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FACULDADE METROPOLITANA DA AMAZÔNIA CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO RELATÓRIO: PLANO INCLINADO 26/02/2018 Belém–PA 2018 Deborah Porto de Almeida Cardoso Dejane Helena da Silva Miranda Matheus Assunção da silva Roosevelt Francis Lameira do Nascimento RELATÓRIO: PLANO INCLINADO 26/02/2018 Relatório apresentado para a disciplina física experimental, no curso de Engenharia de Produção, da Faculdade Metropolitana da Amazônia - FAMAZ Prof. Tiago Paulo Câncio das Chagas Belém–PA 2018 Sumário Introdução......................................................................................04 Objetivo..........................................................................................05 Materiais Utilizados.......................................................................06 Metodologia....................................................................................07 Resultados e Discussões..............................................................08 Conclusão.......................................................................................14 Referências Bibliográficas............................................................15 Introdução O plano inclinado, possivelmente, é a máquina simples mais antiga do mundo. As civilizações primitivas já utilizavam superfícies inclinadas para subir encostas e transportar cargas em desníveis. Deste tipo de superfície, elevada e inclinada, tem-se como exemplo, a rampa. Pela Lei da Conservação de Energia, a mesma quantidade de energia mecânica é requerida para levantar um dado objeto até certa altura, seja através do plano inclinado ou do plano vertical. No entanto, o plano inclinado permite que o mesmo trabalho seja realizado aplicando-se uma força menor por uma distância maior. A força faz parte de um conjunto de grandezas da física, tais como a velocidade e a aceleração, denominadas grandezas vetoriais, que só ficam determinadas quando estas características são indicadas. Isto significa que, quando duas ou mais forças atuam sobre um corpo, podemos calcular a força total, ou força resultante, somando vetorialmente as forças. Uma única força com o módulo e orientação da força resultante tem o mesmo efeito sobre um corpo em que todas as forças agem simultaneamente. Objetivo Demonstrar os estudos das forças atuantes, determinar a aceleração do objeto, compreender o funcionamento do plano inclinado Kersting, observar a relação matemática entre a aceleração e massa, e por fim, comparar a aceleração real com a aceleração teórica. Material utilizado Plano Inclinado Kersting; Disco de massa (10g/unidade); Carrinho (10g). Fig 1: Plano Inclinado Kersting Metodologia O experimento foi dividido em quatro etapas. Na primeira etapa, o plano inclinado foi elevado 15° acima da horizontal e logo depois o carrinho foi posicionado no plano, cuja massa total era 20g. Sendo 10g procedente do próprio carrinho e outras 10g, a massa referente ao disco de massa, o qual foi acrescentado a ele. Em seguida, este foi liberado no plano. Na segunda etapa, manteve-se o ângulo, e foi acrescentado mais dois discos de massa, ou seja, 20g ao carrinho. Novamente, o mesmo foi liberado no plano. A terceira etapa iniciou-se, com a elevação do plano para 25° acima da horizontal, o carrinho foi colocado sobre o plano com uma massa total de 20g, e foi liberado. Na última etapa o ângulo permaneceu em 25°. No entanto, sua massa foi aumentada para 40g. Logo depois de posicionado, o móvel foi liberado no plano. Resultado e discussões Primeiramente vamos identificar o ângulo em questão: Fig.2: Representação gráfica do movimento. Obedecendo as relações trigonométricas do triângulo retângulo temos: Fig.3: Representação gráfica da posição angular. Matematicamente como pôde-se observar, ângulo ϴ encontra-se em oposição ao ângulo α. Entre a força Py e P. Esta última passa a ser a hipotenusa com seus catetos Py e Px. Fig. 4: Triângulo retângulo em análise individual. P Então segue a representação gráfica da decomposição das forças envolvidas no experimento: Fig. 5: Representação das forças. a onde: A força de atrito, Fat, (oposta ao Px) é desprezada; N é força normal (N); P é a força peso (N); Py é a decomposição da força P (N); Px é também a decomposição da força P (N); E a é a aceleração (m/s2). Deduz-se que a Fresultante (FR) é igual a do sentido do movimento, ou seja, Px. FR = Px Sabendo-se a segunda lei de Newton, conhecida como o Princípio Fundamental da Dinâmica mostra que a força