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Tecido Muscular

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Tecido Muscular
O tecido muscular contribui para a homeostasia executando movimentos corporais, transportando substâncias pelo corpo e produzindo calor para a manutenção da temperatura corporal normal.
O ossos não são capazes de se movimentar sozinhos, portanto o movimento é resultado da alternância entre contração e relaxamento dos músculos que constituem de 40 a 50% do peso corporal total do adulto(dependendo do percentual de gordura, sexo e atividade físcia).
Função primária do músculo: transformação de energia química em energia mecânica para gerar força, realizar trabalho e produzir movimento.
Os tecidos musculares:
· estabilizam a posição do corpo
· regulam o volume dos órgãos
· geram calor e impulsionam líquidos e alimentos pelos vários sistemas do corpo.
Funções
O tecido muscular apresenta quatro funções chave: efetuação de movimentos corporais, estabilização do corpo, armazenamento e movimentação de substâncias dentro do organismo e geração de calor
Efetuação de movimentos corporais: movimentos de corpo(como andar), e movimentos localizados(segurar um lápis, digitar), resultantes de contrações musculares; dependem do funcionamento integrado de músculos esqueléticos, ossos e articulações.
Estabilização das posições do corpo: as contrações dos músculos esqueléticos estabilizam articulações e ajudam a manter posições como ficar de pé ou sentado.
Armazenamento e movimentação de substâncias dentro do corpo: o armazenamento é realizado pelas contrações sustentadas de camadas circulares de músculo liso chamadas esfíncteres, evitando a saída dos conteúdos de órgãos ocos (os esfíncteres de músculo liso fecham as saídas do estômago e da bexiga permitindo o armazenamento temporário).
A contração e o relaxamento de músculos lisos, cardíaco e esqueléticos permitem a movimentação de sangue, linfa, alimentos, substâncias como a bile, enzimas, urina, gametas e etc.
Geração de calor: através da contração o tecido muscular produz calor (termogênese) para manter a temperatura normal do corpo. 
Propriedades
Excitabilidade elétrica: dois tipos principais de estímulos desencadeiam os potenciais de ação
Sinal elétrico autorritmico: surge no próprio tecido muscular
Estímulo químico: neurotransmissores, hormônios, alterações locais de PH
Contratilidade: é a capacidade do tecido muscular de se contrair vigorosamente quando estimulado por um potencial de ação.
Extensibilidade: é a capacidade de o tecido muscular se estender com limites sem sofrer lesão. O tecido conjuntivo no interior do músculo limita seu grau de extensibilidade e o mantém dentro da amplitude de contração das células musculares.
Elasticidade: é a capacidade do tecido muscular de retornar ao comprimento e forma originais depois de uma contração ou alongamento.
Componentes
As células musculares são alongadas, também chamadas de fibras musculares. Elas são ricas nos filamentos de actina e miosina.
Actina: 7 nm de diâmetro (filamentos finos) – polímeros de actina-G
Miosina: 15 nm (filamentos espessos). 
As células musculares possuem ainda filamentos intermediários de desmina: dar resistência mecânica e estrutural às células
A matriz extra celular consiste na lÂmina basal e nas fibras reticulares.
As células musculares lisas secretam colágeno, elastina e proteoglicanos e fatores de crescimento, sendo que alguns desses elementos ajudam na adesão entre células.
Tecido muscular esquelético
Composto de centenas de milhares de células denominadas de fibras musculares por conta de seus formatos alongados.
Contém tecidos conjuntivos que circundam as fibras musculares, além do músculo inteiro, dos nervos e dos vasos sanguíneos. 
Componentes do tecido conjuntivo
O tecido conjuntivo circunda e protege o tecido muscular.
Tela subcutânea(hipoderme): separa o músculo da pele. É composta por tecido conjuntivo areolar e tecido adiposo; consiste em uma via para a entrada e saída dos nervos, vasos sanguíneos e vasos linfáticos dos músculos. O tecido adiposo da tela armazena a maioria dos triglicerídeos do corpo, serve de camada de isolamento que reduz a perda de calor e protege os músculos de trauma físico.
