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R E S U M O 
S I S T E M A U R I N Á R I O 
B M F I I I - P 1
Resumo
Parte 1 - Os rins 
 
1. Anatomia renal 
1.1 Anatomia externa 
Os rins estão localizados 
lateralmente à coluna vertebral 
entre a última vértebra torácica 
e a terceira vértebra lombar, 
bilateralmente. São órgãos 
retroperitoneais bilaterais 
( e n c o n t r a m - s e f o r a d a 
cavidade peritoneal ) e estão 
nos quadrantes abdominais 
superiores. O rim direito está 
localizado levemente inferior ao 
esquerdo, devido ao tamanho e 
à localização do lobo direito do 
fígado. 
Hilo: É por onde o ureter 
emerge do rim, justamente com 
os vasos linfáticos, nervos e 
vasos sanguíneos. Ali que a 
artéria renal entra e a veia 
renal deixa o órgão. Também a pelve renal deixa o órgão nesse ponto, posterior aos dois vasos. 
A entrada que leva ao tecido renal interno é conhecida pelo termo seio renal. 
1.1.1 Camadas: 
● Cápsula fibrosa: a mais profunda, é uma lâmina transparente de tecido conjuntivo denso 
não modelado que é contínuo com o revestimento externo do ureter; 
● Cápsula adiposa: a camada intermediária, é uma massa de tecido adiposo que envolve a 
cápsula fibrosa, protegendo o rim contra traumas e mantendo-o no lugar; 
● Fáscia renal: é uma camada fina de tecido conjuntivo denso não modelado que ancora o 
rim às estruturas adjacentes e à parede abdominal. A fáscia renal encontra-se 
profundamente ao peritônio. 
1.2 Órgãos adjacentes: 
● fígado, o duodeno e o cólon ascendente, localizados anteriores e à direita; 
● estômago, o baço, o pâncreas, o jejuno e o cólon ascendente, localizados anteriores e 
à esquerda; 
● o quadrado lombar pode ser encontrado inferior e posteriormente; 
● o diafragma, que pode ser visto superior e posteriormente. 
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Resumo: Sistema urinário. Vinícius 1
1.3 Anatomia interna dos rins 
Uma região vermelha clara superficial é chamada córtex renal e uma região interna mais escura 
é chamada de medula renal. A medula renal consiste em várias pirâmides renais em forma de 
cone. A base ( extremidade mais larga de cada pirâmide está voltada para o córtex renal e seu 
ápice ( extremidade mais estreita ) chamado papila renal está voltada para o hilo. O córtex renal 
é a área de textura fina que se estende da cápsula fibrosa às bases das pirâmides renais e nos 
espaços entre elas. Ela é dividida em uma zona cortical externa e uma zona justamedular 
interna. As partes do córtex renal que se estendem entre a pirâmides renais são chamadas 
colunas renais. 
Juntos o córtex renal e as pirâmides renais da medula renal constituem o parênquima, ou porção 
funcional do rim. No interior do parênquima estão as unidades funcionais dos rins - 
aproximadamente 1 milhão - os chamados néfrons. 
1.4 Suprimento sanguíneo dos rins 
O sangue sai da aorta, vai para a artéria renal, a artéria renal se divide em 5 artérias 
segmentares que entram no Hilo. Dentro do seio renal, cada artéria segmentar divide-se em 
artérias interlobares que se situam nas colunas renais, entre as pirâmides renais. 
Na junção medula-córtex, as artérias interlobares ramificam-se nas artérias arqueadas, que 
formam arcos e em seguida, nas artérias interlobulares, que suprem porções do lobo renal 
adjacente. Numerosas arteríolas glomerulares aferentes ramificam-se de cada artéria interlobular 
a fim de suprir individualmente os néfrons. 
A partir dos néfrons, o sangue entra em uma rede de vênulas que convergem nas veias 
interlobulares. Em uma imagem especular da distribuição arterial, as veias interlobulares 
conduzem o sangue para as veias arqueadas, que drenam para as veias interlobares, as quais se 
mesclam para formar a veia renal; não há veias segmentares. 
 
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Resumo: Sistema urinário. Vinícius 2
2. Histologia, anatomia 
microscópica renal e 
funcionalidades básicas 
A principal unidade estrutural e funcional renal é o néfron. Cada néfron é composto por um 
corpúsculo renal e túbulo renal, que é dividido em porções: túbulo contorcido proximal, alça 
de Henle, túbulo contorcido distal e túbulo coletor. É revestido por um epitélio simples 
adaptado aos aspectos para a produção de urina. 
