Fisiologia renal e formação da urina

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Fisiologia renal e 
formação da 
urina
Profa. Ma. Evelin Antonieli
Sistema urinário
 2 rins
 2 ureteres
 Bexiga 
 Uretra 
Localização dos Rins
 Cada rim mede cerca de 
10 cm de comprimento, 5 
cm de largura e 2,5 cm de 
espessura.
 Os rins estão localizados
superiormente na parede
posterior da cavidade
abdominal, atrás do 
peritônio parietal (espaço
retroperitoneal).
Localização dos rins
Estrutura do Rim
Pirâmide renal
Funções dos Rins
 Excretam os restos nitrogenados como uréia, amônia e 
a creatinina
 Regulam o volume do sangue, determinando a 
quantidade de água excretada
 Ajudam a regular os eletrólitos contidos no sangue
 Têm uma função importante na regulação do equilíbrio 
ácido-base (pH sangüíneo) controlando a excreção de 
íons de hidrogênio (H+)
 Participam da regulação da pressão sanguínea através 
da secreção de renina
 Atuam na regulação da produção de células vermelhas 
do sangue através da secreção de um hormônio 
chamado eritropoetina
Fluxo sanguíneo renal
 O sangue irriga os rins através da artéria renal e 
entra nos néfrons através da arteríola aferente
 Flui através do glomérulo para a arteríola eferente
 Arteríolas aferente e eferentes tem calibres 
diferentes, o que leva a diferença de pressão 
impulsiona o fluxo sanguíneo para dentro do 
glomérulo
Artéria 
renal
Artéria 
renal
Capilares 
sangüíneo
s
 O sangue deixa os rins através de uma série de 
veias que finalmente se unem para formar a 
veia renal; esta desemboca na veia cava 
inferior
Fluxo sanguíneo renal
Produção de Urina: O Néfron
 O néfron é a unidade 
morfofuncional ou unidade 
produtora de urina do rim
 Cada rim contém cerca de 
um milhão de néfrons
 Cada néfron possui duas 
partes: um componente 
tubular (túbulo renal) e um 
componente vascular
(vasos sanguíneos)
Componentes do néfron
 Túbulos renais
◦ Glomérulo (grupo de capilares)
◦ Cápsula do glomérulo (cápsula de Bowman)
◦ Túbulo contorcido proximal
◦ Alça de Henle
◦ Túbulo contorcido distal
 Vasos sangüíneos
◦ Arteríola aferente
◦ Arteríola eferente
◦ Capilares peritubulares
Néfron
Estrutura do néfron
Formação da Urina
 Três processos estão envolvidos na 
formação da urina: filtração 
glomerular, reabsorção tubular e 
secreção tubular
Filtração glomerular
 A filtração faz com que a água e as substâncias 
dissolvidas passem do glomérulo para a cápsula e 
túbulos
 A pressão sangüínea no glomérulo é maior do que a 
pressão no interior da cápsula do glomérulo: este é o 
gradiente de pressão que proporciona a força motriz 
para a filtração
Filtração glomerular
 A filtração glomerular não é 
seletiva, a diferença do filtrado 
para o plasma é a ausência de 
proteínas e células
 Pequenas substâncias – como 
a água, o sódio, o potássio, o 
cloreto, a glicose, o ácido úrico 
e a creatinina – passam muito 
facilmente através dos poros 
da barreira de filtração
 As células endoteliais 
possuem poros (fenestradas) 
 aumentam a 
permeabilidade vascular
Proteínas
Sangue
Túbulo 
renal
Cápsula de Bowman
Sangue
Água + Sais
Uréia + 
aminoácidos
Glicose
Filtração glomerular
Filtração: 
glomérulo / 
cápsula de 
Bowman
Taxa de filtração glomerular
O índice em que a filtração glomerular 
acontece é chamado de taxa de 
filtração glomerular.
A quantidade de filtrado formado é de 
125 ml por minuto, ou 180 litros em 24 
horas.
Uma pessoa excreta cerca de 1,5 litro 
de urina por dia.
Reabsorção Tubular
 A maior parte do filtrado, aproximadamente 
178,5 litros é reabsorvida no rim e retorna 
para a circulação
 A reabsorção tubular é o processo pelo qual 
água e substâncias dissolvidas (filtrado 
glomerular) passam dos túbulos para o 
sangue dos capilares peritubulares
 Embora a reabsorção ocorra ao longo de 
todo o comprimento do túbulo renal, a maior 
parte ocorre no túbulo contorcido proximal
 A glicose é completamente reabsorvida
 99% da água e sódio são reabsorvidos
 50% da uréia são reabsorvidos
 Alguns produtos residuais, como a creatinina, 
não são reabsorvidos completamente, 
permanecendo nos túbulos e fazendo parte da 
urina
Reabsorção Tubular
 A reabsorção de substâncias pelos rins 
também varia conforme o mecanismo de 
reabsorção, que pode ocorrer através do 
transporte ativo ou passivo
 Por exemplo, o sódio é transportado 
ativamente dos túbulos para o interior dos 
capilares peritubulares
 A água e o cloreto seguem passivamente o 
movimento do sódio
Reabsorção Tubular
Filtrado
glicose
aminoácidos 
água
alguns sais
Capilar 
sangüíneo
Cápsula de Bowman
Tubo contornado proximal
água -
Osmose
Reabsorção Tubular
 Túbulo contorcido proximal: 
reabsorção de aminoácidos, 
glicose e sais
 Alça de Henle: 
◦ Descendente: reabsorção 
de água (por osmose)
◦ Ascendente: Reabsorção 
de sais
 Túbulo contorcido distal: 
reabsorção de água e sais
 Ducto coletor: reabsorção 
de água
Reabsorção Tubular
Secreção tubular
 A secreção determina que 
pequenas quantidades de 
substâncias específicas se 
movam dos capilares 
peritubulares para os 
túbulos
 Este processo envolve a 
secreção ativa de 
substâncias tais como íons 
potássio (K+), íons 
hidrogênio, ácido úrico, 
amônia e drogas
 A secreção tubular desempenha duas 
funções muito importantes: 
◦ Eliminação de resíduos não filtrados 
pelos glomérulos 
◦ Regulação do equilíbrio ácido-básico do 
organismo
Secreção tubular
Excreta muitas substâncias estranhas como por exemplo 
medicamentos (que não são filtrados por estarem ligados à 
proteínas plasmáticas), que se dissociam das proteínas 
transportadoras e migram para o túbulo renal
Íons bicarbonato (HCO3-) tamponam o ácido ingerido. A 
secreção tubular envia íons H+ para o túbulo, isso faz com 
que hja uma reação propiciando reabsorção de quase 100% 
dos íons bicarbonato.