Fáscia: lamina densa ou faixa larga de tecido conjuntivo denso não modelado que reveste a parede corporal e os membros, além de sustentar e envolver músculos e outros órgãos do corpo. Une músculos com funções similares e possibilita o movimento livre dos músculos, aloja nervos, vasos sanguíneos e vasos linfáticos e preenche espaços entre os músculos.
Três camadas de tecido conjuntivo se estendem a partir da fáscia:
Epimísio: camada externa que envolve todo o músculo. Tecido conjuntivo denso não modelado
Perimísio: tecido conjuntivo não modelado. Circunda grupos de 10 a 100 fibras musculares, separando-as em feixes (fascículos). 
Endomísio: penetra no interior de cada fascículo e separa as fibras musculares individualmente. Fibras reticulares.
Essas três camadas são contínuas com o tecido conj. Que fixa os músculos esqueléticos a outras estruturas como ossos e outros músculos (podem formar um tendão que conecta um musculo ao periósteo de um osso). 
Inervação e suprimento sanguíneo
São bem supridos por nervos e vasos sanguíneos. Uma artéria e uma ou duas veias acompanham cada nervo que penetra em um músculo esquelético. 
Os neurônios que estimulam o músculo esquelético são os neurônios somáticos motores: cada neurônio possui um axônio que se estende do SNC até um grupo de fibras musculares esqueléticas. Geralmente esse axônio se ramifica.
Capilares são abundantes no tecido muscular e cada fibra muscular está em contato com pelo menos 1 capilar. Eles levam nutrientes, oxigênio e outras substâncias necessárias para a contração e removem calor e produtos residuais do metabolismo muscular.
Anatomia microscópica de uma fibra muscular esquelética
O tecido muscular esquelético é a fusão de centenas de mioblastos, o que as tornam grandes e alongadas, de formato cilíndrico, com diâmetro de 10 a 100 nm e até 30 cm de comprimento e multinucleadas.
Essas células não se dividem, porém em caso de lesões ou hipertrofia é possível a formação de novas células através da divisão e fusão de mioblastos quiescentes (células satélites). Elas são fusiformes, mononucleadas, com o núcleo escuro e menor do que a célula muscular. Estão posicionadas entre a lâmina basal e a membrana plasmática da célula.
Sarcolema, túbulos transversos e sarcoplasma
Os múltiplos núcleos de uma fibra muscular estão localizados logo abaixo do sarcolema (membrana plasmática). 
Túbulos transversos: minúsculas invaginações do sarcolema que formam um túnel da superfície para o centro de cada fibra muscular. Quando se abrem para o exterior da fibra, o túbulos T são cheios de liquido intersticial. 
Os potenciais de ação percorrem os túbulos T e o sarcolema e espalham-se rapidamente pela fibra muscular.
Sarcoplasma: citoplasma da fibra muscular. Tem uma quantidade fundamental de glicogênio (reserva energética). Além disso, contém mioglobina(semelhantes a hemoglobina, mas menores) que liga moléculas de oxigênio que se difundem nas fibras musculares a partir do liquido intersticial. 
As mitocôndrias são em grande quantidade e repousam em fileiras por toda a fibra, estrategicamente perto das proteínas musculares contrateis que usam ATP, de forma que ele possa ser produzido rapidamente.
Miofibrilas e retículo sarcoplasmático
Miofibrilas: organelas contráteis do músculo esquelético. Tem cerca de 2 nm de diâmetro e se estendem por toda a fibra muscular. Faz com que toda a fibra muscular pareça estriada.
Retículo sarcoplasmático: sistema de sacos membranosos cheios de líquido que envolve cada miofibrila. É como se fosse o REL. 
Sacos terminais dilatados do RS chamados de cisternas terminais flanqueiam os túbulos T dos dois lados. Um túbulo T e as duas cisternas formam uma tríade.
na fibras muscular relaxada, o RS armazena íons de Ca²+, e quando esse íon é liberado desencadeia a contração muscular.
Filamentos e sarcômeros
Filamentos ou miofilamentos: estruturas proteicas menores(actina e miosina)
Actina: 8 nm de diâmetro;filamentos finos
Miosina: 16 nm de diâmetro, filamentos grossos.
Há dois filamentos finos para cada filamento grosso nas regiões de sobreposição dos filamentos.
