Buscar

AULA 4 ACÚMULOS INTRACELULARES

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

PATOLOGIA EM ENFERMAGEM
Aula 4: Acúmulos intracelulares
Professora: Rita de Cássia Siqueira Pestana
Campos dos Goytacazes - RJ
Aula 4: Acúmulos intracelulares
ESTRUTURA DO CONTEÚDO
 Causas dos acúmulos intracelulares
 Acúmulo de substâncias endógenas normais:
	* lipídeos
	* proteínas
	* glicogênio
Pneumoconioses:
	* antracose
	* asbestose
	* silicose
Acúmulos de pigmentos:
	* bilirrubina
	* hemossiderina
AGRESSÃO, DEFESA, ADAPTAÇÃO E LESÃO
 Diferentes tipos de estresse podem induzir a lesão celular reversível e irreversível.
 Desordens metabólicas nas células e lesão crônica subletal podem estar associadas
 com ACÚMULOS INTRACELULARES de várias substâncias (proteínas, lipídeos e carboidratos).
ACÚMULOS INTRACELULARES
 Uma das manifestações dos transtornos metabólicos nas células.
 Categorias das substâncias armazenadas:
 1) Um constituinte celular normal: água, lipídeos, proteínas e carboidratos, que se acumulam
 em excesso;
 2) Uma substância anormal:
 * exógena: mineral ou produtos de agentes infecciosos.
 * endógena: um produto da síntese ou metabolismo anormal.
 As substâncias podem se acumular de modo transitório ou permanente.
 * podem ser inofensivas para as células, mas às vezes podem ser intensamente tóxicas.
- As substâncias podem estar localizadas no citoplasma (em fagolisossomas) ou no núcleo.
Acúmulo de lipídeos
VIAS PRINCIPAIS DE ACUMULAÇÕES INTRACELULARES
- A maioria de acúmulos é atribuída a quatro tipos de 
 anormalidades.
Metabolismo anormal;
 Defeito no dobramento e transporte de proteína;
 Ausência da enzima;
Ingestão de materiais não digeríveis.
VIAS PRINCIPAIS DE ACUMULAÇÕES INTRACELULARES
Metabolismo anormal: substância endógena normal é 
 produzida em uma taxa normal ou aumentada;
 * taxa de metabolismo é inadequada para removê-la.
 * defeitos no mecanismo de empacotamento e transporte
 * exemplos: degeneração gordurosa do fígado e 
 reabsorção de gotículas de proteínas nos túbulos renais.
VIAS PRINCIPAIS DE ACUMULAÇÕES INTRACELULARES
2) Defeito no dobramento e transporte de proteína: acúmulo de 
 uma substância endógena anormal, produto de um gene mutado.
 * inabilidade de degradar eficientemente a proteína anormal.
 * exemplos: em distúrbios degenerativos do sistema nervoso
 central.
VIAS PRINCIPAIS DE ACUMULAÇÕES INTRACELULARES
3) Ausência da enzima: acúmulo de uma substância endógena normal
 devido a defeito herdado em uma enzima.
 * deficiência em degradar um metabólito 
 * os distúrbios resultantes são chamados de doenças de 
 armazenamento lisossômica.
 * exemplos: doenças causados por defeitos genéticos de enzimas
 envolvidas no metabolismo de lipídeos e carboidratos
 (depósito nos lipossomas). 
VIAS PRINCIPAIS DE ACUMULAÇÕES INTRACELULARES
 4) Ingestão de materiais não digeríveis: uma substância exógena
 anormal é depositada e se acumula.
 * Incapacidade de degradar partículas fagocitadas;
 * porque a célula não tem maquinaria enzimática para 
 degradar a substância e nem a habilidade de tranportá-la
 para outros locais. 
 * exemplos: acúmulos de partículas de carbono e substâncias
 químicas não metabolizáveis, como a sílica.
DEGENERAÇÕES
Degeneração é a lesão reversível secundária a alterações bioquímicas que resultam
 em acúmulo de substâncias no interior das células.
São agrupadas de acordo com a natureza da substância acumulada.
