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TRATAMENTO ENDODONTICO

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA
JEFFERSON BOTELHO ABE
TRATAMENTO ENDODONTICO EM SEssAo (INICA: UM ENSAIO
NA CLiNICA ODONTOLOGICA DA UNIVERSIDADE TUIUTI DO
PARANA
CURITIBA
2012
TRATAMENTO ENDODONTICO EM SEssAo UNICA: UM ENSAIO
NA CLiNICA ODONTOLOGICA DA UNIVERSIDADE TUIUTI DO
PARANA
CURITIBA
2012
JEFFERSON BOTELHO ABE
TRATAMENTO ENDODONTICO EM SESSAO UNICA: UM ENSAIO
NA CLiNICA ODONTOLOGICA DA UNIVERSIDADE TUIUTI DO
PARANA
Trabalho de Conclusao de Curso apresentado ao
curso de Odontologia da Faculdade de Ciencias
Biologicas e de Saude da Universidade Tuiuti do
Parana, como requisito parcial para a obtenc;ao
do grau de Cirurgiao-Oentista
Orientadora: Professora. Camila Paiva Perin
CURITIBA
2012
TERMO DE APROVAI,;AO
JEFFERSON BOTELHO ABE
TRATAMENTO ENDODONTICO EM SEssAo UNICA: UM ENSAIO
NA CLiNICA ODONTOLOGICA DA UNIVERSIDADE TUIUTI DO
PARANA
Esta monografia foi julgada e aprovada para a obten<;:ao do titulo de
Bacharel no Curso de Bacharelado em Odontologia da Universidade
Tuiuti do Parana.
Curitiba, 30 de maio de 2012
Bacharelado em Odontologia
Universidade Tuiuti do Parana
C0.A-~"Lo.- 9~(?~
Orientadora: Prof (a). Mestre Camila Paiva Perin
UTP
Prof. Mestre Andre Luiz da Costa Michelotto
UTP
Prof. Doutor Luciano Loureiro de Melo
UTP
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar agrade90 a Deus, afinal foi 0 Senhor, mais do que
ninguem, que me fez acreditar que era passive1 sonhar e realizar esse sonho. Bern
como me ensinou que as conquistas par mais dificeis que sejam, elas acontecem
no momento certa, basta acreditar e lutar. Obrigada meu Deus par estar ao meu
lado sempre.
Aos meus pais, Haruiti Abe e Lucia Regina da C. Botelho, de voces recebi 0
que tenho de mais precioso, a vida. Nao existem palavras pra definir meu amor e
minha gratidao par voces. Jamais esquecerei de todas as vezes que abriram maDS
de seus sonhos quando as meus estavam em jogo. E fica a sentimento de que a
saudade imposta nos momentos de ausencia naD e maior que a felicidade sentida
neste dia. Arno voces incondicionalmente.
A minha Orientadora Professora Camila Paiva Perin, par toda ajuda,
paciencia e compreensao. Suas palavras sa bias contribuiram muito para meu
crescimento profissional e como pessoa. Dizer obrigado e muito pouco e nao
expressa em plenitude tuda aquila que gostaria. Tenho orgulho em dizer que sou
seu aluno.
RESUMO
o objetivo deste trabalho e estudar, par meio de reviseo da literatura, realizac;;ao de
casas clinicos, proserva<;ao e analise dos dados obtidos, 0 tratamento endodontico
em sesseo lmica.
Realizou-se endodontia em 10 canais em sessao (mica. lodes as canais foram
instrumentados com uma tecnica padronizada, utilizado NaGel a 2,5% como
substancia quimica auxiliar.
Entre 24 e 48 haras ap6s 0 tratamento, os pacientes responderam a urn
questionario sabre dar p6s- operatoria, no qual empregou-se escala anal6gica da
dar. Ap6s realizou-se analise dos casas clinicos e discusseo.
Concluiu-se que 0 tratamento endod6ntico em sessao (mica e uma alternativa viavel
para casos de biopulpectomia e necropulpectomia.
Palavras-chave: Endodontia; Tratamento endod6ntico; Dor pos-operatoria.
ABSTRACT
The objective of this work is study, via, of review literature, conducting cases clinical,
preservation and analysis data obtained, the treatment endodontic in session single.
Was carried out endodontics in 10 channels in session single all canals were
instrumented with a standardized technique and utilized 2.5% NaOel used as
substance chemical auxiliary.
Between 24 and 48 hours after treatment, patients responded a one survey on pain
postoperative, in which we used scale analog of pain. Where we used analog scale
of pain. After analysis was performed of cases clinical and discussion.
1t was concluded that endodontic treatment one session is an alternative for cases
vital pulp and necrotic pulp.
Keywords: Endodontics; Treatment endodontics; pain postoperative.
LlSTA DE ABREVIATURAS E SIMBOLOS
UTP Universidade Tuiuti do Parana
EDTA Acido etileno diamino tetraacetico
................................................................. Lima tipo Kerr
0/0 Porcentagem
EVA Escala anal6gica visual
Naoel .......................................... Hipoclorito de s6dio
SUMARIO
1 INTRODU<;:AO 10
2 REVISAO DE LlTERATURA 12
2.1 PROCESSO DE INSTALA<;:AO DA NECROSE 13
2.2 TRATAMENTO ENDODONTICO EM SESSAO UNICA 14
2.3 VANTAGENS DA SESSAO UNICO 15
2.4 CONTRA-INDICA<;:OES DA SESSAO UNICA . . ... 16
2.5 INDICE DE SUCESSO EM SESSAO UNICA 17
3 SUJEITOS E METODOS 18
3.1 SELE<;:AO DE CASOS.... ...............................• . 18
3.2 PROCEDIMENTOS CLiNICOS REALIZADOS 19
4 CASOS CLiNICOS 21
4.1 RELATO DE CASO CLiNICO 1............... . . 21
4.2 RELATO DE CASO CLiNICO II 22
4.3 RELATO DE CASO CLiNICO III ......................................• . 23
. 244.4 RELATO DE CASO CLiNICO IV .
4.5 RELATO DE CASO CLiNICO V 25
4.6 RELATO DE CASO CLiNICO VI 26
4.7 RELATO DE CASO CLiNICO VII . 27
4.8 RELATO DE CASO CLiNICO VIII . . 28
4.9 RELATO DE CASO CLiNICO IX ... . 29
4.10 RELATO DE CASO CLiNICO X 30
5 ANALISE DOS CASOS CLiNICOSI RESULTADOS 31
6 DISCUSSAO 32
6.1 DOR POS-OPERATORIA ..
6.2 TECNICA DE PREPARO COROA-ApICE ..
. 32
. 33
6.3 CONTAMINA<;:AO DO CANAL RADICULAR ENTRE SESSOES 36
6.4 LOCALIZADOR APICAL PARA ODONTOMETRIA ....................... 35
6.5 IRRIGA<;:AO COM HIPOCLORITO DE SODIO 2.5% ALTERNADO COM
EDTA 17% NO PREPARO QUiMICO MECANICO DE CANAlS RADICULARES .38
6.6 PATENCIA DO FORAME 40
6.7 TECNICA DE OBTURA<;iio CONDENSA<;iio LATERAL. 41
6.8 IMPORTiiNCIA DO SELAMENTO PROVIS6RI0 . 43
6.9 PRESCRI<;iio DE MEDICAMENTOS.. . 44
7 CONSIDERAC;:OES FINAIS .................••.............................................................. 46
REFERENCIAS 47
ANEXO I. ESCALA VISUAL ANALOGICA 57
ANEXO II. TERMO DE CONSENTIMENTO ...............................•.......................... 58
ANEXO III. FICHA CLiNICA 59
ANEXO IV. RECEITUARIO 62
10
1 INTRODUI;:Ao
o principal motivo de tanta controversia, talvez seja a preVeny80 da dar
p6s-operat6ria, no que diz respeito ao profissional, e ao medo da mesma, no que S8
relaciona ao paciente. Como sempre existe uma intima relay80 com a dar, pre-
operat6ria, transoperat6ria ou p6s-operat6ria, sua preven9ao constitui fator de
importancia impar, quando urn dente necessita ter seu sistema de canais tratado
(FAVA,1999).
A evolu\=ao das tecnicas e dos materia is endod6nticos, associada a estudos
bern orientados, vern confirmando a tendencia universal de diminuir 0 numero de
sess6es do tratamento endod6ntico, tanto em dentes com polpa vital, quanta nos
caSDS de polpa mortificada. Nao S8 trata de urn conceito novo, todavia, na maioria
das faculdades de odontologia este tipo de tratamento e apenas citado e nao
indicado. Uma vez que 0 ensino da endodontia e baseado no tratamento em mais
de uma sessao, fica a impressao que 0 tratamento em sessao unica nao se constitui
em uma modalidade aceitavel do tratamento (FAVA & HIZATUGU, 2000).
o tratamento endod6ntico em uma sessao operatoria nao foi exce9ao a
regra, devido a um numero cada vez maior de trabalhos de pesquisa clinica, onde
sao resultados bastante favoraveis, este procedimento e considerado, atualmente,
bem aceita. Desde que realizada dentro de indica96es precisas e especificas
(FAVA, et a/., 2001).