Os filamentos dentro de uma miofibrila não se estendem por toda a fibra muscular, e sim são arranjados em compartimentos chamados sarcômeros, os quais constituem as unidades básicas funcionais de uma miofibrila.
Componentes do sarcômero:
· Linhas Z: regiões estreitas de material denso que separam um sarcômero do outro
· Banda A: parte escura do meio do sarcomero que se estende por toda a extensão dos filamentos grossos e engloba parte dos filamentos finos que são sobrepostos pelos filamentos grossos.
· Banda I: área mais clara e menos densa que contém o restante dos filamentos finos, sem filamentos grossos. Uma linha Z passa pelo centro de cada banda I.
· Zona H: região estreita no centro de cada banda A que contém filamentos grossos, mas não finos.
· Região no centro da zona H que contém proteínas que mantem os filamentos grossos juntos no centro do sarcomero.
Proteínas musculares
Proteínas contráteis: geram força durane a contração miosina e actina
Proteínas reguladoras: ajudam a ativar e desativar o processo de contração
Proteínas estruturais: mantém os filamentos grossos e finos no alinhamento adequado, conferem a miofibrila elasticidade e extensibilidade e ligam as miofibrilas ao sarcolema e à matriz extracelular.
Miosina: principal componente dos filamentos grossos e atua como proteína motora nos três tipos de tecido muscular. As proteínas motoras empurram varias estruturas celulares para conseguir o movimento convertendo energia química em ATP em energia mecânica de movimento (produção de força). 
Tem uma porção alongada (cauda), formada por duas cadeias polipeptídicas em α-hélice, aponta para a linha M no centro do sarcômero, enroladas uma na outra e paralelas às caudas vizinhas, formando a diáfise.
Na extremidade, duas porções globulares (cabeças), com atividade ATPase. Além de se ligar ao ATP, a cabeça se liga a actina. As cabeças se projetam para fora da diáfise de maneira espiralada, cada uma se estendendo no sentido dos 6 filamentos finos que circundam cada filamento grosso.
Entre a cabeça e a cauda há uma região flexiva (dobradiça), proporcionando a mudança conformacional necessária a função motora.
Actina: moléculas individuais de actina se unem para formar um filamento de actina que se enrosca como uma hélice. Em cada molécula de actina, há um local de ligação com a miosina, onde a cabeça da miosina pode se prender.
Tropomiosina: bloqueia a ligação da miosina com a actina
Tropomina: quando os íons cálcio se ligam a tropomina, ela sofre uma mudança de forma que promove a movimentação da tropomiosina para longe dos locais de ligação com a miosina na actina, ocorrendo assim a contração muscular.
Tinina: proteína extracelular que conecta a linha Z à linha M do sarcomero, ajudando a estabilizar a posição do filamento grosso; capaz de se estirar e voltar ao normal sem lesão e por isso é responsável por grande parte da elasticidade e extensibilidade das miofibrilas.
A-actinina: proteína estrutural das linhas Z que se liga às moléculas de actina dos filamentos finos e às moléculas de tinina.
Miomesina: proteína estrutural que forma a linha M do sarcomero; liga-se às moléculas de tinina dos filamentos finos e conecta os filamentos grossos adjacentes uns aos outros.
Nebulina: proteína estrutural que envolve toda a extensão de cada filamento fino; ajuda a ancorar os filamentos finos às linhas Z e regula a extensão dos filamentos finos durante o desenvolvimento
Distrofina: proteína estrutural que liga os filamentos finos do sarcomero às proteínas integrais da membrana no sarcolema que estão presas às proteínas na matriz de tecido conjuntivo que circunda as fibras musculares; acredita-se que ajude a reforçar o sarcolema e a transmitir a tensão gerada pelos sarcômeros aos tendões.
