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UNIDADE III ESTR DAS DEMONTR CONTAB 2016.1 OK

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ESTRUTURA DAS 
DEMONSTRAÇÕES 
FINANCEIRAS 
 Prof. Luiz Antonio Fonseca 
 Email. luizanfonseca@gmail.com 
Lei 11.638/07 
 
 Em 28 de dezembro de 2007 foi sancionada a Lei 11.638/07, trazendo 
significativas mudanças para a Lei 6.404/76. As principais alterações à Lei 
6.404/76 foram: 
 a) Criação da Demonstração dos Fluxos de Caixa substituindo a Demonstração 
das Origens e Aplicações de Recursos (art. 176, IV). Entretanto as companhias 
fechadas com patrimônio líquido inferior a R$2.000.000,00 na data do balanço 
estão dispensadas da elaboração e publicação da Demonstração do Fluxo de 
Caixa. 
 b) Criação da Demonstração do Valor Adicionado, obrigatória para as 
empresas de capital aberto (art. 176, IV). 
 c) Criação de subgrupo Intangível no Permanente, desdobrado do subgrupo 
Imobilizado (art. 179, IV). Ficado assim separados os bens materiais (tangíveis) 
dos bens imateriais (intangíveis). 
 d) Classificação no Imobilizado, dos bens adquiridos pelas empresas através de 
arrendamento mercantil, com contrapartida da dívida no Passivo Exigível (art. 
179, IV). 
Lei 11.638/07 
 
 e) Extinção da possibilidade de reavaliação dos bens do Ativo Imobilizado, 
eliminando assim a conta “Reservas de Reavaliação” (artigo 6º). 
 
 f) O uso do subgrupo Diferido fica restrito ao registro das despesas pré-
operacionais e aos gastos de reestruturação (art. 179 IV). 
 
 g) Eliminação da conta “Lucros ou Prejuízos Acumulados” no Patrimônio 
Líquido, mantendo somente a conta “Prejuízos Acumulados” (art. 178, §2º, d.) 
 
 h) Criação da figura das Sociedades de Grande Porte – sociedades ou 
conjunto de sociedades sob o controle comum que tiverem, no exercício 
anterior, ativo total superior a R$ 300milhões ou receita bruta anual superior a 
R$ 240 milhões (artigo 3º, § único). 
Lei 11.941/09 
 
 Em 27 de maio de 2009 foi aprovada a Lei Federal 11.941/09, em 
complemento a Lei 11.638/07 e com novas alterações a Lei 6.404/76 no que 
diz respeito a estruturação das demonstrações contábeis. As principais 
alterações implantadas pela Lei 11.941/09 foram: 
 
 a) Nova classificação das contas do Ativo e do Passivo (art. 178 da Lei das S/A) 
em ativo circulante, ativo não circulante, passivo circulante e passivo não 
circulante. Dessa forma, foi extinto o grupo Ativo Permanente e foi criado o 
grupo Ativo Não Circulante, composto pelo ativo realizável a longo prazo, 
investimentos, imobilizado e intangível. 
 
 b) Extinção do subgrupo Ativo Diferido, que já tinha sido restringido pela lei 
11.638/07 (art. 299-A da Lei das S/A). Os gastos pré-operacionais devem, nas 
entidades em fase pré-operacional, ser registrados em contas de resultado, 
como despesas do período. 
Lei 11.941/09 
 
 c) Extinção do grupo Resultados de Exercícios Futuros (art. 2 99-B da Lei 
das S/A). Com isso, os saldos dessa conta devem ser reclassificados para o 
grupo do passivo não circulante, em contas representativas de receitas e 
despesas diferidas. 
 
 d) Fim da segregação das receitas e despesas em operacionais e não 
operacionais. As receitas e despesas classificadas anteriormente como não 
operacionais devem ser denominadas de Outras Receitas e Outras Despesas. 
 
 e) Estabeleceu em número maior de notas explicativas a fim de fornecer 
maiores informações aos usuários das Demonstrações Contábeis, fazendo 
com que as sociedades tenham que evidenciar as informações utilizadas para 
elaboração das Demonstrações Contábeis. 
Demais alterações inseridas através de 
Pronunciamentos 
 
 Mudança da estrutura das demonstrações contábeis; 
 Criação dos subgrupos de contas 
 “Ajustes de Avaliação Patrimonial”, “Ações em 
Tesouraria” e “Reserva de Incentivos Fiscais” no 
Patrimônio Líquido; 
 Eliminação da Reserva de Capital “Prêmio na Emissão de 
Debêntures”; 
 Classificação dos “Instrumentos Financeiros”; 
 Ajuste a “Valor Presente”; 
 Incorporação, Fusão ou Cisão (combinação de empresas); 
 Equivalência Patrimonial; 
 Teste de Recuperabilidade de Ativos (Impairment); 
Demais alterações inseridas através de Pronunciamentos 
 
 Goodwill; 
 Investimento em Coligada e em Controlada; 
 Efeito nas Mudanças nas Taxas de Câmbio; 
 Partes Relacionadas; 
 Subvenções Governamentais; 
 Pagamentos Baseados em Ações; 
 Divulgações por Segmento de Negócios; 
 PME. 
É importante ressaltar que a Lei 11.941/09 trouxe outras várias 
alterações, inclusive inovações tributárias necessárias à 
harmonização das normas internacionais de contabilidade. 
Obrigatoriedade 
Quais as entidades que estão obrigadas a 
seguir as disposições da Lei 11.638/07 ? 
 