Por isso, muitos profissionais optam pelo tratamento em mais de uma
sessao principal mente quando a dor pre-operatoria esta presente. Afirmam eles que
o traumatismo causado pelo preparo e obtura9ao em uma unica sessao tem
probabilidade de induzir dor pos-operat6ria, a qual, somada aquela ja existente,
desencadeara rea9iio dolorosa severa e desconforto ao paciente
(WEINE, 1997).
Nos casos de vitalidade pulpar 0 tratamento endod6ntico e realizado em
uma unica sessao, mais nos casos de necrose pulpar com ou sem lesao periapical
tem se preconizado 0 tratamento em sess6es multiplas. A necessidade de agilizar a
endodontia no sentido de acompanhar 0 ritmo da vida moderna tende a reduzir um
numero de sess6es sem prejudicar a quaJidade do tratamento, e sem causar
desconforto ao paciente (MILORI, 2003).
II
o objetivo deste trabalho e, por meio de revisao de literatura e
apresentayao de casas clinicos, verificar a efetividade do prepare do canal radicular
e a reduftao da dor em tratamento endod6ntico em uma (mica sessao, au seria
necessaria 0 usa medicamentoso entre as sess6es.
12
2 REVISAO DE LlTERATURA
A terapia Endod6ntica em uma unica sessao S8 popularizou durante a II
Guerra Mundial, devido a limita<;ao do tempo que as dentistas dispunham para
realizar tratamentos. Gradativamente fcram sofrendo altera<;oes tornando 0
tratamento em sessile (mica em urn assunto controverso. Alguns profissionais
contra- indicavam radicalmente a terapia endod6ntica em sessao unica, Qutros eram
adeptos e outros, ainda, aceitavam-na com ressalvas (SATO et a/., 1996).
Uns dos principais objetivos endod6nticos e a eliminac;:ao dos
microorganismos do canal radicular, particularmente, em casas de necrose pulpar e
periodontites apicais (PUMAROLA et a/.,1992). Para que a terapia endodontica
tenha sucesso e necessaria a eliminaC;8o da bacteria e tecidos necr6ticos dos
canais radiculares. No casa de polpa morta passa-se ser a neutraliza9ao, a redu9ao
ou elimina9ao da infec9ao de sistema de canais radiculares. Para obten9ao do
sucesso do tratamento endodontico, e necessario uma c~rreta execu9ao de todas
as etapas operat6rias em que 0 desprezo de um elo poderia significar 0 fracasso do
tratamento. Entao, 0 sucesso do tratamento endod6ntico esta diretamente
relacionado com 0 contrale da infecyao do sistema de canais radiculares
(RASQUIN,1997).
A desinfec9ao completa de sistema de canais radiculares contaminados
ocorre atraves do pre para quimico cirurgico, tendo como objetivo final 0 selamento
hermetico do meio interne com 0 meio externo recolocando 0 dente em fun9ao 0
mais breve possivel (SILVA & BRITTO 2008). Dai 0 objetivo de alguns profissionais
realizarem 0 tratamento endod6ntico em uma s6 sessao. Existe ainda uma grande
polamica quanto a terapia endod6ntica em sessao Llnica. Pois grande maioria dos
profissionais acredita que a manuten9ao dos canais radiculares entre as sess6es e
de suma importancia, para que ocorra a eliminayao de micraorganismos nos casos
de polpa mortificada. Ocorrendo assim a reparayao dos tecidos lesados vivos ou
mortos a fim de manta-los sem presenya de inflama9ao ou infec9ao
respectivamente (SOARES, 2001).
Entretanto Hofheinz (1892) descreveu os criterios essancias para um born
tratamento endod6ntico. Sendo estes:
13
• Acesso direto aD canal radicular;
• AmpliaC;:80 mecanica ate 0 Maximo permitido;
• Medicac;:ao para manter assepsia do canal radicular;
• Preenchimento do canal radicular (obturac;:ao).
o principia fundamental no tratamento das doen98s segundo ele e a
remoc;:ao de sua causa.
Muitos profissionais nao aconselham tratamento em sessao uniea,
acreditando que a trauma causado pela remoC;:8o da polpa, prepare vigoroso e
completa obturac;:ao resultaria em bastante dar pos-operat6ria. Avaliando a dar p6s-
operatoria em 291 dentes tratados em sessao (mica Fox et a/., (1970) observaram
que, ap6s as primeiras 24 haras 90% apresentaram pouca au nenhuma dar
espontanea, e apenas 2% dar severa; 82% dos casos apresentaram pouca ou
nenhuma pericementite, e 5% pericementite severa porem, nao observou a
diferenc;:a estaticamente significa entre a idade do paciente, estado bacteriologico,
posic;:ao anat6mica do dente no arco dental, e tipo de material obturador. Porem
observou-se maior dor pos-operatoria nos dentes sem radiolucidez apical do que
daqueles com radiolucidez apical. Em revisilo de literatura Wolch (1975), considera
que 0 tratamento endod6ntico em (mica sessao deve ser indicado nos casos de
polpa vital e nao vital, no segundo caso quando for possivel realizar completamente
drenagem do exsudato inflamatorio agudo ou cr6nico. 0 mesmo contra-indica 0
tratamento em sessao unica no caso de:
• Abscesso dento-alveolar agudo (caso seja necessario previo alivio da dor
ou edema);
• Dentes multirradiculares (sao casos que exigem maior tempo operatorio).
21 PROCESSO DE INSTALAC;iiO DA NECROSE
o tempo e um fator que desempenha um papel importante na disseminac;:ao
de contaminac;:ao pelo sistema de canais radiculares. Em func;:ao dele passam ser
consideradas duas situac;:6es:
• Necroses com lesao periapical;
• Necroses sem lesao periapical
14
o processo de instala<;8o e disseminayao da necrose e infecyao nao ocorre
muito rapido. Necrose sem lesao periapical e urn reflexo do pouco tempo de
instalay<3o da infecy80 radicular, nao S8 manifestando atrav8S da rarefay80 6ssea
periapical, ale ocorre par segmentos de sistemas de canais, 0 que permite deduzir
em determinado momento que todo esse sistema pode estar recem infectado.
Assim, fica dificil interpretar a inexistencia da lesac periapical como a lesac do
sistema de canais ou do grau de infec<;Elo existente nels. Neste caso 0 tratamento
endod6ntico nao deve estar voltado somente a 8980 na luz principal do canal
(SOUZA, 2003). E consenso na literatura que a terapia endod6ntica encontra
menores indices de sucesso quando diante de casos com lesao periapical. A razao
reside no fato que, nessas situa90es, a dissemina9ao da infec9ao e definitivamente
ocorre pelo sistema de canais, trazendo maior dificuldade na sua eliminac;ao
(SIQUElRA,1997).
2.2 TRATAMENTO ENDODONTICO EM SEssAo UNICA
Uma das maiores raz6es, quem sabe a maior, da nao realiza9ao de
tratamento endod6ntico em sessao unica sempre foi a dor pos-operatoria. Haja visto
que para alguns profissionais a presenc;:a da dor significa um indicio do insucesso,
esse nao deveria ser um motivo de preocupac;:ao. Nao resta duvida que a dor
sempre representara um sinal de alerta, porem a sua presenc;:a no pos-operatorio
nao esta tao intimamente associado ao fracasso da terapia endod6ntica (FAVA,
1994).
Segundo Spang berg (2002), 0 sucesso do tratamento endod6ntico e muitas
vezes mal definido. Dor, pos e trans-operatoria, sao frequentemente usados na
mensura9ao do sucesso ou do fracasso do tratamento endod6ntico. Embora seja
comprovado que a dor que ocorreu durante 0 tratamento nao afeta 0 seu sucesso a
lango prazo. Outro assunto importante refere-se aD conhecimento das doenc;as de
origem endod6ntica. A grande parte dos casos conhecimento e baseado no
conceita de que, apenas duas entidades patologicas distintas existem no tratamento
endod6ntico:
• Os casos de polpa viva (esta inflamada, apenas superficialmente
infectada);
15
• Os cases de polpa necrosada (quando infectada envolve naD somente 0
espayo pulpar mais tambem proporc;oes substancias da dentina circunjacente).
Esta ultima condiy8o muitas vezes agrava-se par urn processo de
destrui980 6ssea peri-radicular. Estas duas condi<;oes distintas sao tratadas
freqOentemente pelos m8smos procedimentos e tern sido lamentavelmente com a
canal radicular. Se alguem e capaz de igualar 0 tratamento destas duas condic;oes
distintas referinda-as como "fazendo urn canal" entaD S8 torna facil entender porque
e tao confuso escolher entre tratar urna ou mais sess6es as doenC;8s de origem
endodontic8. Tern sido estabelecido, em estudos em animais e mesma em
humanos que les6es peri-radiculares S8 desenvolvem resposta a do canal radicular.
