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PROPRIEDADES DOS FLUIDOS 1 Prof. Patricia Braga Disciplina: Engenharia de Petróleo e Gás 2 Supondo que seja encontrada uma formação portadora de óleo, o que se pode esperar que esse reservatório venha a produzir? 3 Espera-se que produza óleo, gás natural e, na maioria das vezes, água. Assim, um reservatório típico apresenta: vazão de produção de óleo vazão de produção de gás vazão de produção de água Fluidos Produzidos em um Reservatório 4 Figura 1. Fluidos no reservatório e na superfície. Fluidos Produzidos em um Reservatório 5 Propriedades Básicas dos Fluidos Volume molar: volume ocupado por 1 mol de substância No Brasil: 1 mol-g ocupa 22,4 L e nos EUA: 1 mol-lb ocupa 379 ft3. 6 Propriedades Básicas dos Fluidos Coordenadas reduzidas: pc, Tc e Vc são pressão, temperatura e volume críticos de um fluido, respectivamente. c r p p p c r T T T c r V V V 7 Propriedades Básicas dos Fluidos Compressibilidade Isotérmica: variação fracional de volume do fluido por variação unitária de pressão. admitindo qua a T do fluido é constante. p c 1 8 Fluidos Produzidos em um Reservatório Mistura: sistema composto por mais de um componente. Solução: mistura na qual ocorre a formação de uma fase homogênea. Misturas homogêneas são chamadas de soluções ideais. Petróleo é um caso típico de solução não ideal. 9 Propriedades Básicas de Soluções Ideais Porcentagem em Massa: é a percentagem de massa de cada componente pela massa total da mistura mi = massa do componente i nc = número de componente na mistura = massa total da mistura 100(%) 1 x m m massa nc j i i i nc j im 1 10 Propriedades Básicas de Soluções Ideais Porcentagem em volume: é a percentagem de volume de cada componente pelo volume total da mistura Vi = volume do componente i nc = número de componente na mistura = volume total da mistura nc j iV 1 100(%) 1 x V V volume nc j i i i 11 Propriedades Básicas de Soluções Ideais Porcentagem em Mol: é a percentagem de mol de cada componente pelo mol total da mistura ni = número de mol do componente i nc = número de componente na mistura = número total de mol da mistura yi = fração molar nc j jn 1 100%)( 1 x n n mol nc j j i t i nc j j i i n n n n y 1 12 Propriedades Básicas de Soluções Ideais Massa Molar Aparente (Ma): é definida como o somatório das frações molares que multiplica a massa molecular de cada componente yi = fração molar nc = número de componente na mistura Mi = massa molar cn i iia MyM 1 13 Propriedades Básicas de Soluções Ideais Propriedades pseudo-críticas: usadas para definir misturas yi = fração molar nc = número de componente na mistura Pci e Tci = pressão e temperatura críticas de cada componente cn i ciipc PyP 1 cn i ciipc TyT 1 14 Propriedades Básicas de Soluções Ideais Coordenadas pseudo-reduzidas: usadas para definir misturas ppr e Tpr = pressão e temperatura pseudo-reduzidas p = pressão T = temperatura ppc e Tpc = pressão e temperatura pseudo-críticas pc pr p p p pc pr T T T 15 Propriedades Básicas de Gases Ideais Gás ideal: volume ocupado pelas moléculas é insignificante quando comparado ao volume total do fluido não existem forças atrativas ou repulsivas entre as moléculas ou entre as moléculas e as paredes do recipiente colisões entre as moléculas são perfeitamente elásticas nRTpV 16 Propriedades Básicas de Gases Ideais Massa específica (): é o número de mols vezes a massa molecular do gás Densidade (dg): razão entre a massa específica do gás e do ar medidas nas mesas condições de temperatura e pressão 29 g ar g ar g g M M M d RT pM V m nM 17 Propriedades Básicas de Gases Reais Gás real: todo gás que existe, em qualquer condição de pressão e temperatura Z = fator de compressibilidade dos gases reais Vreal = volume do gás nas condições p e T ZnRTpV ideal real V V z 18 Figura 2. Fator de compressibilidade (Z) do metano. 