 As definições da Lei no 11.638 devem ser 
seguidas por todas as empresas obrigadas a 
seguir a Lei das S/A, o que compreende não só as 
sociedades anônimas, como as limitadas 
tributadas pelo lucro real, conforme Decreto-lei 
no 1.598/77. Adicionalmente, incluem-se também 
as empresas de grande porte. Verificar se está 
compatível com as alterações nos itens 
semelhantes. 
Adoção da Nova Lei 
Adoção da Nova Lei 
Obrigatoriedade 
 
As sociedades sem fins lucrativos devem seguir as alterações da nova 
legislação? 
 
• Para as organizações sem fins lucrativos, de uma maneira geral, prevalecem 
suas legislações específicas, quando existentes. O CFC possui normas a serem 
seguidas pelos profissionais contadores ou técnicos de contabilidade das 
entidades sem fins lucrativos, e os auditores têm procurado fazer com que tais 
regras sejam seguidas, bem como as demais normas e práticas utilizadas pelas 
sociedades anônimas. Fora alguns aspectos específicos, essas normas seguem, 
como regra geral, a contabilidade das sociedades por ações. Assim, todas as 
alterações válidas para essas outras entidades também passam a valer, no que 
couber, para as sem fins lucrativos 
Adoção da Nova Lei 
Obrigatoriedade 
 
As sociedades por quotas de responsabilidade limitada devem seguir as 
alterações da nova legislação? 
 
• Apesar de não serem formalmente obrigadas a seguir a Lei das S/A, se 
não forem tributadas pelo lucro real, o ideal é que essas entidades 
também o façam. 
 
As cooperativas devem seguir as alterações da nova legislação? 
 
• O Código Civil identifica a cooperativa como uma sociedade, logo está 
abrangida pela Lei 11.638/07 quando esta for de grande porte. Mas, 
mesmo não sendo, o ideal é que sigam, a não ser nos pontos totalmente 
específicos, a nova legislação. O Conselho Federal de Contabilidade possui 
normas para essas entidades. 
Adoção da Nova Lei 
Obrigatoriedade 
 
As micro e pequenas empresas devem seguir as 
disposições da nova legislação? 
 
• As micro e pequenas empresas (que não forem tributadas 
pelo lucro real) não são obrigadas a seguir essa lei. 
Entretanto, sugerimos fortemente que todas as 
entidades sigam as disposições dessa lei. 
SOCIEDADES = OBRIGADAS ÀS NOVAS REGRAS CONTÁBEIS 
(Introduzidas pelas Leis nºs. 11.638/2007 , 11.941/2009 natureza complexa): 
a) S.A de Capital Aberto (negociação de suas ações no mercado); 
b) Sociedade de Grande Porte (S.A Fechada ou Ltda) (Ativo total superior a 
R$ 240 milhões ou Faturamento anual superior a R$ 300 milhões) 
c) Instituições Financeiras 
d) e demais entidades autorizadas a funcionar pelo Banco Central do 
Brasil) 
d) Sociedades Reguladas por Órgão (Superintendência de Seguros 
Privados e outras sociedades cuja prática contábil é ditada pelo 
correspondente órgão regulador com poder legal ). 
1. As Novas Regras Contábeis devem ser aplicadas/adotadas 
obrigatoriamente pelas seguintes sociedades: 
 
2. Visão do CFC 
Para as Companhias Abertas e SGP aplicam-se as regras estabelecidas 
pelas Lei nº. 11.638/2007 , 11.941/09,acrescidos dos pronunciamentos do 
CPC aprovados pelo CFC (utiliza as normas do CFC de forma integral). 
 
A Resolução CFC nº 1.255/09 aprovou a contabilidade para “PEQUENAS E 
MÉDIAS EMPRESAS”, as quais são: 
a) S.A. Fechada (não seja SGP) e 
b) Ltda ( não seja SGP) 
(ambas utilizam as normas do CFC de forma parcial). 
Estrutura do Balanço Patrimonial 
De acordo com as leis 11.638/07 e 11.941/09 
Estrutura do Balanço Patrimonial 
De acordo com as leis 11.638/07 e 11.941/09 
ATIVO CIRCULANTE - São os recursos financeiros que se encontram à disposição 
imediata da entidade, compreendendo os meios de pagamento em moeda e em 
outras espécies, os depósitos bancários à vista e os títulos de liquidez imediata, 
realizáveis no exercício seguinte a data do balanço, ou seja, até 12 meses da 
data do balanço. 
 
O balanço patrimonial deve apresentar, respeitada a legislação, no mínimo, as 
seguintes contas: 
Disponibilidade Financeiras 
 Caixa e Bancos 
Direitos Realizáveis a Curto Prazo; 
 Duplicata a Receber 
Estoques; 
 Estoque de Mercadoria 
Despesas Apropriáveis ao Resultado do Exercício Seguinte. 
 Seguros Antecipados 
Estrutura do Balanço Patrimonial 
De acordo com as leis 11.638/07 e 11.941/09 
ATIVO NÃO CIRCULANTE 
 
 ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO - Serão classificadas contas da mesma 
natureza das do ativo circulante, porém realizáveis após o término do exercício 
seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a 
sociedades coligadas ou controladas, diretores, acionistas ou participantes no 
lucro, que não constituíram negócios usuais na exploração do objeto da 
companhia. 
 
 Direitos Realizáveis a Longo Prazo; 
 
 Duplicata a Receber; 
 
 Títulos e Valores Mobiliários; 
 
 Adiantamento ou Empréstimos a Soc. Coligada 
 
 Adiantamento ou Empréstimos a Soc. Controlada 
Estrutura do Balanço Patrimonial 
De acordo com as leis 11.638/07 e 11.941/09 
ATIVO NÃO CIRCULANTE 
 
• INVESTIMENTOS – São as participações permanentes em outras sociedades e os 
bens e direitos que não se destinem à manutenção das atividades da companhia 
ou empresa. 
 