Muitos estudos clinicos tem revelado que microorganismos podem ser
isolados de
casos de fracassos da terapia endodontica. Estudos prospectivos bem controlados
em humanos demonstram quem dentes com lesao peri-radicular associada
apresentam um indice de sucesso significativamente inferior do que dentes com
polpa viva. (KAKEHASHI et al., 1965).
Nos EUA, Landers Calhoum (1980), Observou que 91,4% dos
coordenadores de p6s-graduac,;:ao em endodontia, preconizava 0 tratamento em
sessao (mica nos casos selecionados, mais freqlientemente de vitalidade pulpar, os
entrevistados admitiram que a sessao unica resulta a maior incidencia de "flare-ups"
(epis6dio de dor espontanea severa associada a inflamac,;:ao) em dentes com les5es
periapicais, cuja resoluc,;:ao torna-se complicada, uma vez que 0 canal radicular esta
obturado.
2.3 VANTAGENS DA SEssAo UNICA
Segundo Imura (1998) as principais vantagens do ponto de vista biol6gico
sao:
• Impedir a contaminac,;:ao au recontamic,;:ao dos canais pel a micro -
infiltrac,;:ao coronaria;
• Permitir a restaurac,;:ao definitiva imediata, tanto coronaria com instalac,;:ao
de retentores intra-radiculares;
• Melhor controle das variaveis clinica pela familiarizac,;:ao como a
morfologia do canal e pela manutenc,;:ao correta do comprimento de trabalho;
16
• Evitar aCidentes, que pode ocorrer entre as sess6es como fratura de
cuspides ou paredes coronarias.
2.4 CONTRA-INDICA<;:OES DE SEssAo UNICA
Para Imura (1998) as principais contra-indicac;6es do ponto de vista
biol6gico sao:
• Casas de abscessos dento-alveolar agudo, onde apresenta da dar severa
ou edema, resultam na falta de colaboraC;8o do paciente;
• PresenC;8 de hemorragia ou exsudato persistente;
• Falta de treinamento adequado;
• Falta de tempo;
• Falta de pessoal auxiliar treinado;
• Fadiga do operador;
• Fadiga do paciente;
• Casas de retratamento au, complic8goes endodonticas;
• Acidentes durante 0 tratamento que podem elevar ao aumento da
incidencia de dar pos-operat6rio.
2.5 INDICE DE SUCESSO EM SEssAo UNICA
Urn dos fatores importantes para determinar 0 indiee de sucesso e a
periodo de tempo ap6s a finalizaC;;2Iodo tratamento endod6ntico. A reparac;;ao dos
tecidos peri-radiculares e um processo dinamico e e possivel que uma avaliac;;ao
prematura possa incluir dentes nos quais 0 processo de reparo ainda tenha ocorrido
totalmente (BYTSROM et a/., 1987).
Varios fatores podem influenciar no sucesso dos tratamentos endod6nticos,
tais como: as condic;;oes microbiol6gicas dos canais radiculares no momenta da
obturac;;ao; 0 nivel apical da obturac;;ao; 0 tamanho inicial da radiolucidez periapical;
o tempo de proservac;;ao; 0 grupo dentario e os numeros de sessoes requeridas
para 0 tratamento (SJOGREN et a/., 1990). Outros fatores influenciam
negativamente no percentual de sucesso da terapia endod6ntica, dentes eles, a
doenc;;a periodontal, qualidade da restauraC;;2Io coronaria, ausencia de material
17
restaurador, material restaurador, material seiad or tempon3rio e presen98 de nucleo
metalico (RICUCCi et al., 2000).
Nos estudos de Coutinho Filho, Gurgel Filho e Diblasi (1997) avaliaram
clinica e radiograficamente par 18 meses 0 tratamento endod6ntico em sessao
(mica de 80 dentes com necrose e reay80 periapical. Foi observada regressao total
ou parcial da lesao periapical em 72 dentes ( 90%), em urn periodo de 18 meses.
Concluiram ser uma conduta eficaz, desde que seguidos as passos e principios
descritos em seu trabalho.
Para Massone et al., (1989) afirma que nao he agente quimico que destrua
completamente os microorganismos presentes no conduto radicular, enfatizando
que uma tecnica endodontica cuidadosa e uma obtura9ao correta sejam a maior
garantia de resultados clinicos favoraveis. Ressaltam tambem que nao he urn
material restaurador provisorio ideal, e que todos apresentam falhas, havendo
contamina9ao por infiltra9ao marginal via coronaria.
No estudo de Silva & Britto (2008), realizou-se uma tabela com a
compara9ao do pos-operatorio entre pacientes com polpa viva e polpa morta. No
qual analisou 15 dentes para polpa viva, com dor 4 dentes (26,6%), sem dor 11
dentes (73,4%), polpa morta sem lesao, foram analisados 5 dentes, com dor
nenhum dente, sem dor 5 dentes (100%), polpa morta com lesao, foram analisados
3 dentes, com dor 2 dentes (66,67%), sem dor 1 dente (33,33%). Os resultados
obtidos apos realiza9ao deste trabalho foram importantes para despertar 0 interesse
dos novos cirurgi6es dentistas quanto a possibilidade da realiza9ao do tratamento
endodontico em unica sessao, uma vez que a grande maio ria nao faz uso desta
tecnica por falta de conhecimento au inseguran9a quanto ao sucesso deste
tratamento.
18
3 SUJEITOS E METODOS
3.1 SELE<;:iio DE CASOS
Este estudo envolveu pacientes encaminhados para a cHnica odontol6gica
da Universidade luiuti do Parana. Foram realizado 0 tratamento endod6ntico em
sessao unica em dez pacientes selecionados, com avalia9ao analise da dar nos
period os entre 24 e 48 haras ap6s 0 tratamento. A faixa etafia da amostra foi de 18
a 50 anos, de ambos as sexos, na amostra fcram incluidos os pacientes que S8
enquadraram: no questionario padrao da UTP (Universidade Tuiuti do Parana),
com necessidade de intervenyao endodontica em dentes anteriores de polpa vital e
mortificada. Para biopulpectomia (a vitalidade sera analisada com base a aspectos
clinicos e radiograficos, ap6s abertura coronaria, 0 dente com sangramento do
tecido pulpar foi considerado vital) dentes para confirmac;:ao de necrose pulpar, foi
realizado testes de sensibilidade termico (frio e calor). Os criterios de exclusao
foram: pacientes que possuem doenc;:as sistemicas descompensados, gestantes,
casos de abscessos dento-alveolar agudo, onde apresenta da dor severa ou
edema, resultam na falta de colaboravao do paciente. Dez dentes anteriores foram
selecionados, todos tratados em sessao (mica. 0 termo de consentimento livre e
esclarecido foi assinado pelos pacientes e pelos pesquisadores.
3.2 PROCEDIMENTOS CLiNICOS REALIZADOS
Os procedimentos clinicos foram realizados por urn unico operador, todos
os dentes tiveram seus canais instrumentados pela tecnica padronizada coroa-
apice. Iniciou-se com: anestesia, isolamento absoluto, anti-sepsia do campo
operat6rio e abertura coronaria, foram realizados a exploraC;:Bo e os esvaziamentos
dos canais, os dentes foram preparados pela tecnica coroa - apice, utilizando-se
brocas de Gates-Glidden (Dentsply - Mailleler Instruments SA, Ballaigues, Sui~a)
numeros 01, 02 e 03, para 0 preparo do terc;:o cervical. 0 prepare manual do canal
lai leita com limas tipa K (Dentsply - Mailleler Instruments SA, Ballaigues, Sui~a),
para a determinaC;:Bo do comprimento de trabalho fo; estabelecido uma medida de
1,5 mm aquem do apice radicular para todos os casos, por meio do aparelho
19
NovApex (Forum Engineering Technologies). Durante a instrumenta9iio dos canais
empregou-se hipoclorito de s6dio a 2,5% (HEW industria e distribui~ao de produtos
de biosseguran9a Ltda., Campo Magro PR, Brasil) com irriga9iio abundante. Apos a
instrumentayao, a smear layer foi removida com EDTA a 17% (Biodinamica Quimica
e Farmaceutica Ltda., Ibiporii, Brasil) por 5 minutos, seguido de hipoclorito de sodio
a 2,5% e secagem com ponta de papel absorvente. Na obtura<;ao foi realizada uma
tecnica padronizada a de condensa~o lateral, utilizando cone principal, de acordo
com a maxima lima apical e cones acessorios, juntamente com cimento a base de
oxido de zinco e eugenol (Endofill, Petropolis - RJ, Brasil) e seiad os
temporariamente com material restaurador provisorio (IRM, Dentsply, Petro polis -
RJ, Brasil). A palencia do fcrame foram realizado somente nos casas de necrose
pulpar.
