidade dos trabalhos a serem executados; 
• a experiência e as credenciais do auditor; 
• se o auditor é capaz de cumprir os critérios de independência exigidos; 
• se o auditor possui estrutura adequada e compatível com o volume dos trabalhos; 
• se os responsáveis técnicos possuem reputação ilibada. 
 
Como prática salutar, seria também interessante envolver os membros do conselho fiscal 
da cooperativa de crédito no processo de seleção e escolha do auditor independente ou 
Entidade de Auditoria Cooperativa (EAC). 
 
4.2. Honorários de auditoria 
 
Sugere-se que o conselho de administração das cooperativas de crédito avalie a 
razoabilidade dos honorários dos auditores independentes ou Entidade de Auditoria 
Cooperativa (EAC), pois é sua responsabilidade garantir que os honorários propostos não 
restrinjam inadvertidamente o escopo de auditoria. Os auditores devem ser adequadamente 
remunerados para que possam designar pessoal treinado, com boa experiência profissional 
e que tenham condições de realizar procedimentos necessários para obter uma auditoria de 
alta qualidade. 
 
4.3. Avaliação dos auditores 
 
O conselho de administração e o conselho fiscal das cooperativas crédito devem manter 
uma linha direta com o auditor independente ou Entidade de Auditoria Cooperativa (EAC), 
devendo: 
• reservar tempo para discutir e avaliar, de um modo geral, a eficácia, objetividade e 
independência do auditor, debatendo os resultados no âmbito do conselho de 
administração e fiscal; 
• ser dono do relacionamento com o auditor; 
• conhecer os auditores líderes e reunir-se com eles periodicamente; 
• estabelecer expectativas sobre a natureza e o método de comunicação, bem como 
de troca de ideias e informações; 
Guia de Auditoria Cooperativa para as Cooperativas de Crédito no Brasil 
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• revisar o plano de auditoria proposto e o escopo dos trabalhos; 
• estabelecer uma agenda anual com o auditor; 
• discutir com os auditores os pontos de vistas sobre os controles internos, a gestão 
de riscos e a governança da cooperativa; 
• fornecer avaliações formais sobre o auditor, bem como obter um feedback regular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5. Sinergia da auditoria cooperativa com a auditoria contábil 
 
Com o objetivo de otimizar as atividades de auditoria e possibilitar uma tentativa de redução 
nos custos de observância quando da implantação da auditoria cooperativa, o Banco Central 
do Brasil permitiu, conforme o artigo 8° da Resolução CMN 4.434/15, que as atividades de 
auditoria cooperativa podem ser desempenhadas cumulativamente com as atividades de 
auditoria das demonstrações contábeis. É importante reforçar novamente, que tratam-se de 
tipos de auditorias com objetivos distintos e segregados, e portanto, uma não substitui a 
outra, podendo apenas quando da realização dos procedimentos de auditoria, ou de 
alocação de equipe, se obter uma certa sinergia, quando possível, para a obtenção das 
evidências de auditoria pertinentes. 
A sinergiada auditoria cooperativa com a auditoria das demonstrações contábeis, quando 
contratadas cumulativamente pelo mesmo auditor, possivelmente poderá ocorrer em duas 
frentes, sendo a primeira quando da programação da equipe e planejamento da época e 
extensão dos exames e a segunda na elaboração do programa detalhado de trabalho, 
buscando verificar quais seriam os procedimentos de auditoria, que uma vez executados, 
servem a um duplo propósito, atendendo tanto a auditoria cooperativa como a auditoria das 
demonstrações contábeis. 
Vale ainda, destacar que as cooperativas de crédito, poderão contratar empresas distintas 
para realização da auditoria cooperativa e da auditoria das demonstrações contábeis, porém 
não parece razoável, pois do ponto de vista do custo da estrutura necessária e do tempo 
dedicado que as cooperativas de crédito utilizarão para atender as demandas de duas 
empresas de auditoria diferentes, poderá ser maior do que quando o trabalho for realizado 
cumulativamente por uma única empresa de auditoria. Então, existe também um potencial 
de sinergia para da preparação e envio de documentos e informações, quando a firma de 
auditoria realizar as atividades de auditoria cooperativa e auditoria das demonstrações 
contábeis cumulativamente. 
De forma geral e não exaustiva, podemos ver da seguinte forma as sinergias entre os 
trabalhos da auditoria cooperativa e auditoria contábil: 
 
A sinergia um pouco mais detalhada, no nível de procedimentos de auditoria, entre os 
trabalhos de auditoria cooperativa e auditoria das demonstrações contábeis, deve ser 
avaliada quando da observação dos requisitos mínimos para a definição do escopo de 
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auditoria cooperativa definidos pelo Banco Central do Brasil, conforme a Circular BCB 
3.799/16. 
Assim, o auditor responsável pelas auditorias cumulativas deverá definir em quais tópicos 
dos requisitos de escopo da auditoria cooperativa podem ter um maior ou menor nível de 
sinergia com relação aos trabalhos de auditoria das demonstrações contábeis. Destaca-se 
que o nível de sinergia dependerá da estratégia e metodologia de auditoria que for utilizada 
por cada empresa de auditoria independente ou Entidade de Auditoria Cooperativa (EAC). 
Com o intuito de apenas demonstrar como a auditoria cooperativa poderá contribuir para o 
exame das demonstrações contábeis, para cada aspecto objeto de escopo da auditoria 
cooperativa foi indicado abaixo, uma classificação preliminar do nível de sinergia. 
 
Alta sinergia 
 
 
 
Boa sinergia 
 
 
Alguma sinergia 
 
 
Baixa sinergia 
 
Quadro demonstrativo de sinergia dos aspectos de requisito para escopo (Circular BCB 3.799/16) 
Adequação do desempenho operacional e da situação econômico-financeira 
Situação econômico-financeira, incluindo aspectos de higidez de curto e 
longo prazos, liquidez e adequada avaliação de ativos, passivos, patrimônio 
líquido e sobras ou perdas. 
Integridade e fidedignidade das informações contábeis. 
 
