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CURSO DE INICIAÇÃO PROFISSIONAL – Unidade 3 FICHA TÉCNICA Ministério do Meio Ambiente - MMA Departamento de Produção e Consumo Sustentáveis Raquel Breda dos Santos - Diretora do Departamento de Produção e Consumo Sustentáveis Rivaldo Pinheiro Neto - Gerente de Projeto Apoio Gustavo de Oliveira – Analista Ambiental Departamento de Educação Ambiental Renata Rozendo Maranhão – Diretora do Departamento de Educação Ambiental Nadja Janke – Gerente de Projeto Apoio Ana Luisa Teixeira de Campos – Analista Ambiental Equipe de desenvolvimento do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Conselho Regional Antônio Ricardo Alvarez Alban Diretoria Regional Bahia Leone Peter Correia da Silva Andrade Departamento Regional Bahia Área de Meio Ambiente Edisiene de Souza Correia Núcleo de Inovação e Tecnologias Educacionais Ricardo Santos Lima Coordenação Técnica do Projeto Arilma Oliveira do Carmo Tavares Coordenação Educacional Marcelle Rose da Silva Minho Coordenação de Produção André Luiz Lima da Costa Autores Alexsandro dos Santos Reis Ana Karina da Silva Torres Arilma Oliveira do Carmo Tavares Edisiene de Souza Correia Flávia Bezerra Amorim José Rafael Nascimento Lopes Kátia Goés Macedo de Oliveira Marina Lordelo Carneiro Michelle Cruz Costa Calhau Patrícia Bahia da Silva Thiago Henrique Carvalho do Nascimento Revisão Técnica Alexsandro dos Santos Reis Arilma Oliveira do Carmo Tavares Flávia Bezerra Amorim Geovana Cardoso Fagundes Rocha Marina Lordelo Carneiro Patrícia Bahia da Silva Rosana Uildes Ferreira Benicio da Silva Vanessa de Souza Lemos Revisão Pedagógica Geovana Cardoso Fagundes Rocha Vanessa de Souza Lemos Rosana Uildes Ferreira Benicio da Silva Projeto gráfico e diagramação Fábio Ramon Rego da Silva Revisão Lídia Chagas de Santana Equipe de Ilustradores: Alex Romano Antônio Ivo Daniel Soares Fábio Ramon Leonardo Silveira Ricardo Barreto Vinicius Vidal Este curso foi desenvolvido a partir do Acordo de Cooperação de Pequena Escala, SSFA/BRA-002/2013, celebrado no âmbito do Projeto n° 61-P7 (Brazil Project): "Produção e Consumo Sustentáveis" entre o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - Departamento Regional da Bahia – SENAI/DR/BA para o Ministério do Meio Ambiente – MMA. Departamento de Produção e Consumo Sustentável Ariel Cecílio Garces Pares Coordenação-Geral Rivaldo Pinheiro Neto Equipe do MMA Gustavo de Oliveira Vana Tercia Silva de Freitas Alan Ainer Boccato Franco Adeilton Santos Moura Anísia Batista Oliveira de Abreu CONCEITOS INICIAIS DE CONSUMO SUSTENTÁVEL O padrão de vida socioeconômico é um dos pontos que mais impacta no padrão de consumo das pessoas. Por exemplo, quanto maior o poder aquisitivo, maior consumo que, por sua vez, acarreta aumento no consumo de energia, água e outros elementos naturais o que gera problemas ambientais. Vamos aprender conceitos que nos ajudarão a compreender o consumo sustentável. Consumo e Consumismo Cada vez mais ouvimos nos meios de comunicação as palavras consumo e consumismo. Enquanto o consumo é a necessidade de obter um serviço ou produto para atender a uma finalidade específica, o consumismo não analisa a real necessidade. Cabe destacar que o consumo interage diretamente com a sustentabilidade e pode ser um poderoso instrumento para alcançá-la (COMPERJ). Já o consumismo vem a ser o ato de consumir, em excesso, produtos e serviços que, na maioria das vezes, o consumidor não tem necessidade alguma de adquirir. Muitos de nós não paramos para pensar de que forma compramos, por que compramos e o que pode estar associado ao ato de comprar. Consumerismo A prática do consumismo está presente em nossa sociedade há muito tempo, no entanto, parte da sociedade já tem demonstrado está contrária ao padrão insustentável do consumo. O movimento mais antigo que conhecemos referente à relação do consumo é conhecido como Consumerismo, que se iniciou no final do século XIX, nos Estados Unidos. Foi a partir desse movimento que se originou o Direito do Consumidor, segundo MMA (2005): “... Considerando as imperfeições do mercado e sua incapacidade de solucionar, de maneira adequada, uma série de situações como práticas abusivas, acidentes de consumo, injustiças nos contratos de adesão, publicidade e informação enganosa, degradação ambiental, exploração de mão-de-obra etc., o consumerismo deu origem ao Direito do Consumidor, uma disciplina jurídica que visa estudar as relações de consumo, corrigindo as desigualdades existentes entre fornecedores e consumidores (MMA, 2005)....” No Brasil, as práticas consideradas consumeristas, foram registradas a partir