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Anatomia dos órgãos sexuais femininos A reprodução começa com o desenvolvimento dos óvulos nos ovários; No meio de cada ciclo sexual mensal, só um óvulo é expelido do folículo ovariano para a cavidade abdominal; Esse óvulo cursa por uma das trompas de Falópio até o útero; se tiver sido fertilizado, ele se implanta no útero, onde se desenvolve no feto, na placenta, nas membranas fetais e, por fim, em um bebê; Durante a vida fetal, a superfície externa do ovário é coberta pelo epitélio germinativo; À medida que o feto se desenvolve, óvulos primordiais se diferenciam do seu epitélio e migram para o córtex ovariano; Cada óvulo então reúne em torno de si uma camada de células fusiformes do estroma ovariano, fazendo com que adquiram características epitelióides, são então chamadas de células da granulosa; O óvulo circundado por camada única de células da granulosa é denominado folículo primordial. Nesse estágio o óvulo é ainda imaturo e é preciso que ocorram mais duas divisões celulares antes que ele possa ser fertilizado por um espermatozóide, nesse ponto, o óvulo é denominado oócito primário. Sistema hormonal feminino Hormônio de liberação hipotalâmica: hormônio liberador de gonadotropinas (GnRH); Hormônios sexuais hipofisários anteriores: hormônio folículo-estimulante (FSH) e hormônio luteinizante (LH), secretados em resposta à liberação de GnRH do hipotálamo; Hormônios ovarianos: estrogênio e progesterona, secretados em resposta aos hormônios sexuais femininos da hipófise anterior. Esses hormônios são secretados com intensidades drasticamente diferentes; A quantidade de GnRH liberada pelo hipotálamo aumenta e diminui de modo bem menos drástico durante o ciclo sexual mensal. Ciclo ovariano – Função dos hormônios gonadotrópicos Os anos reprodutivos normais da mulher se caracterizam por variações rítmicas mensais da secreção dos hormônios (ciclo sexual mensal feminino ou ciclo menstrual); O ciclo dura em média 28 dias, mas pode ser curto como 20 dias ou longo como 45 dias, embora o ciclo de duração anormal esteja, com frequência, associado à menor fertilidade; Existem dois resultados significativos do ciclo sexual feminino: primeiro, apenas um só óvulo, nas condições normais, é liberado dos ovários a cada mês. Segundo, o endométrio uterino é preparado com antecedência para a implantação do óvulo fertilizado em momento determinado por mês. Hormônios gonadotrópicos e seus efeitos nos ovários As mudanças ovarianas que ocorrem durante o ciclo sexual dependem do FSH e LH, secretados pela hipófise; Na ausência desses hormônios, os ovários ficam inativos; Entre os 9 e 12 anos, a hipófise começa a secretar progressivamente FSH e LH, dando início aos ciclos sexuais mensais, que começam entre 11 e 15 anos (puberdade); O primeiro ciclo menstrual é denominado menarca; Durante cada mês do ciclo sexual, ocorre aumento e diminuição cíclicos de FSH e LH; FSH e LH estimulam suas céulas-alvo ovarianas ao se combinar com receptores muito específicos, que quando ativados, aumentam a secreção, crescimento e proliferação das células; Esses efeitos estimuladores resultam da ativação do sistema do segundo mensageiro monofosfato cíclico adenosina, levando à formação de proteinocinase e múltiplas fosforilações de enzimas-chave que estimulam a síntese de hormônios sexuais. Crescimento do folículo ovariano – fase “folicular” do ciclo ovariano Quando uma criança do sexo feminino nasce, cada óvulo é circundado por camada única de células granulosas, o óvulo é então chamado de folículo primordial; Na infância, as células da granulosa oferecem nutrição para o óvulo e secretam um fator inibidor da maturação do oócito, o que matem o óvulo parado, em prófase da divisão meiótica; Depois da puberdade, FSH e LH começam a ser secretados, os ovários, em conjunto com alguns dos folículos em seu anterior, começam a crescer; O primeiro estágio do crescimento folicular é o aumento moderado do próprio óvulo; Segue-se o crescimento de outras camadas das células da granulosa em alguns