Conciliação dos saldos contábeis relevantes. 
 
Processo de concessão e de gerenciamento de crédito. 
 
Critérios para a distribuição de sobras, rateio de perdas, formação de 
reservas, constituição de fundos específicos e destinação de recursos do 
Fundo de Assistência Técnica Educacional e Social (FATES). 
Em relação à adequação e à aderência das políticas institucionais 
Segregação de funções e conflitos de interesse em atividades críticas. 
 
Manuais, regulamentos internos, bem como determinações da cooperativa 
central e do sistema, quando aplicável. 
Processo de prestação de informações sobre a situação financeira, o 
desempenho, as políticas de gestão de negócios e os fatos relevantes aos 
órgãos de administração, fiscal e associados. 
Códigos de conduta e de ética, quando aplicável. 
 
Em relação à formação, à capacitação e à remuneração compatíveis com 
atribuições e cargos 
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• Política de remuneração da diretoria, do Conselho de Administração e do 
Conselho Fiscal, inclusive eventuais bônus por desempenho ou similares. 
• Formação, capacitação e disponibilidade de tempo dos membros de órgãos 
estatutários, gerentes e dos integrantes da equipe técnica. 
• Em relação à adequação dos limites operacionais e dos requerimentos de 
capital 
• Requerimentos mínimos de Patrimônio de Referência (PR). 
 
• Limites de exposição por cliente. 
 
• Outros limites operacionais. 
 
• Em relação às regras e práticas de governança e controles internos 
• Constituição, funcionamento, segregação de funções e efetividade de 
atuação da diretoria, do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal, 
consideradas as atribuições previstas em estatutos e na legislação vigente. 
• Implementação, adequação e conformidade do sistema de controles 
internos. 
• Estratégia, políticas e procedimentos de Tecnologia da Informação e 
comunicação. 
• Normas, estruturas e processos relativos à segurança da informação e à 
integridade de dados. 
• Em relação à adequação à gestão de riscos e de capital 
• Capacidade de a instituição identificar, avaliar, monitorar, controlar e mitigar 
os riscos aos quais está exposta, de acordo com o porte e com a 
complexidade de suas operações. 
• Segregação das atividades de gerenciamento de riscos em relação às áreas 
negociais. 
• Planos para contingências e continuidade de negócio. 
 
• Processo de gerenciamento de capital, incluindo a revisão periódica de sua 
compatibilidade com os riscos assumidos. 
Em relação à Prevenção da Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do 
Terrorismo (PLD/FT) 
Adequação da política institucional, da estrutura organizacional e dos 
procedimentos aplicáveis, abrangendo o monitoramento, a seleção e a 
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análise de operações e situações passíveis de comunicação ao Conselho de 
Controle de Atividades Financeiras ("COAF"). 
Adequação dos procedimentos definidos com o objetivo de conhecer o 
cliente, abrangendo a identificação da origem e da constituição do seu 
patrimônio e seus recursos financeiros. 
 
Adequação da política de treinamento em todos os níveis da organização. 
 
Adequação da auditoria interna em PLD/FT. 
 
• Em relação ao crédito rural e ao PROAGRO 
• Aderência aos dispositivos do Manual de Crédito Rural ("MCR"), 
principalmente aos tópicos que tratam dos beneficiários, da fiscalização, dos 
limites, das despesas, da formalização, do registro e da contabilização do 
crédito rural e do PROAGRO. 
 
A. Controles existentes para o adequado enquadramento e deferimento das 
operações de crédito rural e das coberturas do PROAGRO. 
• Em relação ao relacionamento com clientes e usuários de produtos e serviços 
financeiros 
• Aderência às normas de contratação de produtos e de prestação de serviços 
financeiros, inclusive no que tange ao conteúdo e à transparência das 
relações contratuais. 
• Adequação da cobrança e da divulgação das tarifas referentes aos serviços 
e aos produtos oferecidos. 
• Adequação da gestão de demandas de clientes e de usuários advindas da 
Ouvidoria e dos demais canais de atendimento da Instituição. 
• Conformidade da contratação de correspondentes no País, inclusive no que 
se refere à prestação de informações ao BACEN e à divulgação de 
informações ao público. 
 
Por fim, a sinergia dos trabalhos de auditoria cooperativa e auditoria das demonstrações 
contábeis poderá gerar uma redução dos custos, que dependerá também da maturidade dos 
processos implantados nas cooperativas de créditoe do nível de centralização de atividades, 
controles, tecnologia da informação e contabilidade, nas centrais ou confederações. 
 
 
 
