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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DE DIREITO DA VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA ANTÔNIA MOREIRA SOARES, portuguesa, casada, médica, portadora da carteira de identidade nº , inscrita no CPF sob o nº , endereço eletrônico , residente e domiciliada na Rua , CEP: , vem por meio de seu advogado, com endereço profissional da Rua , CEP: , vem a presença de V. Exa. propor a presente AÇÃO DE DIVÓRCIO C/C PARTILHA COM PEDIDO CAUTELAR Pelo procedimento COMUM, em face de PEDRO SOARES, brasileiro, casado, dentista, portador da carteira de identidade nº , inscrito no CPF sob o nº , endereço eletrônico , residente e domiciliado na Rua , CEP: , pelos fatos e fundamentos expostos a seguir: I – DOS FATOS Antônia Moreira Soares, é casada há 30 anos com Pedro Soares. Na constância do matrimônio tiveram dois filhos, Joaquim e Maria das Dores, ambos maiores e capazes, também constituíram um vasto patrimônio, fruto do esforço comum do casal. Ocorre que Antônia descobriu que Pedro está com um relacionamento extraconjugal, razão pela qual resolveu se divorciar. Pedro, após saber da vontade da mulher em não manter o casamento deseja doar seus dois automóveis, marca Toyota, modelos SW4 e Corolla, para sua irmã, Isabel Soares, assim como passou a proferir sucessivos saques em uma das contas conjuntas do casal. Antônia, após ouvir a conversa de Pedro com Isabel, comprova junto ao banco ao qual possuem conta os saques de Pedro. II – DOS FUNDAMENTOS a) DO DIVÓRCIO Após o advento da EC 66 o pedido de divórcio não depende mais de requisitos, se dando de forma direta. O artigo 2º da Lei 6.015 c/c artigo 24 da mesma lei, estabelece que a sociedade conjugal se encerra com o divórcio. Ante o exposto, requer a procedência do pedido para que seja decretado o divórcio do casal. b) DA PARTILHA Considerando os termos do artigo 1.658 do Código Civil, a autora faz jus a metade do patrimônio adquirido pelo casal na constância da união. Requer a procedência do pedido de partilha para determinar que a autora fique com a metade dos bens do casal, que deverá ser apurado. A corroborar com o disposto acima a decisão do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais: MEDIDA CAUTELAR DE SEQUESTRO. PERDA DE OBJETO INEXISTENTE. RISCO. DILAPIDAÇÃO DO PATRIMÔNIO. PROCEDÊNC IA. - O julgamento da ação de divórcio c/c partilha de bens não implica a perda do objeto da medida cautelar de seqüestro de bens, que visa a resguardar os direitos da parte e o cumprimento da sentença proferida na ação principal. - Demonstrado o perigo de dilapidação do patrimônio do casal, deve ser mantido o seqüestro dos bens até que se efetive o registro da partilha procedida nos autos da ação divórcio. (TJ-MG - AC: 10024097300271001 MG , Relator: Al yrio Ramos, Data de Julgamento: 22/05/2014, Câmaras Cíveis / 8ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 02/06/2014) III – DA TUTELA DE URGÊNCIA CAUTELAR O artigo 300 do Código de Processo Civil possibilita que a tutela de urgência seja deferida pelo juiz quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. No caso concreto a probabilidade do direito da autora está consubstanciada no fato de que esta é meeira de todo o patrimônio adquirido na constância do casamento. O perigo de dano, por outro lado também encontra-se presente, pois, como se não bastasse o saque na conta conjunta realizado pelo réu, este pretende doar os veículos do casal para sua irmã. A hipótese de dano também é observada, pois a autora não tem ciência da integralidade do patrimônio adquirido. Ante o exposto, requer o deferimento da tutela de urgência, nos termos no artigo 301 do Código de Processo Civil, para determinar o arrolamento dos bens do casal, impedindo-os de serem transmitidos ou onerados até o final da demanda. IV – DOS PEDIDOS Diante do exposto, reque a V. Exa: 1- Que seja deferida a tutela de urgência, para determinar, de maneira cautelar a indisponibilidade do patrimônio do casal; 2- O deferimento da tutela de urgência de natureza cautelar para que seja realizado o arrolamento de todo o patrimônio do casal; 3- Que seja julgado procedente o pedido para determinar o divórcio do casal; 4- Que seja julgado procedente o pedido de partilha, atribuindo à autora 50% do patrimônio comum do casal; 5- Que seja o réu condenado nas custas processuais e honorários de sucumbência. V – DA OPÇÃO PELA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO A autora informa que não tem interesse na realização da audiência prevista no artigo 334 do Código de Processo Civil. VI – DAS PROVAS A autora pretende provar o alegado com todas as provas admitidas em direito na amplitude do artigo 369 do Código de Processo Civil. VII – DO VALOR DA CAUSA Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (Hum mil reais) VIII – DAS FUTURAS PUBLICAÇÕES E INTIMAÇÕES Requer que as futuras publicações e intimações sejam realizadas em nome do advogado , sob pena de nulidade. Nesses termos Pede deferimento. Local, data. Advogado OAB/UF nº
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