19 Propriedades Básicas de Gases Reais Massa específica (): é o número de mols vezes a massa molecular do gás Densidade (dg): razão entre a massa específica do gás e do ar medidas nas mesmas condições de temperatura e pressão 29 g ar g ar g g M M M d ZRT pM V m nM 20 Misturas Gasosas de Hidrocarbonetos Massa Molar Aparente (Ma): é definida como o somatório das frações molares que multiplica a massa molecular de cada componente yi = fração molar nc = número de componente na mistura Mi = massa molar cn i iia MyM 1 21 Densidade (dg): razão entre a massa específica do gás e do ar medidas nas mesas condições de temperatura e pressão Misturas Gasosas de Hidrocarbonetos 29 g ar g ar g g M M M d 22 Fator volume-formação de gás natural (Bg): relação entre o volume que um gás ocupa em uma determinada condição de temperatura e pressão e o volume que ele ocupa nas condições- standard Misturas Gasosas de Hidrocarbonetos p ZT T p V V Bg 0 0 0 V = volume V0 = volume padrão p0 = pressão padrão To = temperatura padrão T = temperatura p = pressão 23 Fator volume-formação de óleo (Bo): relação entre o volume que a fase líquida ocupa em uma determinada condição de temperatura e pressão e o volume que ela ocupa nas condições- standard Misturas Líquidas de Hidrocarbonetos padrões) condições nas (medido tanqueno óleo de volume Tp, condições nas dissolvido gás óleo de Volume Bo 24 Misturas Líquidas de Hidrocarbonetos Figura 3. Exemplo de gráfico do fator volume-formação de um óleo. Comportamento linear devido a apenas compressibilidade do líquido Com a diminuição da p, ocorre a liberação de gás e consequentemente a redução do volume de óleo. 25 Razão de Solubilidade (Rs): relação entre o volume de gás que está dissolvido e o volume de óleo que será obtido da mistura, ambos em condições-standard Misturas Líquidas de Hidrocarbonetos padrões) condições nas (medido tanqueno óleo de volume padrões) condições (nas dissolvido gás de Volume Rs 26 Misturas Líquidas de Hidrocarbonetos Figura 4. Exemplo de gráfico da razão de solubilidade de uma mistura líquida de hidrocarboneto. 27 São testes em laboratório que tentam representar dois processos termodinâmicos que ocorrem simultaneamente no reservatório: separação flash do gás e do óleo na superfície durante a produção separação diferencial que ocorre no reservatório durante o declínio da pressãoLiberação Flash x Liberação Diferencial 28 Separação Flash o gás sai da solução a medida que a pressão vai sendo reduzida, mantendo contato com o líquido do qual saiu. Separação Diferencial o gás sai da solução à medida que a pressão vai se reduzindo, sendo retirado do contato com o líquido do qual saiu. Liberação Flash x Liberação Diferencial 29 Figura 6. Comparação dos resultados de Bo das liberações flash e diferencial. Liberação Flash x Liberação Diferencial Quantidade de gás que vaporiza na liberação “diferencial” é menor que na liberação “flash”, então maior quantidade de óleo residual é observada, tendo o Bo menor. 30 Figura 5. Comparação dos resultados de Rs das liberações flash e diferencial. Liberação Flash x Liberação Diferencial Como maior quantidade de óleo residual é formada na liberação “diferencial”, então menor será a Rs. 31 Considere 1 mol-lb de uma mistura gasosa, cuja composição está indicada na Tabela 1. Exercício Componente Fração molar Tci (R) Pci (psia) Metano 0,10 343 673 Etano 0,20 550 708 Propano 0,30 666 617 N-Butano 0,40 765 551 Total 1,00 ----- ----- Tabela 1. Composição da mistura gasosa. 32 Exercício Determine: a) Massa molecular aparente b) Densidade c) Volume molar a 60 ºF e 14,7 psia d) Massa específica a 60 ºF e 14,7 psia e) Pressão parcial do propano a pressão de 500 psia, admitindo como gás ideal f) Volume parcial do etano (ft3/mol-lb) nas condições de 60 ºF e 14,7 psia g) Composição em massa, ou seja, as frações em massa de cada componente na mistura h) Temperatura pseudocrítica i) Pressão pseudocrítica
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