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EMBRIOLOGIA DO CORAÇÃO E SHUNT CARDÍACO

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EMBRIOLOGIA DO CORAÇÃO E SHUNT CARDÍACO
Início da circulação primitiva
3ª semana – mesoderma
Ilhotas sanguíneas com células angioblásticas/angioblastos que originam 2 tipos de células: endoteliais e sanguíneas primitivas. As células endoteliais revestem os vasos sanguíneos e as células sanguíneas primitivas são hemácias nucleadas. 
Nesta fase do saco vitelino da hemopoese existem hemácias primarias nucleadas
Na fase visceral da hemopoese aparem leucócitos e plaquetas, formados no fígado e baco a partir da 6ª semana. -> HEPAESPLENOTÍMICA 
A partir do 6 mês de gestação e por toda vida útil do indivíduo, tem-se a fase medular-linfoide em que os responsáveis por produzir as células sanguíneas são a medula óssea e o linfonodo.
Esses vasos sanguíneos vão existir em várias áreas do mesoderma, não só no extra como no intraembrionário também. Então, na segunda semana no mesoderma extra do córion do pedículo e das vesículas nós vamos ter ilhotas sanguíneas. E na área do mesoderma intra embrionário nós vamos ter no mesoderma lateral visceral as mesmas ilhotas. Isso vai formar uma rede vascular primitiva a partir da coalescência desses vasos iniciais.
Vai formando um monte de vaso que vai se estendendo, se coalescendo e formando a rede vascular primitiva. Essa rede no polo cefálico é responsável pela formação do coração naquela área que é chamada de área cardíaca/cardiogênica. É a área onde os vasos se juntam para formar uma estrutura tubular que vai dar o coração. O tubo cardíaco está diante da neurulação. Quando o embrião fecha, ele vai ter a curvatura cefálica e aquele coração tubular vai dobrar sobre si mesmo para formar o coração tubular. 
O tubo endocárdico está dentro de uma área cardíaca que contem celoma e este vai ser chamado de celoma pericárdico. Esse celoma vai dar origem a futura cavidade pericárdica. 
O tubo vai formar o revestimento do endocárdio, somente o revestimento endotelial do endocárdio.
Depois tem uma área de mesoderma visceral lateral que vai se desenvolver e formar miocárdio e o revestimento endotelial do epicárdio, que é o pericárdio visceral.
Entre os dois, vai surgir uma área gelatinosa, que a gente chama de geleia cardíaca que é totalmente infiltrada de células de crista neural que vai formar todo tecido conjuntivo das 3 camadas do coração e também vai sinalizar pra miócitos se diferenciaram em células do sistema de condução cardíaca. 
Células do sistema de condução?
Gelatina cardíaca – proteoglicanas e miócitos
Quando o tubo cardíaco já está formado pós-fusão das extremidades do tubo cárdiaco nós podemos ver as seguintes áreas:
Superior
 Bulbo cardíaco: A parte inferior do bulbo forma o ventrículo direito.
Ventrículo primitivo: forma o ventrículo esquerdo
É preciso que a área bulbar desça e equalize com o ventrículo primitivo para formar os dois ventrículos.
O coração primitivo tubular de câmara única começa a sofrer variações.
O bulbo cardíaco começa a descer junto com o ventrículo, mas desce mais. O átrio primitivo e o seio venoso que vão subir pela esquerda e por trás, sendo dorsal. A descida é ventral.
A última área que é uma extensão do bulbo vai formar o tronco arterioso.
As 5 áreas do coração primitivo na versão frontal NA 5 SEMANA são: bulbo cardíaco, tronco arterial ventrículo primitivo, átrio primitivo e seio venoso.
Tronco arterioso – extensão cefálica do bulbo cardíaco 
No seio venoso vai chegar a drenagem venosa de embrião, saco vitelínico e placenta.
Passa pelo seio e sai pelo tronco arterioso em 2 aortas ventrais. Nos mamíferos as aortas ventrais se fusionam formando o saco aórtico. MAS O SACO AORTICO NÃO FAZ PARTE DO CORAÇÃO TUBULAR.
O coração tem 2 polos: um venoso onde chegam as veias primitivas e um arterial. 
Pares de veias primitivas, umbilicais e cardinais. -> polo venoso
O SACO AORTICO NÃO TEM A VER COM A DIVISÃO POSTERIOR DO CORAÇÃO.