• IMOBILIZADO – São os bens e direitos, tangíveis e intangíveis, utilizados na 
consecução das atividades-fim da entidade. Bens tangíveis são aqueles que têm 
corpo físico, tais como terrenos, máquinas, veículos, benfeitorias em propriedades 
arrendadas, direitos sobre recursos naturais, etc. Bens intangíveis são aqueles cujo 
valor reside não em qualquer propriedade física, mas nos direitos de propriedade 
legalmente conferidos aos seus possuidores, tais como: patentes, direitos autorais, 
marcas, etc. 
 
• INTANGÍVEL – São os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos 
destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, 
inclusive o fundo de comércio adquirido. 
Estrutura do Balanço Patrimonial 
De acordo com as leis 11.638/07 e 11.941/09 
PASSIVO CIRCULANTE - São as obrigações conhecidas e os encargos estimados da 
empresa cuja liquidação se espera que ocorra dentro do exercício social seguinte, 
ou de acordo com o ciclo operacional da empresa, se este for superior a esse 
prazo. 
 
 Fornecedores; 
 
 Salários a Pagar. 
 
PASSIVO NÃO CIRCULANTE - São as obrigações conhecidas e os encargos 
estimados da empresa cuja liquidação deverá ocorrer em prazo superior a seu 
ciclo operacional, ou após o exercício social seguinte. 
 
• Fornecedores ; 
 
• Empréstimos Bancários; 
 
• Debêntures a Pagar. 
Estrutura do Balanço Patrimonial 
De acordo com as leis 11.638/07 e 11.941/09 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO - O patrimônio líquido representa os recursos próprios da 
entidade, e seu valor é a diferença entre o valor do Ativo e o valor do Passivo 
(Ativo - Passivo). Desta forma, o valor do patrimônio líquido pode ser positivo, 
negativo ou nulo. O patrimônio líquido é dividido em: 
 CAPITAL – São os investimentos efetuados na empresa pelos proprietários e os 
decorrentes de incorporação de reservas e lucros. 
 
 RESERVAS DE CAPITAL – Contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o 
valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que 
ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive nos 
casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias e o produto 
da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição. Será ainda registrado 
como reserva de capital o resultado da correção monetária do capital realizado, 
enquanto não-capitalizado. 
Estrutura do Balanço Patrimonial 
De acordo com as leis 11.638/07 e 11.941/09 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 
 AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL - Serão classificadas como ajustes de 
avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em 
obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou 
diminuições de valor atribuído a elementos do ativo e do passivo, em decorrência 
da sua avaliação a preço de mercado. 
 
 RESERVAS DE LUCROS - Serão classificadas como reservas de lucros as contas 
constituídas pela apropriação de lucros da companhia: 
 Legal; 
 Estatutária; 
 Para contingências; 
 De incentivos fiscais e 
 Retenção de lucros(para planos de investimento) 
 De lucros a realizar; 
 Especial de dividendos. 
Estrutura do Balanço Patrimonial 
De acordo com as leis 11.638/07 e 11.941/09 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 
 
 
 
 AÇÕES EM TESOURARIA - As ações em tesouraria deverão ser destacadas no 
balanço como dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos 
recursos aplicados na sua aquisição. 
 
 PREJUÍZOS ACUMULADOS – Representam o saldo remanescente dos prejuízos 
líquidos, estes apresentados como parcela redutora do Patrimônio Líquido. 
 
Estrutura do Balanço Patrimonial 
De acordo com as leis 11.638/07 e 11.941/09 
ALTERAÇÕES INTRODUZIDAS PELA LEI 11.638/07 
As modificações introduzidas na Lei das S/A de acordo com a lei 11.638/07 visam 
atrair investimentos no mercado de capitais. 
Suas regras buscam: 
 
• Corrigir impropriedades e erros da Lei 6.404/76; 
 
• Adaptar a Lei às mudanças sociais e econômicas decorrentes da evolução do 
mercado; 
 
• Fortalecer o mercado de capitais, mediante implementação de normas 
contábeis e de auditoria internacionalmente reconhecidos. 
Estrutura do Balanço Patrimonial 
De acordo com as leis 11.638/07 e 11.941/09 
Ajuste a “Valor Presente” 
 A Lei 11.638/07 passou a exigir a obrigatoriedade do ajuste a valor presente 
nos realizáveis e exigíveis a longo prazo e, no caso de efeito relevante, também 
nos de curto prazo. 
 
Pontos de atenção: 
 Taxas de desconto a utilizar 
 Ativos e Passivos monetários e não monetários 
 Efeitos na apuração de resultados 
Estrutura do Balanço Patrimonial 
De acordo com as leis 11.638/07 e 11.941/09 
Ajuste a “Valor Presente” 
Pontos de atenção: 
 
Taxas de desconto a utilizar : 
 
 realizáveis – a definição da taxa é precisa. Afinal a empresa é que estabelece o 
valor de seus realizáveis. 
 
 exigíveis – a definição da taxa não é precisa. Quem fixou o preço foi o credor. 
Recomenda-se utilizar taxas referenciais de mercado. 
Estrutura do Balanço Patrimonial 
De acordo com as leis 11.638/07 e 11.941/09 
Ajuste a “Valor Presente” 
A Lei 11.638/07 passou a exigir a obrigatoriedade do ajuste a valor presente nos 
realizáveis e exigíveis a longo prazo e, no caso de efeito relevante, também 
nos de curto prazo. 
Pontos de atenção: 
 
Ativos e Passivos monetários e não monetários : 
 
