Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Carboidratos e glicoconjugados Profa. Leonora Rios de Souza Moreira Quitina (N-acetil-D-glucosamina) Peptideoglicano ácido N-acetilmurâmico e N-acetilglucosamina Celulose (Glicose) Donini et al., 2010 Lenhinger 4 edition. Profa. Leonora Rios de Souza Moreira Carboidratos – moléculas mais abundantes da face da Terra Mais de 100 bilhões de toneladas de CO2 e H2O convertidos em biomassa vegetal a cada ano pela fotossíntese Carboidratos - Carbono hidratado - (CH20)n onde n≥3 Monossacarídeos Oligossacarídeos Polissacarídeos Glicoconjugados – Polímeros mais complexos de carboidratos, ligados covalentemente a proteínas ou lipídeos Profa. Leonora Rios de Souza Moreira Carboidratos – múltiplas funções reserva energética = açúcar e amido: base da nutrição humana; oxidação de carboidratos é a principal via energética dos organismos não fotossintetizantes elementos estruturais e de proteção: parede de vegetais e bactérias, exoesqueleto de artrópodes lubrificantes de articulações; matriz extracelular; capa externa do óvulo glicoproteínas e glicolipídios – reconhecimento celular; sinais Importância econômica: papel, madeiras (celulose), roupas (algodão) celofane, celulóide (filmes fotográficos), ágar-ágar, goma arábica Profa. Leonora Rios de Souza Moreira Estrutura e Função de Carboidratos Carboidratos - São as moléculas biológicas mais abundantes e são quimicamente simples com três elementos: Carbono, hidrogênio e oxigênio. (CH2O)n - São poliidroxialdeídos ou poliidroxicetonas, ou substâncias que hidrolisadas geram esses compostos Referência: http://www.sonutricao.com.br/conteudo/macronutrientes/ Profa. Leonora Rios de Souza Moreira monossacarídeos: unidades fundamentais dos oligossacarídeos e polissacarídeos, ex. pentoses, hexoses oligossacarídeos: ex. lactose, sacarose, polissacarídeos: forma na qual ocorrem a maioria dos carboidratos encontrados na natureza. polímeros de alto peso molecular, diferem na composição dos açúcares, nos tipos de ligação, no comprimento e no grau de ramificação da cadeia homopolissacarídeos: amido, glicogênio (armazenagem de energia) celulose (estrutural) heteropolissacarídeos: peptidioglicano (estrutural, parede bactérias) glicosaminoglicanos (estrutural, matriz extracelular ) Profa. Leonora Rios de Souza Moreira Estrutura e Função de Carboidratos Monossacarídeos Duas famílias: aldoses e cetose Classificados pelo número dos átomos de carbono, sendo assim temos: • 3 carbonos – trioses • 4 carbonos – tetroses • 5 carbonos – pentoses • 6 carbonos – hexoses • 7 carbonos - heptoses Profa. Leonora Rios de Souza Moreira Monossacarídeos Aldoses ou cetoses Monossacarídeos mais simples Glicose e frutose: monossacarídeos mais comuns na natureza Aldeído Cetona Profa. Leonora Rios de Souza Moreira Um átomo de carbono com 4 substituintes diferentes = > centro quiral Isômeros Propriedades químicas idênticas ou semelhantes Propriedades físicas e biológicas distintas D-gliceraldeído L-gliceraldeído * * Profa. Leonora Rios de Souza Moreira Estereoquímica Átomos centrais – centros assimétricos ou centros quirais. Centros quirais – Átomo de carbono central que possui 4 ligações diferentes Forma arranjo tetraédrico Profa. Leonora Rios de Souza Moreira Carbono assimétrico ou quiral Isomeria ótica Profa. Leonora Rios de Souza Moreira Estereoquímica Avaliação das moléculas assimétricas Somente pelo plano da luz polarizada (polarímetro) ou por reagentes que também contenham centros quirais. Não há uma relação clara entre estrutura da molécula e o grau ou direção que ela gire. Pela dificuldade da identificação de moléculas quirais se adotou a convenção de fischer. Profa. Leonora Rios de Souza Moreira Isômeros Enantiômeros Profa. Leonora Rios de Souza Moreira Monossacarídeos E para um monossacarídeo assim? 1) Numerar os carbonos 1 2 3 4 5 6 2) Contar os quirais * * * * n quirais = 2n esteroisômeros 3) Quiral mais afastado da carbonila - REFERÊNCIA D-glicose Profa. Leonora Rios de Souza Moreira Uma molécula com n centros quirais pode ter 2n estereoisômeros Estereoisômeros dos monossacarídeos são divididos em dois grupos que diferem na configuração ao redor do centro quiral mais distante do carbono da carbonila Isômeros D e L. Hidroxila do carbono de referencia a direita: D Hidroxila do carbono de referencia a esquerda: L Profa. Leonora Rios de Souza Moreira Isomeria óptica de biomoléculas Carboidratos Monossacarídeos Pelo número de carbonos com centro quiral, calcula o número de estereoisômeros possíveis. 