resultante que atua sobre um corpo é resultado da multiplicação da massa do corpo por sua aceleração, conforme a equação: FR = m.a onde: FR = força resultante (N) m = massa do corpo móvel (Kg); a = aceleração do corpo (m/s2). substituindo: Px = m.a No entanto como o Px é o cateto oposto ao ângulo ϴ é possível estabelecer as seguintes relações: Seno ϴ = Cateto Oposto => Senoϴ = Px => Px = P.seno ϴ Hipotenusa P onde: FR = força resultante (N) m = massa (Kg); a = aceleração do corpo (m/s2); g = aceleração da gravidade (m/s2); ϴ = é o ângulo formado pela componente Py com a P. Se “Px = m.a” e “ P = m.g” substituindo teremos: Px = P. seno ϴ m.a = m.g.seno ϴ m.a = m.g.seno ϴ obtém-se: a = g.seno ϴ Tendo desprezado a força de atrito do plano, a resistência do ar, resistência do eixo do carrinho, nível da bancada, pode-se estimar, utilizando apenas a fórmula acima, a aceleração do móvel nas seguintes aplicações: APLICAÇÃO 1 Dados: a = ? g = 9,901m/s2; m = 20 g ϴ = 15º Cálculo 1: a = g.seno ϴ a = 9,901. Seno 15º a = 9,901 . 0,259 a = 2,564 m/s2 Observou-se nos cálculos que a aceleração do móvel, de massa 20g, com aceleração gravitacional de 9,901m/s2, ao ser deslocado de uma superfície inclinada de 15º, obteve-se uma aceleração de 2,564 m/s2. APLICAÇÃO 2 Dados: a = ? g = 9,901m/s2; m = 40 g ϴ = 15º Cálculo 2: a = g.seno ϴ a = 9,901. Seno 15º a = 9,901 . 0,259 a = 2,564 m/s2 Observou-se nos cálculos que a aceleração do móvel, de massa 40g, com aceleração gravitacional de 9,901m/s2, ao ser deslocado de uma superfície inclinada de 15º, obteve-se uma aceleração também de 2,564 m/s2. APLICAÇÃO 3 Dados: a = ? g = 9,901m/s2; m = 20 g ϴ = 25º Cálculo 3: a = g.seno ϴ a = 9,901. Seno 25º a = 9,901 . 0,423 a = 4,188 m/s2 Observou-se nos cálculos que a aceleração do móvel, de massa 20g, com aceleração gravitacional de 9,901m/s2, ao ser deslocado de uma superfície inclinada de 25º, obteve-se uma aceleração 4,188 m/s2. APLICAÇÃO 4 Dados: a = ? g = 9,901m/s2; m = 40 g ϴ = 25º Cálculo 4: a = g.seno ϴ a = 9,901. Seno 25º a = 9,901 . 0,423 a = 4,188 m/s2 Observou-se nos cálculos que a aceleração do móvel, de massa 40g, com aceleração gravitacional de 9,901m/s2, ao ser deslocado de uma superfície inclinada de 25º, obteve-se uma aceleração também de 4,188 m/s2. Tabela 1: Extração dos resultados: Resultados dos Cálculos das Acelerações no Plano Inclinado Aplicação Massa (g) Ângulo (º) Aceleração (m/s2) 1 20 15 2,564 2 40 15 2,564 3 20 25 4,188 4 40 25 4,188 DISCUSSÃO Não houve necessidade de transformar a massa do móvel de gramas (g) para quilogramas (Kg), pois como foi demostrado nos cálculos,a massa independe do movimento. Na equação, ela é anulada. Importante ressaltar que a aplicação é hipotética, considerando o sistema no vácuo e desprezando a força Fat (força de atrito), ou seja, o deslocamento acontece em uma superfície perfeitamente lisa. Conclusão Ao realizar esse experimento, a equipe pode observar como funciona um plano inclinado e como calcular as forças envolvidas, para que se possa utilizar esse conhecimento na prática profissional. Aprendemos a reconhecer cada força atuante sobre o móvel, como a força motora de Px e sua equilibrante força de atrito, componente do peso P perpendicular à rampa, Py e sua equilibrante força normal “N”. E também, determinar a dependência de, Px e Py em função do ângulo de inclinação da rampa e Px e Py em função da massa envolvida e da aceleração gravitacional. Nesse experimento, para se realizar os cálculos, foi desprezada a força de atrito do plano, a resistência do ar, resistência do eixo do carrinho, nível da bancada. Porém, se considerássemos essas circunstâncias a aceleração seria diferente da obtida. Concluímos que mesmo aumentando a massa do carrinho, a aceleração mantém-se constante. Isso prova que a massa não interfere na aceleração no plano inclinado. Entretanto, a aceleração só sofre variação, quando o ângulo do plano varia. E dentro desta observação, pode-se afirmar que, quanto maior o ângulo maior é a aceleração e vice versa. Estabelecendo-se assim, duas grandezas inversamente proporcionais. Referencias Bibliográficas. http://www.sofisica.com.br/conteudos/Mecanica/Dinamica/pi.php http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/plano-inclinado.htm HALLIDAY, David, RESNIK Robert, KRANE, Denneth S. Física 1, volume 1, 4 Ed. Rio de Janeiro: LTC, 1996. Os Fundamentos da Física - Vol. 1 – Mecânica, Ferraro,Nicolau Gilberto / Ramalho Junior,Francisco / Soares,Paulo Toledo, Moderna.
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