leontiyev e consciencia

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Aparecida Ferreira da Silva 
Marina Fagundes
Paulo Henrique de Sousa Paiva
Psicologia Sócio Histórica
Centro Universitário Nove de Julho – UNINOVE
São Paulo
2009
Aparecida Ferreira da Silva RA 908202372
Marina Fagundes RA 908208956 
Paulo Henrique Paiva RA 908206583
Sobre o desenvolvimento Histórico da Consciência
Professora- Simoni de Freitas Silva Marangoni
 Trabalho 
Psicologia Sócia Histórica
Centro Universitário Nove de Julho – UNINOVE
São Paulo
2009
O que Leontiev denomina como consciência para a burguesia?
            
            Como eterna e própria de todos os homens, qualquer coisa de absoluto, sem qualidades e indeterminável. Espaço psíquico particular, condição da psicologia e não o seu objeto. Apresenta-se como uma espécie de iluminação interior, que pode ser mais ou menos forte, podendo extinguir-se (como no caso dos desmaios profundos), possuem propriedades formais que exprimem as leis ditas psicológicas da consciência. Segundo Wundt, consiste em podermos encontrar sempre em nós estados psíquicos.
Como se configura a consciência para a psicologia sócio histórica?
         
         Como determinado pelas relações sociais existentes e pelo lugar que o individuo considerado ocupa nestas relações, processo de transformações qualitativas no decurso do desenvolvimento histórico e social. Resulta de uma relação ação, de uma interação real entre o sujeito material vivo, altamente organizado e a realidade material que o cerca. Não pode aparecer fora da vida e da atividade do sujeito. Obedecem as relações vitais que ela realiza. Consciência é caracterizada pela presença de uma relação interna especifica (relação entre sentido subjetivo e significação).
Como se processar a realidade objetiva em componentes subjetivos?
         Visto que as significações não tem existência fora dos cérebros humanos concretos, não existe qualquer reino de significações independente e comparável ao mundo platônico das idéias. Não podemos opor uma significação lógica e objetiva, a esta mesma significação de um individuo enquanto significação psicológica particular (subjetiva). A diferença é entre o geral e o particular.
O que é processo de significação e de sentido?
         
         Significação é aquilo que num objeto, ou fenômeno se descobre objetivamente num sistema de ligações, de interações e de relações objetivas. É refletida e fixada na linguagem, o que lhe confere estabilidade. É a generalização da realidade que é cristalizada e fixada num vetor sensível, ordinariamente a palavra ou a locução. É a forma ideal, espiritual da cristalização da experiência e da pratica sociais da humanidade. Existe também como fato individual, o homem que percebe e pensa o mundo, esta armado e limitado pelas representações e conhecimentos da sua sociedade, ou seja, significação é a forma sob a qual um homem assimila a experiência humana generalizada e refletida. A significação mediatiza o reflexo do mundo pelo homem na medida em que ele tem consciência deste, na medida em que o seu reflexo do mundo se apóia na experiência da pratica social e a integra. É o reflexo generalizado da realidade elaborada pela humanidade e fixado sob forma de conceitos, de um saber ou mesmo de um saber-fazer. É o reflexo da realidade independente da relação individual ou pessoal do homem a esta.
         Sentido é a relação que se cria na vida, na atividade do sujeito e que se estabelece no decurso do desenvolvimento da atividade que religa concretamente os organismos animais ao meio, é inicialmente biológica e o reflexo psíquico do meio exterior pelos animais é indispensável desta relação. O homem distingue esta relação como sendo sua e toma consciência disso. O sentido consciente é criado pela relação objetiva que se reflete no cérebro do homem, entre aquilo que o incita a agir e aquilo para o qual a sua ação se orienta como resultado imediato, ou seja, traduz a relação do motivo ao fim. Para encontrar o sentido pessoal devemos descobrir o motivo que lhe corresponde. Todo sentido é sentido de qualquer coisa, não há sentidos puros. O sentido faz de certa maneira parte integrante do conteúdo da consciência e parece entrar na significação objetiva. É o sentido que se exprime nas significações (como o motivo nos fins) e não a significação no sentido.
Explique como a produção de sentido necessita se configurar num motivo para a ação?
         
         O sentido da ação é dado por aquilo que liga, na consciência do sujeito, o objeto de sua ação (seu conteúdo) ao motivo dessa ação.  Leontiev mostra que a divisão social do trabalho e a propriedade privada produziram historicamente uma determinada forma de estruturação da consciência humana que se caracteriza pela dissociação entre o significado e o sentido da ação. A ruptura entre o sentido e o significado das ações humanas tem como uma de suas conseqüências o cerceamento do processo de desenvolvimento da personalidade humana. Isso ocorre porque o indivíduo, por vender sua força de trabalho e, em decorrência disso, ter o sentido de sua atividade como algo dissociado do conteúdo dessa atividade, acaba distanciando o núcleo de sua personalidade da atividade de trabalho. O trabalho torna-se algo externo e estranho à personalidade do indivíduo quando, na realidade, deveria a atividade centrar-se em termos do processo de objetivação da personalidade do indivíduo.
Qual relação tem os conceitos de consciência e alienação?
         
         Alienação nos trabalhos de Leontiev é a da criação de obstáculos, por parte da sociedade capitalista, à apropriação da cultura humana pelos indivíduos, ou seja, trata-se da apropriação privada da cultura material e intelectual produzida coletivamente e que deveria constituir-se em patrimônio de todos os seres. Entretanto, dado o regime de acumulação capitalista, indivíduos vêem se impossibilitados de se apropriarem dessa cultura, o que produz as desigualdades entre os seres humanos. Conforme Leontiev, o psiquismo humano estrutura-se a partir da atividade social e histórica dos indivíduos, ou seja, pela apropriação da cultura humana material e simbólica, produzida e acumulada objetivamente ao longo da história da humanidade.