O seio venoso tem 2 cornos, direito e esquerda.
O átrio primitivo é um só
O ventrículo primitivo é um só
O bulbo tem a parte superior que se diferencia em tronco arterioso e a parte inferior que é a última a se diferenciar vai formar futuramente o ventrículo direito. 
Existem dobraduras entre o bulbo cardíaco e o ventrículo. Essa angulação vai transformar o coração tubular de reto em alça cardíaca/bulboventricular. 
Além das saculações existem áreas de estreitamento.
Fica no sistema fluxo-refluxo.
Na 4/5 semana se estabelece o padrão da circulação embrionária.
O coração primitivo com o polo venoso e o polo arterial. No polo venoso chegam as veias primitivas, a cardinal comum recebe a anterior e a posterior -> recolhe sangue do corpo do embrião 
2 veias umbilicais e 1 delas regride, ficando só a esquerda que vai trazer sangue oxigenado de placenta.
As veias vitelinas que trazem do saco vitelínico o vitelo que é rico em lipídeo e proteínas, muito nutritivo. 
O polo arterial tem 3 formações: 
Saco aortico
Arcos aórticos – 6 pares de arcos aórticos e embriões humano desenvolvem 3
Duas aortas dorsais de início, que quando chegam na região cervical se fundem em uma aorta dorsal única. 
22:50
O bulbo e o ventrículo descem pela frente. O átrio e o seio venoso sobem por tras.
O bulbo e o ventrículo descem pela direita. O átrio e o seio venoso sobem pela esquerda. (VISÃO FRONTAL)
A alça cardíaca é muito importante, porque se o átrio e seio venoso subirem pela direita e o bulbo e o ventrículo descerem pela esquerda tem-se o a dextrocardia. A ponta do ventrículo fica para direita. 
Enquanto tem curvaturas das descidas e subidas orientadas por sinalização, o seio venoso é incorporado a parede do átrio primitivo, que é a futura área do átrio direito.
O tubo cardíaco continua em câmara única e a partir de agora vai ocorrer a septação cardíaca, que acontece em 4 áreas.
4 áreas que o coração se separa para ter 4 câmaras. Essas 4 áreas são formadas cronologicamente, mas são concomitantes. 
PRIMEIRA SEPTAÇÃO DO CANAL AV
O canal AV está entre o ventrículo primitivo e o átrio primitivo, separando essas duas áreas. 
O CANAL AV É O MARCO 0 DA SEPTAÇÃO CARDÍACA. 
O SUCESSO DAS OUTRAS SEPTAÇÕES DEPENDEM DESSE MARCO 0.
No canal AV, que é único/comum, vão surgir dois “coxins”:
COXIM = CANAL?
Os coxins endocárdicos direito e esquerdo são denominados de dorsal e ventral conforme a denominação anatômica do corpo. Eles vão se fusionar na linha média e formar o coxim AV que vai ser a base para inserção do septo interatrial, interventricular e das válvulas cardíacas (a tricúspide e a mitral). 
O coxin é de geleia cardíaca, rico em fibroblastos, ácido hialurônico, miócitos, proteoglicanas.
Essa septação se faz importante para que haja correto esvaziamento e enchimento do coração, separando os lados direito e esquerdo e, portanto, regulando os fluxos. 
A malformação do canal AV comum é muito grave.
SEPTAÇÃO ATRIAL 
Em cima, nós temos o átrio primitivo e embaixo o coxim fusionado e mais embaixo ainda um pequeno pedaço do ventrículo primitivo. 
Na parede do átrio primitivo, há formação de dois septos.
Primeiro, forma o septo primário a esquerda do átrio primitivo. Quando o septo primário fusiona com o coxim, o forame 1 desaparece e aparece o forame 2 na parede do septo 1. Depois tem o aparecimento do septo 2 a direita do septo 1. Na parede do septo 2 tem um forame que é chamado de forame oval.
A importância dessa septação é que na vida fetal forma um shunt cardíaco que leva o sangue diretamente da placenta para o lado esquerdo do coração, ventrículo esquerdo, aorta, circulação sistêmica.
DUVIDA: então o sangue chega pelo átrio direito, 10% vai para o ventrículo direito e pulmão e os outros 90% passam pelo shunt cardíaco, entrando no átrio esquerdo, ventrículo esquerdo e aorta?