Em lodos as casas, para a tecnica anestesica utilizou-se
anestesia troncular
para dentes inferiores e infiltrativa para dentes superiores. Para isto, foi utilizado
mepivacaina a 2% com adrenal ina na concentraC;80 de 1:100.000.
o hipoclorito de sodio a 2,5% foi a substancia quimica utilizada como
auxiliar de instrumentaC;80 no prepare qu[mico-mecanico de todos os dentes
envolvidos.
Apos 0 termino do preparo quimico-medmico, os canais foram preenchidas
com soluC;8a de EDTA a 17% para remoC;3o da smear layer, a qual permaneceu no
canal durante 5 minutas.
Para a analise da dar, fai utilizada a escala visual anal6gica, no momenta
pos-operatorio (entre 24 e 48 horas). A escala de medida consiste em uma linha de
10 cm, na qual pode-se marcar: "nenhuma dor" (referencia zero), "dor moderada"
(referencia cinco) e na outra extremidade e indicada "a pior dar passivel" (referencia
dez). A magnitude da dar e indicada marcando a linha e uma regua e utilizada para
quantificar a mensurac;eo numa escala de 0-100 mm. De acordo com (SOUSA &
SILVA, 2005) este instrumento tern sid a cansiderado sensfvel, simples, reproduzfvel
e universal, ou seja, pade ser compreendido em distintas situa'toes onde ha
diferenc;as culturais ou de linguagem do avaliador, clinico ou examinador.
A incidencia da dor apos 0 tratamenta endodontico em sessea unica, foi
classificada a partir do relato subjetivo dos pacientes nos periados entre 24 e 48
haras, em quatro niveis:
20
1. Oar ausente: nenhuma SenS8yaO de dar au desconforto; dente
apresentando- S8 como os Qutros normais;
2. Dar leve: de intensidade discreta e quando nao houve necessidade de
uso de analgesico por parte do paciente para alivio da dor;
3. Dar moderada: quando 0 usa de analgesico par parte do paciente toi
necessaria, sendo 0 mesmo eficiente para 0 alivio dos sintomas, ( toi prescrito e
orientado a tamar analgesico, como a Paracetamol 750mg de 6 e 6 haras,
enquanto apresentava-se algum tipo de dor);
4. Dar Intensa: dar forte que nao cessou apenas com analgesico, levou 0
padente a entrar em oontato com 0 profissional para solicitar orienta90es e impediu
a func;ao mastigatoria.
4 CASOS CLiNICOS
21
No estudo presente foi apresentado dez casas cHnicos realizados na clinica
odontol6gica da UTP (Universidade Tuiuti do Parana) de dentes com polpa vital e
mortificada, todos realizados em sBssao Lmica.
Cad a caso clinico terao anexos aos resultados e repercuss6es p6s-
operat6rias ocorridas.
4.1 RELATO DE CASO CLiNICO I
PACIENTE N. F., 40 anos, sexo masculino, compareceu na clinica
odonto16gica da universidade Tuiuti do Parana, sua principal queixa era 0
escurecimento do elemento dental 12. a mesma relatou que havia sofrido urn
acidente de mato a cinco anos atras. Ap6s a relata fo; iniciado anamnese, exame
clinico e radiografica. Com base no diagnostico e planejamento protetico, houve a
necessidade da intervenc;:ao endodontica em sessao unica, para necrose pulpar.
Radiografia inicial Radiografia final
Ap6s a intervenc;:ao endodontica, 0 paciente relatou que nao houve nenhum
tipo de dar ou desconforto nos period os entre 24 e 48 horas. Na escala visual
anal6gica (EVA) teve classificayao como zero. Nenhum medicamento foi prescrito.
4.2 RELATO DE GASO GLiNIGO II
22
Paciente L. G. S., sexo feminin~, 49 anos, esteve presente na clinica de
odontologia da Universidade Tuiuti do Parana, sua principal queixa era dar
espontanea no elemento dentario (11). Apos 0 relato foi iniciado anamnese, exame
clinico e radiografico, alguns testes fcram realizados tais como: teste de vitalidade
(negativo), teste de percussao e palpa9ao (negativo), sem presen9a de fistula e
lesac periapical, sendo assintomatico por algumas semanas. Com base no
diagnostico houve a necessidade da intervenc;ao do tratamento endod6ntico em
sessao (mica, para necrose pulpar.
Radiografia inicial Radiografia final
Ap6s a intervenc;ao endod6ntica, a paciente relatau que nao houve nenhum
tipo de dar au desconforto nos periodos entre 24 e 48 haras. Na escala visual
analogica (EVA) leve classifica9ao como zero. Nenhum medicamento foi prescrito.
4.3 RELATO DE CASO CLiNICO III
23
PACIENTE R. A., 35 anos, sexo feminino, compareceu na clinica
odontol6gica da universidade Tuiuti do Parana, sua principal queixa era 0
escurecimento do elemento dental 21, assintomatico. A mesma relatau que havia
sofrido urn acidente a dais anos atras, ap6s anamnese, exame clinico e
radiografico, constatou-se uma lesao periapical, no qual houve urn planejamento
para 0 tratamento endodontico em sessao unica, para necrose pulpar.
Radiografia inicial Radiografia final
24
Ap6s a interven<;aoendod6ntica, a paciente relatou que nao houve nenhum
tipo de dor ou desconforto nos periodos entre 24 e 48 horas. Na escala visual
anal6gica (EVA) teve classifica980 como zero. Nenhum medicamento foi prescrito.
4.4 RELATO DE CASO CLiNICO IV
PACIENTE C. A., 40 anos, sexo masculino, compareceu na ciinica
odontol6gica da universidade Tuiuti do Parana, sua principal queixa era em relayao
a estetica do dentes anteriores. Apes 0 relata foi iniciado anamnese, exame clinico
e radiognHico. Com base no diagnostico 0 tratamento endod6ntico e planejamento
protetico foi indicado, foi realizado endodontia dente 21 em sessao (mica, para
biopulpectomia.
Radiografia inicial Radiografia final
25
Ap6s a interveny80 endod6ntica, 0 paciente relatou que nao houve nenhum
tipo de dor ou desconforto nos periodos entre 24 e 48 horas. Na escala visual
anal6gica (EVA) teve classifica9ao como zero. Nenhum medicamento foi prescrito.
4.5 RELATO DE CASO CLiNICO V
PACIENTE C. A., 40 anos, sexo masculino, compareceu na clinica
odontol6gica da universidade luiut; do Parana, sua principal queixa era em relar;ao
a estatica do dentes anteriores. Ap6s 0 relata fo; iniciado anamnese, exame clinico
e radiogr8fico. Com base no diagnostico 0 tratamento endodontico e planejamento
protetico foi indicado, fo; realizado endodontia do dente 13 em sessea unica, para
biopulpectomia.
Radiografia inicial Radiografia final
Ap6s a intervenc;ao endod6ntica, 0 paciente relatou que nao houve nenhum
tipo de dor ou desconforto nos periodos entre 24 e 48 horas. Na escala visual
analogica (EVA) teve classifica~o como zero. Nenhum medicamento fol prescrito.
4.6 RELATO DE CASO CLiNICO VI
26
PACIENTE G. L., 40 anos, sexo feminin~, compareceu na clinica
odontol6giea da universidade Tuiuti do Parana, sua principal queixa era a
escurecimento do elemento dental 21 e 22, sendo assintomatico. A mesma relatou
que havia sofrido urn trauma, apas anamnese, exame clinico e radiografico
constatou-se uma lesac no apice, no qual houve urn planejamento para a
tratamento endodontico em sessao unica, para necrose pulpar.
Radiografia inicial Radiografia final
27
Ap6s a intervenc;:ao endod6ntlca, a paciente ralatau que naD houve nenhum
tipo de dor ou desconforto nos periodos entre 24 e 48 horas. Na escala visual
anal6gica (EVA) teve classifica,ao como zero. Nenhum medicamento foi prescrito.
4.7 RELATO DE CASO CLiNICO VII
PACIENTE C. A" 40 anos, saxe masculino, compareceu na clinica
odontol6gica da universidade Tuiuti do Parana, sua principal queixa era em rela,ao
a estetica do dentes anteriores. Ap6s 0 relato fol iniciado anarnnese, exame clinico
e radiografico. Com base no diagnostico 0 tratamento endod6ntico e planejamento
protetico fol indicado, fol realizado endodontia do dente 23 em sessao unica, para
biopulpectomia.
Radiografia inicial Radiografia final
Ap6s a intervenc;:ao endod6ntica, 0 paciante ralatau que naD houve nenhum
tipo de dar ou desconforto nos periodos entre 24 e 48 horas. Na escala visual
anal6gica teve classificac;:ao como zero. Nenhum medicamento fol prescrito.