Contração muscular
Mecanismo de deslizamento dos filamentos
A contração muscular ocorre porque as cabeças de miosina se prendem e “caminham” ao longo dos filamentos finos nas duas extremidades de um sarcômero, empurrando de maneira progressiva os filamentos finos na direção da linha M. Em consequência disso, os filamentos finos deslizam para dentro e se encontram no centro do sarcômero. É, até mesmo, possível avançar tanto nesse sentido a ponto de suas extremidades se sobreporem. Conforme os filamentos finos vão deslizando, a banda I e a zona H se estreitam e, por fim, desaparecem juntas quando o músculo está em contração máxima. Entretanto, a largura da banda A e os comprimentos individuais dos filamentos finos e grossos permanecem inalterados. Uma vez que os filamentos finos em cada lado do sarcômero estão presos às linhas Z, quando os filamentos finos deslizam, as linhas Z se aproximam e o sarcômero encurta. O encurtamento dos sarcômeros causa encurtamento de toda a fibra muscular, que, por sua vez, leva ao encurtamento de todo o músculo.
O retículo sarcoplasmático libera íons cálcio no sarcoplasma, onde se ligam à troponina. A troponina faz com que a tropomiosina se movimente para longe dos locais de ligação com a miosina na actina. Quando os locais de ligação são liberados o ciclo da contração, sequência repetida de eventos que faz com que os filamentos deslizem começa. Ocorre em quatro etapas:
· Hidrólise de ATP: A cabeça de miosina engloba um local de ligação com o ATP e uma ATPase, enzima que hidrolisa o ATP em ADP (difosfato de adenosina) e um grupo fosfato. Essa reação de hidrólise reorienta e energiza a cabeça de miosina. Observe que os produtos da hidrólise de ATP – ADP e um grupo fosfato – ainda continuam presos à cabeça de miosina.
· Acoplamento da miosina à actina para formar pontes transversas: As cabeças de miosina energizadas se fixam aos locais de ligação com a miosina na actina e liberam o grupo fosfato previamente hidrolisado. Quando as cabeças de miosina se prendem à actina durante a contração, elas são chamadas pontes transversas.
· Movimento de força: depois da formação de pontes transversas, ocorre o movimento de força em que o local na ponte transversa onde o ADP ainda está ligado se abre. Em consequência disso, ela roda e libera o ADP e gera força ao rodar em direção ao centro do sarcômero, deslizando o filamento fino pelo filamento grosso na direção da linha M
· Desacoplamento da miosina da actina: ao final do movimento de força, a ponte transversa permanece firmemente presa à actina até se ligar a outra molécula de ATP, que quando se liga ao local de ligação com o ATP na cabeça de miosina, ela se solta da actina.
O ciclo da contração se repete conforme a ATPase da miosina vai hidrolisando as moléculas recentemente ligadas de ATP e continua enquanto houver ATP disponível e o nível de Ca2+ perto do filamento fino estiver suficientemente alto. As pontes transversas se mantêm rodando a cada movimento de força, puxando os filamentos finos na direção da linha M. Cada uma das 600 pontes transversas em um filamento grosso acopla e desacopla cerca de 5 vezes por segundo. A todo instante, algumas das cabeças de miosina estão acopladas à actina, formando pontes transversas e gerando força, e outras cabeças de miosina estão desacopladas da actina, aprontando-se para se ligar de novo.
Relação comprimento-tensão
Tensão máxima: quando a zona de sobreposição entre um filamento grosso e um fino se estende da margem da zona H até uma extremidade de um filamento grosso.
Quando os sarcômeros de uma fibra muscular são estirados a um comprimento mais longo, a zona da sobreposição encurta e menos cabeças de miosina podem fazer contato com os filamentos finos. Portanto, a tensão que a fibra pode produzir diminui.
Quando uma fibra muscular esquelética é estirada a 170% do seu comprimento ideal, não há sobreposição entre os filamentos grossos e finos. Uma vez que nenhuma das cabeças de miosina consegue se ligar aos filamentos finos, a fibra muscular não consegue contrair e a tensão é zero. 
Quando os sarcômeros se tornam mais curtosque o ideal, a tensão possível de ser desenvolvida diminui. Isso acontece porque os filamentos grossos encolhem conforme são comprimidos pelos linhas Z, resultando em menos cabeças de miosina fazendo contato com filamentos finos.
Normalmente, o comprimento da fibra muscular em repouso é mantido muito próximo do ideal pelas fortes fixações do músculo esquelético aos ossos (via tendões) e outros tecidos inelásticos
Junção neuromuscular
Cada neurônio somático motor apresenta um axônio filiforme que se estende do encéfalo ou medula espinal até um grupo de fibras musculares esqueléticas. A fibra muscular se contrai em resposta a um ou mais potenciais de ação que se propagam ao longo do sarcolema e pelo sistema de túbulos T.