dos anos 80 (SANTOS, 2009). De modo geral esse movimento sugere a seleção, não apenas de produtos, mas de empresas que possuam em seu histórico boas práticas ambientais, sejam socialmente justas com seus funcionários e possuam relações transparentes e éticas com seus clientes. Você Sabia? Existe uma grande organização, a Consumers International, de caráter transnacional, que atua em 115 países e se configura como uma intensa rede de movimentos em defesa dos consumidores. Novas Práticas de Padrões de Consumo A partir da Rio 92 o tema do impacto ambiental do consumo surgiu como uma questão de política ambiental relacionada às propostas de sustentabilidade. Ficou cada vez mais claro que estilos de vida diferentes contribuem de forma diferente para a degradação ambiental (MMA,2005). Diversas estratégias começaram a ser disseminadas através de organizações ambientalistas com o objetivo de sensibilizar os cidadãos da necessidade de mudança de padrão de consumo. Esse movimento gerou uma nova forma de ver e agir e fez surgir as seguintes estratégias: - Consumo verde Nessa estratégia o consumidor busca a compra de produtos que sejam verdes, ou seja, que possuam selos ou que sejam oriundos de empresas responsáveis: “...o consumidor, além de buscar melhor qualidade e preço, inclui em seu poder de escolha, a variável ambiental, dando preferência a produtos e serviços que não agridam o meio ambiente, tanto na produção, quanto na distribuição, no consumo e no descarte final (MMA, 2005). ..” Ao escolher produtos sustentáveis o consumidor tem a possibilidade de valorizar seu poder de compra e influenciar o mercado produtor. Nessa estratégia as empresas investiram em inovação e tecnologia para a produção de produtos verdes. No entanto, esses produtos se tornaram mais caros não atingindo a maioria da população. O consumidor passou a trocar de marcas e continuou a consumir na mesma velocidade, mas, por outro lado, passou a dar preferência a produtos ambientalmente corretos. - Consumo consciente e responsável A proposta do consumo consciente e responsável, também conhecido como consumo ético, é a mudança individual no padrão de consumo considerando não somente o aspecto ambiental, mas, também, o social. Os impactos gerados pela ação de consumir que envolvem a produção, o uso e o descarte dos produtos, também são considerados. O principal ator desse cenário é o consumidor, pois ele será o responsável por essa mudança de paradigma. Ao disseminar essa nova postura, ele passará a receber a denominação de Consumidor Consciente. Esse consumidorse preocupa com suas escolhas, pesquisa informações, analisa o produto e dá preferência por empresas sérias, com responsabilidade ambiental e que sejam socialmente justas, economicamente viáveis e ambiental e socialmente corretas, de acordo com os princípios da sustentabilidade. Saiba Mais Foi elaborado na Rio +20 pelo Instituto Akatu o decálogo do consumo consciente, onde foram elaboradas propostas de produção sustentável. Fonte: AKATU (2012). - Consumo Sustentável O consumo sustentável é uma proposta mais ampla que as anteriores, pois além das inovações tecnológicas e das mudanças nas escolhas individuais de consumo, enfatiza ações coletivas e mudanças políticas, econômicas e institucionais para fazer com que os padrões e os níveis de consumo se tornem mais sustentáveis (MMA, 2005). Dessa forma, precisamos ser consumidores responsáveis e contar com política pública que propiciem a produção sustentável aliada ao direito do consumo com justiça social e sustentabilidade ambiental. Segundo MMA (2005): “Neste sentido, é necessário envolver o processo de formulação e implementação de políticas públicas e o fortalecimento dos movimentos sociais”. O consumo sustentável é resultante da mudança: do pensar, do agir e do sentir. Leva naturalmente a pensar de forma coletiva, a agir de forma sustentável e a sentir socialmente responsável. Pensando na qualidade de vida, valorizando o SER e não o TER, demandando menos recursos naturais, produzindo menos resíduos e proporcionando bem-estar às futuras gerações. No momento em que nós nos percebemos como parte importante desse sistema e assimilamos uma postura consciente, passamos a adotar práticas de consumo sustentável e a buscar influenciar e transformar o meio em que vivemos, para transformá-lo em um ambiente mais equilibrado. DIREITOS E DEVERES DOS CONSUMIDORES Agora estudaremos os nossos direitos e deveres como consumidores, o novo paradigma1 da sociedade de consumo, como é ser um consumidor consciente e a importäncia da cidadania. A construção do padrão consciente de consumo exige relações mais