2.1 Corpúsculo renal 
A primeira parte do néfron, onde 
ocorre a filtração, é o corpúsculo 
renal. Encontrado apenas no 
córtex, consiste em um novelo de 
capilares chamado de glomérulo 
( significa novelo de lã ) circulado 
pela cápsula de Bowman ( oca 
em forma de cálice ). O glomérulo 
é abastecido por uma arteríola 
aferente e drenado por uma 
arteríola eferente. O endotélio é 
fenestrado ( possui muitos poros ) 
e são altamente permeáveis, 
permitindo que moléculas entrem 
no interior oco da cápsula, o 
espaço capsular. 
A camada parietal ( externa ) da 
cápsula é um epitélio estratificado 
simples e contribui para a estrutura da célula, mas não faz parte da formação do filtrado. A 
camada visceral ( interna ) consiste em células epiteliais ramificadas e incomuns chamadas 
podócitos. Cada ramo dos podócitos termina em pedicelos. O filtrado passa para o espaço 
capsular através de fendas finas entre os pedicelos, chamadas fendas de filtração. 
2.2 túbulo renal 
2.2.1 túbulo contorcido proximal. 
 É a primeira parte do túbulo renal. Confiando inteiramente no córtex, é mais ativo na reabsorção 
e secreção. Suas paredes são formadas de células epiteliais cubóides ricas em microvilosidades 
que preenchem a luz do vaso. As microvilosidades aumentam a área de superfície, maximizando 
a capacidade de absorver água, íons e solutos. Também possuem muitas mitocôndrias, o que 
fornece energia para a reabsorção. 
2.2.1.1 Secreção e reabsorção no túbulo contorcido proximal 
A maior quantidade de reabsorção de soluto e água a partir do líquido filtrado ocorre nos túbulos 
contorcidos proximais, que reabsorvem: 
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Resumo: Sistema urinário. Vinícius 3
● 60% da água filtrada, Na+ e K+; 
● 100% da maior parte dos solutos orgânicos filtrados, como a glicose e os aminoácidos; 
● 50% do Cl– filtrado; 80 a 90% do HCO3– filtrado; 
● 50% da ureia filtrada; e uma quantidade variável dos íons Ca2+, Mg2+ e HPO42– (fosfato) 
filtrados. 
Além disso, os túbulos contorcidos proximais secretam uma quantidade variável de H+, íons 
amônia (NH4+) e ureia. 
Em outro processo de transporte ativo secundário, os contratransportadores Na+ H+ carregam o 
Na+ filtrado a favor do seu gradiente de concentração para dentro de uma célula do TCP 
conforme o H+ é movido do citosol para o lúmen 
fazendo com que o Na+ seja reabsorvido para o sangue e o H+ seja secretado no líquido tubular. 
As células do TCP produzem o H+ necessário para manter os contratransportadores deslocando-
se. 
2.2.2 Alça de Henle 
Alça de Henle ( alça do Néfron ), curva-se várias vezes num trajeto sinuoso como túbulo 
contorcido distal e termina como túbulo coletor, se juntando ao ducto coletor. 
A alça do néfron pode ser dividida em ramo descendente e ramo ascendente. O ramo 
descendente faz trajeto em direção à pelve renal, e o ascendente retorna em direção ao córtex 
renal. Cada ramo contém um segmento grosso e um segmento delgado. 
Os segmentos grossos são os encontrados mais próximos ao córtex, enquanto os segmentos 
delgados localizam-se nas porções mais pro- fundas da medula renal, revestidos por um epitélio 
epitelial. O espesso ramo ascendente, que se inicia profundamente na medula, contém 
mecanismos de transporte ativo que bombeiam íons sódio e cloro para fora do líquido tubular. 
2.2.2.1 Reabsorção naalça de Henle 
A composição química do líquido tubular agora é muito diferente daquela do filtrado glomerular, 
porque a glicose, os aminoácidos e outros nutrientes não estão mais presentes. 
Aqui, pela primeira vez, a reabsorção de água por osmose não é automaticamente acoplada à 
reabsorção de solutos filtrados, porque parte da alça de Henle é relativamente impermeável à 
água. 
Embora aproximadamente 15% da água filtrada sejam reabsorvidos na parte descendente da alça 
de Henle, pouca ou nenhuma água é reabsorvida na parte ascendente. Neste segmento do 
túbulo, as membranas apicais são praticamente impermeáveis à água. 
2.2.3 Tubulo contorcido distal 
Túbulo contorcido distal está confinado no córtex renal e é especializado na secreção seletiva e 
reabsorção de íons. Não tem grande quantidade de microvilosidades. 
2.2.3.1 Reabsorção no contorcido distal 
O túbulo contorcido distal é um importante local para: 
● Secreção ativa de íons, ácidos e outros materiais; 
● Reabsorção seletiva de íons sódio e cálcio do líquido tubular; 
● Reabsorção seletiva de água, o que contribui para concentrar o líquido tubular. 
