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AULA 05 Unidade 3 (Casamento)

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casamento
Profª. Msc. Lorena Mesquita Silva Viana
Faculdade Estácio do Pará (Estácio – FAP)
Curso de Graduação em Direito
Disciplina: Direito Civil V
Unidade 03:
Estrutura de conteúdos
Conceito
Natureza Jurídica
Características
Finalidades
Casamento civil e casamento religioso
Esponsais
Formalidades preliminares: capacidade e habilitação
Pressupostos de existência
1. conceito
 Várias definições;
“O casamento é um contrato bilateral e solene, pelo qual um homem e uma mulher se unem indissoluvelmente, legalizando por ele suas relações sexuais, estabelecendo a mais estreita comunhão de vida e de interesses, e comprometendo-se a criar e a educar a prole, que de ambos nascer.” (Clóvis Beviláqua)
1. conceito
 Possível definição:
“Casamento é a união legal entre duas pessoas, com o objetivo de constituírem família.” 
(Carlos Roberto Gonçalves)
 União entre homem e mulher?
 STJ, REsp 1183378-RS.
 Resolução 175/2013, do CNJ, admite habilitação, celebração de casamento civil, ou de conversão da união estável em casamento.
2. Natureza jurídica
Concepção clássica, individualista ou contratualista;
Concepção institucionalista ou supraindividualista;
Concepção eclética ou mista.
3. CARACTERÍSTICAS
Liberdade de escolha (ato pessoal);
Ato eminentemente solene (art. 1535, CC);
Normas de ordem pública
Estabelece comunhão plena de vida
União exclusiva
União permanente
Exige diversidade de sexos. (CNJ, Res. 175/2013)
4. FINALIDADES
Instituição da família matrimonial;
Procriação dos filhos;
Legalização das relações sexuais;
Prestação do auxílio mútuo;
Estabelecimento de deveres;
Educação da prole;
Atribuição do nome ao cônjuge.
5. Casamento civil e religioso
5. Casamento civil e religioso
Casamento civil (art. 1512, CC):
Realizado perante o oficial do Cartório de Registro Civil;
Gratuidade da celebração (art. 226, §1º, CF).
5. Casamento civil e religioso
Casamento religioso (arts. 1515 e 1516, CC):
Validade civil condiciona-se à habilitação e ao registro, produzindo efeitos a partir da data da celebração.
Com prévia habilitação (90 dias)
Com habilitação posterior à celebração religiosa.
6. ESPONSAIS
 Promessa de casamento ou noivado;
 Não há regulamentação legal;
 Não cria nenhum vínculo de parentesco, nem família, tendo, unicamente, o efeito de acarretar a responsabilidade extracontratual.
6. ESPONSAIS
7. Formalidades PRELIMINARES
CAPACIDADE (arts. 1517 a 1520, CC)
 Idade núbil: 16 anos;
 Autorização de ambos os pais;
 Suprimento judicial do consentimento quando a denegação for injusta;
 Regime de separação legal de bens (art. 1641, III, CC).
7. Formalidades PRELIMINARES
CAPACIDADE (arts. 1517 a 1520, CC)
 Admite-se casamento de menores de 16 anos?
 Sim, para evitar a imposição ou cumprimento de pena criminal ou em caso de gravidez (art. 1517, CC).
7. Formalidades PRELIMINARES
CAPACIDADE (arts. 1517 a 1520, CC) 
Ementa: HABILITAÇÃO PARA CASAMENTO - MENOR DE 16 ANOS QUE JÁ RESIDE COM O NAMORADO E PRETENDE CASAR-SE - REGULARIZAÇÃO DE SITUAÇÃO FÁTICA, LEVANDO-SE EM CONSIDERAÇÃO O PADRÃO MORAL ACEITÁVEL NESTES CASOS -- LEGALIZAÇÃO PROGRESSIVA - AUSÊNCIA DE PREJUÍZO.O excesso e a demasia na interpretação da lei levará a menor a acreditar que só poderá casar-se se ficar grávida antes de completar 16 anos - fato, este último, que ocorrerá dentro de cinco meses - e, evidentemente, não foi esta a intenção do legislador. O excessivo apego à lei pode levar a uma injustiça ou a aplicação exacerbada do conceito corrente de justo, que nem sempre coincide com o da regra jurídica. [...] Por que a solução legal seria neste caso a mais adequada? Por que não uma solução que a lei pode não contemplar, mas que pede uma solução mais, digamos, ''humana'', mais afetiva? O lapso de prevalência da regra moral sobre a regra legal seria muito curto. Haverá, no curso de cinco meses, uma ''legalização progressiva'' do que ficou decidido. E poder-se-á, com isso, evitar uma gravidez que viria ""legalizar"" a situação de outro modo, sem dúvida pior. (TJ/MG. Apelação Cível 1.0024.07.757099-2/001. Rel. Des. Edivaldo George dos Santos Julgado em 05/05/2009.)
7. Formalidades PRELIMINARES
HABILITAÇÃO (arts. 1525 a 1532, CC)
 Finalidade: comprovar que os nubentes preenchem os requisitos que a lei estabelece para o casamento.
 O procedimento;
 Documentos necessários (art. 1525, CC).
8. PRESSUPOSTOS DE EXISTÊNCIA
 Diversidade de sexo dos nubentes (ATENÇÃO para a Resolução 175/2013, CNJ);
 Celebração na forma prevista em lei;
 Mútuo consenso dos interessados.
CASO CONCRETO
 Luana tem 14 anos de idade e há seis meses, como consentimento expresso de ambos os pais, reside com Danilo (17 anos), seu namorado há quase dois anos. Ambos resolveram que é hora de casar e seus pais não se opõem ao casamento por entenderem que ambos já compreendem quais são as obrigações matrimoniais. Ao dar entrada no processo de habilitação para o casamento foram informados pelo oficial que seria necessário o procedimento de suprimento judicial da idade. Feito o procedimento, os nubentes tiveram negado o pedido, pois, segundo o juiz da Vara de Registros Públicos, o casamento não preenche os pressupostos estabelecidos em lei para o casamento de quem não atingiu a idade núbil. Explique para os nubentes quais são esses pressupostos e que recurso seria cabível visando a autorização.

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