estreitas entre governo, produtores, comerciantes e consumidores em busca de formas alternativas e solidárias de produção, articulando experiências de mercados limpos e justos com o movimento de consumidores. Porém, para que este cenário se constitua, um dos propósitos é que os cidadãos, em busca da cidadania, lutem pela conquista dos seus direitos e que possam legitimá-los. Normalmente o consumo e a cidadania são pensados juntos e o ato de adquirir um bem de consumo segue as forças do mercado que influenciam e direcionam muitas de nossas ações. Para se proteger, o consumidor deve ser crítico, ético e responsável por suas atitudes, ter interesse pelos problemas coletivos, se associar e sempre reivindicar novos direitos. Quando o consumidor, após adquirir um produto, ficar insatisfeito, perceber que foi ou poderá ser lesado, ele poderá agir de duas formas: individualmente, buscando um ressarcimento pelo dano causado ou coletivamente, se possuir informações necessárias para uma análise crítica e perceber que o produto adquirido ou o serviço contratado não é seguro ou traz prejuízos sociais e ambientais, entrando com ação coletiva contra a empresa ou acionando o Ministério Público, ou seja, agindo de fato como um cidadão. Dessa forma, a partir de conhecimentos adquiridos, ele passa a se empoderar para atuar de forma cidadã. Podemos citar como estratégias de empoderamento2 do consumidor (MMA, 2005 adaptado): - Organização de cooperativas ou redes de consumo: permite o consumidor escapar da relação de exploração na esfera do consumo, fortalecendo a percepção coletiva; - Boicote: definido como uma recusa planejada e organizada a comprar bens ou serviços de certas lojas, empresas e até mesmo países; - Rotulagem ambiental: informa sobre os aspectos ambientais de uma empresa, possibilitando o consumidor optar por consumir com responsabilidade socioambiental; - Economia solidária: prática associativa e solidária com valorização da cultura e do ser humano. Os consumidores que consomem bens oriundos da economia solidária estão combatendo a exclusão social. Perceba que no momento em que as insatisfações são identificadas e discutidas coletivamente, temos a possibilidade de contribuir para uma sociedade mais justa. Para 1 Um modelo, padrão a ser utilizado. 2 Adquirir conhecimento, capacitar. assegurar nosso direito enquanto consumidores, várias leis foram elaboradas para garantir o direito do consumidor e garantir uma relação saudável entre as empresas e a sociedade. No Brasil, no início dos anos de 1990, iniciou a vigência da mais importante lei para os consumidores, o Código de Defesa do Consumidor, que institui vários tipos de proteção para quem adquire produtos e serviços no mercado. O documento prevê também padrões de conduta, prazos e penalidades em caso de desrespeito à lei (BRASIL, 2009). Saiba Mais O PROCON – Órgão de Proteção e Defesa do Consumidor atua em todo Brasil e é destinado à defesa dos direitos e interesses dos consumidores e funciona como órgão auxiliar do poder judiciário. Os direitos dos consumidores em geral têm consagração no artigo 6º do Código de Defesa do Consumidor, Lei Nº 8.078, de 11 de Setembro de 1990, sintetizados da seguinte forma (MMA, 2005): • Proteção da vida, saúde e segurança; • Educação para o consumo; • Informação adequada e clara sobre produtos e serviços; • Proteção contra a publicidade enganosa e abusiva e métodos comerciais ilegais; • Proteção contra práticas e cláusulas abusivas nos contratos; • Prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais; • Adequação e prestação eficaz dos serviços públicos em geral; • Acesso à justiça e aos órgãos administrativos e facilitação da defesa em favor do consumidor. Com este código, a pressão política exercida pelos movimentos coletivos dos consumidores conseguiu se organizar de tal forma que passou a influenciar e atuar nas relações de consumo e em algumas decisões do país. Você Sabia? Existe um congresso mundial dos consumidores realizado para discutir direitos desse público. O 20º Congresso Consumers International debateu como os desafios globais oriundos do século XXI. Com atitudes corretas e coletivas, teremos uma sociedade cada vez mais justa em que o consumo se transforma numa prática social, política e ecológica. 