10/15% do sangue que vai para direita para seguir para o pulmão, porque nessa época, o pulmão ainda não está muito desenvolvido e, portanto, só e necessário sangue para vascularização do pulmão e diferenciação das células.
Na vida pós-natal o shunt deixa de existir. Os dois septos vão se fusionar, vão formar o septo interatrial.Os átrios vão receber sangue da circulação sistêmica e pulmonar separadamente.
Na anatomia e na fisiologia, os átrios são considerados câmaras de enchimento, enquanto que as ventriculares são de ejeção.
A pressão do AD é maior que no AE por conta da chegada de sangue nessa câmara. 
Depois do nascimento a pressão do AD cai e do AE se eleva para equalizar a pressão, deixando pouca diferença entre as duas câmaras. No momento do nascimento, corta o cordão umbilical e interrompe o fluxo placentário, diminuindo a quantidade de sangue que chega ao AD em comparação a antes do nascimento. Além disso, o pulmão passa a funcionar e por isso precisa de maior quantidade de sangue.
O fechamento fisiológico do forame oval leva de 15-30 dias e o anatômico leva de 30 dias a 3 meses.
Nos átrios, na visão frontal vê-se uma porção rugosa chamada de aurícula, enquanto que na visão dorsal se vê apenas porções lisas. 
No lado direito, a porção lisa é formada a partir da incorporação das veias cavas e do seio coronário. Essas estruturas são oriundas do corno do seio venoso. 
No lado esquerda, a porção lisa vem por incorporação da veia pulmonar e dos seus ramos. 
SEPTAÇÃO VENTRICULAR
Do ventrículo primitivo, vai ter um crescimento intrínseco dos mioblastos para formação o septo interventricular (cerca de 70%).
O bulbo cardíaco desce e equaliza com o ventrículo primitivo e a partir de mioblastos do ventrículo primitivo, tem a formação do septo interventricular muscular que corresponde nessa época a 70%. 
30% vai ser o forame interventricular, porém, isso se modifica porque a parte muscular vai crescendo e o forame vai diminuindo até desaparecer. Quando desaparece, 95% do septo é muscular. Geralmente, os 5% são da parte de cima perto do coxim fusionado que é parte membranosa.
2% das crianças que nascem a termo podem nascer com o forame aberto. Este forame deve fechar até o final da vida fetal. 
Recebe contribuição de 3 áreas diferentes: 
A importância dessa septação é a separação dos dois ventrículos, que vão se alinhar e passa a não haver mistura dos sangues levando a maior nutrição e oxigenação fetal. 
Os mioblastos crescem para dentro da geleia cardíaca e fazem coalescência para formação dos músculos papilares e das cordas tendíneas. Isso vai depender do desenvolvimento da parede com crescimento e reabsorções consecutivas que vão acontecer para modelar e formar os músculos e as cordas.
O bulbo e o ventrículo descem pela direita e vão equalizar, formando os dois ventrículos e passa da posição céfalo-caudal para a posição levodextra. 
SEPTAÇÃO DO TRONCO ARTERIOSO
Vai originar a emergência da aorta e o tronco pulmonar. 
Na área do tronco arterioso, tem uma porção reta e uma dilatada. A porção dilatada é chamada de cone. 
O mesoderma forma duas faixas chamadas de cristas bulbares/truncal/troncoconal.
Essas duas cristas vão se fusionar na linha média e essa fusão depende de crescimento mesodérmico, sinalização, fator de crescimento, etc. Quando fusiona, o septo resultante que é o aórtico-pulmonar/infundibular é espiral. Esse fechamento em espiral depende do fluxo sanguíneo ventricular e de células de crista neural que estão no mesoderma. Portanto, esses são os dois fatores que influenciam a espiralização.
Então vai formar aorta e tronco pulmonar. A aorta sai para esquerda e a pulmonar a direita. Nessa época, começa a formação das válvulas (2 atriais e 2 ventriculares). 
A importância dessa septação é separar a ejeção arterial do coração evitando a mistura de sangue arterial com venoso. 
Por conta da dependência do mesoderma, se tiver um problema nessa região pode levar a PTA que é a persistência de tronco arterioso. Se o septo formar e espiralizar mas migrar para frente terá tetralogia de Fallot.