As atividades de transporte de sódio que ocorrem no TCD são reguladas pelos níveis de 
aldosteronacirculante, secretada pelo córtex da glândula supra-renal. 
A reabsorção de Na+ e Cl– ocorre por meio dos simportadores Na+Cl–nas membranas apicais. 
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Resumo: Sistema urinário. Vinícius 4
O início do TCD também é um importante local onde o hormônio paratireóideo (PTH) estimula a 
reabsorção de Ca2+. A quantidade de reabsorção de Ca2+ no início do TCD varia de acordo com 
as necessidades do organismo. 
2.2.4.Sistema coletor 
O túbulo contorcido distal, o último segmento do néfron, abre-se para o sistema coletor, que 
consiste em túbulos coletores, ductos coletores e ductos papilares. 
A urina passa dos túbulos distais dos néfrons para os túbulos coletores, que se unem para formar 
os ductos coletores, que se abrem na papila e desaguam nos cálices menores. 
Os túbulos coletores individuais conectam cada néfron ao ducto coletor mais próximo. Cada 
ducto coletor recebe líquido de vários túbulos coletores, drenando néfrons corticais e 
justamedulares. Vários ductos coletores convergem para esvaziarem-se no ducto papilar maior, 
que se esvazia em um cálice renal menor, deste para um cálice renal maior e finalmente para a 
pelve renal. O epitélio de revestimento do sistema coletor inicia-se como um epitélio cubóide 
simples, nos túbulos coletores, e se transforma em um epitélio colunar nos ductos coletores e 
papilares. 
Seu papel mais importante é conservar fluidos. Quando o corpo precisa conservar água, a 
neuro-hipófise ( parte superior da hipófise ) secreta o hormônio ADH ( hormônio anti-diurético), 
que aumenta a permeabilidade dos ductos coletores e dos túbulos distais a agua. O álcool inibe a 
liberação do hormônio antidiurético, resultando em menos absorção de água e provocando 
desidratação em casos severos. 
Se a permeabilidade do ducto coletor for baixa, a maior parte do líquido tubular que chega ao 
ducto coletor irá para a pelve renal e a urina será diluída. Por outro lado, se a permeabilidade do 
ducto coletor for alta, o fluxo osmótico da água para o exterior do ducto e em direção à medula 
renal estará aumentado. Isso resultará em uma pequena quantidade de urina altamente 
concentrada. 
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Resumo: Sistema urinário. Vinícius 5
 
1.7 Classe dos néfrons 
Os néfrons corticais representam mais de 85% do total de néfrons e estão localizados quase que 
inteiramente no córtex. O restante são chamados de néfrons justamedulares ( próximos a 
medula ). Os néfrons justamedulares possu 
1.8 Vasos sanguíneos associados aos néfrons 
O glomérulo é ao mesmo tempo alimentado e drenado por arteríolas. A arteriola aferente chega 
ao glomérulo e a eferente sai. 
Os capilares peritubulares surgem das arteríolas eferentes que drenam os glomérulos corticais. 
Os capilares peritubulares são adaptados para absorção, pois são vasos porosos de baixa 
pressão que absorve imediatamente os solutos e água após serem reabsorvidas no filtrado. 
Vasos retos: na parte mais profunda do cortex renal, as arteríolas eferentes dos glomerulos 
justamedulares continuam em vasos de paredes finas chamados vasos retos, que descem para a 
medula formando uma rede em volta da alça de Henle. Eles fazem parte do mecanismo de 
concentração da urina. 
1.9 Complexo justaglomerular 
O complexo (ou aparelho) justaglomerular (“perto do glomérulo”), é uma estrutura que funciona 
na regulação da pressão arterial, é uma área de contato especializado entre a extremidade do 
túbulo contorcido distal e a arteríola aferente. Dentro do complexo, as estruturas do túbulo e da 
arteríola são modificadas. 
As paredes das arteríolas aferentes e eferentes contêm células justaglomerulares, células 
musculares lisas modificadas com grânulos secretórios contendo um hormônio chamado renina. 
As células granulares parecem ser mecanorreceptores que secretam renina em resposta à 
queda de pressão sanguínea na arteríola aferente. 