dos folículos, conhecidos como folículos primários. Desenvolvimento de folículos antrais e vesiculares Durante os primeiros dias de cada ciclo mensal, as concentrações de FSH e LH aumentam, sendo o aumento de FSH maior que o de LH; Esses hormônios causam o crescimento acelerado de 6 a 12 folículos primários por mês; O efeito inicial é a rápida proliferação das células da granulosa, levando ao aparecimento de outras camadas dessas células; As células fusiformes agrupam-se em diversas camadas por fora das células da granulosa, levando ao aparecimento de segunda massa de células, denominadas teca, que se dividem em duas camadas; Teca interna: células adquirem características epitelióides semelhantes às das células da granulosa, e desenvolvem a capacidade de secretar mais hormônios sexuais esteróides; Teca externa (cápsula do folículo): desenvolve formando a cápsula de tecido conjuntivo vascular; Depois da fase proliferativa inicial do crescimento, a massa das células da granulosa secreta o líquido folicular, com concentração elevada de estrogênio. O acúmulo desse líquido leva ao aparecimento do antro dentro da massa de células da granulosa; O crescimento inicial do folículo primário até o estágio antral é estimulado pelo FSH; Ocorre o crescimento muito acelerado, levando a folículos maiores, denominados folículos vesiculares; Esse crescimento é causado pelos seguintes fatores: O estrogênio é secretado no folículo e faz com que as células da granulosa formem quantidades cada vez maiores de receptores de FSH, o que leva ao efeito de feedback positivo, já que torna as células mais sensíveis ao FSH; O FSH hipofisário e os estrogênios se combinam para promover receptores de LH nas células da granulosa, permitindo, assim, que ocorra a estimulação pelo LH além da estimulação do FSH, provocando aumento ainda mais rápido na secreção folicular; A maior quantidade de estrogênio na secreção folicular, juntamente com LH, agem em conjunto, causando a proliferação das células tecais foliculares e aumentando também sua secreção. Quando os folículos antrais começam a crescer, seu crescimento ocorre de modo quase explosivo, o diâmetro do óvulo aumenta e a massa também; Enquanto o folículo aumenta, o ovulo permanece incrustado na massa de células da granulosa localizada em um pólo do folículo. Apenas um folículo amadurece por mês e os restantes passam por atresia Após 1 semana ou mais de crescimento (antes de ocorrer a ovulação) um dos folículos começa a crescer mais do que os outros, os outros, então, involuem (atresia), diz-se então que esses folículos ficam atrésicos; O folículo maior continua a crescer por causa de seus efeitos de feedback positivo intrínsecos; Esse processo de atresia é importante pois permite que apenas um dos folículos cresça o suficiente todos os meses para o ovular, o que evita que mais de uma criança se desenvolva em cada gravidez. Ovulação – 14 dias após a menstruação Um pouco antes de ovular, a parede externa protuberante do folículo incha rapidamente e a pequena área no centro da cápsula folicular, denominada estigma, projeta-se como um bico; Em 30 minutos, o liquido começa a vazar do folículo através do estigma, que se rompe inteiramente, permitindo que o líquido mais viscoso, que ocupava a porção central do folículo, seja lançado pra fora; O liquido viscoso carrega consigo o óvulo cercado por coroa radiata. O pico de LH é necessário para a ovulação Sem esse hormônio, o folículo não progredirá ao estágio de ovulação; 2 dias antes da ovulação, a secreção de LH pela hipófise anterior aumenta, o FSH também, juntos, eles agem causando rápida dilatação do folículo, durante os últimos dias de ovulação; O LH tem ainda efeito especifico nas células da granulosa e tecais, convertendo-as, principalmente, em células secretoras de progesterona; A secreção de estrogênio começa a cair cerca de 1 dia antes da ovulação, enquanto quantidades cada vez maiores de progesterona começam a ser secretadas; É nesseambiente de crescimento rápido do folículo, menor secreção de estrogênio após a fase