3R’S – REDUZIR, REUTILIZAR E RECICLAR Atualmente o termo “resíduo sólido” (a sobra de qualquer material que foi utilizado), tem sido adotado em substituição a palavra lixo que é descrita nos dicionários como algo inútil e sem valor. O termo resíduo sólido, que ganhou força a partir da Lei n° 12.305 de 2010 que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, é considerado como um bem de valor econômico e social, diferente de rejeito que vem sendo aplicado para aqueles materiais que ainda não têm uma alternativa de reaproveitamento e não apresentam outra possibilidade de destinação final3 que não a disposição ambientalmente adequada4. Esses conceitos são primordiais para a aplicação de ações prioritárias na gestão de resíduos sólidos conhecidos como 3R’s: reduzir, reutilizar e reciclar. Vamos estudar cada um deles? Reduzir Para reduzir a geração de resíduos é importante analisarmos nosso padrãode produção e consumo, pois significa consumir menos e de forma consciente (consumo sustentável) e adotar medidas de produção que gere menos resíduo (produção sustentável). Dessa forma, é necessário investimento em educação e treinamento dos empresários, funcionários e da população em geral, visto que exige mudança do comportamento, causado pela falta de informação e atitudes de uma sociedade acostumada com o desperdício. Assim, é importante refletirmos ao fazermos uma compra, pois muitas vezes adquirimos produtos que não precisamos ou utilizamos poucas vezes. Como forma de reduzir a quantidade de resíduos gerados podemos: optar por produtos com maior durabilidade, ao invés daqueles com uma única utilização, dar preferência a produtos pouco embalados ou a granel5, avaliar a necessidade de realizar determinadas compras (para evitar desperdícios), escolher produtos mais concentrados ou compactos, evitar as embalagens descartáveis, sempre que possível (SENAI, 2014). 3 Destinação Final: A destinação final ambientalmente adequada se refere-se destinação de resíduos que inclui a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o aproveitamento energético ou outras destinações, entre elas a disposição final, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos (BRASIL, 2010). 4 Disposição ambientalmente adequada: distribuição ordenada de rejeitos em aterros, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos (BRASIL, 2010). 5 Granel: Usado para resíduo em estado sólido, geralmente granular, que pode ser disposto no piso, geralmente em formato de pilhas. Reutilizar Já reutilizar é a segunda alternativa dos 3Rs e uma ação para aqueles resíduos que não puderam ser minimizados na fonte. De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, a reutilização consiste no “processo de aproveitamento dos resíduos sólidos sem sua transformação biológica, física ou físico-química”. Ou seja, é dar utilidade a produtos (para funções idênticas ou similares) que muitas vezes descartamos por considerarmos inúteis, quando na verdade não são. Alguns exemplos de reutilização são: reuso de garrafa PET para acondicionar outros produtos, folhas de papel com impressão em apenas um lado (pode-se transformar em rascunho), uso de pallets como base para móveis. Reciclar O termo reciclagem se origina da palavra recycle de origem inglesa, a qual significa repetir o ciclo (re = repetir, e cycle = ciclo). A Política Nacional de Resíduos Sólidos ainda acrescenta que reciclagem é “o processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas com vistas à transformação em insumos ou novos produtos”. Por meio da reciclagem os produtos que poderiam ser descartados de forma inadequada podem retomar a origem na forma de matérias-primas, isso proporciona a economia, pois seu processamento geralmente exige menos insumos quando comparados ao processamento para obter materiais originais, além disso, reduz a necessidade de dispor os resíduos em aterros sanitários ou industriais. Saiba Mais Pesquise no site da instituição Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre) boas práticas relacionadas à reciclagem de resíduos. Embora seja um processo importante, o sucesso da reciclagem depende de uma série de procedimentos, como por exemplo, a segregação dos resíduos (plástico, papel, vidro, etc.) na fonte de geração, de acordo com suas características através da coleta seletiva6, pois isso evita custos futuros com a separação, além de contribuir com a melhoria do produto reciclado. Isso ajuda a diminuir os custos com matérias-primas para as empresas e, ao mesmo tempo, a quantidade de resíduos sólidos produzidos pela população. Ao longo dos últimos anos, com a disseminação da coleta seletiva, foi sendo percebido que a segregação do resíduo em muitos tipos nem sempre é necessária, e, por isso, em alguns casos separar o resíduo como reciclável e não reciclável, ou seco e úmido é suficiente. Como exemplos de materiais com potencial para reciclagem podemos citar os papéis e papelões, vidros, metais e plásticos. 