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Resumo: Sistema urinário. Vinícius 6
A mácula densa, que é a terminal do túbulo contorcido distal adjacente às células 
justaglomerulares, consiste em células epiteliais altas e próximas umas das outras que agem 
como quimiorreceptoras, monitorando as concentrações de soluto no filtrado. Quando as 
concentrações de soluto ficam abaixo de um determinado nível, as células da mácula densa 
sinalizam às células justaglomerulares para que estas secretem renina. A renina inicia uma 
sequência de reações químicas no sangue (conhecidas como mecanismo renina-angiotensina) 
que resulta, pelo córtex renal, na secreção do hormônio aldosterona, que aumenta a reabsorção 
do sódio (Na+) pelos túbulos contorcidos distais, aumentando a concentração de soluto no 
sangue. Quando o sódio é reabsorvido, a água acompanha o gradiente osmótico, fazendo que o 
volume e a pressão sanguíneos aumentem. A cafeína e certas medicações prescritas para a 
hipertensão agem como diuréticos, que são substâncias que aumentam a quantidade de urina 
excretada ao bloquearem a reabsorção do sódio pelos túbulos contorcidos distais. 
As células mesangiais têm formato irregular e estão situadas em volta da base do glomérulo. 
Essas células exibem propriedades contráteis que regulam o fluxo sanguíneo dentro do 
glomérulo. As células mesangiais extraglomerulares interagem com as células da mácula 
densa e as células justaglomerulares como forma de regular a pressão sanguínea. 
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Resumo: Sistema urinário. Vinícius 7
3. Fisiologia renal: 
3.1 Funções dos rins: 
● Regulação da composição iônica do sangue, regulando os íons Na+, K+, Ca2+, cloreto 
e fosfato; 
● Regular o pH do sangue: excretam uma variável quantidade de H+ para a urina e 
preservam bicarbonato, importante tampão do H+ sanguíneo, regulando assim o pH 
sanguíneo; 
● Regular o volume do sangue: ajustam o volume do sangue eliminando ou conservando 
água na urina; 
● Regulação da pressão arterial: O aumento do volume de sangue eleva a pressão 
arterial, enquanto a diminuição reduz. Eles também secretam a enzima renina, que ativa o 
sistema renina-angiotensina-aldosterona. O aumento da renina aumenta a pressãoarterial; 
● Manutenção da osmolaridade sanguínea: regulando a perda de água e de solutos na 
urina, os rins mantêm as osmolaridade sanguínea. 
● Produção de hormônios: produzem dois: o calcitriol ( forma ativa da vitamina D que 
regula a homeostasia do cálcio ) e a eritropoetina que estimula a produção de eritrócitos. 
● Regulação do nível de glicose no sangue: utilizam o aminoácido glutamina na 
gliconeogênese, então liberando glicose no sangue para manter a glicemia em níveis 
normais. 
● Excreção de escórias metabólicas: através da formação da urina, excretam substâncias 
que não possuem função úteis ao corpo. 
3.2 Processos básicos dos néfrons e ductos coletores 
Os néfrons e os ductos coletores realizam três processos básicos: filtração glomerular, 
reabsorção tubular e secreção tubular. 
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Resumo: Sistema urinário. Vinícius 8
 
● Filtração glomerular: primeira etapa, nela a água e solutos do plasma sanguíneo 
atravessam as paredes dos capilares glomerulares onde são filtrados e passam para o 
interior da cápsula glomerular e em seguida, para o túbulo renal; 
● Reabsorção tubular: Conforme o líquido filtrado passa pelos túbulos renais e ductos 
coletores, as células tubulares reabsorvem 99% da água e muitos solutos. A água e 
solutos retornam ao sangue que flui pelos capilares peritubulares e arteríolas retas. 
● Secreção tubular: conforme o líquido filtrado flui pelos túbulos coletores e renais, as 
células secretam outros materiais ( como escórias metabólicas, fármacos e íons em 
excesso ) para o líquido. Secreção remove uma substância do sangue. 
( obs: cabe lembrar: excretar é enviar para fora do corpo. Secretar mantém dentro do corpo ) 
3.3 Filtração glomerular 
O líquido que entra no espaço capsular é chamado de filtrado glomerular. 
Juntos, os capilares glomerulares e podócitos que circundam completamente os capilares 
formam uma barreira - a membrana de filtração - as substâncias filtradas do sangue atravessam 
três barreiras: a célula endotelial glomerular, a lâmina basal e uma fenda de filtração formada 
por um podócito. 
As células endoteliais glomerulares são bastante permeáveis devido às grandes fenestrações, 
que permite a passagem de água e íons, mas impossibilita que as células sanguíneas passem. 
Localizadas entre os capilares glomerulares e na fenda entre as arteríolas glomerulares aferentes 
e eferentes estão as células mesangiais. Essas células contráteis ajudam a regular a filtração 
glomerular. 
A Lâmina basal é uma camada de material acelular entre o endotélio e os podócitos, consistem 
em fibras colágenas minúsculas e proteoglicanos em uma matriz glicoproteica, as cargas 
negativas na matriz impedem a filtração de proteínas plasmáticas maiores carregadas 
negativamente. 