prolongada de sua secreção excessiva e início da secreção de progesterona que ocorre a ovulação. Sem o pico pré-ovulatório de LH, a ovulação não ocorreria. Início da ovulação A grande quantidade de LH secretado pela hipófise anterior causa rápida secreção dos hormônios esteróides foliculares, contento progesterona; A teca externa começa a liberar enzimas proteolíticas dos lisossomos, o que causa dissolução da parede capsular do folículo e o consequente enfraquecimento da parede, resultando em sinais de dilatação do folículo e degeneração do estigma; Simultaneamente, ocorreu rápido crescimento de novos vasos sanguíneos na parede folicular e, ao mesmo tempo, são secretadas prostaglandinas (hormônios que causam vasodilatação) nos tecidos foliculares; Por fim, a combinação da dilatação folicular e da degeneração simultânea do estigma faz com que o folículo se rompa, liberando o óvulo. Corpo lúteo – Fase “lútea” do ciclo ovariano Nas primeiras horas depois da expulsão do óculo do folículo, as células da granulosa e tecais internas remanescentes se transformam em células luterínicas, elas aumentam de diâmetro e ficam repletas de inclusões lipídicas que lhes dão aparência amarelada, esse processo é chamado de luteinizante, e a massa total das células, corpo lúteo; As células da granulosa no corpo lúteo desenvolvem retículos endoplasmáticos lisos intracelu- lares, que formam progesterona e estrogênio. As células tecais formam os androgênios androstenediona e testosterona, mas a maioria desses hormônios é convertida pela enzima aromatase nas células da granulosa em estrogênios; O corpo lúteo cresce 7 a 8 dias após a ovulação, daí começa a involuir e perder suas funções secretórias, bem como sua característica lipídica amarelada, cerca de 12 dias após a ovulação, passando a ser o corpus albicans, que é substituído por tecido conjuntivo e absorvido ao longo de meses. Função luteinizante do LH A alteração das células da granulosa e tecais internas em células luteínicas depende do LH; A luteinação também depende da extrusão do óvulo do folículo; Um hormônio local – fator inibidor da luteinização – parece controlar o processo de luteinação até depois da ovulação. Secreção pelo corpo lúteo: a função adicional do LH O corpo lúteo é um órgão muito secretor, produzindo grande quantidade de progesterona e estrogênio; Uma vez que o LH tenha agido nas células da granulosa e tecais, as células luteínicas recém formadas parecem estar programadas para: proliferação, aumento e secreção seguida por degenarezação. Tudo isso acontece em torno de 12 dias. Involução do corpo lúteo e inicio do próximo ciclo ovariano O estrogênio e a progesterona, secretados pelo corpo lúteo durante a fase luteínica, têm potentes efeitos de feedback na hipófise anterior, mantendo intensidades secretórias reduzidas de FSH e LH; As células luteínicas secretam pequenas quantidades de inibina, que inibe a secreção pela hipófise anterior, especialmente de FSH; O resultado são concentrações sanguíneas reduzidas de FSH e LH. A perda desses hormônios faz com que o corpo lúteo se degenere (involução do corpo lúteo); Nessa época de involução, a parada de secreção do estrogênio, progesterona e inibina pelo corpo lúteo, remove a inibição por feedback da hipófise anterior, permitindo que ela comece a secretar FSH e LH novamente, dando início ao crescimento de novos folículos, começando um novo ciclo ovariano; A escassez de progesterona e estrogênio leva à menstruação uterina. RESUMO A cada 28 dias, FSH e LH fazem com que cerca de 8 a 12 novos folículos comecem a crescer nos ovários; Um desses folículos amadurece e ovula no 14º dia do ciclo; Depois da ovulação, as células secretoras dos folículos se desenvolvem no corpo lúteo que secreta grande quantidade de estrogênio e progesterona; Depois de 2 semanas o corpo lúteo se degenera, quando então estrogênio e progesterona diminuem bastante, surgindo a menstruação, um novo ciclo ovariano, então, se segue. Função dos hormônios estradiol e progesterona O mais importante dos estrogênios é o estradiol e