6 Coleta Seletiva: coleta de resíduos sólidos previamente segregados conforme sua constituição ou composição (BRASIL, 2010). Como pôde ser observado, essas ações são simples de serem desenvolvidas e podem ser aplicadas por todos nós, seja pela família ou pela empresa. A aplicação dos 3R’s estimula a reflexão sobre o nosso padrão de produção e consumo, visto que isto influencia diretamente na quantidade de recursos naturais consumidos e na quantidade de resíduos gerados. Esses conceitos são importantes e devem ser praticados e disseminados. LOGÍSTICA REVERSA Vimos anteriormente, que os resíduos devem ser retornados para os geradores a fim de que sejam encaminhados para um processo que lhes convertam em produto novamente (reciclagem) ou outra destinação ambientalmente correta. Mas, como retornar esse resíduo para o seu gerador (fabricante)? Será necessário acondicionar, coletar, armazenar e transportar esse resíduo, não é mesmo? Qual será a melhor modalidade de transporte (rodoviário, ferroviário, marítimo...)? E o custo envolvido com essa operação será viável? Essas e outras perguntas fazem parte do sistema de Logística Reversa de um resíduo. A palavra “reversa” é para indicar o “retorno”, ou seja, a Logística Reversa visa garantir o retorno do resíduo sólido para o processo produtivo, como matéria-prima, ou para outra forma de destinação final ambientalmente adequada. Você Sabia? A prática da logística reversa não é recente. Temos como exemplo o retorno das garrafas de vidro de bebidas, como refrigerantes, e do garrafão plástico com água mineral em que ambos são devolvidos vazios em nova compra do produto. Veja a seguir o conceito de Logística Reversa, segundo a Lei Federal nº 12.305, de 2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), em seu Art. 3º: “.. A logística reversa é o instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado pelo conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada (BRASIL, 2010). ..” São muitos os ganhos com a reciclagem e eles são possíveis devido à ajuda da logística reversa. A redução: (i) do consumo de recursos naturais como matéria-prima; (ii) do consumo de energia; (iii) da perda da biodiversidade com a exploração de recursos naturais; (iv) da geração de resíduos sólidos, efluentes e emissões atmosféricas; e do (v) custo de tratamento dos resíduos, podem ser citados como ganhos com a prática de reciclagem. Já os ganhos econômicos, apesar do custo com o sistema logístico, consiste em obter uma matéria prima mais barata. Apesar de todas as contribuições em relação aos ganhos ambientais e econômicos, somente com a PNRS, a Logística Reversa passou a ser considerada e instituída como um instrumento de gestão dos resíduos sólidos. Sendo assim, não somente o governo é responsável pela gestão dos resíduos,mas, também, as empresas e consumidores. A essa responsabilidade pela gestão dos resíduos, dá-se o nome de responsabilidade compartilhada. Observe na figura, a seguir, um modelo de um sistema de logística reversa incluindo a responsabilidade compartilhada. Dessa forma, para que ocorra o retorno do resíduo ao processo produtivo, como matéria-prima, será necessário o envolvimento de todos: consumidor (gerador direto do resíduo), comerciantes, distribuidores, importadores e fabricantes. Todos deverão contribuir para a Logística Reversa! Porém, as prefeituras não têm responsabilidade direta na Logística Reversa, devendo somente apoiar e facilitar, e sendo remuneradas caso assumam alguma etapa. Saiba Mais Para saber mais sobre Logística Reversa, leia a Lei Federal nº 12.305, de 2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). ROTULAGEM AMBIENTAL E SELOS VERDES Os termos rotulagem e selos ambientais, também conhecidos como rotulagem ecológica e selos verdes, estão relacionados com certificação de produtos adequados ao uso e que apresentam menor impacto no meio ambiente em relação a outros produtos comparáveis disponíveis no mercado. Os selos, como também outras atividades dos programas de rotulagem ambiental, servem a uma variedade de propósitos e tem como objetivo um público específico (BARBOZA, 2001). Com o despertar para a relevância das questões ambientais, alguns países desenvolvidos saíram na frente em relação à Rotulagem Ambiental. O primeiro selo verde foi o “Anjo Azul” (Blaue Engel), em 1978, selo do governo alemão, certificava os produtos que eram provenientes de reciclagem, com baixa toxicidade, sem CFC (clorofluorcarbonetos), etc. Os dados indicam que são 3,6 mil produtos certificados para os consumidores (VOLTOLINI, 2010). Proliferaram assim, rótulos e declarações de desempenho ambiental, quer voluntários ou quer obrigatórios. Dessa