 
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6. Auditoria cooperativa 
 
6.1. Planejamento, execução e finalização 
 
Planejamento 
A fase de planejamento das atividades de auditoria cooperativa é de extrema relevância para 
que os resultados e objetivos sejam alcançados de forma segura e eficiente, principalmente 
quando a auditoria cooperativa for realizada cumulativamente com a auditoria das 
demonstrações contábeis. 
As equipes e os responsáveis técnicos sobre as auditorias devem desenvolver uma 
estratégia de auditoria conjunta considerando as diversas necessidades de cumprimento 
normativos, datas-bases, época e a extensão dos exames para cada auditoria. 
Diferente da auditoria das demonstrações financeiras, na auditoria cooperativa não está 
determinado em quais datas-bases serão executados os trabalhos, podendo o escopo ser 
cumprido em diferentes períodos durante o exercício. Isso possibilita que as atividades e os 
procedimentos de auditoria cooperativa, por terem diversas naturezas e áreas de atuação, 
sejam realizados e distribuídos durante o exercício, podendo cada área ou escopo a ser 
avaliado ter épocas de análise diferentes. Assim, para os procedimentos serem executados 
com maior sinergia entre as duas auditorias, a programação das equipes e a extensão dos 
testes podem ser planejadas de forma conjunta, evitando desperdícios de horas para 
obtenção de evidências de auditoria e conclusão dos testes. 
No planejamento dos trabalhos deve ser considerado o nível de maturidade dos processos 
e controles das cooperativas de crédito integrantes de sistemas de dois ou três níveis, 
levando em conta as diversas possibilidades para realização de procedimentos e testes 
massificados de auditoria por ciclo de negócios. 
Para auditar as cooperativas de crédito, o auditor necessita realizar exames em grandes 
volumes de informações com uma estrutura cada vez mais complexa e em constante 
mudança. Assim, o uso de técnicas de análise de dados (Data Analytics), as quais incluem 
a utilização de ferramentas TAACs (Técnicas de Auditoria Assistida por Computador), são 
essenciais para que o auditor consiga analisar de forma crítica e eficiente o volume de dados 
que lhe colocado a disposição. Para tanto, é fator crítico de sucesso que as cooperativas de 
crédito disponibilizem os dados e as informações digitais aos auditores, principalmente 
quando a base de dados das cooperativas de crédito estiver centralizadas nas entidades de 
dois ou três níveis. 
A elaboração do planejamento requer a avaliação preliminar da cooperativa de crédito a ser 
auditada, visando definir a amplitude do trabalho a ser realizado. Não se imagina, que a 
auditoria cooperativa deva dedicar horas de trabalho em áreas ou processos que não 
ofereçam riscos materiais para a cooperativa de crédito. 
No planejamento da auditoria cooperativa, ou cumulativa com a auditoria das demonstrações 
contábeis, no mínimo, deverão ser consideradas as seguintes atividades: 
• avaliação da situação econômico-financeira da cooperativa; 
• avaliação dos riscos; 
• definição da abordagem de auditoria; 
• definição do programa de trabalho e templates de testes; 
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• elaboração do cronograma das trabalhos. 
Para a realização das atividades de planejamento citadas acima, são necessários a 
avaliação dos seguintes componentes mínimos das cooperativas de crédito, de forma que o 
auditor tenha uma visão geral da cooperativa, conhecendo no nível que julgar apropriado, 
os processos que serão objeto de auditoria: 
• dados gerais da cooperativa de crédito; 
• delimitações do cronograma de auditoria; 
• disponibilidade de horas e de recursos; 
• avaliação dos recursos tecnológicos (sistemas); 
• natureza, oportunidade e extensão dos trabalhos; 
• entidades associadas e partes relacionadas; 
• sistema de avaliação e monitoramento de riscos; 
• trabalhos de outros auditores; 
• sistema contábil e de controles internos; 
• histórico da cooperativa de crédito (auditorias anteriores e follow-up) 
• análise preliminar da situação econômico-financeira; 
• governança implantada; 
• composição dos conselhos de administração e fiscal, da diretoria, quantidade de 
associados, de funcionários, de pontos de atendimento e outras; 
• situação de indicadores legais e evolução das provisões, inadimplência e Patrimônio 
de Referência (PR); 
• nível de maturidade da centralização dos processos operacionais, tecnológico e 
contábil para as cooperativas integrantes de sistemas de dois ou três níveis; 
• revisão analítica das contas de resultados; 
• demandas e inspeções do Banco Central do Brasil. 
 
Para realização destas avaliações, algumas fontes de informações serão úteis: 
• demonstrações contábeis; 
• informações sobre os sistemas operacionais, contábil e de controles internos; 
• planeamento estratégico e ou plano de negócios; 
• organograma; 
• contratos de atividades ou processos que são realizados por terceiros; 
• regulamento ou contratos da centralização dos processos operacionais, 
tecnológicos e contábeis para as cooperativas filiadas em sistemas de dois ou três 
níveis; 
• outros. 
Após as análises o auditor deverá realizar julgamentos, utilizando uma metodologia de 
auditoria apropriada, para delinear os principais riscos e áreas que terão o maior enfoque no 
seu programa de trabalho, de modo a testar os controles mais importantes e identificar os 
testes de auditoria de maior profundidade. 
Também cabe destacar que os apontamentos indicados em súmulas de inspeção do Banco 
Central do Brasil, nos relatórios de auditoria externa e interna e nos relatórios de 
monitoramento de indicadores, deverão, quando aplicável, ser considerados e tratados no 
programa de trabalho do auditor, de forma a no mínimo, obter um entendimento da situação 
atual e dos planos de regularização determinados pela cooperativa de crédito. 
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Para a definição do programa de trabalho, o auditor identificará a natureza, a oportunidade 
e a extensão dos procedimentos de auditoria a serem auditados. A extensão está 
diretamente relacionada com o processo de avaliação de riscos e a qualidade dos controles 
internos da cooperativa auditada. 
O planejamento da auditoria cooperativa deverá ser aprovado pelo responsável técnico, que 
deverá avaliar a sua adequação aos requisitos de escopo determinados pelo Banco Central 
do Brasil e as situações de riscos e econômico-financeira da cooperativa objeto da auditoria. 
Execução 
Para execução dos trabalhos de auditoria cooperativa, o auditor deverá preliminarmente 
realizar uma reunião inicial com a cooperativa, visando alinhar temas como, as expectativas 
do trabalho, os cronogramas das atividades, a forma de reuniões para posicionamento, a 
solicitação de documentos e o acesso irrestrito as pessoas e informações da cooperativa. 
Na execução dos trabalhos o auditor poderá ainda identificar situações não previstas no 
planejamento. Nesses casos, o auditor deverá comunicar o responsável técnico pelo 
trabalho de auditoria cooperativa, que avaliará a necessidade de promover eventuais 
alterações no programa de trabalho. Toda a alteração no planejamento ou programa de 
trabalho de deverá ser comunicada, no nível apropriado, à cooperativa auditada. 
Todos os passos ou procedimentos previstos no programa de auditoria deverão, quando 
executados, ser evidenciados nos papéisde trabalho, incluindo os passos não realizados 
que deverão ser justificados. O programa de auditoria cooperativa deverá: 
• ser revisado e atualizado a cada trabalho; 
• ser complementado durante os trabalhos, quando necessário; 
• ser revisado e aprovado pelos responsáveis técnicos, incluindo as alterações 
processadas; 
Deverão constar nos papéis de trabalho, para cada passo determinado no programa de 
auditoria, os seguintes tópicos mínimos: 
• identificação da cooperativa; 
• auditor responsável e revisor; 
• data-base, ou período objeto das avaliações de auditoria; 
• objetivos dos testes de auditoria a ser realizado; 
• os critérios utilizados de seleção de amostra; 
• os procedimentos aplicados; 
• as análises realizadas; 
• conclusões obtidas e nos casos considerados insuficientes se foram realizados 
procedimentos adicionais de auditoria; 
A documentação comprobatória da realização dos procedimentos de auditoria, as chamadas 
evidências de auditoria, serão anexadas ou referenciadas nos respectivos papéis de 
trabalho. Os papéis de trabalho deverão ser concluídos pelos responsáveis técnicos após a 
finalização dos trabalhos e serem arquivados e mantidos inalterados por um período mínimo 
de cinco anos, a partir da data de emissão final do relatório de referencia da auditoria 
cooperativa. 
 