 Ativos monetários – Ativo monetário é o numerário ou o direito a receber uma 
soma de numerário cujo valor é fixo ou determinado, sem qualquer indexação a 
preços futuros de bens ou serviços.É o destinado para venda ou para utilização 
para a prestação de serviços internos ou externos, bem como direitos residuais de 
participação patrimonial e fundo de comércio. Ativo não-monetário inclui direitos 
a numerário cujo montante depende de preços futuros de bens ou serviços 
específicos. 
Estrutura do Balanço Patrimonial 
De acordo com as leis 11.638/07 e 11.941/09 
Ajuste a “Valor Presente” 
A Lei 11.638/07 passou a exigir a obrigatoriedade do ajuste a valor presente nos 
realizáveis e exigíveis a longo prazo e, no caso de efeito relevante, também 
nos de curto prazo. 
Pontos de atenção: 
 
 Passivos monetários – Passivo monetário é a obrigação de pagar uma soma de 
numerário cujo valor é fixo e determinado, sem qualquer indexação a preços 
futuros de bens e serviços. Corresponde à obrigação de fornecer bens ou serviços 
em quantidades fixas ou determináveis sem referência a mudanças nos preços e 
obrigação de pagar em numerário importâncias que dependem de preços futuros 
de bens ou serviços específicos 
 
 
Estrutura do Balanço Patrimonial 
De acordo com as leis 11.638/07 e 11.941/09 
Ajuste a “Valor Presente” 
A Lei 11.638/07 passou a exigir a obrigatoriedade do ajuste a valor presente nos 
realizáveis e exigíveis a longo prazo e, no caso de efeito relevante, também 
nos de curto prazo. 
Pontos de atenção: 
 
Ativos e Passivos monetários e não monetários : 
 
Um exemplo 
 
Obtenção de um empréstimo bancário no valor de R$ 160.000, em 1º de outubro 
do ano UM, com liquidação em 4 (quatro) parcelas anuais com juros estabelecidos 
em 10% aa , amortizáveis junto com as parcelas anuais do principal contratado 
Aplica-se a esta transação o CPC 12 – Ajustes a valor presente ? 
Estrutura do Balanço Patrimonial 
De acordo com as leis 11.638/07 e 11.941/09 
Ajuste a “Valor Presente” 
A Lei 11.638/07 passou a exigir a obrigatoriedade do ajuste a valor presente nos 
realizáveis e exigíveis a longo prazo e, no caso de efeito relevante, também 
nos de curto prazo. 
Pontos de atenção: 
 
Efeitos no resultado : 
 
Em todas as empresas 
 Diminuição da receita 
 Aumento de Receita financeira 
 
Em empresas comerciais e industriais 
 Diminuição do custo de vendas 
 Aumento da Despesa Financeira 
Estrutura do Balanço Patrimonial 
De acordo com as leis 11.638/07 e 11.941/09 
Exemplo: 
 Venda de mercadorias em 10/X1 à vista no valor de $ 100.000,00 Venda de 
mercadorias a prazo (20 meses) com juros de 10% do total da venda, sendo de $ 
110.000,00 o valor total da receita de venda. 
 Obs. ICMS 10% e CMV de 50.000,00 
 
Lançamento conforme CPC 30 ou seção 23 do CPC PME 
1- Pela transação da venda: 
D – Clientes a Receber a Longo Prazo (ANC) 110.000 
C – Receita das Vendas de Mercadoria (Resultado) 89.000 
C – ICMS a Recolher 11.000 
C – AVP –Receita Financeira a apropriar 10.000 
 (redutora da conta cliente no ANC) 
Estrutura do Balanço Patrimonial 
De acordo com as leis 11.638/07 e 11.941/09 
Balanço – X1 
R$ 
Receita 89.000 
Dedução da Receita 
(-) CMV (50.000) 
Receita Líquida 39.000 
DRE – X1 
Ativo R$ 
Ativo Não Circulante 100.000 
Clientes (ANC) 110.000 
(-) ajuste a valor presente (10.000) 
Estrutura do Balanço Patrimonial 
De acordo com as leis 11.638/07 e 11.941/09 
Exemplo: 
Lançamento conforme Lei nº 12.973/14 
CPC 12 –Ajuste a Valor Presente e CPC 30 – Receitas: 
D – Clientes a Receber a Longo Prazo (ANC) 110.000 
C – Receitas de Vendas Brutas (Resultado) 110.000 
 
D – ICMS S/ vendas (Resultado) 11.000 
C – ICMS a Recolher (Passivo) 11.000 
 
D – Dedução da Receita – AVP (Resultado) 10.000 
C - Receita Financeira a apropriar - AVP 10.000 
 (redutora da conta cliente no ANC) 
Estrutura do Balanço Patrimonial 
De acordo com as leis 11.638/07 e 11.941/09 
Balanço – 10/X1 
R$ 
Faturamento Bruto 110.000 
Dedução da Receita 
( - ) Dedução a A.V.P. (10.000) 
( - ) ICMS s/Vendas (11.000) 
= Receita Líquida 89.000 
(-) CMV (50.000) 
Lucro Bruto 39.000 
DRE – 10/X1 
Ativo R$ 
Ativo Não Circulante 100.000 
Clientes (ANC) 110.000 
(-) ajuste a valor presente (10.000) 
Adição no LALUR 
– Parte A e controle 
na Parte B 
Estrutura do Balanço Patrimonial 
De acordo com as leis 11.638/07 e 11.941/09 
Controle do ajuste a valor Presente 
 Valor referente a R$ 30.000, deve ser tratado como não dedutível na apuração 
do IRPJ e da CSLL, uma vez que a receita bruta total está sendo oferecida à 
tributação do IRPJ , CSLL (art. 12 do decreto lei 1.598/77 e redação dada pelo 
art. 2º da lei 12.973/14. 
Pela apropriação da receita financeira – Nov/X1 
 
D – AVP –Receita Financeira a apropriar 3.000 
 (redutora da conta cliente no ANC) 
C – Receita Financeira a Valor Presente 3.000 
 apropriação 1/10 relacionado a Nov/X1 
 