DEGENERAÇÃO POR ACÚMULO DE ÁGUA E ELETRÓLITOS 
	# ex: degeneração hidrópica
DEGENERAÇÃO POR ACÚMULO DE PROTEÍNAS
	# as mais importantes são as degenerações hialina e mucoide
DEGENERAÇÃO POR ACÚMULO DE LIPÍDEOS
	# as de maior interesse são esteatose e lipidoses
DEGENERAÇÃO POR ACÚMULOS DE CARBOIDRATOS
	# ex: glicogenoses e mucopolissacaridoses
DEGENERAÇÃO HIDRÓPICA
 Lesão reversível caracterizada por acúmulo de água e eletrólitos no interior das células.
	* aumentam de volume
 A agressão pode diminuir o funcionamento da bomba eletrolítica que transporta eletrólitos
 através das membranas contra gradiente de concentração e mantém constantes as 
 concentrações destes eletrólitos nos compartimentos celulares.
	* altera a produção ou consumo de ATP;
	* interfere com a integridade das membranas;
	* modifica a atividade de uma ou mais moléculas que formam a bomba
	 que transporta os íons.
Coloração mais pálida por redução de vascularização. Células tumefeitas e citoplasma com aspecto granuloso e menos basófilo.
Vacúolos de água distribuuídos no citoplasma
DEGENERAÇÃO HIDRÓPICA
 Causada por variedade de agentes lesivos:
	* hipóxia, desacopladores da fosforilação mitocondrial, inibidores da cadeia
	 respiratória e agentes tóxicos que lesam a membrana mitocondrial por
	 redução da produção de ATP;
	* hipertermia exógena ou endógena (febre) por causa do aumento do consumo
	 de ATP;
	* toxinas com atividade de fosfolipase e agressões geradoras de radicais livres,
	 que lesam diretamente as membranas;
	* substâncias inibidoras da ATPase sódio/potássio dependente
Diferentes causas levam a retenção de sódio, redução de potássio
e aumento da pressão osmótica intracelular, levando à entrada de
água no citoplasma e expansão isosmótica da célula.
DEGENERAÇÃO HIDRÓPICA
 No início a água se acumula no citoplasma, causando aumento do volume e aspecto de 
 citoplasma diluído.
 Com a progressão do processo degenerativo, há formação de vacúolos com contornos
 imprecisos, deixando o citoplasma com aspecto rendilhado.
	* o órgão se apresenta pálido e com aumento de volume.
- É reversível com a remoção da causa.
Rim. Degeneração hidrópica. Observar vacuolização
celular com contornos imprecisos no epitélio
tubular (setas). HE. Objetiva 40x
DEGENERAÇÃO HIDRÓPICA
 Características macroscópicas:
 * aumento do volume tecidual;
 * tonalidade pálida;
 * perda de elasticidade do tecido;
 * brilho característico.
 Características microscópicas:
 * células aumentadas de tamanho;
 * núcleo deslocado para a periferia;
 * presença de grânulos eosinofílicos;
 * aumento de volume celular com
 alteração da proporção citoplasma/núcleo;
 e vacuolização citoplasmática.
Rim. Degeneração hidrópica. Observar vacuolização celular com contornos imprecisos no epitélio tubular (setas). HE. Objetiva 40x
TUMEFAÇÃO TURVA
Corte histológico de rim normal. Aumento de 10X.
 Lesão reversível caracterizada pelo acúmulo
 de água e eletrólitos no interior da célula,
 tornando-a tumefeita e aumentada de volume.
DEGENERAÇÃO HIDRÓPICA E TUMEFAÇÃO TURVA
Degeneração hidrópica e tumefação turva. Aumento de 40X.
Corte histológico de rim com tumefação turva. Aumento de 40X.
 Na tumefação turva os vacúolos são pequenos. 
 Na degeneração hidrópica a água se encontra compartimentalizada.
ACÚMULO DE PROTEÍNAS
 São menos visíveis que os acúmulos de lipídeos.
 Podem ocorrer porque os excessos são apresentados às células ou porque as células
 sintetizam quantidades excessivas.
	* no rim, quantidades mínimas de albumina filtradas pelo glomérulo são 
	 normalmente reabsorvidas por pinocitose nos túbulos contorcidos proximais.
	* em distúrbios com extravasamento maciço de proteína através do filtro
	 glomerular (ex.:na síndrome nefrótica) ocorre reabsorção muito maior de
	 proteína, e as vesículas contendo proteína se acumulam, resultando na 
	 aparência histológica de gotículas citoplasmáticas hialinas róseas (processo
	 reversível – se a proteinúria diminuir, as gotículas de proteína são metabolizadas
	 e desaparecem).