a mais importante da progestina é a progesterona; Os estrogênios promovem a proliferação e o crescimento de células específicas do corpo; As progestinas preparam o útero para a gravidez e as mamas para a lactação. Estrogênios Principal: estradiol (maior potência) Mulher não grávida: secretados pelos ovários Mulher grávida: secretados pela placenta Progestinas Principal: progesterona Mulher não grávida: secretadas durante a segunda metade do ciclo, pelo corpo lúteo Mulher grávida: secretadas pela placenta Síntese de estrogênios e progestinas Todos são esteróides sintetizados nos ovários, mas, também, de certa forma, pela acetilcoenzima A; Durante a síntese, progesterona e androgênios, são sintetizados primeiro. Durante a fase folicular, antes que esses hormônios possam deixar os ovários, quase todos os androgênios e parte da progesterona são convertidos em estrogênios pela enzima aromatase; Os androgênios se difundem das células da teca para as células da granulosa adjacentes, onde são convertidas em estrogênios pela aromatase, cuja atividade é estimulada pela FSH; Durante a fase lútea, muito mais progesterona é formada do que pode ser convertida, respondendo pela grande secreção de progesterona no sangue nesse momento. Estrogênios e progesteronas são transportados no sangue ligados a proteínas plasmáticas São ligados principalmente à albumina e globulinas de ligação específica; A ligação é fraca o bastante para que sejam rapidamente liberados nos tecidos. Funções do fígado na degradação do estrogênio O fígado conjuga os estrogênios formando glicoronídeos e sulfatos, parte desse produto é excretado na bile, e o restante, na urina; A redução da função hepática aumenta a atividade dos estrogênios no corpo, causando hiperestrinismo. Destino da progesterona Minutos após ter sido secretada, quase toda ela é degrada em outros esteróides; O fígado é especialmente importante nessa degradação; Cerca de 10% da progesterona original é excretada na urina nessa forma, portanto, é possível estimar a formação de progesterona no corpo a partir dessa excreção. Efeito dos estrogênios sobre o útero e os órgãos sexuais femininos Durante a infância, estrogênios são secretados em quantidade mínima, mas a partir da puberdade a quantidade aumenta sob a influência dos hormônios gonadotrópicos; Aumenta os órgãos sexuais, alterando de criança para adulto; Os ovários, as trompas de Falópio, o útero e a vagina aumentam de tamanho; O epitélio passa a ser estratificado; Ocorrem alterações no endométrio uterino. Efeitos dos estrogênios sobre as trompas de Falópio Fazem com que os tecidos glandulares desse revestimento se proliferem e aumentam o número de células epiteliais ciliadas que revestem as trompas de Falópio; A atividade dos cílios é intensificada, eles sempre batem na direção do útero, ajudando a propelir o óvulo fertilizado nessa direção. Efeito dos estrogênios sobre as mamas Causam desenvolvimento dos tecidos dos estromais das mamas, crescimento de vasto sistema de ductos e deposito de gordura nas mamas; Dão inicio ao crescimento das mamas e do aparato produtor de leite; Não finalizam a tarefa de converter a mama em órgãos produtores de leite. Efeito dos estrogênios sobre o esqueleto Inibem a atividade osteoclástica, estimulando o crescimento ósseo, devido a estimulação de osteoprotegerina , também chamada de fator inibitório da osteoclastogênese; Causam a união das epífises com a haste dos ossos longos; Osteoporose dos ossos causadas por deficiência de estrogênio na velhice Depois da menopausa, quase nenhum estrogênio é secretado, aumentando a atividade osteoclástica, diminuindo a matriz óssea e o depósito de cálcio e fosfato nos ossos. Os estrogênios aumentam ligeiramente o depósito de proteínas Causam leve aumento da proteína corporal total, evidenciado porligeiro balanço nitrogenado positivo; Resulta do efeito promotor do crescimento do estrogênio sobre os órgãos sexuais, ossos e alguns tecidos do corpo. Os estrogênios aumentam o metabolismo corporal e o depósito de gordura Aumentam ligeiramente o