Obs: 
 Controle em subcontas, dispensa o controle dos mesmos valores na Parte B do E-
Lalur. 
 No primeiro momento (venda) o ajuste a valor presente é tributado, depois que 
realizado mês a mês é excluída do E-Lalur, por já ter sido tributado anteriormente. 
Estrutura do Balanço Patrimonial 
De acordo com as leis 11.638/07 e 11.941/09 
Teste de Recuperabilidade de Ativos (Impairment) 
 Obrigação de avaliar o grau de recuperação de valores registrados no 
ativo imobilizado e no intangível. 
Definir procedimentos visando a assegurar que os ativos 
não estejam registrados contabilmente por um valor 
superior àquele passível de ser recuperado no tempo 
por uso nas operações da entidade ou em sua eventual venda 
Ativos ou conjunto de ativos 
relevantes relacionados às 
atividades industriais, 
comerciais, agro-pecuárias, 
minerais, financeiras, de 
serviços e outras 
Estrutura do Balanço Patrimonial 
De acordo com as leis 11.638/07 e 11.941/09 
Teste de Recuperabilidade de Ativos (Impairment) 
 Ativo Imobilizado 
 Bens ou direitos de permanência duradoura e que 
tenham por objetivo a manutenção das atividades 
operacionais da empresa 
 Ativo Intangível – adquiridos de terceiros 
 gerados internamente 
 Bens cujo valor reside não em qualquer propriedade 
física, mas nos direitos de propriedade que são 
legalmente conferidos aos seus possuidores. É um ativo 
não monetário identificável sem substância física 
Estrutura do Balanço Patrimonial 
De acordo com as leis 11.638/07 e 11.941/09 
Teste de Recuperabilidade de Ativos (Impairment) 
IMPAIRMENT TEST(Teste de Recuperabilidade) 
 Ativo intangível 
Estrutura do Balanço Patrimonial 
De acordo com as leis 11.638/07 e 11.941/09 
Teste de Recuperabilidade de Ativos (Impairment) 
Periodicidade da avaliação 
A empresa deve avaliar, no mínimo anualmente (por ocasião 
da elaboração das Demonstrações financeiras), se há alguma 
indicação de que seus ativos ou conjunto de ativos perderam 
representatividade econômica, considera relevante. 
Se houver indicação, deve 
efetuar a avaliação e reconhecer 
contabilmente a eventual 
desvalorização dos ativos 
Estrutura do Balanço Patrimonial 
De acordo com as leis 11.638/07 e 11.941/09 
Teste de Recuperabilidade de Ativos (Impairment) 
Indicação de perda de representatividade 
 
Fontes 
Externas 
 
 
Fontes 
Internas 
 
Valor de mercado do ativo 
Inovações tecnológicas 
Taxas de juros de mercado 
PL > valor das ações no mercado 
Evidências de obsolescência 
Mudanças no uso do ativo 
Desempenho econômico 
Estrutura do Balanço Patrimonial 
De acordo com as leis 11.638/07 e 11.941/09 
Teste de Recuperabilidade de Ativos(Impairment) 
Redução do valor recuperável de ativos 
Unidade geradora 
de caixa 
Preço liquido 
de venda 
Valor em uso 
do ativo Valor contábil 
do ativo 
Conceitos 
essenciais 
Valor recuperável 
do ativo 
Estrutura do Balanço Patrimonial 
De acordo com as leis 11.638/07 e 11.941/09 
Valor contábil dos ativos 
Definição 
Valor pelo qual um ativo está reconhecido no 
balanço depois da dedução de toda 
respectiva depreciação, amortização ou 
exaustão acumulada e provisão para perdas. 
Estrutura do Balanço Patrimonial 
De acordo com as leis 11.638/07 e 11.941/09 
Valor contábil dos ativos 
Exemplo 
Qual o valor contábil de uma máquina em 31 de 
dezembro de 2007, adquirida em 30 de setembro do 
mesmo ano por R$ 450.000 e utilizada desde a data 
de sua instalação? 
 
Desgaste pela vida útil econômica ou vida útil fiscal? 
Estrutura do Balanço Patrimonial 
De acordo com as leis 11.638/07 e 11.941/09 
Unidade geradora de caixa 
O valor recuperável de um ativo deve ser estimado 
para cada uma das unidades que geram caixa: 
É o menor grupo de ativos que inclui o ativo em uso e que gera 
entradas de caixa normalmente independente das entradas de 
caixa provenientes de outros ativos, recebidos de fonte externa 
da empresa 
Estrutura do Balanço Patrimonial 
De acordo com as leis 11.638/07 e 11.941/09 
Preço líquido de venda 
Definição 
 
É o valor a ser obtido pela venda de um ativo ou de uma 
unidade geradora de caixa em transações em bases 
comutativas, entre partes conhecedoras e interessadas, 
menos as despesas estimadas de venda. 
 
Despesas incrementais diretamente atribuíveis à venda ou à 
baixa de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa, 
excluindo as despesas financeiras e impostos sobre o resultado 
gerado. 
Estrutura do Balanço Patrimonial 
De acordo com as leis 11.638/07 e 11.941/09 
Preço líquido de venda 
Exemplo 
Qual o preço líquido de venda da máquina do exemplo 
anterior em 31 de dezembro de 2007, já negociada em 
contrato firmado entre as partes, por R$ 500.000 para 
recebimento em 120 dias ? 
 