	* acentuado acúmulo de imunoglobulinas recentemente sintetizadas.
		# pode ocorrer no retículo endoplasmático rugoso de alguns 
		 plasmócitos, formando os corpúsculos de Russell, redondos e
		 eosinofílicos.
	* hialino alcóolico no fígado.
	* emaranhados neurofibrilares em neurônios.DEGENERAÇÃO HIALINA
 Consiste no acúmulo de material proteico e acidófilo no interior das células.
 Pode resultar:
	* da condensação de filamentos intermediários e proteínas 
 	 associadas que formam corpúsculos no interior das células;
	* no acúmulo de material de origem viral;
	* depósito de material hialino constituído por proteínas endocitadas.
Presença de massas translúcidas de 
formas arredondadas, com parte 
central de aparência calcificada.
Acúmulo intracelular de substância hialina. (tecido gengival)
Ao centro, observa-se o corpúsculo de Russel (bem eosinofílico).
Ao redor, nota-se grande quantidade de plasmócitos (cabeças de seta)
E grande quantidade de imunoglobulinas (setas)
Destaque para a parede de uma arteríola.
Observa-se principalmente a camada média,
Constituída de células musculares lisas (setas).
(HE, 200X).
Espessamento da camada média de uma 
arteríola. Observa a grande quantidade de
material hialino (eosinofílico) em substituição
às células (setas). Aqui há maiores quantidades 
de células musculares lisas do que a arteríola
Normal. (HE, 400X).
CORPÚSCULO HIALINO DE MALLORY
 Acúmulo de proteínas encontrado em hepatócitos de alcóolatras crônicos;
 Formado por filamentos intermediários (ceratina) associados a outras proteínas do 
 citoesqueleto;
Também observado na esteato-hepatite não alcóolica, na cirrose juvenil e no carcinoma
 hepato-celular.
Material grumoso hialino no citoplasma de hepatócitos, geralmente visualisável em meio
aos vacúolos lipídicos. Resulta da condensação de filamentos do citoesqueleto por ação tóxica
do álcool. A alteração hialina de Mallory geralmente é observada em ingesta recente e intensa
de álcool.
CORPÚSCULO DE RUSSELL
 Degeneração hialina presente no epitélio tubular renal por endocitose excessiva de proteínas.
 É um acúmulo excessivo de imunoglogulinas em plasmócitos, presente em algumas inflamações
 agudas (salmoneloses) ou crônicas (osteomielites).
Corpúsculo de Russell são gotículas hialinas constituídas por proteína secretada por 
plasmócitos, portanto, imunoglobulinas. São achados comuns em infecções crônicas de
longa duração. São notavelmente homogêneos e eosinófilos, e costumam ser vistos em 
pares, trios ou pequenos cachos.
DEGENERAÇÃO MUCOIDE
 Duas condições conhecidas:
	* hiperprodução de muco por células mucíparas dos trato digestivo e respiratório
	 (células cheias de mucina e pode causar morte celular);
	* síntese exagerada de mucinas em adenomas e adenocarcinomas, que extravasam
	 para o interstício e conferem aspecto de tecido mucoide.
Uma célula em anel de sinete é um tipo de célula maligna observada
 principalmente em carcinomas.
ACÚMULO DE GLICOGÊNIO
 Está associado a anormalidades no metabolismo de glicose ou do glicogênio.
	* DIABETES MELITO: o glicogênio se acumula no epitélio dos túbulos renais,
	 nos miócitos cardíacos e nas células β das ilhotas de Langerhans.
	* acúmulo de glicogênio dentro de células em um grupo de distúrbios
	 genéticos intimamente relacionados: DOENÇAS DE ARMAZENAMENTO DE
	 GLICOGÊNIO OU GLICOGENOSES.
 Doença de McArdle, uma glicogenose do tipo V, doença autossômica recessiva e acarreta a falta da enzima fosforilase muscular para quebrar o glicogênio.
 Acúmulo de glicogênio na forma de vacúolo subsarcolemais.
 Corte corado com PAS (ácido periódico + reativo de Schiff).
DEGENERAÇÃO GORDUROSA (ESTEATOSE)
 É o acúmulo de gorduras neutras (mono, di ou triglicerídeos) no citoplasma de células.
 Lesão comum no fígado, no epitélio tubular renal e no miocárdio. 
	* pode ser observada em músculos esqueléticos, no pâncreas, coração, rim.