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Para ter um adequado embasamento das conclusões e recomendações da auditoria 
cooperativa, as evidências de auditoria deverão ser: 
 
• suficientes para a compreensão de qualquer pessoa; 
• embasadas em documentação comprobatória hábil; 
• relevantes para suportar as conclusões e recomendações; 
• úteis para subsidiar a cooperativa em atingir os seus objetivos de controle. 
 
O registro de apontamento de auditoria cooperativa não embasado em evidências poderá 
comprometer o resultado dos trabalhos. De forma mais grave, a indicação de que o auditor 
realizou os procedimentos de auditoria sem a devida comprovação em documentação hábil, 
caracteriza infração grave, podendo ser instaurado um processo sancionador pelo Banco 
Central do Brasil, gerando punições ao auditor, que poderão ir de multas, inabilitações para 
atuar no sistema financeiro, até o cancelamento do credenciamento para realizar auditoria 
cooperativa. 
 
O auditor na execução do programa de auditoria, utilizará técnicas que dependerão do seu 
julgamento e dos riscos avaliados devendo ser apropriada conforme o tipo de evidência de 
auditora que o auditor pretende obter. 
 
Alguns procedimentos que poderão ser utilizados na auditoria cooperativa são: 
 
• observação de processos, procedimentos e controles; 
• questionamentos; 
• entrevistas; 
• inspeção de documentos; 
• conciliações; 
• conferências (saldos, fórmulas e outros); 
• cálculos; 
• confirmações (circularizações); 
• verificação física; 
• correlação de dados; 
• procedimentos analíticos. 
 
Finalização 
Na fase de finalização, os papéis de trabalho e as evidências de auditoria serão revisadas 
pela supervisão, que certificará do adequado cumprimento do programa de auditoria 
cooperativa e evidenciará esta atividade na pasta de trabalho. Esta revisão buscará 
identificar possíveis falhas ou insuficiências na execução dos procedimentos de auditoria. 
 
São elementos mínimos a serem observados na revisão: 
 
• existência de documentação comprobatória para as constatações, em especial as 
relevantes; 
• existência de referências a fatos que não puderam ser comprovados; 
• registro de informações inapropriadas ou insuficientes; 
• apresentação das conclusões robustas sobre o processo analisado; 
• coerência dos relatos e cálculos apresentados; 
• existências de pendências não solucionadas ou não esclarecidas. 
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Durante a revisão, o supervisor responsável pelos trabalhos de auditoria cooperativa 
relacionará os problemas, as inconsistências e as falhas eventualmente identificadas. 
Depois discutirá com o auditor os ajustes e adequações julgadas necessárias, que irão 
compor a minuta do relatório da auditoria cooperativa, o qual será encaminhado para 
discussão e alinhamento com a administração da cooperativa auditada. 
 
6.2. Amostragem e extensão 
 
Os critérios de amostragem que serão utilizados para execução dos procedimentos e 
obtenção das evidências na auditoria cooperativa, são de grande importância, uma vez que, 
serão descritos e identificados no relatório final da auditoria cooperativa, conforme 
determinação do Banco Central do Brasil. 
O método de amostragem é aplicado como forma de viabilizar a realização de ações de 
auditoria em situações que o objetivo dos procedimentos de auditoria se apresente em 
grandes quantidades ou se distribui de maneira pulverizada. A amostragem também é 
aplicada em função da necessidade de obtenção de informações em tempo hábil, em casos 
que os procedimentos de auditoria, na totalidade, tornam-se impraticável, até mesmo em 
termos de custo/benefício. 
Importante destacar que qualquer processo de amostragem a ser aplicado traz um risco e 
probabilidade de não detecção de problemas ou de situações anormais. Assim, como 
alternativa, sempre que possível e aplicável, é indicado o uso de ferramentas tecnológicas 
para seleção de amostragem estatística e na aplicação de testes de auditoria em toda a 
base de dados (população), sendo a forma mais eficiente e eficaz para obtenção evidências 
para cobertura dos trabalhos auditoria. 
Quando utilizado, o processo de amostragem poderá ter dois objetivos, sendo um para 
validar a efetividade de um controle, utilizado para controlar determinada transação, ou para 
a validação de saldos, que terá relação direta com o volume de transações realizadas pela 
cooperativa de crédito. 
A amostragem poderá ser realizada a partir de métodos reconhecidos de matemática e 
estatísticas, representados por cálculos de regressão linear ou por métodos descritivos como 
desvio padrão e outros. 
Também poderá ser utilizada a amostragem não estatística, que será obtida pelo auditor 
com base na sua experiência e no conhecimento da cooperativa auditada, desde que se 
situe, pelo menos em intervalos consistentes, como por exemplo de 15% a 30% da 
população objeto da auditoria. 
Assim, é de responsabilidade do auditor a definição da amostra e de qual critério será 
utilizado, devendo sempre assegurar a suficiência para a realização e a conclusão dos 
exames, podendo inclusive, rever o critério definido no decorrer dos trabalhos. 
A extensão da amostra também poderá ser determinada conforme a avaliação da eficiência 
e eficácia dos controles da cooperativa, considerando a relação existente entre a qualidade 
dos controles e o tamanho da amostragem, ou seja, quando mais eficiente for controle 
interno, menor a amostragem e a quantidade de testes aplicados. 
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Enfim, para a realização da auditoria cooperativa é fortemente recomendado que o auditor 
possua os seus critérios de amostragem amparados por políticas e metodologias alinhadas 
com as boas práticas de mercado e que todo o processo de seleção estatística ou não, seja 
devidamente documentado e justificado nos papéis de trabalho. 
6.3. Escopo detalhado 
 