Estendendo-se de cada podócito estão milhares de processos em forma de pé - os pedicelos - 
que envolvem os capilares glomerulares. Os espaços entre eles chamam fenda de filtração. Uma 
fina membrana, a membrana da fenda, se estende através de cada fenda de filtração e permite a 
passagem de água, glicose, vitaminas, aminoácidos, proteínas plasmáticas pequenas, amônia, 
ureia e íons. Menos de 1% da albumina consegue passar pela membrana, devido ao seu 
tamanho. 
3.3.1 Princípio da filtração 
O uso da pressão para forçar os líquidos e solutos através de uma membrana é o mesmo 
princípio nos capilares glomerulares e sanguíneos, mas o volume de líquido filtrado no corpúsculo 
renal é muito maior por três razões: 
● Os glomérulos capilares apresentam uma grande área de superfície para filtração, pois 
são longos e extensos. As células mesangiais regulam a quantidade de área de superfície 
disponível. Quando as células mesangiais estão relaxadas, a área de superfície é máxima 
e a filtração alta. A contração das células mesangiais reduz a área de superfície e diminui a 
filtração glomerular. 
● A membrana de filtração é fina e porosa e os capilares são 50 vezes mais permeáveis 
devido as grandes fenestrações 
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Resumo: Sistema urinário. Vinícius 9
● A pressão sanguínea do capilar é alta. Como a arteríola glomerular eferente tem um 
diâmetro menor do que a aferente, a resistência de saída do sangue do glomérulo é alta. 
Como resultado, a pressão sanguínea nos capilares é mais elevada. 
3.3.2 Pressão efetiva de filtração: 
A filtração glomerular depende de três pressões, sendo que uma promove a filtração de duas são 
contrárias. 
● Pressão Hidrostática Glomerular do Sangue é a pressão do sangue nos capilares 
glomerulares. Ela promove a filtração, forçando água e solutos pela membrana. 
● Pressão hidrostática capsular é a pressão hidrostática exercida contra a membrana pelo 
líquido que já está no espaço capsular e túbulo renal. Se opõe a filtração. 
● Pressão coloidosmótica é decorrente da presença de proteínas - como a albumina, 
globulinas e fibrinogênio no plasma e sangue -. Se opõe a filtração. 
3.3.3 Taxa de filtração glomerular 
É a quantidade de filtrado formado em todos os corpúsculos renais de ambos os rins a cada 
minuto. Está relacionada às pressões que determinam a pressão efetiva de filtração. A perda 
importante de sangue, por exemplo, reduz a pressão arterial média e diminui a pressão 
hidrostática do sangue glomerular. 
Os mecanismos que regulam a taxa de filtração glomerular operam ajustando o fluxo sanguíneo 
para dentro ou para fora do glomérulo e alterando a área de superfície para filtração glomerular. 
3.3.3 Determinantes da filtração glomerular 
1.Pressão hidrostática Capilar (PC) e de Bowman (PB) ( detalhadas acima ) 
2.Pressão coloidosmótica ( detalhada acima ) 
3.Coeficiente de filtração capilar (Kf) 
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Resumo: Sistema urinário. Vinícius 10
3.4 Regulação da TFG 
3.4.1 Autorregulação renal da TFG 
Os rins ajudam a manter o fluxo sanguíneo renal e a TFG constantes. Esse recurso é chamado 
autorregulação renal, e é composto por dois mecanismos: o mecanismo miogênico e o 
feedback tubuloglomerular. 
● Mecanismo miogênico ocorre quando a distensão dispara a contração das células 
musculares lisas das paredes das arteríolas glomerulares aferentes. Conforme a pressão 
arterial sobe, a TFG também aumenta, porque o fluxo sanguíneo renal aumenta. No 
entanto, a pressão sanguínea elevada distende as paredes das arteríolas glomerulares 
aferentes. Em resposta, as fibras de músculo liso da parede da arteríola glomerular 
aferente se contraem, o que reduz o lúmen da arteríola. Com isso, o fluxo sanguíneo renal 
diminui, reduzindo assim a TFG para o nível prévio. Inversamente, quando a pressão 
arterial diminui, as células de músculo liso são menos distendidas e assim relaxam. As 
arteríolas glomerulares aferentes se dilatam, o fluxo sanguíneo renal se eleva e a TFG 
aumenta. 
● Feedback tubuloglomerular: é assim chamado porque parte dos túbulos renais – a 
mácula densa – fornece feedback ao glomérulo. Quando a TFG está acima do normal em 
decorrência da pressão arterial sistêmica elevada, o líquido filtrado flui mais rapidamente 
ao longo dos túbulos renais. Como resultado, o túbulo contorcido proximal e a alça de 
Henle têm menos tempo para reabsorver Na+, Cl– e água. 