Esses 3 processos ocorrem 
simultaneamente e sua 
velocidade é determinada 
pelo equilíbrio ácido-básico 
do organismo. 
Ducto coletor
 A urina passa dos túbulos contorcidos distais 
para os tubos ou ductos coletores, que na 
medula se unem uns aos outros, formando 
túbulos cada vez mais calibrosos, e se dirigem 
para as papilas
 Conduzem a urina em direção à pelve renal, 
onde abrem-se em uma papila. 
A urina é recolhida nos cálices 
renais (pelve) 
Da circulação
Todos os componentes do 
sangue entram no rim
Para circulação
Proteínas, nutrientes,
água e alguns íons
retornam ao sangue
Para a bexiga
Resíduos nitrogenados
(uréia, ácido úrico,
amônia, creatinina), 
eletrólitos e água.
Ureteres
 Conectando os rins com a bexiga, os 
dois ureteres originam-se nas pelves 
renais e terminam na bexiga.
 Os ureteres são longos (25-33 cm) e 
delgados tubos musculares capazes de 
realizar contrações rítmicas 
denominadas peristaltismo.
 Algumas vezes uma pedra renal 
(cálculo renal) se aloja no delgado 
ureter e a urina retorna provocando uma 
dor severa e pressão, conhecida como 
cólica renal. 
Bexiga
 A parede da bexiga é arranjada em pregas 
denominadas rugas, que permitem a distensão do 
órgão quando está cheio.
 A vontade de urinar normalmente começa quando há 
um acúmulo de cerca de 200mL de urina; uma 
bexiga superdistendida pode conter mais de um 
litro.
 Esfíncter interno (na saída da bexiga, contém 
músculo liso)
 Esfíncter externo (parte superior da uretra, contém 
músculo esquelético)
Uretra Feminina
 Mede emtorno de 3,8 cm.
 Epitélio cilíndrico estratificado (ou pseudo-estratificado), 
com glândulas mucosas associadas que secretam muco.
 Epitélio de transição próximo à bexiga.
 Epitélio pavimentoso estratificado não-queratinizado
próximo do óstio uretral externo.
 Póstero-inferiormente, está firmemente ligada à parede 
anterior da vagina por uma camada de tecido conjuntivo 
fibroso.
Uretra Feminina
Reto
Útero
Vagina 
Uretra
Esfíncter
Uretral
Externo
Esfíncter
Uretral
Interno
Bexiga
Urinária
Uretra Masculina
 Mede em torno de 20 cm.
 A uretra masculina é formada pelas porções:
– prostática
– membranosa
– cavernosa ou peniana
 A prostática situa-se muito próximo à bexiga e a parte inicial 
da uretra está colocada no seu interior. Os ductos que 
transportam a secreção da próstata abrem-se na uretra 
prostática.
Uretra Masculina
 A uretra membranosa tem apenas 1cm de extensão e é 
revestida por epitélio pseudo-estratificado colunar. Nesta 
parte da uretra existe um esfíncter de músculo estriado: o 
esfíncter externo da uretra.
 A uretra cavernosa localiza-se no corpo cavernoso do pênis. 
O epitélio é pseudo-estratificado colunar, com áreas de 
epitélio estratificado pavimentoso. 
 As glândulas de Littré são do tipo mucoso e encontram-se 
em toda a extensão da uretra, porém predominam na uretra 
peniana.
Uretra Masculina
Testículos
Uretra
Esfíncter
Uretral
Externo
Esfíncter
Uretral
Interno
Reto
Bexiga
urinária
Pênis
Glândula
prostática
Sistema renina-angiotensina aldesterona
Hormônio Antidiurético (ADH)
– A neuro-hipófise (ou lobo posterior da 
hipófise) secreta o ADH.
– O ADH diminui a excreção de água e 
promove a excreção de uma urina 
altamente concentrada.
– Atua nos ductos coletores, tornado-os 
permeáveis à água que é reabsorvida 
para os capilares peritubulares. 
– Os dois estímulos para a liberação de 
ADH são: (1) diminuição do volume 
sangüíneo e (2) aumento na 
concentração de solutos no plasma.