A Circular BCB 3.799/16, estabeleceu os requisitos para a definição do escopo da auditoria 
cooperativa, como já comentado no item 3.4. deste guia. Abaixo, será detalhado, como 
sugestão e de forma não exaustiva, as atividades de auditoria para cada item de requisito 
de escopo definido pelo Banco Central do Brasil. Cabe destacar queo escopo deverá ser 
aplicado conforme o tipo, porte e a complexidade de cada cooperativa de crédito a ser 
auditada, bem como nos julgamentos da entidade executora da auditoria cooperativa. 
 
Tema abordado 
1. Adequação do desempenho operacional e da situação econômico-financeira. 
 
Enfoque geral 
A continuidade e solidez da cooperativa, o processo de monitoramento de 
performance e avaliação de todo o processo de geração de números e reporte 
financeiro, assim como, do processo de crédito. 
 
1.1. Situação econômico-financeira, incluindo aspectos de higidez de curto e longo 
prazos, liquidez e adequada avaliação de ativos, passivos, patrimônio líquido e 
sobras ou perdas. 
 
 Avaliação do orçamento e do fluxo de caixa futuro verificando a sua consistência 
com o plano de negócios da cooperativa. 
 
 Avaliação do plano de negócios da cooperativa comparando a situação atual e 
análise das eventuais variações. 
 
 Verificação do cumprimento dos limites operacionais e regras estabelecidas pelo 
sistema cooperativo (diversificação de riscos, índice de Basiléia, concentração de 
crédito, centralização financeira, concentração de aplicações, imobilização, 
liquidez e outros). 
 
 Verificação da consistência e razoabilidade dos índices de rentabilidade, eficiência 
operacional, inadimplência, performance e qualidade dos ativos. 
 
 Avaliação dos controles e processos do ciclo contábil, envolvendo as etapas de 
avaliação, julgamento, registro, aprovação, e reconciliação de informações. 
 
 Testes de detalhes nas principais contas contábeis com natureza relevante ou 
saldo significativo, visando a verificação da adequada avaliação e registro, 
considerando no mínimo: 
 
• disponibilidades, aplicações financeiras e posições em derivativos; 
• operações de crédito; 
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• provisões de riscos; 
• bens não de uso; 
• outros créditos e outros valores e bens; 
• permanente; 
• depósitos; 
• obrigações por empréstimos e repasses; 
• outras obrigações; 
• patrimônio líquido; 
• contas de resultado. 
 
1.2. Integridade e fidedignidade das informações contábeis. 
 
 Identificação e avaliação da origem, composição analítica, pertinência e suporte 
documental dos saldos contábeis relevantes. 
 
 Avaliação da existência de passivos não registrados na contabilidade e de 
passivos contingentes. 
 
 Verificação de contratos de prestação de serviços firmados com terceiros 
considerando a sua pertinência e custos. 
 
 Identificação e revisão das contas contábeis, tais como, devedores diversos, 
credores diversos, outras receitas, outras despesas. 
 
 Verificar para cada saldo contábil relevante se a classificação e o registro foram 
realizados conforme determinado no Plano Contábil das Instituições Financeiras 
(Cosif). 
 
 Verificação do processo e dos controles para aprovação, divulgação e publicação 
das informações contábeis. 
 
1.3. Conciliação dos saldos contábeis relevantes. 
 
 Mapeamento e revisão dos processos de reconciliação contábil. 
 
 Constatação, em base amostral, se o processo de conciliação contábil dos saldos 
relevantes foi consistente durante o período de “x” meses. 
 
1.4. Processo de concessão e de gerenciamento de crédito. 
 
 Mapeamento e avaliação dos processos e controles de concessão de crédito, 
envolvendo os seguintes sub-processos: 
 
• governança e alçadas; 
• segregação de funções; 
• definição de limites, precificação e rating; 
• ciclo de concessão, formalização e registro; 
• monitoramento da carteira (revisão de limites, taxas e prazos) 
• renegociações de dívidas; 
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• formalização de garantias; 
• recebimento de bens em pagamento de operações; 
• recebimento, baixas e liquidações. 
 
 Revisão dos processos e controles utilizados para o cálculo, registro, 
monitoramento e reversão das provisões para risco de crédito. 
 
 Avaliação do processo de monitoramento dos créditos problemáticos e dos 
métodos e critérios para realização de provisão de perdas esperadas, conforme 
estabelecido na Resolução CMN 4.557/17. 
 
1.5. Critérios para a distribuição de sobras, rateio de perdas, formação de reservas, 
constituição de fundos específicos e destinação de recursos do Fundo de 
Assistência Técnica Educacional e Social (Fates). 
 
 Mapeamento do processo e avaliação dos controles relativos a distribuições de 
sobras, rateio de perdas e utilização de recursos do Fates. 
 