forma, mesmo com a variedade de rótulos ambientais e a falta de garantia da sua confiabilidade, a rotulagem ambiental se tornou um poderoso instrumento de mercado, pois as empresas que passam a reconhecer as preocupações ambientais ganharam vantagem competitiva e começaram a despertar o interesse do consumidor, sendo diferencial para escolha na hora da compra. Esta iniciativa alcançou grande repercussão e houve a preocupação com a credibilidade e a busca pela imparcialidade. Assim, foram formadas organizações públicas (entidades governamentais) e privadas (entidades independentes) com o objetivo de validar produtos e serviços rotulados. Neste contexto, em 1993 foi criada a série de Normas ISO 14020. Esta série surge como resultado da necessidade de normalizar a relação entre produtos e consumidores, ou seja, as relações B2B (Business to Business)7 a nível internacional. Dessa maneira, além dos rótulos ambientais, os produtores passaram apresentar a metodologia de avaliação e verificação geral, fazendo autodeclarações ambientais de que os seus produtos são ambientalmente orientados, através de instrumento denominado “declaração ambiental” (BARRETO, 2007). A rotulagem ambiental, de acordo com a norma ISO 14020, determinou um conjunto de critérios para avaliar os esquemas de rotulagem ambiental que busca estimular a procura de produtos e serviços através de um conjunto de informações indicativas e relevantes sobre os seus desempenhos ambientais, conforme veremos a seguir: 7Business to Business (B2B): termo que nos conduzem a duas instancias de negócios, duas entidades que tem entre si relações de intercambio de informações, aquisições, negociações, aceites e transação comercial efetivamente conclusa. Rotulagem Tipo I – Rótulos ambientais certificados ou Programas de Selo Verde – ISO 14024 Os Rótulos ambientais (Tipo I) são utilizados por produtos ou embalagens, verificados por uma parte independente da produção ou venda dos produtos, podendo esta ser executada por instituições governamentais, do setor privado ou organizações sem fins lucrativos. Também são conhecidos por programas de 3ª parte que estabelecem critérios de forma independente, proporcionando assim credibilidade e transparência à certificação do processo. Atualmente no Brasil somente de agricultura orgânica são cerca de 20 selos no mercado. Em relação à faixa de consumo de energia dos eletrodomésticos, o país apresentou importantes avanços com o selo “Procel”, por exemplo, do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). Na área de manejo florestal, se instalaram no Brasil algumas das certificadoras internacionais tais como: Forest Stewardship Council (FSC), o maior certificador de mundial, que aqui chama-se Conselho Brasileiro de Manejo Florestal. Todos esses selos são independentes e não sofrem com a desconfiança que existem nos selos autorreguladores ou do Tipo II. No quadro apresentado a seguir, podem ser encontrados alguns dos rótulos ambientais de Tipo I. Selos utilizados no Brasil e sua abordagem Rotulagem Tipo II – Autodeclarações Ambientais - ISO 14021 As Rotulagens Tipo II são conhecidas como “autodeclarações”, são feitas pelos produtores, importadores ou distribuidores, de modo a comunicar informação sobre aspectos ambientais dos seus produtos e serviços. São também chamadas de Programas de 1ª Parte, pois envolvem rotulagem de produtos ou embalagens, declarados diretamente por aqueles que serão beneficiados que geralmente são: fabricantes, varejistas, distribuidores ou comerciantes do produto. Como estas declarações não são certificadas por uma terceira parte independente, a exatidão, a credibilidade e a confiabilidade destas é questionável se comparadas às declarações ambientais Tipos I e III. Esses rótulos ou declarações surgiram no final dos anos 80 e início dos anos 90 e são feitos pela parte que faz a reivindicação ambiental, uma empresa ou instituição, que declara sem verificação independente. Mesmo sem verificação independente, existe a Norma ISO 14021 que “especifica os requisitos para autodeclarações ambientais, incluindo textos, símbolos e gráficos, no que se refere aos produtos. As embalagens utilizam tipos diferentes de selos, um dos mais conhecidos é o símbolo de reciclagem Möbius, como veremos na figura a seguir. O símbolo de reciclagem Möbius é usado para indicar que o produto pode ser reciclado e/ou o percentual reciclagem no produto. Fonte: CEMPRE, 2008. • Rotulagem Tipo III – Declarações Ambientais de Produto (EPDs) A Rotulagem Tipo III ou Declaração Ambiental de Produto (em inglês, Environmental Product Declaration, EPD) é um conjunto de dados ambientais