O feedback tubuloglomerular é mais lento do que o mecanismo miogênico. 
3.4.2 Regulação neural da TFG 
Como a maior parte dos vasos sanguíneos do corpo, os dos rins são inervados por fibras 
simpáticas do SNA que liberam norepinefrina. A norepinefrina causa vasoconstrição. 
Com maior estimulação simpática,no entanto, como ocorre durante o exercício ou hemorragia, a 
constrição das arteríolas glomerulares aferentes predomina. Como resultado, o fluxo sanguíneo 
para os vasos capilares glomerulares é muito reduzido, e a TFG diminui. Isso tem duas 
consequências: 
• Reduz o débito urinário, o que ajuda a conservar o volume de sangue. 
• Possibilita um maior fluxo sanguíneo para os outros tecidos do corpo. 
3.4.3 Regulação hormonal da TFG 
Dois hormônios contribuem para a regulação da TFG. 
● A angiotensina II reduz a TFG; 
● o peptídio natriurético atrial (PNA) aumenta a TFG. 
A angiotensina II é um vasoconstritor muito potente que estreita as arteríolas glomerulares 
aferentes e eferentes e reduz o fluxo sanguíneo renal, diminuindo assim a TFG. 
Ao causar o relaxamento das células mesangiais glomerulares, o PNA aumenta a área de 
superfície disponível para a filtração capilar. A TFG aumenta à medida que a área de superfície 
aumenta. 
3.5 Vias de reabsorção 
Ao longo do túbulo renal, zônulas de oclusão cercam e unem células vizinhas umas às outras, 
muito parecido com o envoltório plástico que mantém um pacote de seis latas de refrigerante 
juntas. A membrana apical (o topo das latas de refrigerante) está em contato com o líquido 
tubular, e a membrana basolateral (a base e as laterais das latas de refrigerante) está em 
contato com o líquido intersticial na base e lados da célula. 
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Resumo: Sistema urinário. Vinícius 11
3.6 Sistema renina-angiotensina-aldosterona 
Quando o volume de sangue e a pressão arterial diminuem, as paredes das arteríolas 
glomerulares aferentes são menos distendidas, e as células justaglomerulares secretam a enzima 
renina no sangue. A estimulação simpática também estimula diretamente a liberação de renina 
pelas células justaglomerulares. A renina retira um peptídio com 10 aminoácidos chamado 
angiotensina I a partir do angiotensinogênio, que é sintetizado pelos hepatócitos. Ao retirar 
mais dois aminoácidos, a enzima conversora de angiotensina (ECA) converte a angiotensina I 
em angiotensina II, que é a forma ativa do hormônio. 
A angiotensina II afeta a fisiologia renal de três modos principais: 
● Diminui a taxa de filtração glomerular, causando vasoconstrição das arteríolas 
glomerulares aferentes. 
● Aumenta a reabsorção de Na+, Cl– e água no túbulo contorcido proximal, estimulando a 
atividade dos contratransportadores Na+H+. 
● Estimula o córtex da glândula suprarrenal a liberar aldosterona, um hormônio que por sua 
vez estimula as células principais dos ductos coletores a reabsorver mais Na+ e Cl– e a 
secretar mais K+. A consequência osmótica de reabsorver mais Na+ e Cl– é que mais 
água é reabsorvida, provocando aumento do volume sanguíneo e da pressão arterial. 
3.7 Hormônio antidiurético 
O hormônio antidiurético (ADH) ou vasopressina é liberado pela neurohipófise. Ele regula a 
reabsorção facultativa de água, aumentando a permeabilidade à água das células principais na 
parte final do túbulo contorcido distal e no túbulo coletor. Se não houver HAD, as membranas 
apicais das células principais têm uma permeabilidade muito baixa à água. 
O HAD estimula a inserção das vesículas contendo aquaporinas nas membranas apicais por 
exocitose. Como resultado, a permeabilidade à água da membrana apical da célula principal 
aumenta, e as moléculas de água se movem mais rapidamente do líquido tubular para o interior 
das células. 
Quando o nível de HAD declina, os canais de aquaporinas são removidos da membrana apical 
via endocitose. 
3.8 Caminho do filtrado e urina 
A urina formada pelos néfrons drena para grandes ductos papilares que se estendem pelas 
papilas renais das pirâmides. Os ductos papilares drenam para os cálices renais. Um cálice 
menor recebe urina dos ductos papilares de uma papila renal, distribuindo para um cálice maior. 
A partir dos cálices maiores, a urina drena para uma cavidade chamada de pelve renal, e, em 
seguida, drena para fora, através do ureter, até a bexiga urinária. 