 Avaliação do processo de constituição de reservas e fundos específicos, conforme 
as regras definidas na Lei 5.764/71, Lei Complementar 130/09 e no Plano 
Contábil das Instituições Financeiras (Cosif). 
 
 Avaliação da existência e consistência da política de utilização do Fates, com as 
diretrizes conceituais definidas na Lei 5.764/71. 
 
Tema abordado 
2. Em relação a adequação e aderência das políticas institucionais. 
 
Enfoque geral 
Avaliação da governança e do programa de compliance das cooperativas, assim 
como, a robustez do processo crítico de segregação de funções. 
 
2.1. Segregação de funções e conflitos de interesse em atividades críticas. 
 
 Revisão e existência de política e processos de avaliação contínua sobre a 
efetividade da segregação de funções em atividades críticas. 
 
 Analise dos processos e controles que suportam a correta segregação, no mínimo 
em: 
 
• cadastro/conta corrente/depósitos; 
• crédito, gestão de crédito e recuperação; 
• gestão de numerários; 
• distribuição e pagamento de sobras; 
• lançamentos/aprovação de registros contábeis. 
 
2.2. Manuais, regulamentos internos, bem como determinações da cooperativa central 
e do sistema, quando aplicável. 
 
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 Revisão do programa de compliance, assim como, das estruturas, processos e 
controles que suportam o monitoramento da aderência às políticas, regimentos e 
regulamentos, determinados pela alta administração da singular, da central ou do 
sistema cooperativo. 
 
 Seleção, por amostragem, de políticas institucionais críticas e manuais, visando 
avaliar a consistência, a forma de aprovação e revisão, e sua aplicabilidade 
prática. 
2.3. Processo de prestação de informações sobre a situação financeira, o 
desempenho, as políticas de gestão de negócios e dos fatos relevantes aos 
órgãos de administração, conselho fiscal e associados. 
 
 Revisão dos processos e políticas dos órgãos estatutários, assim como, do 
processo de geração das informações para os fóruns de governança e sua 
formalização. 
 
 Avaliação dos processos e controles sobre a qualidade das informações 
financeiras e contábeis divulgadas aos associados. 
 
 Verificação da existência de políticas e processos para comunicação de fatos 
relevantes e do seu adequado cumprimento. 
 
2.4. Códigos de conduta e de ética, quando aplicável 
 
 Revisão dos processos de comunicação, monitoramento e treinamento relativo ao 
código de ética e de conduta. 
 
 Avaliação da existência e funcionamento de canais de denúncias. 
 
 Verificação do processo de avaliação e premiação dos funcionários, com base no 
comportamento e na postura ética. 
 
 
Tema abordado 
3. Em relação a formação, à capacitação e à remuneração compatíveis com as 
atribuições e cargos. 
 
Enfoque geral 
Avaliação da maturidade da gestão da cooperativa, envolvendo os processos de 
qualificação, capacitação e sucessão de membros e a administração de potencias 
conflitos de interesses. 
 
3.1. Política de remuneração da diretoria, doconselho de administração e do conselho 
fiscal, inclusive eventuais bônus por desempenho ou similares. 
 
 Avaliação da razoabilidade das políticas de remuneração da cooperativa, incluindo 
a formalização de métodos e critérios conforme as práticas de mercado. 
 
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 Verificação do processo e alçadas para aprovação, acompanhamento e revisão 
periódica das políticas de remuneração. 
 
 Verificação se a política de remuneração foi aprovada pela assembleia geral. 
 
 Análise da adequação da remuneração dos executivos com base no porte da 
cooperativa. 
 
 Verificação da implantação da política de sucessão de administradores compatível 
com a natureza, o porte, a complexidade, a estrutura, o perfil de riscos e o modelo 
de negócios da cooperativa, de forma a assegurar que a alta administração tenha 
as competências necessárias para o desempenho das funções. 
 
 Verificação se a política de sucessão foi aprovada pela assembleia geral. 
 
 Verificação se a política de sucessão está adequada e aderente a Resolução 
CMN 4.538/16. 
 
3.2. Formação, capacitação e disponibilidade de tempo dos membros de órgãos 
estatutários, gerentes e dos integrantes da equipe técnica. 
 
 Verificação da existência de políticas, programas e orçamento para a formação e 
capacitação de membros de órgãos estatutários, gerentes e equipe técnica. 
 
 Avaliação dos controles de monitoramento sobre o cumprimento e avaliação dos 
programas de capacitação. 
 
 Verificação se a disponibilidade de tempo dos membros de órgãos estatutários 
correspondem as suas atribuições e responsabilidades estabelecidas. 
 
 Verificação dos regulamentos e controles utilizados pela cooperativa sobre a 
participação e presença de membros de órgãos estatutários em reuniões. 
 
 
Tema abordado 
4. Em relação à adequação dos limites operacionais e dos requerimentos de capital. 
 
Enfoque geral 
Avaliação das estratégias, processos e gestão dos limites operacionais e regulatórios. 
 
4.1. Requerimentos mínimos de Patrimônio de Referência (PR), exposição por cliente 
e outros limites operacionais. 
 
 Revisão dos relatórios, processos e controles utilizados na apuração e reporte 
para administração e membros de órgãos estatutários da cooperativa, sobre o 
cálculo do Patrimônio de Referência (PR) e dos ativos ponderados pelos riscos 
determinados pelo Regime Prudencial Completo (RPC) ou, quando aplicável, o 
Regime Prudencial Simplificado (RPS). 
 
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 Avaliação da existência de políticas e estratégias para o gerenciamento de capital, 
claramente documentadas, que estabelecem procedimentos de manter o 
Patrimônio de Referência, especialmente o nível I e o capital principal, nos níveis 
compatíveis com os riscos incorridos. 
 
 Verificação da ocorrência de integralização de capital social mediante a 
concessão de crédito ou a retenção de parte do seu valor, bem como a concessão 
de garantia ou assunção de empréstimos de coobrigação em operações de 
crédito para essas finalidades. 
 
