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DIREITO EMPRESARIAL PROFESSOR PAULO ROBERTO BASTOS PEDRO II

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DIREITO EMPRESARIAL PROFESSOR PAULO ROBERTO BASTOS PEDRO II 
DATA 30/01/2018
**Ver em casa contratos e propriedade industrial. Ver também as 50 mais.
Teoria de Empresa
Art. 966 – conceito de empresário.
É aquele que exerce profissionalmente atividade econômica organizada com organização para que existe produção ou circulação de bens ou serviços.
Profissionalismo:
Habitualidade, pessoalidade, monopólio das informações.
O empresário deve ser o detentor de todas as informações da atividade exercida por ele.
Atividade econômica:
É como se chega à atividade. O objetivo é auferir lucro.
Organização:
Capital;
Mão-de-obra;
Insumos;
Tecnologia = know-how.
*Para que é produzido o bem e quem consumirá.
Ex.: Skol beats = público jovem 
Produção de bens:
É a atividade da indústria. O consumidor não pode comprar diretamente do fabricante, viabilizando a concorrência. Quem vende é a concessionária que é responsável pela circulação de bens.
Produção e Circulação de serviços:
É a prestação de serviços e a circulação é a intermediação da prestação de serviços. Ex.: Groupon
Empresário:
Trata-se da pessoa física ou jurídica que irá exercer atividade empresarial nos termos do artigo 966 do CC.
Empresário pessoa física:
Empresário individual – é a pessoa física que explora uma empresa (=atividade), exercendo a sua atividade em plena conformidade com o artigo 966 do CC. Ex. quitanda = venda de hortifrúti
Pode ter empregado e colaborador. 
Problemas estruturais: não possui personalidade jurídica (vide art. 44 do CC), ou seja, não há autonomia patrimonial. Há confusão entre o patrimônio do empresário e da pessoa física. O credor pode alcançar o patrimônio do empresário individual. Ele terá sempre responsabilidade ilimitada, pois não existe sociedade de uma pessoa só.
OBS.: Um empresário individual não possui personalidade jurídica e sua responsabilidade será considerada ilimitada.
O nome empresarial será a firma. 
Empresário pessoa jurídica:
EIRELLE – pessoa jurídica de direito privado – Empresa Individual de Responsabilidade Limitada. 
*O contrato social deve ser realizado pelo advogado.
A EIRELLE está prevista no artigo 980-A. É pessoa jurídica de direito privado e não há confusão patrimonial. Ele terá um único titular, o qual será responsável pela integralização do capital, que tem que ser 100x o valor do salário mínimo (R$95.700,00).
Ex.: Paulo Roberto comercio de hortifrúti EIRELLE ou Comércio de Hortifrúti EIRELLE (nome fantasia) 
OBS.: Só quem tem pessoa jurídica pode usar nome fantasia.
A EIRELLE pode ter como administrador o titular ou um terceiro.
DICA: Aplica-se na EIRELLE as regras da sociedade limitada naquilo que couber. 
EIRELLE a empresa individual de responsabilidade limitada terá um único titular que será o responsável pela integralização do capital que segundo a lei será de pelo menos 100 x o valor do salário mínimo.
O nome empresarial será a firma ou a denominação com acréscimo da expressão EIRELLE.
Aplica-se na EIRELLE as regras da sociedade limitada naquilo que for possível.
Sociedade Empresária
Estabelecimento empresarial artigos 1142 a 1149 do CC
Complexo de bens que o empresário organiza para a sua sociedade. 
O Estabelecimento é o complexo de bens que o empresário organiza para a atividade e o ponto é o local em que a atividade será exercida. 
Compreende o complexo de bens organizados pelo empresário para o exercício da sua atividade. 
O ponto empresarial compreende o local onde será a atividade empresarial exercida.
Universalidade de fato é a empresa em si, concreta, o local.
Universalidade de direito é objeto unitário de negócio jurídico que pode ser na forma translativa (alugar) ou constitutiva (vender).
TRESPASSE EMPRESARIAL é o contrato de compra e venda do estabelecimento empresarial. Há um alienante e um adquirente. 
*Compreende o contrato de venda e compra do estabelecimento. Nesta modalidade o alienante irá transferir ao adquirente o complexo de bens corpóreos e incorpóreos de acordo com aquilo previsto na legislação.
O contrato de trespasse para ter validade, ele tem que ser público. O contrato produz efeitos de forma imediata, mas para os terceiros (credores) ele só será válido após ser arquivado na junta comercial do estado.
No contrato de trespasse teremos o alienante (vendedor) e o adquirente (comprador). Se o alienante tiver dívidas, ele deverá quitar as dívidas de forma antecipada o manter patrimônio suficiente para o pagamento. E em último caso, ele deve obter a anuência (expressa ou tácita) do credor para realizar o trespasse.
O silêncio do credor em 30 dias significa anuência tácita.