Uma unidade motora consiste em um neurônio somático motor e todas as fibras musculares esqueléticas que ele estimula.
Em geral, a JNM fica próxima ao ponto médio da fibra muscular esquelética. Os potenciais de ação muscular que surgem na JNM se propagam na direção das duas extremidades da fibra. Essa distribuição possibilita a ativação praticamente simultânea (e, com isso, a contração) de todas as partes da fibra muscular.
Os potenciais de ação emergem na junção neuromuscular, que é a sinapse entre um neurônio somático motor e uma fibra muscular esquelética.
A fenda sináptica é um intervalo que separa as duas células, então como elas não se tocam o potencial não consegue pular esse intervalo entre uma célula e outra, a primeira célula se comunica com a segunda liberando um neurotransmissor.
Na JNM, o terminal axônico divide-se em um grupo de botões sinápticos, que constituem a parte neural da JNM, onde no citosol de cada botão se encontram as vesículas sinápticas (estruturas saculares envoltas por membrana e que contém milhares de moléculas de acetilcolina).
A região do sarcolema oposta aos botões sinápticos terminais, chamada de placa motora, é a parte da fibra muscular na JNM, onde se encontra milhões de receptores de acetilcolina, que são abundantes nas dobras juncionais (sulcos profundos na placa motora terminal que oferecem uma grande área de superfice para a ACh.
Assim, uma junção neuromuscular inclui todos os botões sinápticos terminais de um lado da fenda sináptica e a placa motora da fibra muscular do outro lado.
O impulso nervoso evoca um potencial de ação muscular da seguinte maneira:
1. Liberação da acetilcolina: a chegada o impulso nos botões estimula a abertura dos canais dependentes de voltagem, assim o íons cálcio que estão mais concentrados no liquido extracelular flui para dentro através dos canais abertos, estimulando as vesículas sinápticas a sofrerem exocitose e elas se fundem com a membrana do neurônio motor, liberando ACh na fenda sináptica. Em seguida a ACh se difunde pela fenda sináptica entre o neurônio motor e a placa motora.
2. Ativação dos receptores de ACh: a ligação de duas moléculas de ACh ao receptor na placa motora abre um canal iônico no receptor, podendo assim os pequenos cátions, como o sódio, fluir através da membrana.
3. Produção do potencial de ação muscular: o influxo de Na²+ torna o interior da fibra muscular mais positivamente carregado, o que desencadeia um potencial de ação muscular. O potencial se propaga pelo sarcolema para o sistema de túbulos T, fazendo com que o RS libere seus íons cálcio no sarcoplasma e a fibra muscular se contraia.
4. Término da atividade de ACh: a acetilcolinesterase rapidamente degrada a ACh em acetil e colina, que são incapazes de ativar o receptor de acetilcolina.
Abalo muscular
É a contração breve de todas as fibras musculares de uma unidade motora em resposta a um único potencial de ação em seu neurônio motor. Os abalos das fibras musculares esqueléticas duram em torno de 20 a 200 ms, o que é bastante tempo quando comparado aos breves 1 ou 2 ms de um potencial de ação.
Período de latência: potencial de ação e liberação do cálcio do RS.
Período de contração: troponina retira a tropomiosina dos locais de ligação, formação das pontes transversas.
Período de relaxamento: os locais de ligação são cobertos por tropomiosina e a tensão da fibra diminui.
A duração desses períodos depende do tipo de fibra muscular esquelética. Algumas apresentam períodos de contração e relaxamento bem rápidos, outras demonstram períodos de contração e relaxamento de cerca de 100 ms. 
Se dois estímulos são aplicados, um imediatamente depois do outro, o músculo responde ao primeiro estímulo, mas não ao segundo. Quando uma fibra recebe estimulo suficiente para se contrair ela temporariamente perde sua excitabilidade e não pode responder, chamado de período refratário.
Frequência da estimulação
Somação de ondas: estímulos que chegam em tempos diferentes causam contrações maiores. 
quando um segundo estimulo ocorre após o fim do período refratário do primeiro estimulo, porem antes do relaxamento da fibra, a segunda contração é mais forte que a primera.