 Verificação se houve recomposição do Patrimônio Líquido, mediante o rateio de 
perdas de exercícios anteriores por meio de concessão de crédito ou retenção do 
seu valor, bem como concessão de garantias em operações de crédito com essa 
finalidade. 
 
 Revisão dos processos e controles utilizados para monitoramento dos seguintes 
limites operacionais e regulatórios: 
 
• limite de exposição por cliente; 
• grau de imobilização; 
• limite para aplicação de recursos em uma única Instituição Financeira; 
• limites mínimos de capital integralizado; 
• operações de adiantamento a depositantes; 
• limite de aplicação em fundos de investimento, quando existir participação 
significativa. 
 
 Verificação da conformidade das estruturas e processos para gerenciamento 
contínuo de capital, quando aplicável, conforme a Resolução CMN 4.557/17. 
 
 
Tema abordado 
5. Em relação as práticas de governança e controles internos. 
 
Enfoque geral 
Avaliação da maturidade e eficiência das estruturas e do funcionamento do sistema 
de controles internos da cooperativa. 
 
5.1. Constituição, funcionamento, segregação de funções e efetividade de atuação da 
diretoria, do conselho de administração e do conselho fiscal, consideradas as 
atribuições previstas em estatutos e na legislação vigente. 
 
 Revisão dos estatutos da cooperativa sobre a adoção de estrutura de gestão 
apropriada, observando os aspectos de constituição, ocupação e atuação dos 
membros de cargos estatutários e conselhos. 
 
 Verificação do atendimento aos requisitos de governança corporativa, 
estabelecidos na Resolução CMN 4.434/15 para os conselhos de administração e 
fiscal, bem como de membros com função executiva. 
 
5.2. Implementação e conformidade do sistema de controles internos. 
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 Avaliação da implantação do modelo baseado nas linhas de defesa, que visa a 
melhora e desenvolvimento contínuos da gestão e controle dos riscos, 
abrangendo sua metodologia, reportes e evidências na resolução dos problemas. 
 
 Verificação, quando aplicável, da implantação e implementação da atividade de 
auditoria interna conforme determinado na Resolução CMN 4.588/17. 
 
 Verificação da existência de política de governança corporativa, aprovada em 
assembleia geral, abordando aspectos de representatividade e participação, 
direção estratégica, gestão executiva e fiscalização e controle e que contemple a 
aplicação de princípios de segregação de funções na administração, remuneração 
os membros dos órgãos estatutários, transparência, equidade, ética, educação 
cooperativista, responsabilidade corporativa e prestação de contas. 
 
5.3. Estratégia, políticas e procedimentos de tecnologia da informação e 
comunicação. 
 
 Verificação da existência de planejamento estratégico e orçamento detalhado que 
aborde o tema de tecnologia da informação. 
 
 Verificação da política de segurança da informação devidamente aprovada, 
implantada e testada periodicamente pela administração da cooperativa. 
 
 Avaliação se os riscos envolvendo tecnologia da informação são tratados 
adequadamente nas atas de reuniões do conselho de administração e fiscal. 
 
 Verificação se a auditoria interna realiza procedimentos periódicos para mitigação 
dos riscos relacionados com tecnologia da informação. 
 
5.4. Normas, estrutura e processos relativos à segurança da informação e a 
integridade de dados. 
 
 Avaliação das normas sobre os controles gerais do ambiente de TI e aplicação de 
testes básicos de acesso de usuários, manutenção, desenvolvimento de sistemas 
e gerenciamento das bases críticas de dados. 
 
 Realização de procedimentos para validação dos controles de processamento de 
dados, considerando no mínimo, os seguintes aspectos: 
 
• a estrutura e o pessoal da cooperativa são adequados para a operação 
eficaz da área de tecnologia da informação; 
• existe um processo de segregação apropriado das funções entre usuários, 
programadores, operadores e gestores de banco de dados; 
• o acesso não autorizado aos sistemas e aplicativos é impedido; 
• as versões corretas dos dados e dos arquivos de programas são utilizadas; 
• licenças de software; 
• o uso de programas e acesso a base de dados está restrito ao pessoal 
autorizados. 
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 Avaliação se as modificações nos programas e aplicativos são realizadasadequadamente , considerando: 
 
• segurança de acesso lógico; 
• controles de acesso físico sobre arquivos eletrônicos; 
• controles operacionais sobre aperfeiçoamento de alterações de programas; 
 
 Realização de procedimentos para avaliação do adequado funcionamento do 
plano de backup e continuidade das atividades. 
 
 Verificação do desenho e funcionamento dos controles de desenvolvimento, 
alterações e instalação de sistemas e aplicativos antes da sua entrada em 
ambiente produção. 
 
 
Tema abordado 
6. Em relação a adequação da gestão de riscos e de capital. 
 
Enfoque geral 
Avaliação das estratégias e estruturas da gestão de riscos em conformidade com a 
regulamentação aplicável. 
 
6.1. Capacidade de a instituição identificar, avaliar, monitorar, controlar e mitigar os 
riscos aos quais está exposta, de acordo com o porte e complexidade de suas 
operações. 
 
 Avaliação das políticas e das estratégias para o gerenciamento dos riscos de 
crédito, mercado, variação de taxas de juros, operacional, liquidez, socioambiental 
e demais riscos relevantes. 
 
 Verificação da existência e adequação dos sistemas e dos procedimentos 
utilizados para o gerenciamento de riscos. 
 
 Avaliação dos modelos utilizados pelo gerenciamento de riscos, considerando as 
premissas, as metodologias utilizadas e o seu desempenho. 
 
 Verificação dos processos e indicadores de monitoramento utilizados pela 
atividade de gestão de riscos. 
 
 Verificação da conformidade e implantação das estruturas de gerenciamento 
integrado de riscos, conforme a Resolução CMN 4.557/17. 
 