O valor da operação inclui juros de 12% aa e a empresa 
vendedora alem de arcar com os gastos de desinstalação da 
máquina, programados para inicio do mês de janeiro de 
2008 , estimados em R$ 11.000, remunerará ainda o agente 
responsável pela intermediação da operação em 4% do valor 
da nota fiscal de venda. (considerar ICMS de 11% na 
operação) 
Estrutura do Balanço Patrimonial 
De acordo com as leis 11.638/07 e 11.941/09 
Preço líquido de venda 
A melhor evidência de um valor líquido de venda é 
um preço de um contrato de venda firme em uma 
transação em bases comutativas, entre partes 
conhecedoras e interessadas, ajustado por despesas 
adicionais que seriam diretamente atribuíveis à 
venda do ativo. 
E se não existir um contrato? 
Estrutura do Balanço Patrimonial 
De acordo com as leis 11.638/07 e 11.941/09 
Preço líquido de venda 
Se não existir um contrato 
A empresa poderá considerar o resultado de 
transações recentes para ativos semelhantes, dentro 
do mesmo setor de atuação 
 
Estrutura do Balanço Patrimonial 
De acordo com as leis 11.638/07 e 11.941/09 
Valor em uso dos ativos 
Definição 
É o valor presente de fluxos de caixa futuros 
estimados, que devem resultar do uso de um 
ativo ou de uma unidade geradora de caixa. 
Estrutura do Balanço Patrimonial 
De acordo com as leis 11.638/07 e 11.941/09 
Valor em uso dos ativos 
Exemplo - Valor presente de fluxos de caixa futuros 
 Uma empresa de laticínios (capital fechado) apresenta, 
 as seguintes projeções para o Fluxo de Caixa de um ativo 
em sua condição atual, cujo valor contábil na data do 
balanço é de R$ 15.000 mil 
 
• Ano 1 : - $4.000 mil 
• Ano 2 : 1.000 mil 
•Ano 3 : $8.000 mil 
• Ano 4 : $10.000 mil 
• Ano 5 : $8.000 mil 
Estrutura do Balanço Patrimonial 
De acordo com as leis 11.638/07 e 11.941/09 
Valor em uso dos ativos 
Exemplo - Valor presente de fluxos de caixa futuros 
Para se calcular o valor presente do fluxo apresentado 
deve ser utilizada uma taxa de desconto que considere 
o valor temporal do dinheiro para os períodos futuros e 
os riscos específicos do ativo 
Que taxa de desconto utilizar? 
WACC, por exemplo 
Estrutura do Balanço Patrimonial 
De acordo com as leis 11.638/07 e 11.941/09 
Valor em uso dos ativos 
Exemplo - Valor presente de fluxos de caixa futuros 
WACC (custo médio ponderado de capital) 
Componentes de financiamento Valores de mercado 
Capital de terceiros 
Capital próprio 
R$ 40.000.000 
R$ 60.000.000 
 Condições: 
 A empresa paga 15% a.a. sobre as dividas com 3º. 
 A alíquota de IR é de 30% 
 O prêmio pelo risco de mercado é de 8% e a taxa 
 corrente de juros de títulos federais é 11% 
Estrutura do Balanço Patrimonial 
De acordo com as leis 11.638/07 e 11.941/09 
Valor em uso dos ativos 
Exemplo - Valor presente de fluxos de caixa futuros 
WACC (custo médio ponderado de capital) 
 Com as condições apresentadas o WACC apurado é de 15,6%. 
 
Utilizando-se da fórmula Vp = FC (t + 1) / (1 + WACC)^n 
Calcula-se o valor presente dos fluxos de caixa futuros 
 
Valor em uso 
dos ativos 
 
Vp = R$ 11.942 mil 
Estrutura do Balanço Patrimonial 
De acordo com as leis 11.638/07 e 11.941/09 
Valor em uso dos ativos 
Maior valor entre 
 o preço líquido de venda do ativo 
e 
o seu valor em uso 
Caso o valor contábil do ativo 
exceda o valor recuperável, 
 deverá ser constituída provisão 
 para perdas, contra resultado 
Caso um desses valores 
exceda o valor contábil do ativo, 
 não haverá desvalorização 
 a ser registrada 
No exemplo 
R$ 3.058 mil 
Estrutura do Balanço Patrimonial 
De acordo com as leis 11.638/07 e 11.941/09 
Valor em uso dos ativos 
A empresa deverá divulgar as seguintes informações: 
1. O valor da perda reconhecida no período 
 
2. Os eventos que levaram ao seu reconhecimento 
 
3. Itens que compõem a unidade geradora de caixa 
 
4. Modo de identificação da unidade geradora de caixa 
 
5. Bases para determinação do valor recuperável 
As despesas com provisão para perdas por impairment são 
dedutíveis? (embasamento legal – lei 12.973/14 
 
 
RESP: Não e Sim. Elas não são dedutíveis quando constituídas, 
sendo permitida a dedução apenas quando ocorrer a Alienação ou 
Baixa do bem. Tal fato é semelhante ao que acontecia nas 
provisões para perdas que já existiam antes da nova lei. Vamos a 
um exemplo numérico. 
A Cia. Z compra um TERRENO (R$ 200) em JAN/15. No final de 2015, o valor 
recuperável do bem passa para 170. Em 2016, o terreno foi vendido por R$ 
180. 
 
