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Centro de Ciências Exatas Departamento de Geociências 6GEO054 - Climatologia Professora Dra. Deise Fabiana Ely Alunos: Andre Henrique Araujo de Souza Gabriel MerliniTissiano Nathan de Souza Fonseca Luiz Guilherme Gráfico 1: Precipitações médias em Londrina (PR) no período de 1976 a 2010 Fonte: IAPAR(Instituto Agronômico do Paraná) 2014 De acordo com Departamento de Geociências da UEL, o clima de Londrina segundo a classificação de Köppen é do tipo Cfa, ou seja, clima subtropical úmido, com chuvas em todas as estações, podendo ocorrer secas no período do inverno. Segundo Ruth Lopes da Cruz Magnanini com o clima mesotérmico sempre úmido (Cf), é o qual possui uma estação seca bem menos marcada. Com a circulação aérea, na zona de passagem das massas frio da Frente Polar Atlântica, ocasiona precipitações abundantes em todas as estações. Analisando o gráfico 1 nota-se que entre os meses de dezembro, janeiro e fevereiro, apresentam taxas de precipitações médias de 216,1 mm, reduzindo até 188,3 mm. Nesse período a estação de verão é caracterizada por dias mais longos que as noites, com isso a uma maior taxa de insolação, conseqüentemente de uma maior evaporação, acarretando em uma maior taxa nas precipitações. Nos meses entre março, abril e maio, apresentam taxas de precipitações medias de 139,7 mm, reduzindo a taxa 110,9 mm. Ocorre uma redução na taxa de precipitação, devido ao inicio do outono onde transição entre o verão e inverno e apresenta aspectos de ambas estações, fazendo com que os dias passam a ser mais curtos e assim uma menor taxa de insolação. Nos meses de junho, julho e agosto, apresentam taxas de precipitações medias de 87,1 mm, reduzindo a 53,1 mm. Nessa estação de inverno os dias passam a ser mais curtos e as noites mais longas, com isso ocorre menor taxa de insolação devido a incidência dos raios solares, assim gerando uma menor taxa de evaporação, o principal sistema meteorológico é a frente fria, que geralmente é fraca intensidade. Nos meses de setembro, outubro e novembro apresentam taxas de precipitações 122,8 mm, elevando se a 163,9 mm. Iniciando a primavera, os dias vão se tornando mais longos, assim aumentando a taxa de insolação e conseqüentemente uma maior evaporação, gerando precipitações. TABELA 1: Precipitações máximas mensais em Londrina (PR) no período de 1976 a 2010 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 1976 44,6 48 20,4 51 49,2 55,4 23 61,4 35 75 30,2 56 1977 80 27,6 42,6 116,3 7,4 56,2 12,3 10 27,6 24,7 45,2 71,7 1978 27,6 24 62,2 26 47,4 8,4 75 7,7 55,6 55,2 81,4 78,8 1979 27 45 10,8 62 61,4 0,3 35,4 21,4 40 51 28 44,7 1980 60,3 80 63,5 61 46,3 39,8 22 26,2 44,4 51,8 28,4 68,4 1981 48 50 38,4 52,6 1,2 52 17,3 3,2 3,5 65,9 37,6 39,6 1982 33 33,2 45,2 23,3 32,5 102 50,8 14,4 9 41,4 69 77,4 1983 64,4 22,4 66 25,2 