28
4.8 RELATO DE CASO CLiNICO VIII
Paciente C. V., sexo feminin~, 21 anos, esteve presente na clinica de
odontologia da Universidade Tuiuti do Parana, a mesma apresentou uma carta de
encaminhamento da unidade de sauds, para a solicita'1ao do tratamento
endod6ntico de dente 21. Apos a relata tal iniciacto anamnese, exame clinico e
radiografico. Com base no diagnostico e a pedido da mesma, fai realizado 0
tratamento endod6ntico em sessao unica, para biopulpectomia.
Radiografia inicial Radiografia final
Ap6s a intelVenyao enctod6ntica, a paciente relatou que houve urn tipo de
dar e desconforto nos periodos entre 24 e 48 haras. A mesma classificou na escala
visual anal6gica da dar (EVA), como: dar moderada, no qual foi prescrito
paracetamol de 6 em 6 haras, durante tres dias.
29
4.9 RELATO DE CASO CLiNICO IX
Paciente N. P., sexo feminino, 55 anos, esteve presente na clinica de
odontologia da Universidade Tuiuti do Parana, a mesma apresentou uma carta de
encaminhamento da unidade de sauda para a solicita9ao do tratamento
endodontico de dente 43. Ap6s 0 relato foi iniciado anamneS8, exame c1inico e
radiogritfico. Com base no diagnostico e a pedido da mesma, foi realizado 0
tratamento endod6ntico em sessao unica, para necrose pulpar.
Radiografia inicial Radiografiafinal
Apos a intervenc;ao endod6ntica, a paciente relatau que nao houve nenhum
tipo de dor ou desconforto nos periodos entre 24 e 48 horas. Na escala visual
anal6gica teve classific89BO como zero. Nenhum medicamento foi prescrito.
4.10 RELATO DE CASO CLiNICO X
30
Paciente D. R.t sexo masculino, 31 anos, esteve presente na clinica de
odontologia da Universidade Tuiuti do Parana, 0 mesma apresentou uma carta de
encaminhamento da unidade de saude, para a solicita9iio do tratamento
endod6ntico de dente 11. Apos 0 relata foi iniciado anamnese, exame clinieD e
radiografico. Com base no diagnostico e a pedido do mesma, foi realizado 0
tratamento endod6ntico em sessao (mica, para necrose pulpar.
Radiografia inieial Radiografiafinal
Ap6s a intervenC(3.o endod6ntica, 0 paciente relatou que naQ houve nenhum
tipo de dor ou desconforto nos periodos entre 24 e 48 horas. Na escala visual
anal6gica (EVA) teve classifica<;ao como zero. Nenhum medicamento foi prescrito.
31
5 ANALISE DOS CASOS CLiNICOSI RESULTADOS
Levando-se em considera<;:Bo as resposta dos dez pacientes entrevistados
podemos observar os relatos pertecentes aos aspectos levantados no questionario
padrao utilizado (EVA).
Considerando a condic;ao p6s-operatoria dos entrevistados, expressaram nos
resultados que a incidencia em que advogam e consideram licito realizar 0
tratamento endod6ntico em sessao (mica.
Ap6s 0 prepare biomecanico, apenas urn paciente relatau dar pos-operat6ria
significativa, sendo no caso de polpa viva (Tabela 1). No qual foi prescrito e
orientado sabre 0 usa do paraeetamal (750mg) de 6 em 6 haras, durante 3 dias.
Tabela 1- Comparayao do pos-operat6rio entre pacientes com polpa viva e morta,
sem patencia do fcrame. Nos periodos entre 24 e 48 haras.
Condi~iio Pulpar Quantidade de Com dar pes- Sem dor pos-
dentes operatorio operatorio
10
POLPAVIVA 4 1 3
POLPAMORTA 6 0 0
32
6 DISCUSSAO
A discussao sera apresentada em nove tapicos distintos. Essa divisao visa
a tarnar mais clara a leitura e compreensao dos temas abordados neste estudo.
6.1 DOR P6S-0PERAT6RIA
Massone (1989), Alraves de suas pesquisas, publicou resultados de um
estudo clinico sabre 600 cases de tratamendo endodontico realizados em sesseo
(mica, em que concluiu que nao houve direfenya significante nas manifesta<;oes
dolorosas pos-operatorias de pol pas inflamadas ou neerolicas. Afirmou que
independentemente do estado pulpar, uma tecnica endodontica Guidadosa e uma
obturayao correta sao garantias de resultados clinicos favoraveis, pais nao existe
nenhum agente quimico que destrua completamente as microorganismos presentes
no canal radicular.
Estudos realizados avaliaram 0 p6s-operat6rio de dentes tratados em uma
ou em varias sessoes, concluiram que nao existia diferenc;:a estatisticamente
significante entre os dois casas, ou seja, a dar pos-aperatoria naa era maior parque
o tratamento era leito em uma sessiio apenas, (lMURA et al., 2004).
No estudo de Albashaireh & Alnegrish (1998) os autores concluiram que:
A maioria das dares pos-obturac;:ao, tanto em sessao (mica como em
varias visitas, acorreu nas primeiras 24 horas apos obturacaa e diminuiu
posteriormente;
A diferenc;:a estatistica na incidemcia da dar foi demonstrada entre duas
tecnicas onde 38% dos pacientes do grupo de multiplas visitas tiveram dor durante
as primeiras 24 horas em contraste de 27% do grupo de pacientes de sessao (mica.
Fox et al ., (1970) em pesquisas trataram 291 dentes em sessiio unica,
avaliando-os no dia seguinte ao tratamento, no segundo dia e sete dias ap6s. Dor
severa ocorreu em apenas 2% dos casas. Alem disso as autores abservaram que
dentes que foram sobre instrumentados tiveram dar pos-aperatoria maior I e
tambem naa hauve diferenc;:a significante na dar entre dentes vitais au nao vitais.
33
Roane e/ al., (1983), Em suas pesquisas, avaliaram a dar p6s-operatoria
de dentes tratados em sessao (mica e em sess6es multiplas. A decisao de tratar 0
case em uma ou mais sess6es era baseada apenas no tempo disponivel para 0
tratamento e nunca na vitalidade, sintomas clinicos au patologia apical. Foram
completados 250 casas em sessao (mica e 109 em multiplas sess6es. Oeste total
153 tinham vitalidade pulpar e 206 naD tinham. Em relaltao ao numero de visita,
nos casas de multiplas sessoes, as indices de dor pos-operatorias foram maiores.
Motta et a/., (1983) Afirma, no que diz respeito a dar p6s-operat6ria ap6s
tratamento em sessao unica, trataram 54 dentes em uma sessao e 35 dentes com
obturayao mediata, constatando nao existir diferenQ8s estatisticamente significante
nos dois casos (tanto nos dentes com polpa vital como nos dentes nao vita is). 0
autores dizem que "toda vez que os principios biol6gicos forem obedecidos,
teremos 0 sucesso endod6ntico independente do numero de consultas realizadas".
Soltanoff (1978), realizou um trabalho de pesquisa em que 0 tratamento
endod6ntico em uma sessao foi feito em 135 dentes e, em multiplas sessoes, em
outros 195 dentes. Obteve um resultado de 46% de ausencia de dar nos
tratamentos realizados em sessao unica, e de 62% em sess6es multiplas.
Posteriarmente, Bombana (2000), critica a conduta de realizar tratamento
endodontico em sessao unica, em casos de polpa morta e ate mesmo para alguns
casos de polpa viva, parque, para ele, 0 respeito ao fator biol6gico do paciente e
necessario, e, para isto, deve-se colocar medicac;:ao intracanal, na maiaria dos
casos, para favorecer a reparac;:ao.
E interessante notar que mesmo a dor mais severa nao e fracasso ou
prenuncio de fracasso tratamento. Nao havendo intercorrencias, como por exemplo,
contaminac;:ao do canal, desaparecida a reac;ao infiamat6ria, havera raparo. Assim
cientificamente, nada contra-indica 0 tratamendo endodontico em sessao unica
(BENATTI,1982).
6.2 TECNICA DE PREPARO COROA-ApICE
E indiscutivel que a endodontia, nesses ultimos anos, apresentou grandes
avanc;:os no que diz respeito aos materias e tecnicas de prepare e obtura9ao dos
canais radiculares. A fase do prepare quimico-mecanico representa umas das
34
eta pas mais importantes da terapia endod6ntica, cnde e realizada a modelagem e
desinfecltao dos condutos. Durante a instrumenta~ao de canais curv~s, mudany8s
significativas podem ocorrem em sua anatomia interna dependendo da tecnica e
instrumentos utilizados em seu preparo. Por esta razac, tem-S8 lanc;ado no mercado
instrumentos cada vez mais flexfveis, capazes de acompanhar a curvatura dos
canais. Atualmente a
instrumentac;ao automatizada faz parta da rotina do
especialista. Apresenta como algumas vantagens: reduc;ao acentuada do tempo de
trabalho e diminui9ao da fadiga, do operador e do paciente. E contra-indicado: em
canais radiculares portadores de curvaturas muito abruptas e acentuadas (L6PEZ,
2007).