6.2. Segregação das atividades de gerenciamento de riscos em relação às áreas 
negociais. 
 
 Verificação do papéis e responsabilidades para o gerenciamento de riscos 
claramente documentados, com as atribuições estabelecidas ao pessoal da 
cooperativa em seus diversos níveis, incluindo quando for o caso, os prestadores 
de serviços. 
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 Verificação se a atividade de gerenciamento de riscos é executada por unidade 
específica e segregada das áreas de negócios e auditoria interna. 
 
6.3. Planos para contingências e continuidade de negócio. 
 
 Verificação da existência de política para a gestão da continuidade de negócios 
envolvendo no mínimo, os seguintes aspectos: 
 
• identificação, classificação e documentação dos processos críticos de 
negócios da cooperativa; 
• avaliação dos potenciais efeitos da interrupção dos processos críticos de 
negócios; 
• estratégias para assegurar a continuidade das atividades da cooperativa e 
limitar perdas decorrentes da interrupção dos processo críticos de negócios; 
• prazos estimados para reinício e recuperação das atividades em caso de 
interrupção dos processos críticos; 
• identificação dos responsáveis pela gestão de continuidade e das ações e 
comunicações necessárias; 
• testes e revisões dos planos de continuidade de negócios com periodicidade 
adequada; 
• quando aplicável, e relevante, avaliação da participação e responsabilidade 
de terceiros na gestão de continuidade. 
 
6.4. Processo de gerenciamento de capital, incluindo a revisão periódica de sua 
compatibilidade com os riscos assumidos. 
 
 Verificação, quando aplicável, da estrutura de gerenciamento contínuo de capital 
envolvendo, no mínimo: 
 
• monitoramento e controle do capital mantido pela cooperativa; 
• avaliação formal da necessidade de capital para fazer frente aos riscos em 
que a cooperativa está exposta; 
• planejamento formal de metas e de necessidade de capital, considerando os 
objetivos estratégicos e planos de negócios da cooperativa; 
• realização de testes para avaliação dos impactos no capital da cooperativa 
em cenários adversos; 
• existência de planos de contingência de capital. 
 
 Verificação da estrutura para gerenciamento de capital em conformidade com a 
Resolução CMN 4.557/17. 
 
 
Tema abordado 
7. Em relação a prevenção a Lavagem de Dinheiro e Financiamento ao Terrorismo. 
 
Enfoque geral 
Avaliação da eficiência e eficácia dos processos de Prevenção a Lavagem de 
Dinheiro (PLD) e Financiamento ao Terrorismo (FT). 
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7.1. Adequação da política institucional, da estrutura organizacional e dos 
procedimentos aplicáveis, abrangendo o monitoramento, a seleção e a análise de 
operações e situações passíveis de comunicação ao Conselho de Controle de 
Atividades Financeiras (Coaf). 
 
 Verificação se a cooperativa define diretrizes, ações e critérios, formalizados em 
manuais, instruções internas, código de ética e conduta e outros documentos 
internos acessíveis a todos os funcionários. 
 
 Avaliação do estabelecimento de competências específicas, atribuições e 
responsabilidades, definidas e segregadas, dos funcionários envolvidos com o 
trabalho de PLD/FT. 
 
 Análise da existência e da adequação de ferramentas para detecção de 
operações passiveis de comunicação ao Conselho de Controle de Atividades 
Financeiras (COAF) alcançando todos os produtos e serviços da cooperativa; 
 
 Verificação da conformidade com as leis e as normas sobre as PLD/FT 
determinadas pelo Banco Central do Brasil. 
 
7.2. Adequação dos procedimentos definidos com o objetivo de conhecer o cliente, 
abrangendo a identificação da origem e da constituição do seu patrimônio e seus 
recursos financeiros. 
 
 Avaliação da existência de política formal de controles para a captura e o registro 
de informações cadastrais e econômicas dos associados. 
 
 Verificação dos processos e controles para a manutenção de base cadastral de 
associados completa e atualizada. 
 
 Em base amostral, do cadastro de cooperados, verificação da atualização de 
declaração de rendas e de bens, entre outras. 
 
7.3. Adequação da política de treinamento em todos os níveis da organização. 
 
 Verificação da política, procedimentos e controles para conscientização e 
capacitação contínua dos funcionários dos processos referentes a PLD/FT. 
 
7.4. Adequação da auditoria interna em PLD/FT. 
 
 Verificação se a auditoria interna considera em seu plano anual de atividades a 
realização de testes de conformidade dos processos e rotinas de PLD/FT. 
 
 Avaliação da abrangência e escopo dos trabalhos de auditoria interna realizados 
na cooperativa relacionado a PLD/FT. 
 
 Verificação do registro de recomendações da auditoria interna sobre PLD/FT e os 
respectivos planos de ações para regularização. 
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Tema abordado 
8. Em relação ao crédito rural e Programa de Garantia da Atividade Agropecuária 
(Proagro). 
 
Enfoque geral 
Avaliação dos processos de controles internos relativos ao crédito rural com vistas ao 
compliance com o Manual de Crédito Rural (MCR) e a gestão dos enquadramentos e 
julgamentos do Proagro. 
 
8.1. Aderência aos dispositivos do Manual de Crédito Rural (MCR), principalmente 
nos tópicos que tratam dos beneficiários, da fiscalização, dos limites, das 
despesas, da formalização, do registro e da contabilização do crédito rural e do 
Proagro 
 
 Avaliação dos processos, controles e documentação dos julgamentos utilizados 
pela administração da cooperativa nas operações de crédito rural e Proagro, 
atentando para: 
 
• elegibilidade de beneficiários; 
• procedimentos de fiscalização; 
• cumprimento de limites; 
• adequação das despesas; 
• formalização das operações; 
• conformidade das taxas praticadas; 
• processo de registro e contabilização. 
 
 Verificação, com base em amostragem,

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