59,6 74,8 12,5 0 61,2 41,8 46,6 31 1984 55 28,2 24,1 151,2 30 2,3 2 20,2 58,4 25,5 28,9 51 1985 35,6 41,4 50,4 98,2 57,8 18,9 10,8 4 8 12,3 53,1 16,5 1986 35 43,4 31,4 53,6 49,8 0,3 11 62,5 19,4 54 26,2 58,9 1987 54,6 59,9 31,5 44,6 39,7 58,1 33,5 6,5 25,5 43,2 83,2 52,8 1988 53,6 52 83 58,2 51,4 21,8 0,2 0 24,5 41,4 9,4 29 1989 50 34,8 47,8 19,5 12,2 57,5 31,1 34,8 43,8 28,2 61,3 117,1 1990 41,2 11,4 19 47,9 48,1 18,5 77,8 41,8 46,3 30,7 59,8 30,4 1991 68,6 24,6 34 53,3 4,4 35,6 18,8 6,6 49,9 12,9 119,1 40,9 1992 20,3 77,6 124,6 48,4 55,2 18,2 27,5 10,5 63,2 69,5 142,7 36,2 1993 113,5 93,6 16,2 67,5 39,5 45,1 20 3,9 30,9 35,8 33,3 93,5 1994 63,5 58,9 19,7 39,9 84 59,9 30,6 0 12 106,4 28,4 30,2 1995 65,1 49,4 51,5 68,8 27,2 19,5 52,4 18,6 60,9 60 20,2 62,1 1996 66,1 52 54,4 14,1 14,7 5,3 4,5 22,5 45,9 46,8 96,1 39,5 1997 110,4 92,6 5,5 28 28,1 161 26,1 23,2 28 41,4 45,2 22,2 1998 26,6 68,2 48 47,9 57,5 14,2 40,5 22 82,8 43 10,8 61,1 1999 44,3 57,2 27,3 74,8 73,8 53,4 49,6 0 41,1 26,5 35 42,2 2000 29 53,4 68,9 17 19,5 24 38,4 49,5 68,5 25 36,8 53,4 2001 34,7 68,8 21,4 56,8 41,5 36,6 18,2 27,6 31,5 14,2 45,5 76,4 2002 73,7 56,7 37,5 2 77 1,5 51,1 30,5 29,4 12,2 56,4 25,6 2003 73,8 34,7 29,5 68 20 13,4 55,5 41,2 24 27,5 30,9 43,5 2004 67,3 47,3 36 29,8 68,8 16,8 42,8 0 20,5 62,8 60,8 31,6 2005 84,2 16,8 31,5 21,6 65 14,8 9,1 28,6 36,5 63,5 35,2 49,6 2006 51,8 35,8 23,8 42,1 22,5 12,6 13,4 14,7 59 36,8 36,6 41,4 2007 55,4 56,8 45,8 19,1 31,8 5,2 54,8 8,9 3,4 27,4 104,8 62,2 2008 35,2 51,8 58,8 28,8 59,8 19,6 21,8 40,6 23 49,8 43,5 16,8 2009 69,8 34,5 31,3 41,5 26,4 32 54,2 30,2 55,8 96 47,5 62 2010 45,6 33,6 108,2 61,2 19,1 9,6 20,8 16,4 45,8 37,2 42,6 45,4 ext.chuvoso chuvoso Habitual Fonte: IAPAR(Instituto Agronômico do Paraná) 2014 Observando a tabela 1, notamos que os meses em que ocorre a maior quantidade de precipitação estão relacionados ao verão no hemisfério sul, que são dezembro, janeiro e fevereiro. O mês de agosto apresenta baixa taxa de chuvas devido a estação que predomina esse período que é o inverno, cujas principais características são clima seco, baixa taxa de radiação e baixa taxa de evaporação decorrente da inclinação com a qual os raio solares incidem na atmosfera no hemisfério sul. No mês de Agosto entre o anos de 1991 a 1999 notamos uma escassez de chuvas. Uma possível explicação seria a atuação do fenômeno climático La nina, que diminui as chuvas na região Sul brasileira nesse especifico período do ano. TABELA 2: Anos padrões em Londrina (PR) no período de 1976 a 2010 Lda Desvio Ano Total (mm) (%) 1976 1854,2 244,5 15,2 1977 1626,6 16,9 1,1 1978 1388 -221,7 -13,8 1979 1263 -346,7 -21,5 1980 2122,6 512,9 31,9 1981 1514 -95,7 -5,9 1982 1827,9 218,2 13,6 1983 2130,2 520,5 32,3 1984 1245,9 -363,8 -22,6 1985 1153,4 -456,3 -28,3 1986 1397,5 -212,2 -13,2 1987 1796,4 186,7 11,6 1988 1371,6 -238,1 -14,8 1989 1795,1 185,4 11,5 1990 1493,9 -115,8 -7,2 1991 1442,1 -167,6 -10,4 1992 1876,6 266,9 16,6 1993 1758,7 149,0 9,3 1994 1411,5 -198,2 -12,3 1995 1722 112,3 7,0 1996 1658,3 48,6 3,0 1997 1983,5 373,8 23,2 1998 2004,9 395,2 24,6 1999 1291,1 -318,6 -19,8 2000 1512 -97,7 -6,1 2001 1715,4 105,7 6,6 2002 1469,5 -140,2 -8,7 2003 1264,4 -345,3 -21,4 2004 1465,9 -143,8 -8,9 2005 1425,6 -184,1 -11,4 2006 1253,7 -356,0 -22,1 2007 1565,6 -44,1 -2,7 2008 1465,9 -143,8 -8,9 2009 2333,5 723,8 45,0 2010 1737,9 128,2 8,0 Média 1609,7 DP 288,1 Ext. chuvoso 1897,8 Chuvoso 1753,7 Habitual Seco 1465,6 Ext. seco 1321,6 Fonte: IAPAR(Instituto Agronômico do Paraná) 2014 Explorando a Tabela 2, notamos que houve grande variação no padrão das precipitações em Londrina entre os anos de 1976 a 2010. O ano que apresentou maior taxa de precipitaçãofoi em 2009 com total de 2333,5 mm, nesse periodo ocorreu o fenômeno El Niño de intensidade fraco; o ano que apresentou menor taxa de precipitação total foi em 1985 com total de 1153,4mm, nesse periodo ocorreu o fenômeno La Niña de intensidade forte, que favorece a chegada de frentes frias. A diferença entre os anos de 1998 e 1999 é uma das maiores registrada na tabela 2, saindo de um anos extremamente chuvoso para extremamente seco. GRAFICO 2: Número de dias com chuva em Londrina (PR) no período de 1976 a 2010 Fonte: IAPAR(Instituto Agronômico do Paraná) 2014 No gráfico 2, podemos analisar que do período de 1976 a 2010 o ano que teve o maior numero de dias com chuva foi no ano de 1983 com 156 dias com chuvas.Nesse período ocorreu o fenômeno El Niño de intensidade Moderado, ocasionando mudanças na circulação geral da atmosfera. O ano que teve o menor numero de dias com chuva foi 1985 com 94 dias com chuvas, nesse período ocorreu o fenômeno La Niña de intensidade forte, que favorece a chegada de frentes frias. GRAFICO 3: Número de dias sem chuva em Londrina (PR) no período de 1976 a 2010 Fonte: IAPAR(Instituto Agronômico do Paraná) 2014 No gráfico 3, podemos analisar que do período de 1976 a 2010 o anos que apresentou menor numero de dias sem chuva foi em 1983 com 209 dias sem chuva, ocorrendo o fenômeno El Niño de intensidade Moderado, ocasionando mudanças na circulação geral da atmosfera. O ano que apresentou maior numero de dias sem chuva foi em 1985 com 271 dias sem chuva, nesse período ocorreu o fenômeno La Niña de intensidade forte, que favorece a chegada de frentes frias. BIBLIOGRAFIA: http://www.londrina.pr.gov.br/ http://www.nemrh.uema.br/ Ruth Lopes da Cruz Magnanin, Conselho Nacional de Geografia 1959 pg.356. Atlas do Brasil. MENDONÇA, Francisco, MORESCO, Inês Danni-Oliveira. Climatologia: Noções Básicas e climas do Brasil/ SP:Oficina de Textos, 2007 Tubelis, Antônio.Metereologia Descritiva: fundamentos e aplicaços brasileiras.
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