A tecnica de instrumenta~ao coroa-apice, consiste no preparo previa do
ter~o cervical, com alargamento progressivo no sentido apical. Essa manobras traz
algumas vantagens; como reduc;ao na formac;ao de degraus e devies ou fraturas de
instrumentos, alem de favorecer 0 preparo e a limpeza do terc;o media e apical,
devido a uma maior facilidade de penetrac;ao da canula de irrigac;ao, auxiliando no
fluxo de irrigantes e atuayao de substancias quimicas nessas regi6es do canal
radicular (ESTRELA, 2004).
o prepare do canal radicular no sentido "coroa-apice" objetiva urn ato
operatorio rna is faGil e, aD mesmo tempo, rnais seguro principalmente em casas de
dentes com necrose, par possibilitar a realizac;ao da penetrac;ao desinfetante com
menor risco de extrusiio de restos necrosados (VANSAN, 1993).
Schafer & Lohmann (2002), avaliaram a capacidade de limpeza em canais
curvos de dentes extraidos atraves da instrumental(8o rotatoria com instrumentos
de NiTi pela tecnica escalonada coroa-apice, FlexMaster e instrumentay2lo manual
com limas Flexofile. Todo prepare biomecanico foi realizado com irriga9ao de
hipoclorito de s6dio. Os canais foram avaliados atraves da microscopia eletr6nica
de varredura. A limpeza total dos canais naD foi observada em nenhuma das
tacnicas. De urna maneira geral, a instrumentay80 manual resultou em menor
quantidade de detritos e camada residual no terlto apical, porem sem diferen98
estatistica significante.
Posteriormente, Gon9alves et al., (2001), relatou que a instrumenta9iio
manual, apesar de amplamente utilizada para esse fim, apresenta limita96es no que
S8 refere a limpeza dos canais radiculares, bem como possibilita a ocorrencia de
35
iatrogenias durante a preparo quimico-mecanico tais como: transporte do canal,
forma~ao de degraus, perfura,oes, compacta~ao de dentina e fratura de
instrumentos.
Todas as tecnicas e instrumentos necessitam de grande percep9ao tactil e
aplica<;ao de principios sinestesicos per parte do operador, associadas aos
conhecimentos anat6micos basicos e aD treinamento adequado, com vistas a
integrar a 8980 dos instrumentos ao interior do canal radicular. Entretanto, a nao
observ8<;ao de tais caracteristicas pode comprometer a uso destes sistemas,
. fazendo-se imperio sa a necessidade de urn treinamento profissional, assim como
estudos na regiao apical, no sentido de observar seus resultados no tocante a
qualidade do preparo (PEDRO, 2000).
6.3 CONTAMINA<;Ao DO CANAL RADICULAR ENTRE SESSOES
Segundo Trope (1991), "a preven~ao da contamina~ao do canal radicular,
durante 0 tratamento entre as sess6es e uma das maiores vantagens do tratamento
em sessao (mica", segundo estudos de 226 dentes tratados em sessao (lnica e
onde somente 4 apresentaram flare-up. Segundo 0 autor os retratarnentos nao
devem ser realizados em uma sessao.
Cohen & Burns (2000), citam como vantagens clinicas em se realizar 0
tratamento endod6ntico em sessao (lnica a elimina9ao da chance microbiana de
contaminayao.
Ramos & Bramante (1997), destacava a realizayao do tratamento
endod6ntico em sessao unica, visto que ao se remover 0 tecido pulpar, ocarre uma
reayao inflamat6ria no tecido periodontal apical, constituindo uma etapa inicial do
processo raparador, que ocorre 48 horas ap6s a intervenyao, nao havendo
atividade bacteriana. Os que advogam em favor do tratamento em unica sessao
justificam que, em uma segunda sessao, os procedimentos, par mais cuidadosos
que sejam, podem desencadear uma nova reayao inflamat6ria em res posta ao
traumatismo verificado nos tecidos reparados e em repouso.
No estudo de Coutinho Filho, Gurgel Filho e Diblasi (1997), avaliaram
clinica e radiograficamente par 18 meses 0 tratamento endod6ntico em sessao
unica de 80 dentes com necrose e reayao periapical. Foi observada regressao total
36
au parcial da Iesilo periapical em 72 dentes ( 90%), em um perioda de 18 meses.
Concluiram ser uma conduta eficaz, desde que seguidos os passos e principios
descritos em seu trabalho.
Posteriormente, Leonardo et a/., (1994) afirmou que houve maior sucesso
nos casos em que S8 usa medica<;ao intracanal do que nos casos sem a coloca((ao
desta. Citam que 0 curativo de hidr6xido de calcio foi bem melhor tanto no sucesso
radiografico, como no microbiol6gica, comparado com 0 tratamento em sessao
(mica.
Spangberg (2001) em seu trabalho, relatou que 0 tratamento em sessilo
unica em dentes com polpa necrosada e associada a uma lesao periradicular e
incapaz de desinfectar 0 sistema de canais radiculares, necessitando de uma
medical(ao intracanal para uma desinfec«ao completa do sistema.
Para Fava (1992), ha necessidade da medica,ilo intracanal em
pulpectomia, podem ser contemplados nos criterios apontados;
Preservar a vitalidade do coto;
Controlar 0 processo inflamat6rio que se segue ao trauma cirurgico e
mecanico da extirpayao da polpa e do preparo biomecanico;
Controlar uma possivel infecyao;
Induzir 0 reparo apical pel a deposiyao de tecido duro.
Leonardo & Holland (1974), afirmam que para os casas de pulpectomia,
uma vez combatida a infecyao superficial da polpa e obtendo-se uma penetrayao as
septica do canal radicular, pode-se utilizar 0 hidr6xido de calcio como medicamento
t6pico entre sessoes. As pastas a base de hidr6xido de calcio, em biopulpectomias
em humanos, preservaram a vitalidade do coto pulpar, mantendo a reayao
inflamat6ria dentro de condiyoes normais. Dessa forma, os tecidos constituirao a
matriz de uma possivel e futura mineralizayao.
6.4 LOCALIZADOR APICAL PARA ODONTOMETRIA
Os metodos radiograficos de odontometria ainda sao os mais difundidos.
Portanto, inumeros trabalhos demonstram que e praticamente impossivel obter
radiografias sem diston;:ao. Abbot et al. (1987) destacam ainda que as radiografias
pod em ser imprecisas devido as varia90es morfol6gicas do sistema de canais
37
radiculares: ao farame apical quase sempre nac corresponder ao apice radiografico,
a erras durante a interpretay8.o radiografica pelo observador, ao tempo 9asto para
tamada e processamento radiografico e aD potencial de risco para a saude do
paciente e profissional pel a 8xposiyao dos mesmos a radiayao.
o metodo eletr6nico tern side estudado desde 0 inicio do seculo passado,
com 0 objetivo de adicionar aos procedimentos endod6nticos precisao, rapidez de
tecnica e confiabilidade na mensura980 a tim de S8 determinar 0 local exato do
comprimento de trabalho,substituindo ou complementando a utiliz8c;;:8.0 do metoda
radiogratico (MAACHAR et al., 2008).
Na pesquisa de Brito-Junior et a/., (2007), na qual se empregaram 20
molares inferiores para analisar a eficacia de precis80 do localizador Novapex,
comparado com 0 grupo controle de medili80 visual, encontrou-se como resultado 0
valor de 90% de confiabilidade considerando diferen9a de ate 1mm em rela9ao ao
comprimento de trabalho real. Tambem com 0 localizador Novapex, Renner et al.,
(2007) verificaram valor de confiabilidade de 96,2% para as dentes em polpa viva e
86% para dentes com polpa necrosada.
Na pesquisa de Renner et al., (2003) 0 metodo eletr6nico (NovApex) obteve
resultado satisfat6rio em 75% e 80,9% para polpa vital e mortificada, teve como
amostra 37 dentes monorradiculares e a medida eletr6nica foi considerada confiavel
em medidas compreendidas entre 0,5 e 1,5 aquem do vertice radiografico.
o uso dos localizadores apicais eletronicos esta indicado em: situa90es
rotineiras do tratamento endodontico; para detec9Bo
de perfuralioes, fraturas e
reabsor90es radiculares; para acompanhamento do comprimento de trabalho
durante 0 processo de limpeza e modelagem de canais curvos; pacientes
gestantes; pacientes que apresentam ansia de vomito durante as tomadas
radiograficas; superposi9ao de canais radiculares localizados no plano de incidemcia
do feixe de raios x (RUIZ, 2007).
Machado (2007), contra-indica 0 uso dos localizadores apicais eletr6nicos
em: dentes com forma9ao apical incompleta ou com processo de reabsor98o apical
avan9ado; em pacientes postadores de marcapasso cardiaco e dentes portadores
de protese ou restaura90es metalicas.