quantificáveis ao longo do ciclo de vida do produto ou serviço, através de diagramas que apresentam indicadores ambientais (aquecimento global, depleção de recursos8, resíduos, entre outros), acompanhados da sua respectiva interpretação, baseados nos Requisitos Específicos para as diferentes categorias de produto. São também chamados de 2a parte, pois não é o próprio produtor, nem uma terceira parte desinteressada da venda do produto quem garante as informações prestadas, mas um grupo de pessoas ou empresas que se reuniu para definir alguns critérios a fim de que os produtos adquiram o selo. Este tipo de rotulagem é definido pela norma NBR ISO 14025, a qual estabelece categorias predefinidas de parâmetrospara a elaboração de declarações ambientais do produto e é normalmente desenvolvida por iniciativa da própria indústria, por associações comerciais, ou por determinados segmentos empresariais que se responsabilizam pelo fornecimento das informações contidas nos selos. Estes rótulos não estão consolidados 8Depleção de recursos: Categoria de impacto ambiental resultante da diminuição da quantidade de recursos naturais provocada pelo seu consumo pelos seres humanos. (ONTOLOGIA, 20--) tecnicamente, pois somente incluem as categorias de impacto que já foram estudadas no âmbito de cada produto e as linhas diretrizes para o estudo do Avaliação do Ciclo de Vida - ACV. Saiba Mais Aprofunde seus estudos sobre Rotulagem Ambiental aplicada às embalagens, visitando o Portal do CEMPRE – Compromisso Empresarial para Reciclagem. COMPRAS SUSTENTÁVEIS Um dos temas prioritários definidos pelo Plano de Ação para Produção e Consumo Sustentáveis é o de Compras Sustentáveis. Dessa forma, você sabe onde e como foi feito o produto que você compra em seu dia a dia? Esta é a pergunta inicial para provocar a sua reflexão sobre o tema. Associado a esta questão, vamos entender o que significa rastreabilidade associado ao conceito de Avaliação do Ciclo de Vida (ACV). Falando em conceitos, a palavra rastreabilidade tem o seu significado vinculado à capacidade de seguir o rastro, a pista, a vida anterior do produto comprado. Este conceito está ligado à Avaliação do Ciclo de Vida, e é a forma do consumidor ou do comprador entender a origem do produto adquirido. Rastreabilidade é um tema muito interessante e já vem sendo trabalhado no Brasil para garantir, por exemplo, a procedência (origem) da madeira através do Documento de Origem Florestal (DOF) e, dessa forma, minimizar o contrabando e o desmatamento ilegal. Outro termo importante que será trabalhado neste capítulo é aquisição. Em organizações privadas ou públicas, esse é o sinônimo mais utilizado para o termo compra. Isto porque, aquisição é mais geral, de entendimento mais amplo, e trata tanto do produto quanto do serviço a ser contratado ou adquirido. Mas afinal, o que é uma compra sustentável? De acordo com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, as compras sustentáveis podem ser encaradas como: “.. Uma solução para integrar considerações ambientais e sociais em todas as fases do processo de compra e contratação dentro de grandes empresas públicas e privadas, visando reduzir impactos sobre a saúde humana, o meio ambiente e os direitos humanos (Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, ...” Para o consumidor, no seu dia a dia, é importante observar o rótulo do produto, pois esse deve conter as informações da empresa e do seu conteúdo; pesquisar sobre a empresa também é uma postura consciente, já que muitas apresentam diversas certificações ambientais, rótulos de projeção internacional e, também, sistemas de gestão reconhecidos pelos seus pares. Por outro lado, é difícil fazer a escolha do produto ou do serviço baseando-se nestes critérios, já que, para o cidadão que também é consumidor, os critérios preço e custo-benefício ainda são os mais importantes, frente à situação econômica atual do Brasil. Ainda assim, o sistema de rotulagem e as certificações são as formas mais eficientes de alertar o consumidor sobre suas escolhas. Compras sustentáveis no setor privado O olhar focado em preço, prazo e qualidade faz parte da interminável jornada do comprador institucional (BETIOL et al., 2012). Neste sentido, ainda segundo os autores, “a aquisição de bens e serviços pode representar mais de 50% dos gastos de uma empresa, podendo ultrapassar a marca dos 80% em setores como o varejo e das indústrias eletrônica e automotiva” (BETIOL et al., 2012). Ou seja, as empresas compram muito! Dessa forma é preciso ter um olhar ambientalmente correto acerca destes processos de aquisição. Um exemplo interessante para aquisições