metabolismo do corpo e causa depósito de quantidades maiores de gordura nos tecidos subcutâneos, nas mamas, nos glúteos e nas coxas. Os estrogênios têm pouco efeito sobre a distribuição pilosa Os pelos que se desenvolvem na região pubiana e nas axilas, não são muito afetados pelos estrogênios, mas sim pelos androgênios desenvolvidos pelas glândulas adrenais femininas. Efeito dos estrogênios sobre a pele Fazem com que a pele desenvolva textura macia e normalmente lisa, que se torna mais vascularizada, o que muitas vezes está associado à pele mais quente. Efeito dos estrogênios sobre o balanço eletrolítico Causam retenção de água e sódio nos túbulos renais; Durante a gravidez, a enorme formação de estrogênio pela placenta pode contribuir para a retenção de líquidos no corpo. A progesterona promove alterações secretórias no útero Prepara o útero para a implantação do ovulo fertilizado; Diminui a frequência e a intensidade das contrações uterinas, ajudando a evitar a expulsão do óvulo implantado. Efeito da progesterona sobre as trompas de Falópio Promove a maior secreção pelo revestimento mucoso das trompas, a fim de nutrir o óvulo fertilizado. Progesterona promove o desenvolvimento das mamas Promove o desenvolvimento dos lóbulos e alvéolos, fazendo com que as células alveolares se proliferem, aumentem e adquiriam natureza secretora e faz com que elas inchem. Fase proliferativa (estrogênica) do ciclo endometrial – antes da ovulação No início de cada ciclo mensal, grande parte do endométrio descamou pela menstruação; Sob a influência dos estrogênios secretados pelo ovário na primeira parte do ciclo, as células do estroma e as epiteliais proliferam rapidamente; A superfície epitelial é reepitelizada 4 a 7 dias após o início da menstruação; Durante a próxima semana antes de ocorrer a ovulação, a espessura do endométrio aumenta; As glândulas endometriais secretam um muco fino e pegajoso, seus filamentos se alinham ao longo da extensão do canal cervical, formando canais que ajudam a guiar o espermatozóide na direção correta da vagina até útero. Fase secretora (progestacional) do ciclo endometrial – após a ovulação Depois de ocorrida a ovulação, progesterona e estrogênio são secretados pelo corpo lúteo; Estrogênios causam proliferação celular adicional ao endométrio, enquanto a progesterona causa o inchaço e desenvolvimento secretório acentuados do endométrio; A finalidade dessas mudanças endometriais é produzir um endométrio muito secretor, contendo muitos nutrientes armazenados para prover condições para a implantação do ovulo fertilizado. A partir do momento que ele chega na cavidade uterina até o momento que se implanta, as secreções uterinas “leite uterino” proporcionam nutrição para o óvulo; Quando é implantado no endométrio, as células trofoblásticas na superfície do ovo implantado (em blastocisto), começam a digerir o endométrio e absorver as substâncias armazenadas. Menstruação Se o ovulo não for fertilizado, o corpo lúteo involui e a secreção dos hormônios ovarianos diminui; É causada pela redução de estrogênio e progesterona no final do ciclo mensal; O primeiro efeito é a menor estimulação das células endometriais, seguida pela involução do endométrio; Cerca de 24h antes da menstruação, os vasos sanguíneos que levam às camadas mucosas do endométrio ficam vasoespásticos; No vasoespasmo, a diminuição dos nutrientes ao endométrio e a perda de estimulação hormonal desencadeiam na necrose do endométrio; As camadas externas necróticas se separam do útero em locais de hemorragia; O líquido menstrual normalmente não se coagula porque uma fibrinolisina é liberada em conjunto com o material endometrial necrótico. Leucorreia durante a menstruação Uma grande quantidade de leucócitos é liberada em conjunto com o material necrótico e sangue; Como resultado desses leucócitos e de outros fatores, o útero é muito resistente a infecções durante a menstruação. Regulação do ritmo mensal feminino – interação entre hormônios ovarianos e hipotalâmicos-hipofisários O hipotálamo secreta GnRH, fazendo com que a