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TIPOS DE FIBRAS MUSCULARES Mioglobina: proteína vermelho-acastanhada presente no sarcoplasma, que captura o oxigênio do sangue, acumulando-o na célula muscular. Músculos de cor escura são ricos em mitocôndrias e em mioglobina e são capazes de manter contrações por longos períodos fibras vermelhas Músculos brancos possuem menos mitocôndrias e mioglobina e não conseguem manter longos períodos de contração (apenas explosões curtas de contração) fibras brancas Fibras intermediárias possuem características intermediárias entre as vermelhas e as brancas. FIBRAS VERMELHAS (= fibras tipo I ou de contração lenta ou aeróbica) Apresentam muita mioglobina Suportam pequena quantidade de força Contraem-se lentamente Possuem muitas mitocôndrias Apresentam alta taxa de respiração celular RESISTÊNCIA FIBRAS BRANCAS (= fibras tipo II ou de contração rápida ou anaeróbica) Pouca mioglobina Suportam grande quantidade de força Contraem-se muito rápido Possuem “poucas” mitocôndrias Apresentam alta taxa de glicólise anaeróbica FADIGA Imunocitoquímica: reação para mioglobina no músculo esquelético da língua (cor castanha). Espaços claros = tecido conjuntivo + células. ÓRGÃOS SENSORIAIS (PROPRIOCEPTORES) FUSO MUSCULAR Detectam a variação no comprimento da fibra muscular (encurtamento ou estiramento) Estimula, em resposta, o movimento antagônico: estiramento encurtamento Detecta o comprimento relativo do músculo ÓRGÃO TENDINOSO DE GOLGI Captam a informação sobre a diferença de tensão entre os tendões de músculos antagonistas Participam da coordenação da intensidade das contrações musculares Músculo cardíaco O tecido muscular estriado cardíaco está presente apenas no coração. Esse tecido tem contração rápida, involuntária e rítmica, possuindo células alongadas e ramificadas (com estriações transversais) que se associam proporcionando uma forte adesão celular e comunicação/propagação do impulso elétrico. Os núcleos (um por célula) encontram-se no centro das fibras. O endomísio é um tecido conjuntivo frouxo muito vascularizado, ao qual as fibras musculares cardíacas aderem-se através da membrana basal. Fibras musculares cardíacas têm o mesmo padrão de estriações das fibras musculares esqueléticas (e suas unidades de contração – os sarcômeros). No entanto, as fibras cardíacas são atravessadas por estruturas denominadas DISCOS INTERCALARES, que indicam os limites justapostos de células contíguas. Observe as fibras musculares entremeadas pelo retículo sarcoplasmático e as mitocôndrias com inúmeras cristas mitocondriais. A contração das células musculares cardíacas é MIOGÊNICA, ou seja, é uma atividade rítmica intrínseca e espontânea das células. Somente a frequência da contração (frequência cardíaca) é regulada por impulsos nervosos autônomos. Uma célula do miocárdio tem um potencial elétrico de membrana negativo quando em repouso. Estimulação além de um limite induz a abertura dos canais iônicos dependentes de voltagem, induzindo fluxo de cátions para dentro da célula. Esses íons positivamente carregados entrando na célula causam a característica despolarização de um potencial de ação. Após esta despolarização, ocorre uma breve repolarização com efluxo de potássio por rápidos canais de potássio. Como no músculo esquelético, a despolarização causa a abertura de canais de cálcio dependentes de voltagem - já com os canais de potássio fechados - e é seguida por uma liberação em cascata de Ca2+ dos túbulos T. Esse influxo de cálcio causa liberação de cálcio induzida por cálcio do retículo sarcoplasmático, e o Ca2+ livre causa contração muscular. Depois de um momento, canais de potássio de lenta ação reabrem-se e o fluxo de K+ resultante célula afora causa repolarização ao estado de repouso. MECANISMO ELETROQUÍMICO DA CONTRAÇÃO FIBRAS DE PURKINJE São fibras musculares cardíacas especializadas. Possuem diâmetro bastante aumentado e com conteúdo reduzido do aparelho de contração e, portanto, com poucas estriações transversais. Localizam-se na região denominada subendocárdio. São fibras largas que intervém na condução do estímulo elétrico do nódulo atrioventricular para os ventrículos, permitindo uma transmissão rápida do sangue para os ventrículos. São incapazes de transmitir os potenciais de ação no sentido contrário (ventrículos - átrios), impedindo os mecanismos de re- entrada do sangue. Músculo liso As células musculares lisas apresentam formato fusiforme, apresentam-se aleatoriamente dispostas, não apresentam estriação transversal e são capazes de se contrair parcialmente. O músculo liso normalmente organiza-se em camadas e contrai-se lenta e involuntariamente. Tecido conjuntivo frouxo que transportam capilares sanguíneos e linfáticos e fibras nervosas. CONTRAÇÃO DO MÚSCULO LISO Filamentos finos e grossos estão fixados aos corpos densos (estruturas similares à linha Z) distribuídos por toda a célula e à membrana celular. Assim, forma- se um sistema interligante de tração e a mudança resultante no formato celular encurta o longo eixo da fibra, causando a contração. Peristaltismo de órgãos ocos (trato digestivo, ureteres e tuba uterina): contrações rítmicas, com consequentes ondas sucessivas de contração que correm ao longo destes tubos e propelem seus conteúdos para adiante.
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