 Causada por agressões diversas.
	* aparece quando um agente interfere no metabolismo de ácidos graxos
	 da célula: aumentando sua captação ou síntese ou dificultando sua 
	 utilização, seu transporte ou sua excreção.
	* causas: agentes tóxicos, hipóxia, alterações na dieta e distúrbios metabólicos
ACÚMULO DE COLESTEROL OU ÉSTERES DE COLESTEROL
 O metabolismo celular do colesterol é regulado para assegurar a síntese normal de
 membranas celulares sem acúmulo intracelular significativo.
 As células fagocíticas podem tornar-se sobrecarregadas com lipídeos (triglicerídeos,
 colesterol e ésteres de colesterol) em vários processos patológicos diferentes.
	* ATEROSCLEROSE
LIPIDOSES
 São acúmulos intracelulares de depósitos de colesterol e seus ésteres.
 São localizadas ou sistêmicas.
 Depósitos localizados de colesterol podem ser formados em artérias (ATEROSCLEROSE),
 na pele (XANTOMAS) e em sítios de inflamações crônicas.
ATEROSCLEROSE
 Doença caracterizada por depósitos de colesterol, ésteres de colesterol e em menor
 quantidade de fosfolípídeos e glicerídeos na íntima de artérias de médio e grande 
 calibres.
 Doença multifatorial na sua etiologia.
	* participação de fatores genéticos e ambientais.
 Principal fator de risco: dislipidemia, com aumento de triglicerídeos e colesterol no plasma.
	* outros: hipertensão arterial, tabagismo, diabetes melito, estresse, sedentarismo.
 Depósitos lipídicos tornam-se mais frequentes e com maior potencial de evoluir com
 complicações após a quarta década de vida.
ATEROMA COM ÁREA DE NECROSE GORDUROSA
 Lesões típicas da aterosclerose; apresentam aspectos morfológicos diferentes conforme 
 sua evolução.
ARTERIOSCLEROSE
 Depósitos de colesterol e seus ésteres, lipídeos, proteínas plasmáticas na íntima de
 pequenas artérias.
	* especialmente nos rins de indivíduos com hipertensão arterial.
 É diferente da aterosclerose.
	* os lipídeos depositados, originados no plasma, associam-se a proteínas,
	 formando a lipo-hialinose da íntima.
ARTERIOSCLEROSE
XANTOMAS
 Lesões encontradas na pele sob a forma de nódulos ou placas.
 Quando superficiais, têm cor amarelada.
 Microscopicamente:
	* são formados por acúmulos de macrófagos carregados de colesterol.
- Surgem em pessoas com aumento de colesterol sérico.
PNEUNOCONIOSE
 Doença difusa do parênquima pulmonar causada por inalação de poeira e pela reação
 tecidual ante sua presença. 
	* Inalação de materiais orgânicos e inorgânicos, particulados ou sob forma
	 de vapores.
 As três mais comuns resultantes da exposição à poeira de carvão (ANTRACOSE), 
 sílica (SILICOSE) e asbesto (ASBESTOSE).
	* exposição profissional
PATOGENIA DAS PNEUCONIOSES
 A reação dos pulmões às poeiras minerais depende do tamanho, forma, solubilidade e
 reatividade das partículas.
 A poeira de carvão é inerte e grande quantidade pode ser depositada nos pulmões antes
 da doença ser detectável clinicamente.
 Sílico e asbesto são mais reativos, geram reçãoes fibróticas mesmo em baixas concentrações.
 A poeira inalada é retida pela camada de muco e rapidamente removida dos pulmões 
 pelo movimento ciliar.
PATOGENIA DAS PNEUCONIOSES
 Algumas partículas ficam retidas na bifurcação do ducto alvelolar e são fagocitadas por 
 macrófagos (célula-chave na iniciação e perpetuação da lesão pulmonar e fibrose).
 Diversas partículas ativam a inflamação e induzem a produção de IL-1 (proteína envolvida 
 na ativação ou supressão do sistema imune e na divisão de outras células).
 Partículas mais reativas estimulam os macrófagos a liberar uma série de mediadores
 inflamatórios e iniciam proliferação fibroblástica e deposição de colágeno.
DOENÇA PULMONAR INDUZIDA POR POEIRA MINERAL
Agente agressor
Doença
Exposição
Poeira de carvão
Pneumoconiosesimples dos mineiros de carvão: máculas e nódulos.