hipófise anterior secrete LH e FSH; A secreção pulsátil intermitente de GnRH pelo hipotálamo estimula a liberação pulsátil de LH pela hipófise anterior; Centos hipotalâmicos de liberação de GnRH A atividade neuronal que causa a liberação pulsátil de GnRH ocorre primariamente no hipotálamo, especialmente nos núcleos arqueados; Acredita-se que esses núcleos controlam grande parte da atividade sexual feminina; Múltiplos centros neuronais do sistema “límbico” transmitem sinais para esses núcleos para modificar a intensidade da liberação de GnRH e a frequência dos pulsos, oferecendo uma explicação para o fato de que os fatores psíquicos alteram a função sexual feminina. Efeitos de feedback negativo do estrogênio e da progesterona na diminuição de LH e FSH O estrogênio tem forte efeito de inibir a produção de LH e FSH. Quando existe progesterona disponível, o efeito inibidor do estrogênio é multiplicado; Esses efeitos de feedback parecem operar bastante na hipófise anterior e, em menor extensão no hipotálamo, diminuindo a secreção de GnRH. Inibina do corpo lúteo inibe a secreção de FSH e LH; Efeito de feedback positivo de estrogênio antes da ovulação – pico pré-ovulatório de LH A infusão de estrogênio na mulher acima do valor crítico causará o crescimento acelerado dos folículos ovarianos, bem como secreção acelerada dos estrogênios; Durante esse período, as secreções de FSH e LH são suprimidas, em seguida a secreção de LH aumentam; A maior secreção de LH faz com que ocorra a ovulação; O estrogênio, nesse ponto do ciclo, tem efeito de feedback positivo peculiar de estimular a secreção de LH e de FSH, em menor extensão; As células da granulosa dos folículos começam a secretar quantidades cada vez maiores de progesterona antes do pico ovulatório de LH, sem esse pico, a ovulação não ocorre. Oscilação do feedback do sistema hipotalâmico-hipofisário-ovariano Secreção pós ovulatória dos hormônios ovarianos e depressão das gonadotropinas hipofisárias Entre a ovulação e o início da menstruação, o corpo lúteo secreta grande quantidade de progesterona e estrogênio e inibina; Esses hormônios em conjunto têm efeito de feedback negativo combinado na hipófise anterior e hipotálamo, causando a supressão da secreção de FSH e LH; Fase de crescimento folicular 2 a 3 dias antes da menstruação, o corpo lúteo regrediu a quase involução total, e a secreção de progesterona, estrogênio e inibina é baixa; Isso libera o hipotálamo e a hipófise anterior do efeito de feedback negativo; 1 dia depois que surge a menstruação, a secreção hipofisária do LH inicia o crescimento de novos folículos, atingindo um pico de secreção de estrogênio; Durante os primeiros 11 a 12 dias desse crescimento folicular, a secreção hipofisária de FSH e LH caem devido ao efeito do feedback negativo. Em seguida, ocorre aumento súbito da secreção de LH e FSH, em menor extensão, trata-se do pico pré-ovulatório. O pico pré-ovulatório de LH e FSH causa a ovulação O alto nível de estrogênio no momento de declínio de FSH e LH causa efeito estimulador de feedback positivo na hipófise anterior, levando ao pico na secreção de LH e FSH em menor extensão; O grande excesso de LH leva à ovulação e ao desenvolvimento do corpo lúteo e sua secreção. Puberdade e menarca Puberdade é o início da fase adulta e menarca é o primeiro ciclo menstrual; A puberdade é causada por aumento gradual na secreção de LH e FSH da hipófise. Menopausa Entre 40 e 50 anos de idade, o ciclo sexual torna-se mais irregular, e a ovulação muitas vezes não ocorre; A sua causa é o esgotamento dos ovários; A produção de estrogênios diminui à medida que o número de folículos primordiais diminui;FHS e LH (principalmente FSH) são muito produzidas depois da menopausa; Sintomas: Fogachos caracterizados por rubor extremo na pele; Sensações psíquicas de dispnéia; Irritabilidade; Fadiga; Andiedade; Diminuição da resistência e da calcificação dos ossos no corpo inteiro. Maria Clara Tabosa 1O – 2017.1 Página 1 Maria Clara Tabosa 1O – 2017.1 Página 8
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