Consequência: A alienação irregular é considerada ato de falência. Art. 1045 do CC. 
Quando a falência é decretada em virtude de alienação irregular, ela será considerada ineficaz perante a massa falida e o adquirente se torna o credor quirografário da massa falida, ou seja, não tem garantia nenhuma.
OBS.: O instrumento contratual do trespasse deverá ser arquivado à margem da inscrição destes junto da junta comercial do estado. (Art. 1144 do CC).
O alienante deste contrato deverá permanecer com patrimônio suficiente ao pagamento dos credores, podendo alternativamente obter anuência ou quitar as dívidas antecipadamente. (Art. 1145 do CC)
OBS.: A alienação irregular é considerada ato de falência na forma do artigo 94, III, “c” da Lei nº 11. 101/05.
A sucessão das dívidas do estabelecimento empresarial
A sucessão comum das dívidas
O adquirente é responsável por todas as dívidas contabilizadas, mas o alienante é responsável solidariamente pelo prazo de um ano.
O prazo será contado da seguinte forma:
As dívidas vencidas contados a partir da publicação do trespasse.
As dívidas vincendas são contadas a partir do vencimento da dívida, ou seja, da obrigação.
*Sucessão comum artigo 1146 do CC – o adquirente será o responsável pelo pagamento das dívidas contabilizadas permanecendo o alienante responsável de forma solidária pelo período de um ano contados da publicação do trespasse para dívidas vencidas ou do vencimento destas para as obrigações vincendas.
Sucessão Tributária das dívidas:
Artigo 133 do CTN
O adquirente será o responsável de todo o passivo tributário. Não há solidariedade na sucessão tributária, porém se o fato gerador tiver ocorrido dentro dos seis meses anteriores ao trespasse e a empresa continua atuando o mesmo ramo de atuação ou exerce atividade diversa, a responsabilidade volta ao alienante e o adquirente se torna responsável subsidiário. Se as atividades estiverem se encerrado, a responsabilidade é do adquirente.
*A sucessão tributária nos termos do artigo 133 do CTN, o adquirente será o responsável pelo pagamento de todas as dívidas tributárias existentes. Todavia, quando comprovado exercício de atividade no período de 6 meses por parte do alienante volta este a ser o responsável, ficando o adquirente responsável de forma subsidiária.
Concorrência
A lei prevê que as partes poderão de forma expressa determinar como ocorrerá a concorrência. No entanto, a lei prevê que em caso de omissão, o alienante ficará impedido de concorrer com o adquirente por um prazo de 5 anos.
*Cláusula de concorrência ou de restabelecimento empresarial
*Concorrência artigo 1147 do CC – as partes poderão estipular de modo objetivo como será exercida a concorrência. Todavia, sendo omisso o contrato durante 5 anos não poderá o alienante concorrer com o adquirente.
Ponto empresarial
A lei protege o local onde a atividade empresarial será desenvolvida. O local é importante para a prosperidade do negócio.
Lei de locações – ação renovatória de aluguel é um procedimento judicial que prevê a renovação de acordo com as regras do último contrato. Há requisitos, prazos, forma de defesa e regras para a retomada.
*A proteção conferida pelo legislador para a preservação do ponto empresarial se dá através de instituto denominado de ação renovatória de locação previsto na lei nº 8.245/91 a partir do artigo 51 e seguintes. 
*Açãorenovatória (só para locação comercial) – trata-se de procedimento judicial cujo objetivo será proporcionar a renovação compulsória do contrato de locação pelo prazo do último contrato.
Requisitos:
Necessidade de contrato escrito e por tempo determinado;
O contrato ou a sua soma ininterrupta deverá alcançar prazo mínimo de 5 anos;
O locatário deverá estar exercendo a mesma atividade por pelo menos três anos.
*jurisprudência disciplina que o locatário cujo contrato terminou, mas se manteve no imóvel, será considerado extensão do primeiro contrato.
Lapso temporal para propositura da ação
A lei cita um prazo denominado interregno.
Vencimento do contrato – 31/12/2018
Propositura da ação renovatória deverá ocorrer entre 01/01/2018 a 30/06/2018.
Exceções de retomada
Instituto denominado exceção de retomada são hipóteses legais que permitem a retomada do imóvel pelo locador.
Requisitos:
Reforma do imóvel determinada pelo poder público. Fato do príncipe (necessidade de atender determinação do poder público);
Uso próprio do locador desde que este exerça atividade a mais de um ano e não seja no mesmo ramo de atuação do locatário. Arguição da retomada para uso próprio com atividade diversa da do locatário (vale para o cônjuge e herdeiros);
Uso do cônjuge ou herdeiro do locador nas mesmas condições acima. 
Melhor oferta de terceiro. Quando receber proposta de terceiro superior a paga pelo atual locatário;
Valor oferecido pela locação inferior ao valor de mercado.

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