Pneumconiosecomplicada dos mineiros de carvão: fibrose maciça progressiva (FMP).
Mineiraçãode carvão
Sílica
Silicose
Jateamento,pedreiras, mineração, corte de pedras, trabalho de fundição, cerâmica.
Asbesto
Asbestose, efusão pleural,placas pleurais ou fibrose difusa,mesotelioma, carcinoma pulmonar e da laringe.
Mineração, moagem, fabricaçãode minérios e materiais,instalaçãoe remoção de isolantes.
ANTRACOSE
Espectrode achados pulmonares nos mineiros de carvão.
 ANTRACOSE ASSINTOMÁTICA:
 # com deposição de pigmento correspondente à deposição de partículas de carbono inaladas 
 e ausência de reação celular perceptível; o parênquima pulmonar é normal.
 PNEUMOCINIOSE DOS MINEIROS DE CARVÃO (PMC) SIMPLES:
 # com acúmulo de macrófagos com pouca ou nenhuma disfunção pulmonar;
 FIBROSE MACIÇA PROGRESSIVA (FMP) caracterizada por fibrose extensa e comprometimento 
 da função pulmonar.
Antracose pulmonar: pigmento de cor negra distribuído
em pequenos focos pelo parênquima pulmonar. 
O pigmento é constituído por pequenos grãos negros,
em parte livres e em parte no citoplasma de macrófago. 
FIBROSE MACIÇA PROGRESSIVA (FMP)
SILICOSE
Doença ocupacional mais prevalente no mundo.
 Causada pela inalação de sílica cristalina em ambientes ocupacionais.
 Quartzo é a forma mais comum implicada na silicose.
 As partículas interagem com células epiteliais e macrófagos.
 Macroscopicamente os nódulos silicóticos são caracterizados por
 nódulos pequenos, dificilmente palpáveis, redondos, pálidos e 
 enegrecidos.
SILICOSE
- 
- Microscopicamente, os nódulos silicóticos demonstram fibras colágenas hialinizadas em
 arranjo concêntrico ao redor de um centro amorfo.
 Aparência em espiral das fibras colágenas é característica na silicose.
 Os nódulos revelam partículas de sílica no centro dos nódulos.
 O parênquima pulmonar adjacente pode estar comprimido, hiperexpandido ou com aspecto
 de favo de mel.
- Podem ocorrer lâminas delgadas de calcificação nos linfonodos.
SILICOSE
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DA SILICOSE
 Em trabalhadores assintomáticos: radiografias com nodularidade nas zonas superiores dos
 pulmões; a função pulmonar normal ou moderadamente afetada.
 Nos estágios avançados: há fibrose maciça progressiva (FMP)
	* hipertensão pulmonar
	* cor pulmonale em consequência da vasoconstrição induzida por hipóxia
	 e destruição do parênquima.
	* curso lento, afeta severamente a função pulmonar e limita a atividade.
 Está associada a maior suscetibilidade à tuberculose.
 Resulta em depressão da imunidade celular mediada por células.
	* inibe a habilidade dos macrófagos pulmonares em matar as micobactérias 
	 fagocitadas.
- É carcinogênica para seres humanos (tema controverso).
ASBESTOSE
 Asbestos são da família de silicatos cristalinos hidratados.
 Incidência elevada de câncer relacionado com o asbesto em membros da família
 de trabalhadores.
 A concentração, o tamanho, a forma e a solubilidade das diferentes formas de asbesto
 determinam se o material inalado causará doença.
 O asbesto pode ficar retido nos pulmões.
	* é solubilizada nos tecidos ou penetra no
	 interstício.
	* são fibrinogênicos.
	* são iniciadores e promotores tumorais.
ASBESTOSE
 Marcada por fibrose pulmonar intersticial difusa.
 Presença de corpos de asbesto.
	* observados como bastonetes marrom-dourados, fusiformes ou frisados
	 com um centro translúcido.
	* possuem material proteináceo contendo ferro.
	* podem ser encontrados em pulmões de pessoas normais (com baixas
	 concentrações e ausência de fibrose intersticial).
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DE ASBESTOSE
Dispneia progressiva (10-20 anos pós-exposição) acompanhada
 por tosse e secreção.
 A doença pode permanecer estática ou progredir para 
 insuficiência cardíaca congestiva, cor pulmonale e óbito.
 Geralmente as placas pleurais são assintomáticas.