sustentáveis no setor privado, por sua vez, pode ser analisado a partir do exemplo do Selo PROCEL, que apresenta indicadores de consumo de energia elétrica por aparelhos. Este Selo pode contribuir nas compras sustentáveis como um dos requisitos na aquisição de produtos com o consumo de energia dentro das premissas que a empresa deseja seguir. Observe que no setor privado o processo de aquisição é relativamente mais simples, seguindo geralmente o critério de “menor preço”, não incluindo o sistema licitatório observado no setor público. Dessa forma, diversos fatores podem ser levados em consideração dentro das organizações, além do ciclo de vida do produto, a localidade do produto/serviço, o tipo de descarte e tantos outros. Dentro da lógica que atenda aos critérios da sustentabilidade, o setor público (que efetua um grande volume de aquisições anualmente) também começou a aderir às compras sustentáveis, mas com uma nomenclatura diferente: Compras Públicas Sustentáveis (CPS). Compras Públicas Sustentáveis - CPS Por que é tão importante para o setor público realizar compras públicas sustentáveis? De acordo com o ICLEI (2014), “as compras e contratações públicas movimentam entre 10 e 20 % do PIB nos países latino-americanos”, conforme divulgado pela Rede Interamericana de Compras Governamentais. Ainda, segundo a rede, ao constatar os possíveis impactos ambientais e adotar novos conceitos e critérios, “é possível incentivar um desenvolvimento mais sustentável por meio da ampliação de oferta de produtos mais sustentáveis e inovadores pelo mercado” (ICLEI, 2014). De acordo com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão: “.. a prática de CPS permite atender as necessidades específicas dos consumidores finais através da compra do produto que oferece o maior número de benefícios para o ambiente e para a sociedade. São também conhecidas como licitações públicas sustentáveis9, eco-aquisições, compras ambientalmente amigáveis, consumo responsável ou licitação positiva. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão ...” 9Licitação pública sustentável: é uma solução para integrar considerações ambientais e sociais em todos os estágios do processo da compra e contratação dos agentes públicos (de governo) com o objetivo de reduzir impactos à saúde humana, ao meio ambiente e aos direitos humanos. (BIDERMAN, 20_?) Para os fins deste curso, será utilizado o termo Compras Públicas Sustentáveis (CPS), para aquelas que pressupõem: Responsabilidade de consumidor. Comprar somente o necessário. Promover a inovação. Abordagem do ciclo de vida. As compras públicas sustentáveis são um subtema dentro da proposta das compras sustentáveis que merecem um destaque diferenciado, pois, adiciona requisitos especiais nas aquisições, já que são feitas exclusivamente pelo setor público. A única ressalva a ser feita é de que os compradores do setor público precisam cumprir as determinações relativas à Lei nº 8666/1993, que determina a compra através do processo de licitação10, com as aplicações do Decreto nº 7746/2012 que permite a adoção de critérios e práticas de sustentabilidade nas aquisições públicas. Adicionar critérios de sustentabilidade nas aquisições públicas não é mais uma novidadeno mundo e no nosso país, o Brasil, já que vem sendo adotado por alguns estados e até pela federação. Desta forma, amadurecer alguns processos, adotar sistemas de gestão e aliar-se a empreendedores sustentáveis tem sido uma inteligente medida do setor público. Já existem mecanismos para fazer aquisição de serviços e produtos sustentáveis, tanto no setor público quanto no setor privado. Dessa forma, é muito importante amadurecer as normas, criar novos instrumentos legais de controle e quem sabe tornar obrigatório este processo dentro das organizações. 10Licitação: é o procedimento administrativo formal em que a Administração Pública convoca, mediante condições estabelecidas em ato próprio (edital ou convite), empresas interessadas na apresentação de propostas para o oferecimento de bens e serviços. A licitação objetiva garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração, de maneira a assegurar oportunidade igual a todos os interessados e possibilitar o comparecimento ao certame do maiornúmero possível de concorrentes (TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO, 20_?). REFERÊNCIAS AKATU. Akatu propõe novos modelos de negócios na Rio+20. 2012. Disponível em: <http://www.akatu.org.br/Institucional/SalaDeImprensa/Avisos-de-Pauta/Akatu-propoe- novos-modelos-de-negocios-na-Rio20> Acesso em: 18 set 2014. COMPERJ. 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