Teixeira (2003), cita como vantagens 0 uso dos localizadores apicais
eletr6nicos: menor tempo para a obten9ao do comprimento de trabalho; facil
38
manipulayao; precisao quando corretamente operado; poder ser usado associado a
Qutros metodos; naD apresentar risGos a saude do pessoal envolvido no ambiente
odontol6gico.
De acordo com Kobayashi (1995), as desvantagens do localizador apical
sao: a tecnica requer uma aparatologia especial; a execuc;ao da tecnica e sua
exatidao dependerem das condic6es eletricas do canal; maior dificuldade com
dentes com apice ample au aberto.
Figura lIustrativa: Localizador Apical NovApex
6.5 IRRIGA<;iio COM HIPOCLORITO DE S6DIO 2,5% ALTERNADO COM EDTA
17% NO PREPARO QUiMICO MECiiNICO DE CANAlS RADICULARES
Sabe-s8 que dentre as principals requisitos para 0 sucesso do tratamento
endod6ntico esta a completa elimina<;8o de todos as detritos do sistema de canals
radiculares anterior a sua obturaC(ao. Ressalta-se, entaD, a fase do prepare quimico-
mecanico, cnde S8 busca 0 esv8ziamento e 0 alargamento do canal, atrav8S da
39
intera<;:ao substancia qufmicaiinstrumento endod6ntico. A 8<;:80 dos instrumentos, no
entanto, ocorre somente na luz do canal principal naG atingido 0 complexo sistema
de canais radiculares. Sendo assim, a utiliz8980 de uma substancia quimica auxiliar
durante 0 ato de instrumenta<;:ao e de suma importancia e visa facilitar a 8r;:c30 dos
instrumentos, penetrando em todD 0 sistema de canais, a fim de promover auxilio
indispensavel a sanilicagao do complexo endod6ntico (BORIN, 2005).
Hipoclorito de s6dio alternado com 0 EDTA, al6m de remover smear layer e
seus produtos, tern apresentado uma 89aO mais efetiva do que somente a
hipoclorito de s6dio na elimina<;:ao das bacterias contidas na smear layer. Ainda, a
eficiencia dessas substancias depende da capacidade delas em alcanc;:ar cada
porgao do sistema de canais radiculares (ZANATO, 2001).
Em trabalho de pesquisa de quantificagao de endotoxinas e cultivo de
microrganismos de bacterias de canais radiculares infectados, antes e ap6s 0
prepar~ biomecElnico com hipoclorito de s6dio 2,5%, observou-se uma reduc;:ao
efetiva sobre 0 crescimento bacteriano, porem pouco efetiva sobre as endotoxinas
dos canais radiculares. (MARTINHO & GOMES, 2008).
Cohen (1994), aconselhou a utilizac;:ao da concentrac;:ao de 2,5% como a de
primeira escolha. Estrela (2004), indica para canais amplos com polpa vital solugoes
de menor concentrac;:ao como a 1%. Para Leonardo (2005) indicou soluc;:6es de
hipoclorito de s6dio a 5,25% (preparagao olicial da USP) para tratamento de dentes
com reac;:ao periapical cr6nica evidenciavel radiograficamente, e para 0
desbridamento foraminal dos mesmos aconselham soluc;:ao a 2,5%. A soluc;:ao de
Milton e indicada para casos de dentes despulpados sem lesao periapical
evidenciavel radiograficamente enos casos de biopulpectomias.
Walker (1936), indicou a utilizagao do hipoclorito de s6dio a 5% (soda
clorada) para 0 preparo de canais radiculares de dentes com polpas necrosadas,
uma vez que auxilia na descontaminac;:ao dos instrumentos, manipulac;:ao dos
canais radiculares e protec;:ao do paciente e do operador, devido aos
microrganismos que urn canal radicular pode abrigar.
Grossmann (1943), propos 0 emprego de uma tecnica de irrigagao de canal
radicular alternando 0 hipoclorito de s6dio a 5,0% com 0 per6xido de hidrogemio 3%,
uma vez que a reac;:ao entre as duas substancias promoveria efervescemcia com
40
libera9ao de oxigenio nascente, favorecendo a eliminayao de microrganismos e
residuos do canal radicular.
6.6 PATENCIA DO FORAME
Urn dos temas mais importantes e polemicos em endodontia, sem duvida, e
o limite apical de trabalho. A maior razao de ser disso e a grande preocupa98o que
sempre existiu com 0$ tecidos apicais e periapicais. Oiante do risco de traumas
indesejaveis e desnecessarios a esses tecidos, a postura classica tern sido a de se
preconizar que 0 tratamento endod6ntico deve S9r realizado no canal dentinario, a
que significa dizer que 0 campo de a980 do endodontista e 0 canal dentinario. Por
essa razao, algumas medidas de comprimento de trabalho tern sido preconizadas,
parecendo, porem, S8r a mais ace ita a de 1 mm aquem do apice radiografico
radicular. Portanto, geralmente, algo em torno de 1 mm do canal permanece sem
ser trabalhado (SOUZA, 2000).
Precaniza-se a patencia do farame, adatando 0 forame radiografico como
limite de instrumentayao, evitando dessa maneira, que haja acumulo de detritos nos
milfmetros finais do canal radicular. Adotando-se 0 forame radiografico como limite
de instrumenta((ao, provavelmente a lima estara invadindo a regiao periapical,
havendo, porem, a garantia de que toda a extensao do canal estara instrumentada.
Acreditam haver carta recaio em se avan((ar a instrumenta((ao ate regiao periapical,
mas as vantagens obtidas realizando-se as manobras de patencia justificam a
pequena injuria causada aos tecidos periapicais. E recomendada a amplia((ao do
forame para casas de lesao periapical muita extensa au casos de abscesso
periapical para auxilixar a drenagem. Quando se esta trabalhando no farame
radiografico ou alem dele, a lima deve ser manipulada de maneira sutil e apas
previa desinfec((ao dos ter((os cervicais a medio. Sugere- se que a solu((ao de
hipoclorito de sadia seja utilizada nas cancentra((5es entre 2,5% e 5,25%, tendo em
vista que a potencializa((20 do mesmo esta influenciado principal mente na atividade
antimicrobiana (HIZATUGU et a/., 2002).
Pasteriormente, parecem ser duas as principais raz5es para que a limpeza
do forame nao seja um procedimeneto adotado roteiramente: a esperan((a que as
substancias quimicas auxiliares do preparo e a medica((ao intracanal exer((am as
41
suas aeDes dobre seu conteudo e 0 reeeio do trauma induzido aos tecidos
periapicais. Como qualquer ato cirurgico, a limpeza do fcrame tambem deve gerar
trauma com reposta inflmataria e a formaC;8o de edema. Entretante, S8 bern
realizada, resulta de desobstruy8o desta paryao do canal, fazendo com que a
edema migre para seu interior. Em Qutras palavras a canal passa a representar urn
area de desague para anda drena 0 edema, 0 que significa dizer que,
diferentemente do que S8 acredita, a limpeza do farame nao provoca der e 8im
alivio de uma pressao tecidual (SOUZA, 2000).
6.7 UTllIZAC;:AO DA TECNICA DE OBTURAC;:AO CONDENSAC;:AO LATERAL
o tratamento endod6ntico objetiva a sanificagBo dos canals radiculares e
seu vedamento hermetico atraves da obturaQ8o, que corresponde ao correto
preenchimento em toda a extensao do canal radicular, par materiais que sejam
biologicamente compativeis, atraves de uma tecnica de obturaQ8o. Para se
prevenir a ocorrencia de falhas, todos os passos do tratamento endod6ntico devem
ser cuidadosamente realizados: adequada e correta abertura coronaria; um bom
prepare quimico-mecanico; e uma correta obturaQ8o dos canais radiculares
(TARTAROTTI etal., 2005).
A tecnica de condesaQ8o lateral para obturaQ8o de canais radiculares e a
mais conhecida devido a simplacidade e 0 baixo custo (MORAES & HOLLAND,
1985).
No esludo de Pesce
(1995), a tecnica de condensa~ao laleral e a mais
utilizada, pel a simplicidade e pelos bons resultados que tem oferecido ao Ion go do
tempo e comprovados cientificamente.
Entre as tecnicas de obturaQ80 existentes a CondensaC;8o Lateral, tern sido
o metoda de obturac;ao dos canais radiculares rna is utilizados atraves dos anos.
Entretanto esta tern encontrado muitos criticos que se ap6iam no fato de a mesma
nao oferecer uma obturaC;8o tridimensional, acarretar estresse excessivo com risco
de fratura radicular, consumir guta-percha em demasia, e ser muito demarada.
Objetivando minimizar esses efeitos adversos foram introduzidas as tecnicas de
obtura~iio termo plastificadas (PEREIRA & SIQUEIRA, 1999).