3.9 Eritropoetina 
A eritropoetina é um hormônio glicoproteico produzido nos rins como resposta à diminuição da 
oxigenação tecidual, que é fator regulador da eritropoiese. Representa o principal hormônio 
regulador da eritropoiese e atua através de estímulo à proliferação e divisão das células 
progenitoras das hemácias na medula óssea, transformando a unidade de colônia formadora de 
eritrócitos em pró-eritroblasto. 
A pressão atmosférica influencia a produção. 
● Pressão baixa ( altas altitudes ) = aumento da produção de eritropoetina 
● Pressão alta ( baixa altitude ) = diminuição da produção de eritropoetina 
______________________________________________________________________________ 
Resumo: Sistema urinário. Vinícius 12
3.10 Tabela de hormônios e efeitos 
3.11 Reabsorção - Transporte máximo 
A glicose, os aminoácidos, os íons e vários 
metabólitos orgânicos são reabsorvidos por 
transporte ativo secundário associados à 
reabsorção do Na ︎. A maior parte do 
transporte renal é mediada por proteínas de 
membrana e exibe saturação, especificidade 
e competição. O transporte máximo Tm é a 
taxa de transporte na saturação. Em 
concentrações de substrato iguais ou acima 
do ponto de saturação, o transporte ocorre a 
uma taxa máxima. 
Sob condições normais, toda a glicose 
filtrada é reabsorvida. Em outras palavras, a 
filtração é igual à reabsorção. Todavia, se a 
concentração de glicose no sangue se torna 
excessiva, como ocorre no diabetes melito, a 
glicose é filtrada mais rapidamente do que os transportadores podem a reabsorver. Esses 
transportadores se tornam saturados e são incapazes de reabsorver toda a glicose que flui ao 
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Resumo: Sistema urinário. Vinícius 13
longo do túbulo. Como resultado, parte da glicose não é reabsorvida e é excretada na urina. 

O limiar renal é a concentração plasmática na qual uma substância começa a ser eliminada na 
urina. No caso da glicose, A concentração plasmática, na qual a glicose comeca a aparecer na 
urina, é denominada limiar renal para a glicose. 

 
Resumo
Parte 2 - Ureter, bexiga e uretra 
A modificação do filtrado e a produção da urina terminam quando o líquido atinge o cálice renal 
menor. As partes remanescentes do sistema urinário (os ureteres, a bexiga urinária e a uretra) são 
responsáveis pelo transporte, pelo armazenamento e pela eliminação da urina. 
Os cálices renais maiores e menores, a pelve renal, os ureteres, a bexiga urinária e a porção 
proximal da uretra são revestidos por um epitélio de transição resistente a ciclos de distensão e 
contração sem sofrer danos. 
1. Ureter 
Os ureteres são um par de tubos musculares que se estendem inferiormente por cerca de 30 cm a 
partir dos rins, antes de atingir a bexiga urinária. 
Cada ureter inicia-se como uma continuação da pelve renal, de formato semelhante ao de um 
funil, através do hilo renal. Conforme os ureteres estendem-se até a bexiga urinária, passam 
ínfero-medialmente ao músculo psoas maior. Os ureteres são retroperitoneais e firmemente fixos 
à parede posterior do abdome. 
Os ureteres penetram a parede posterior da bexiga urinária, mas não adentram a cavidade 
peritoneal. Passam através da parede da bexiga em um ângulo oblíquo. 
1.1 Histologia dos ureteres 
A parede de cada ureter é composta de três camadas: 
● Mucosa interna revestida por um epitélio de transição; 
● Túnica muscular média constituída por uma camada longitudinal (interna) e uma camada 
circular (externa) de músculo liso; 
● Túnica externa de tecido conjuntivo(adventícia) que é contínua com a cápsula fibrosa e o 
peritônio 
2. Bexiga urinária 
A bexiga funciona como um reservatório temporário da urina. 
A superfície superior da bexiga urinária é recoberta por uma camada de peritônio; vários 
ligamentos peritoneais auxiliam na estabilização da posição da bexiga. O ligamento umbilical 
mediano estende-se da margem ântero-superior da bexiga urinária até o umbigo. Os dois 
ligamentos umbilicais mediais passam ao longo dos lados da bexiga urinária e também atingem 
o umbigo. Esses cordões fibrosos contêm vestígios das duas artérias umbilicais (parte oclusa) que 
conduziram o sangue para a placenta durante o desenvolvimento embrionário e fetal. A maior 
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Resumo: Sistema urinário. Vinícius 14
parte das superfícies (posterior, inferior 
e anterior) da bexiga urinária não tem 
revestimento peritoneal. Nessas áreas, 
ligamentos resistentes ancoram a 
bexiga urinária aos ossos da pelve 
(púbis). 