 Pode desenvolver carcinoma pulmonar.
PIGMENTAÇÕES
 Pigmento: 
	*substância que tem cor própria, origem e composição química e significado
 biológico diversos;
	* estão distribuídos amplamente na natureza, em células vegetais e animais.
 Pigmentação:
	* é o processo de formação e/ou acúmulo, normal ou patológico, de pigmentos
	 em certos locais do organismo.
Pigmentação patológica: 
	* sinal de alterações bioquímicas.
	* acúmulo ou redução de pigmentos é marcante em vária doenças.
 Pigmentos endógenos:
	* originam de substâncias sintetizadas pelo próprio organismo.
 Pigmentos exógenos:
	* formados no exterior e penetram no organismo por meio das vias respiratória,
	 digestiva ou parenteral.
PIGMENTAÇÕES ENDÓGENAS
 Resultam da hiperprodução e acúmulo de pigmentos sintetizados no próprio organismo.
 Classificação das pigmentações endógenas:
 1) derivadas da hemoglobina (pigmentos biliares, hematoidina, hemossiderina, pigmento;
 malárico, pigmento esquistossomótico);
 2) derivados da melanina;
 3) ácido homogentísico (é um intermediário no metabolismo da tirosina);
 4) lipofucsina (pigmento depositado na célula que serve para detectar o tempo de vida celular).
PIGMENTOS DE HEMOGLOBINA
 BILIRRUBINA:
 * principal pigmento biliar;
 * pigmento amarelo, produto final do catabolismo da fração heme da hemoglobina.
 * Aumento acentuado de bilirrubina não conjugada, particularmente em recém-nascidos
 pode causar:
 # lesão cerebral irreversível;
 # morte;
 # se sobreviver, causa sequelas neurológicas permanentes 
 (icterícia nuclear – impregnação do tecido
 nervoso pela bilirrubina nos núcleos
 cerebrais, cerebelares e do tronco
 encefálico).
PIGMENTAÇÕES ENDÓGENAS
 Distúrbios associados ao aumento da produção de bilirrubina ou defeito hepático na
 remoção do pigmento da circulação resulta na elevação de seu nível no sangue.
	* sinal clínico: icterícia
 # caracteriza-se por deposição do pigmento na pele, na esclera e em mucosas.
 A hiperbilirrubinemia e a icterícia podem ser provocados por:
 * aumento da produção de bilirrubina, como ocorre em anemias hemolíticas;
 * redução na captação e no transporte da bilirrubina nos hepatócitos, que se dá
 por defeitos genéticos);
 * baixa excreção celular de bilirrubina;
 * obstrução biliar (por cálculos ou tumores);
 * combinação de lesões (hepatites e cirrose hepática).
PIGMENTAÇÕES ENDÓGENAS
 HEMOSSIDERINA
	* Pigmento resultante da degradação da hemoglobina e que contém ferro.
	* Uma das principais formas de armazenamento intracelular de ferro
	(participa de diversos processos metabólicos: transporte de oxigênio,
	 síntese de DNA).
 Deposição excessiva de hemossiderina nos tecidos pode ser localizada ou sistêmica.
	* Localizada: em hemorragias, no interior de macrófagos 24 a 48h após
	 início do sangramento (hemossiderose localizada)
HEMOSSIDEROSE SISTÊMICA
 Deposição sistêmica de hemossiderina ocorre por aumento da absorção intestinal de ferro.
	*em anemias hemolíticas e após transfusões de sangue repetidas.
 O pigmento acumula-se nos magrófagos do fígado, do baço, da medula óssea e dos
 linfonodos.
	* mais esparsos na derme, no pâncreas e nos rins.
 Na maioria dos pacientes não há lesão celular suficiente para provocar distúrbio funcional
 nos órgãos afetados.
BIBLIOGRAFIA
- Brasileiro-Filho Geraldo. Boglioto. Patologia Geral. Ed. Guanabara Koogan 2009
- Rubin, Emanuel. Bases Clinicopatológicas da Medicina. Ed. Guanabara Koogan 2002-06
- Robbins, Patologia Básica. 8ª edição. Abbas, Abul K.; Kumar, Vinay; Fausto, Nelson; 
 Mitchell, Richard, N.; Editora Elsevier, 2008. 
- Patologia geral; Organizadora Isabele da Costa Angelo; Pearson; 2016.

Outros materiais