2n = x 24 = 16 Profa. Leonora Rios de Souza Moreira Séries das Aldoses Estrutura dos carboidratos: Monossacarídeos - Fórmula de Fisher Profa. Leonora Rios de Souza Moreira Séries das Cetoses Estrutura dos carboidratos: Monossacarídeos - Fórmula de Fisher Profa. Leonora Rios de Souza Moreira Triose Tetrose Pentose Hexose Todos possuem a hidroxila do carbono quiral mais afastado da carbonila em isomeria D Profa. Leonora Rios de Souza Moreira A maioria dos açúcares ocorrerem naturalmente na forma D Alguns açúcares ocorrem naturalmente como na forma L Exemplo: L-Arabinose L - Arabinose Profa. Leonora Rios de Souza Moreira Monossacarídeos – formas cíclicas Ocorrem em formas cíclicas (anéis): aldotetroses e açúcares com 5 ou mais carbonos Em solução aquosa => carbonila forma ligação covalente com oxigênio da hidroxila Reação entre aldeídos ou cetonas e álcool. Formas cíclicas são energeticamente mais estáveis. Profa. Leonora Rios de Souza Moreira Estrutura cíclica da D-glicose Reação entre o grupo aldeído (C1) e hidroxila (C5) Anéis conhecidos por piranoses Profa. Leonora Rios de Souza Moreira Estrutura cícilica de D-frutose Profa. Leonora Rios de Souza Moreira D-glicose: formas α e β Forma cíclica cria um novo carbono assimétrico Duas formas anoméricas: α e β Interconversão entre as formas α e β =>mutarrotação Carbono da carbonila ou hemiacetal: carbono anomérico Anômero α Anômero β Profa. Leonora Rios de Souza Moreira Estrutura e Função de Carboidratos Monossacarídeos: formação da estrutura cíclica Profa. Leonora Rios de Souza Moreira Hexágono Pentágono Piranoses (6 átomos) e furanoses (5 átomos) Perspectiva de Haworth Profa. Leonora Rios de Souza Moreira Conformações em cadeira e barco Carboidratos de importância biológica Monossacarídeos de importância biológica Profa. Leonora Rios de Souza Moreira Formação de hemiacetais e hemicetais Profa. Leonora Rios de Souza Moreira Carbono anomérico (C1) pode reagir com álcoois (OH). Ligação glicosídica Estrutura e Função de Carboidratos Monossacarídeos são agentes redutores Podem ser oxidado por agentes oxidantes suaves como íon cúprico (Cu2+) • A oxidação ocorre no carbono anoméricoC1 Alguns dissacarídeos ou polissacarídeos podem ser agentes redutores • Desde que o carbono anomérico esteja livre Profa. Leonora Rios de Souza Moreira Estrutura e Função de Carboidratos Glicose é o principal combustível celular. Importância • Nutricional • Controle sobre a absorção e excreção • Controle dos níveis sanguíneos • Doença relacionada: Diabetes melito I ou II Profa. Leonora Rios de Souza Moreira Oligossacarídeos Dissacarídeos Ligação O-glicosídica Profa. Leonora Rios de Souza Moreira Dissacarídeos Regras para nomear um dissacarídeo: 1) Ligação O ou N; O - 2) Configuração α ou β do 1º monossacarídeo α 3) Nome do 1º monossacarídeo - il – não redutor; ose - redutor -D-glicopiranosil 4) Indicação dos carbonos ligantes - (1→ 4) 5) Nome da 2º monossacarídeo - D-glicopiranose Profa. Leonora Rios de Souza Moreira Formação da maltose =>duas moléculas de glicose Ligação glicosídica entre o carbono anomérico do resíduo de D-Glicose C-1 e o carbono C-4 do outro Maltose α-D-glicopiranosil-(1->4)-β-D-glicopiranose Profa. Leonora Rios de Souza Moreira Dissacarídeos Lactose: Ocorre naturalmente no leite. Quando hidrolisado libera D-galactose e D- glicose Açúcar redutor (carbono anomérico livre) Carbono anomérico livre Profa. Leonora Rios de Souza Moreira Dissacarídeos Maltose (α-glicose + β-glicose) Lactose (β-galactose + β- glicose) Sacarose (α-glicose + β-frutose) Trealose (α-glicose + α-glicose) Dissacarídeos não redutores. Por que? Profa. Leonora Rios de Souza Moreira Dissacarídeos comuns Sacarose – dissacarídeo de glicose + frutose Açúcar não redutor (Carbono anomérico envolvido em ligação glicosídica) A sacarose é formada pelos vegetais, mas não pelos animais superiores Principal intermediário da fotossíntese, principal forma na qual o açúcar é transportado das folhas às outras partes das plantas Profa. Leonora Rios de Souza Moreira Trissacarídeo e Tetrassacarídeo Feijão Rafinose Estaquiose Galactose-glicose-frutose Galactose-galactose-glicose-frutose Profa. Leonora Rios de Souza Moreira Referencias bibliograficas Ígor A. N. Donini; Denise T. B. De Salvi; Fabiana K. Fukumoto; Wilton R. Lustri; Hernane S. Barud; Reinaldo Marchetto, Younes Messaddeq, Sidney J. L. Ribeiro. BIOSSÍNTESE E RECENTES AVANÇOS NA PRODUÇÃO DE CELULOSE BACTERIANA. Ecl. Quím, 35 - 4: 165 - 178, 2010. Nelson, D.; Cox, N. Lenhinger Principles of Biochemistry 4 th edition., 2006.
Compartilhar