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A INFLUÊNCIA DE NINA RODRIGUES PARA A INTOLERÂNCIA RELIGIOSA NA BAHIA PÓS-ESCRAVIDÃO Deise Gabriela Souza Etnocentrismo “Etnocentrismo é uma visão do mundo onde o nosso próprio grupo é tomado como centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos através dos nossos valores, nossos modelos, nossas definições do que é a existência.” Everaldo P. Guimarães Rocha Antropologia criminal de Cesare Lombroso “A perseguição social e religiosa no Brasil se justificava pelos delegados e juízes e pelo estudo de criminólogos do século XVIII. Estudo que posteriormente deu origem a antropologia criminal.” Marcela Franzen Rodrigues Bahia: Patologização da religião africana "A existência na Bahia de crenças fetichistas tão profundas, de práticas tão regularmente constituídas como as da África; não occultas e disfarçadas, mas vivendo á plena luz do dia, de uma vida que tem arrhas de legalidade nas licenças policiais para as grandes festas annuas ou candomblés ; que conta com a tolerância da opinião pública manifestada na naturalidade com que a imprensa diária dá conta dessas reuniões como si se tratasse de qualquer fato da nossa vida normal (...)." Nina Rodrigues Repressão policial ao povo de santo “Vamos limpar a Bahia.” Delegado Pedro Gordilho Pedro Archanjo - Exú “Não havia dúvida, Archanjo era o Cão.” Jorge Amado em Tenda dos Milagres -1969. Jubiabá - Reparação Jornal A Tarde – A serviço da limpeza étnica Jornal A Tarde – A serviço da limpeza étnica Jornal A Tarde – A serviço da limpeza étnica Jornal A Tarde – A serviço da limpeza étnica Jornal A Tarde – A serviço da limpeza étnica Jornal A Tarde – A serviço da limpeza étnica Jornal A Tarde – A serviço da limpeza étnica Jornal A Tarde – A serviço da limpeza étnica Fotos por Gabriela Souza – Instituto Geográfico e Histórico da Bahia Fotos: Deise Gabriela Souza Fotos por Gabriela Souza – Instituto Geográfico e Histórico da Bahia Fotos: Deise Gabriela Souza 2015 Fotos por Gabriela Souza – Instituto Geográfico e Histórico da Bahia Fotos: Deise Gabriela Souza Peças do culto afro sequestradas – guardadas até 2009 pelo Estácio de Lima, “o museu do Nina”. Imagens retiradas do Youtube – canal Koinonia Pesquisa: Periódicos raros da Biblioteca Pública do Estado da Bahia Pesquisa: Periódicos raros da Biblioteca Pública do Estado da Bahia Museu Afrobrasileiro da Bahia - MAFRO Referências AMADO, Jorge. Tenda dos milagres. São Paulo: Martins, 1969. BARRETT, Stanley R. Anthropology: A Student's Guide to Theory and Method. University of Toronto, 2009. FRANZEN. Rodrigues, Marcela. Raça e criminalidade na obra de Nina Rodrigues: Uma história psicossocial dos estudos raciais no Brasil do final do século XIX, 2015. LUHNING, Ângela. Acabe com este Santo, Pedrito vem aí: mito e realidade da perseguição ao candomblé baiano entre 1920 e 1942. Revistausp, São Paulo, 1996. RAILLARD, Alice. Conversando com Jorge Amado. Rio de Janeiro. Record, 1990 ROCHA, E. P.G. O que é etnocentrismo. 10 ed. São Paulo, SP Editora Brasileira, 1994. RODRIGUES, Nina. O Animismo Fetichista dos Negros Bahianos. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1935. "Tudo chegou sobrevivente num navio Quem descobriu o Brasil? Foi o negro que viu a crueldade bem de frente E ainda produziu milagres de fé no extremo ocidente Ojuobá ia lá e via Ojuobahia Xangô manda chamar Obatalá guia Mamãe Oxum chora lagrimalegria Pétalas de Iemanjá Iansã-Oiá ia Ojuobá ia lá e via Ojuobahia Obá.“ Caetano Veloso – Milagres do povo
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