AQUISIÇÃO, EM JAN/15: 
 DEB: Terreno 
 CRED: Caixa $ 200 
 
PROVISÃO PARA PERDAS,EM DEZ/15: 
 DEB: Despesa c/ Impairment (ADIÇÃO) 
 CRED: Provisão de Perdas ....... $ 30 
 
VENDA DO TERRENO, EM 2016: 
 DEB: Caixa $ 180 
 DEB: Ganho de Capital 1 - $ 20 (DEDUTÍVEL) 
 CRED: Terreno $ 200 
 
 DEB: Provisão de perdas 
 CRED: Ganho de Capital 2 - $ 30 (EXCLUSÃO) 
 
O ideal é separar o ganho de capital em duas contas (1 e 2), com objetivo de 
facilitar o controle e a rastreabilidade dos ajustes nas bases de IR e CSLL 
Fonte : Instituto de Pesquisas e Estudos Contábeis “Pergunte ao PEGAS” 
Exercício de Fixação 
 
Quando ficar identificadoque o valor de realização do ativo é maior que o seu 
valor contábil, não será necessário nenhum tipo de registro. Porém, se o valor 
realizável do ativo for menor que o valor contábil ENTIDADE deve efetuar o 
ajuste de emparelhamento: 
 
D – Outras Despesas Operacionais 
 perda com desvalorização de ativo $ 20.000 
C – Provisão para perda com desvalorização $ 20.000 
 
Obs: Caso em período futuro o ativo tenha o seu valor aumentado após uma 
nova avaliação de recuperabilidade, o valor ajustado não poderá ultrapassar o 
valor inicial do bem, desde a sua primeira avaliação. 
Exercício de Fixação 
 
1 – determinar o valor contábil líquido do bem 
 
Valor contábil líquido de um bem é determinado pelo 
custo histórico diminuído da 
depreciação/amortização ou exaustão acumulada e 
de provisões para perdas. 
 
 
 
Imobilizado $ 
Máquina 200.000 
(-) Depreciação Acumulada 80.000 
Total 120.000 
Exercício de Fixação 
 
2 – determinar o valor recuperável do bem 
 
a) Pelo valor líquido de venda – o valor líquido é o 
valor justo de venda (valor acertado) diminuído dos 
custos da transação (despesas de cartório, de 
transporte, de montagem ou desmontagem) 
 
 Máquina $ 
Preço de Venda 120.000 
(-) custo da venda 20.000 
Total 100.000 
Exercício de Fixação 
 
3 – comparação entre o valor contábil e o valor 
recuperável – Nesta fase é aplicado o teste de 
recuperabilidade por meio de uma comparação 
entre o valor contábil do bem e o seu valor 
recuperável. 
Máquina $ 
Valor contábil 120.000 
(-) valor recuperável 100.000 
(=) perda com desvalorização de ativo 20.000 
ALTERAÇÕES INTRODUZIDAS PELA LEI 11.638/07 
• Criação do Intangível 
 
 Aspectos contábeis – Intangível 
 
 - Bens incorpóreos, tais como: marcas, patentes, concessões, direitos de 
franquias, direitos autorais. 
 
 Amortização do Intangível 
 
 D – Amortização (despesas operacionais.) 
 C – Amortização acumulada (retificadora do ativo) 
 (Obs.: Exceto rentabilidade futura) 
 
Gastos com Pesquisa e Desenvolvimento (CPC 04): 
 
a) Pesquisas: Sempre despesas. 
 
b) Desenvolvimento: Intangível somente quando demonstrada a viabilidade 
técnica e comercial dos produtos e, recursos suficientes para produção e 
comercialização. Caso contrário, são contabilizados como despesas 
 Classificação do “Ativo Imobilizado”, bens adquiridos através de 
arrendamento mercantil, com contrapartida da dívida do passivo; 
 
 Arrendamento Mercantil FINANCEIRO; 
Deve ser ativado. 
 
 Arrendamento Mercantil OPERACIONAL. 
 É despesa. 
 
Os parâmetros para a contabilização do arrendamento mercantil 
financeiro terão como base o Pronunciamento Técnico do CPC 06 
Operações de Arrendamento Mercantil 
Depreciação, 
Amortização e Exaustão 
 
DEPRECIAÇÃO 
 
 É a diminuição do valor dos bens corpóreos em decorrência de desgaste 
ou perda de utilidade pelo uso, ação da natureza ou obsolescência. 
Expressa a perda de valor que os valores imobilizados de utilização sofrem 
no tempo, por força de seu emprego na gestão 
 
 O encargo da depreciação poderá ser computado como custo ou 
despesa operacional, conforme o caso. A depreciação dos bens utilizados 
na produção será custo, enquanto a depreciação dos demais bens há de 
ser registrada como despesa operacional. 
TABELA DE DEPRECIAÇÃO 
 Abaixo uma tabela básica de acordo com a Receita Federal, resumindo segundo 
a legislação Brasileira como os bens são depreciados: 
 taxa anual anos de vida útil 
 Edifícios 4% 25 
 Máquinas e Equipamentos 10% 10 
 Instalações 10% 10 
 Móveis e Utensílios 10% 10 
 Veículos 20% 5 
 Computadores e periféricos 20% 5 
 
A base de cálculo da depreciação, exaustão ou amortização será: 
 a) Custo; 
 
 b) Valor de reavaliação decorrente de novas avaliações efetuadas no ativo 
imobilizado. 
NÃO SE DEPRECIAM: 
 
 Terrenos, salvo em melhoramentos ou construções 
 
 Bens que normalmente aumentam de valor com o tempo, como obra de 
arte 
 
 Prédios e construções não alugados nem utilizados por seu proprietário 
na produção de seus rendimentos ou imóveis destinados à venda. 
MÉTODOS DE DEPRECIAÇÃO 
 
 Existem vários métodos para calcular a depreciação. 
 Destes, os mais tradicionalmente utilizados são: 
 Método das quotas constantes 
 
A depreciação por esse método é calculada dividindo o valor a ser depreciado 
pelo tempo de vida útil do bem. Este método é chamado linear, devido a sua 
simplicidade, é utilizado pela grande maioria das empresas. 
 