Na vista em secção, a túnica mucosa 
de revestimento da bexiga urinária 
geralmente apresenta-se disposta em 
pregas, que desaparecem quando a 
bexiga se distende e preenche-se de 
urina. A área triangular delimitada pelos 
óstios dos ureteres e pelo óstio interno 
da uretra constitui o trígono da bexiga. 
A túnica mucosa aqui não apresenta 
pregas, é lisa e bastante espessa. 
O início da uretra localiza-se no ápice 
do trígono, no ponto mais inferior da 
bexiga. A região em torno do óstio 
interno da uretra, conhecida como colo 
da bexiga urinária, contém o esfincter interno da uretra. O músculo liso do esfincter interno da 
uretra oferece o controle involuntário sobre a eliminação de urina pela bexiga urinária. 
2.1 Histologia da bexiga urinária 
A parede da bexiga urinária contém uma túnica mucosa constituída por epitélio de transição, uma 
tela submucosa e uma túnica muscular. A túnica muscular consiste em três camadas: duas 
camadas mus- culares lisas longitudinais (interna e externa) com uma camada muscular circular 
disposta entre elas. Coletivamente, essas camadas formam o músculo detrusor da bexiga. A 
contração desse músculo comprime a bexiga e expele o seu conteúdo para o interior da uretra. 
Uma túnica serosa reveste a superfície superior da bexiga urinária. 
3. Uretra 
A uretra se estende a partir do colo da bexiga urinária (óstio interno da uretra) até o óstio externo 
da uretra, em comunicação com o meio exterior. 
A uretra feminina é muito curta, medindo entre 3 e 5 cm desde a bexiga urinária até o vestíbulo da 
vagina. O óstio externo da uretra situa-se nas proximidades da parede anterior da vagina. 
No homem, a uretra se estende do colo da bexiga urinária até a extremidade do pênis, uma 
distância aproximada de 18 a 20 cm. A uretra masculina pode ser subdividida em três porções 
● Parte prostática da uretra passa pelo centro da próstata. 
● Parte membranácea inclui o curto segmento que penetra o “diafragma urogenital”, parte 
do soalho muscular da pelve. 
● Parte esponjosa, ou “parte peniana”, estende-se da superfície inferior do “diafragma 
urogenital” ao óstio externo da uretra, na extremidade do pênis 
Uma faixa circular de músculo esquelético constitui o músculo esfincter externo da uretra. As 
contrações dos músculos esfincter externo e esfincter interno da uretra são controladas por ramos 
do plexo hipogástrico. Somente o músculo esfincter externo da uretra pode ser controlado 
voluntariamente, por meio do nervo perineal do nervo pudendo. O músculo esfincter externo da 
uretra apresenta um tono muscular de repouso que geralmente diminui, possibilitando o seu 
relaxamento voluntário e permitindo a micção. A inervação autônoma desse músculo se torna 
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Resumo: Sistema urinário. Vinícius 15
importante apenas na ausência do controle voluntário, como se observa em crianças ou em 
adultos após lesões da medula espinal. 
Na mulher, o revestimento da uretra é geralmente constituído por um epitélio de transição nas 
proximidades do colo da bexiga urinária. O restante da uretra é tipicamente revestido por um 
epitélio epitelial estratificado. A lâmina própria contém uma extensa rede de veias, e este 
complexo é envolvido por camadas concêntricas de musculatura lisa. 
3.1 Histologia da uretra 
No homem, a organização histológica da uretra varia ao longo de sua extensão. A partir do colo da 
bexiga urinária até o óstio externo da uretra, o tipo de epitélio modifica-se, passando de epitélio de 
transição para epitélio colunar pseudo-estratificado ou colunar estratificado, e depois para epitélio 
epitelial estratificado. A lâmina própria é espessa e elástica; a túnica mucosa dispõe-se em pregas 
longitudinais. Células secretoras de muco são encontradas em bolsas e, no homem, as glândulas 
mucosas epiteliais podem formar túbulos que se estendem para o interior da lâmina própria. 
Tecido conjuntivo da lâmina própria une a uretra às estruturas adjacentes. 
4 Histologia ( lâminas ) 
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Resumo: Sistema urinário. Vinícius 16
Referências 
TORTORA, Gerard. J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de Anatomia e fisiologia. 14. ed. Rio 
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 
SILVERTHORN, Dee Unglaub. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. 7. ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2017. 
MARTINI, F.; TIMMONS, M. J.; TALLITSCH, R. B. Anatomia humana. 6.ed. Porto Alegre: Artmed, 
2009. 
MARIEB, E. N.; Wilhelm, P. Anatomia humana. 7ª ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 
2014. 
 
Em breve forms p/ treino.
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Resumo: Sistema urinário. Vinícius 17
Vinicius Genta
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