42
Embora varias tecnicas tanham sido propostas para a obturac;ao do sistema
de canais radiculares, a lecnica da condensaC;8o lateral continua sendo a mais
difundida e empregada na atualidade. Seu uso nao requer equipamento
especializado, e de baixo custo e de simples execuc;ao. Entretanto, muitos autores
recomendam as lecnicas termoplastificadas, justificando seu usa por considerarem
haver melhor a adapta<;:8o da guta percha a parede dentinaria, maior
homogeneidade da massa obturadora, e born selamento apical (FREITAS, 1996).
Segundo Beer ef al., (1987) pastas e eimentos ulilizados durante a
obtura980 podem causar irritag80 aos tecidos e por isso a quantidade de guta-
percha, biologicamente inerte, deveria constituir mais de 90% do volume da
obtura<;ao. Para isso realizaram urn estudo para avaliar a quantidade da guta-
perch a em rela<;:ao a quantidade de cimento obturador, em duas tecnicas de
obtura~ao radicular; condensa~ao lateral e condensa~ao termomecanica. Vinte
dentes foram obturados pela tecnica da condensac;ao lateral e vinte pel a
condensa~ao termomecanica. Realizaram radiografias no sentido vestibulo-lingual e
os dentes foram seccionados e analisados em estereoscopio com aumento de 90X.
A quantidade de guta-percha na tecnica de condensac;ao lateral fol de 92,7% e na
condensa~ao termomecanica a gutapercha ocupou 89,1% do espa~o da obtura~ao.
Com isso os autores observaram que a tecnica de condensa~ao lateral mostrou-se
superior em rela~ao a termomecanica e, demonstraram que na condensa~ao lateral
ha maior quantidade de guta-percha e menor de cimento.
Posteriormente Bramante (1989), a teeniea de Condensa9ao Lateral, nao
oferece estrutura tridimensional em decorremcia de espa~os vazios observados,
principalmente, nos ter~os cervical e medio que podem tomar-se nichos de
desenvolvimento bacteriano levando 0 tratamento ao insucesso. Com 0 advento de
tecnicas de instrumentayao que preconizam maior alargamento do conduto nos
ter~as cervical e media, maior quantidade de material obturador e necessaria,
portanto a utiliza~ao de tecnicas de termoplastifica~ao da guta - percha proporciona
uma obtura9ao clinieamente efieiente, rapida e faeil (MORAES ef al., 1989).
Entre as teenieas de termoplastifiea9ao da gutapereha, a Hibrida de Tagger
se beneficia das vantagens do selamento apical da Condensac;ao Lateral 0 que
tende a reduzir os riscas de sobreobtura~ao. Alem disso, promove uma obtura~ao
mais coesa e compacta, consumindo menos tempo e material, constituindo um
43
metoda segura e rapido desde que as procedimentos pertinentes a tecnica sejam
respeitados (TAGGER, 1994).
6.8 IMPORTANCIA DO SELAMENTO PROVISORIO
Segundo Ray & Trope (1995), a importancia de um adequado selamento
cervical para a prevenc;:ao da contaminac;:ao do sistema de canais radiculares tern
side salientada por inumeros pesquisadores. Estes afirmam que a qualidade da
restaurac;:ao e urn fator importantissimo para 0 sucesso do tratamento endod6ntico;
na medida em que observaram les6es inflamatorias perirradiculares quando as
superficies coroniuias nao foram adequadamente obturadas. Qutros auto res
afirmaram categoricamente que microorganismos provenientes da cavidade oral
podem lesar as tecidos perirradiculares, sendo estes as respons;3veis pelo
insucesso endod6ntico (SIQUEIRA, 2001).
Segundo Orstavik (1977), para minimizar 0 risco de contaminac;:ao, afirmou
que 0 tratamento endodontico em sessao unica eliminaria a necessidade de
medica9ao intracanal e coloca9ao de material provisorio, evitando a ocorrencia da
infiltra9ao marginal.
Em contrapartida, Marques et a/., (2005) afirmam que a utilizac;ilo de
materias restauradores temporarios entre as sess6es e urn dos fatores
determinantes ao sucesso do tratamendo endodontico. Esses materias selam 0
elemento dentario, temporariamente entre as sessoes, previnindo a entrada de
fluidos bucais, microorganismos e autros produtas para 0 interior do canal radicular.
Por este motiv~ 0 material a ser empregado deve possuir uma caracteristica
fundamental para que a terapia obtenha sucesso, tal como uma b,oa resist€mcia;
sabre este aspecto alguns autores afirmam sobre a resistencia de alguns materia is
restauradores temporarios, no entanto e dificil encontrar trabalhos objetivando
comprovar sua resistencia propria mente dita, a grande maioria avalia 0 selamento
periferico frente it infiltra9ao marginal.
Zaia (2002), avaliou a capacidade de selamento do IRM, Coltosol, Vidrion
R e Scotch Bond. concluiram que nenhum dos materiais restauradores testados foi
capaz de prevenir a microinfiltra9ao de todas as especies bacterianas testadas; 0
44
Vidrion Reo Scotch Bond demonstraram resultados deficientes; ja a IRM e 0
Coltosol toram significantemente melhores na infiltrayao coronaria.
o material IRM apresenta como caracteristica uma excelente resistencia a
compressao Vale et al., (2003). No entanto na literatura os autores afirmam que ele
e urn dos cimentos que mais causa infiltraltao fato que poderia ser explicado devido
a maior contraltao que ele sofre, diferente dos Qutros cimentos que sofrem
expansao, resultando em melhor adapta9ao marginal (P6LO et a/., 1996)
6.9 PRESCRI~Ao DE MEDICAMENTOS
A prescri'tao nada mais e do que a materializa<;ao por escrito do tratamento
medicamentoso a que 0 paciente 8Sta submetido, com as devidas orientaC(oes
sabre a sua administra\fao; orienta'1oes estas que tern, entre Qutras, a finalidade de
limitar a automedicayao e direcionar os cuidados pos-operatorios. Alem disso, e um
doeumento que pode servir de prova do uso indevido de alguns medicamentos pelo
paciente em eventual demanda legal (GARBIN et al., 2007).
Os analgesicos e antiinflamat6rios sao indicados principal mente nos casos
de urgencia de origem endod6ntica como as peri cementites agudas. E interessante
medicar 0 paciente com analgesico para com bater a dor p6s-procedimento de
instrumenta9ao do canal, pois se trata de uma intervenc;:ao invasiva, que tem
grandes chances de produzir sintomatologia dolorosa (ANDRADE, 1999).
Rocha (2003), selecionou 0 paracetamol como analgesico de elei9ao, pois e
o medicamento de primeira escolha no contrale da dor leve e moderada pode ter
perfil de efeitos ad versos mais favoraveis, e seguro e eficaz.
Segundo Leonardo (2005), 0 paracetamol, praticamente desprovido de
atividade antiinflamatoria ( 0 que limita seu usa em endodontia), e 0 analgesico a
ser considerado quando de contra-indicac;:oes formais aos salicilatos. Suas
vantagens sao:
- Praticamente ausencia de efeito irritante gastrieo;
- Nao interferencia sobre a coagulac;:ao;
- AUSElncia de efeito sobre equilibrio acido-basico e sobre a elimina9aO de
uratos.
45
Suas desvantagens estao relacionadas os tres importantes efeitos
adversos:
- A tendencia de provocar habito ( depend en cia psiquica );
- A possibilidade de hepatite colestatica por uso agudo de grandes doses
(potencialmente lata is);
- Possibilidade de comprometimento renal serio por usa cronico de doses
usuais ( a evoluc;8.o pode ser a seguinte:
nefrite intersticial cronica - necrose papilar
insuficiemcia renal ).
46
7 CONSIDERAC;:OES FINAlS
o tratamendo endod6ntico em sessao unica, vern demostrando uma forma
de tratamento altarnente efetiva e vantajasa, quando procedido de urn correto
diagnostica.
Atualmente, as tecnicas tern demonstrado que nao existem diferen98s
significativas no que diz respeito a qualldade do tratamenta, a incidencia da dor pas-
operatorias au ao indice de sucesso, quando tal tratamento e realizado em uma ou
multiplas sess6es.
Sera dado continuidade ao presente trabalho, com enfase em
monitoramento radiografico de les6es periapicais e acompanhamento cHnico de
longo prazo.
Pode-s8 concluir, por meio da revisao de literatura e dos casas cliniGos
executados, que 0 tratamendo endod6ntico em sessao (mica e uma alternativa
viavel, apresentando bons resultados cHnicos pos-operatorio.
47
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57
ANEXOI
ESCALA VISUAL ANALOG1CA - EVA
@
ESCALA VISUAL ANALOGICA . EVA
Fonte disponivel em : wwvv.eletroterapia.com.br
QUESTIONAMENTO:
a) Se nao tiver daf, a classifica9ao e zero.
b) Se a dar for leve, seu nivel de refer€mcia e dais
c) Se a dar for moderada,

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