Exemplo: 
 
 Custo do bem: $ 6.000,00 
 Vida útil estimada: 5 anos 
 Não há valor residual estimado 
 Depreciação: $ 6.000,00 = 100/ mês 
 60 
Novas Normas 
 
A comissão de valores imobiliários aprovou uma nova norma 
emitida pelo comitê de pronunciamento contábeis (CPC). A nova 
norma trata do imobilizado. A nova regra modifica a forma de 
cálculo da depreciação do ativo imobilizado. A empresa deverá 
calcular o prazo estimado para depreciação, assim como estimar 
um valor residual para o ativo, pelo qual ele poderia ser vendido 
após a depreciação. 
Chamamos a atenção ao tratamento da depreciação que com a 
recente alteração da Lei nº. 6.404/76 pela Lei nº. 11.638/07 e 
11.941/09, permitiu uma melhor aderência da prática contábil 
brasileira às normas internacionais. 
Novas Normas 
 
Nesse sentido, o pronunciamento traz de forma mais objetiva a 
eventual influência residual do bem na aplicação da depreciação, 
quando menciona "O valor depreciável de um ativo é determinado 
após a dedução de seu valor residual. Na prática, o valor residual de 
um ativo frequentemente não é significativo e por isso imaterial 
para o cálculo do valor depreciável". 
 
 Observação: toda base de cálculo deve considerar o valor residual 
dos bens, ou seja, o valor obtido pela venda ou descarte do bem 
após sua vida útil, sua depreciação. Este valor deve ser obtido 
através de publicações (caso de veículos) e outras fontes específicas 
(máquinas usadas). Se necessário, deve-se fazer um laudo técnico 
ou reavaliação. 
Exemplo de depreciação 
 
 Congelador 
 
 Vida útil determinada pelo empresário - 4 anos 
 
 Valor de aquisição - 4.800 
 
 Valor residual (valor do mesmo congelador com 4 anos de uso) - 2.400 
 
 Valor Depreciável = Valor contábil - Valor residual 
 
 Valor Depreciável = 4.800 - 2.400 = 2.400 
 
 Taxa anual de depreciação = 25% a.a. 
 
 Depreciação no primeiro ano = 600 
Exemplo de depreciação 
 
 No segundo ano: 
 Valor contábil = 4.800 - 600 = 4.200 
 
 Valor residual do congelador, agora para 3 anos = 1.800 (valor 
deve ser avaliado ano a ano) 
 
 Valor depreciável = 4.200 - 1.800 = 2.400 
 
 Taxa de depreciação no segundo ano = 33.3333% 
 
 Depreciação no segundo ano = 800 
Exemplo de depreciação 
 
 No terceiro ano: 
 
 Valor contábil = 4.200 - 800 = 3.400 
 
 Valor residual do congelador, agora com 2 anos de uso e mais 
dois ano a usar = 1.000 
 
 Valor depreciável = 3.400 - 1000 = 2.400 
 
 Taxa de depreciação no terceiro ano = 50% 
 
 Depreciação no terceiro ano = 1.200 
Exemplo de depreciação 
 No último ano: 
 Valor contábil = 3.400 - 1.200 = 2.200 
 
 Valor residual, nesta data, é igual ao valor de mercado = 1.100 
Valor Depreciável = 2.200 - 1.100 = 1.100 
 
 Taxa de depreciaçãono quarto ano = 100% 
 
 Depreciação no quarto ano = 1.100 
 
 Como consequência, o valor contábil estará refletindo o valor 
recuperável do ativo. 
 
 Caso o empresário resolva continuar a usar o congelador, deverá 
ele estipular nova vida útil e o valor contábil de partida será os 
1.100. 
AMORTIZAÇÃO 
 
 É a perda do valor dos bens imateriais em razão do tempo. 
Enquanto a depreciação é usada para os bens materiais (tangíveis), 
a amortização é usada para os bens imateriais(intangíveis), como 
benfeitorias e imóveis de terceiros, marcas e patentes, despesa de 
organizações etc. 
 
 A amortização dos componentes do intangível sujeita-se a dois 
prazos: 
 Um mínimo de cinco anos, para fins fiscais 
 
 Um máximo de dez anos, que é aplicável a todas as pessoas 
jurídicas que possuam escrituração contábil regular. 
Exaustão 
 
 Fenômeno patrimonial que caracteriza a perda de valor que 
sofrem as imobilizações suscetíveis de exploração e que se esgotam 
no decorrer do tempo, como por exemplo, as reservas minerais e 
vegetais (bosques, florestas, jazidas etc.) 
 
A exaustão objetiva distribuir o custo dos recursos naturais durante 
o período em que tais recursos são extraídos ou exaurido. 
Exaustão 
 
 Valor contábil das jazidas = 50.000,00 
 Exaustão acumulada até o exercício precedente = 15.000,00 
 Estimativa total de minérios da jazida = 100.000t 
 Extração neste exercício = 10.000t 
 Receita pela extração no exercício = $ 60.000 
 O cálculo da despesa de exaustão(contábil) poderá ser: 
 Relação da extração do ano com a possança(efetiva exploração dos recursos 
minerais ou florestais) 
 10.000t = 10% 
 100.000t 
 
 Exaustão contábil = 10% sobre 50.000,00 = 5.000,00 
 Exaustão dedutível = 20% sobre 60.000,00 = 12.000,00 
 Diferença (exaustão incentivada) = 7.000,00 
 Na contabilidade registra-se como despesa do ano a título de exaustão 
somente a exaustão física efetiva de 5.000,00. 
MUDANÇAS DA LEI 6.404/07 PARA 11.638/07 
 
 
 A Lei nº. 11.638/07 trouxe a adição, à Lei das S/A, da menção de 
que as depreciações e amortizações precisam ser efetuadas com 
base na vida útil econômica dos bens. Sabidamente, não 
necessariamente essa era a prática no Brasil. Por isso, a modificação 
nesses procedimentos é obrigatória, porém é necessário laudo de 
avaliação (laudo de vida útil). 
NIETZSCHE 
Ninguém pode construir em teu 
lugar as pontes que precisarás 
passar, para atravessar o rio da 
vida – ninguém, exceto tu, só tu.

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