Quando uma fibra muscular é estimulada na velocidade de 20 a 30 vezes por segundo pode ser que ela relaxe apenas parcialmente aos estímulos, resultando em uma contração sustentada, porém em ondas, chamada de tétano incompleto (não fundido). 
Quando uma fibra é estimulada em ritmo acelerado de 80 a 100 vezes por segundo, ela não relaxa totalmente. O resultado é o tétano completo (fundido), uma contração sustentada na qual abalos individuais não podem ser detectados.
A somação de ondas e os dois tipos de tétano ocorrem quando Ca2+ extra é liberado do retículo sarcoplasmático por estímulos subsequentes ao mesmo tempo que os níveis de Ca2+ no sarcoplasma ainda se encontram elevados por conta do primeiro estímulo. Devido à elevação do nível de Ca2+, a tensão de pico gerada durante o tétano completo é 5 a 10 vezes maior que a tensão de pico produzida durante um único abalo. Mesmo assim, contrações musculares voluntárias sustentadas são conseguidas principalmente por tétano não completo fora de sincronia em diferentes unidades motoras.
O estiramento dos componentes elásticos, como tendões e tecidos conjuntivos circunjacentes às fibras musculares, também afeta a somação de ondas. Durante a somação de ondas, os componentes elásticos não têm muito tempo para voltar ao estado normal entre as contrações, e, desse modo, permanecem tensos. Enquanto se encontram nesse estado, os componentes elásticos não requerem muito mais estiramento antes de começar a contração muscular seguinte. A combinação de tensão dos componentes elásticos e estado parcialmente contraído dos filamentos possibilita que a força da outra contração seja maior que a anterior.
Tônus muscular
É uma pequena quantidade de tensão no músculos decorrente de contrações involuntárias estabelecidas por neurônios do SNC que excitam os neurônios motores. Pequenos grupos de unidades motoras são alternada e constantemente ativados e desativados, mantendo o músculo firme, porém não resulta em força potente para produzir o movimento. 
Importante para manter a postura e também na musculatura lisa (parede dos órgãos do sistema digestório e vasos sanguíneos).
Contrações isotônicas e isométricas
Contração isotônica: a tensão (força de contração) desenvolvida no músculo permanece quase constante enquanto seu comprimento se modifica (usadas para realizar movimentos corporais e mover objetos).
· Concêntrica: se a tensão gerada na contração concêntrica é grande o suficiente para transpor a resistência do objeto a ser movido, o musculo encurta e puxa outra estrutura, como o tendão, para produzir o movimento e reduzir o ângulo na articulação. Ex: o ato de pegar um livro em uma mesa envolve contrações concêntricas do musculo bíceps braquial.
· Excêntrica: quando o comprimento do músculo aumenta durante uma contração. A tensão exercida pelas pontes transversas de miosina de opõe ao movimento de uma carga e retarda o processo de alongamento. Ex: ao abaixar o livro para coloca-lo de volta a mesa, o musculo bíceps se alonga de maneira controlada ao mesmo tempo que continua contraindo.
Contração isométrica: a tensão gerada não é suficiente para transpor a resistênciade um objeto a ser movido e o músculo não muda seu comprimento. Ex: segurar um livro parado com o braço estendido.
São importantes para a manutenção da postura e para suportar objetos em posição fixa.
Contração do músculo cardíaco
Em resposta a um único potencial de ação, o tecido muscular cardíaco permanece contraído 10 a 15 vezes mais tempo que o tecido muscular esquelético (ver Figura 20.11). Essa longa contração é decorrente do fornecimento prolongado de Ca2+ ao sarcoplasma. Nas fibras musculares cardíacas, o Ca2+ entra no sarcoplasma a partir do retículo sarcoplasmático (como nas fibras musculares esqueléticas) e do líquido intersticial que banha as fibras. Uma vez que os canais que possibilitam o influxo de Ca2+ do líquido intersticial permanecem abertos por um tempo relativamente longo, uma contração muscular cardíaca dura muito mais tempo que o abalo muscular esquelético.
O tecido muscular esquelético se contrai apenas quando estimulado pela acetilcolina liberada por um impulso nervoso em um neurônio motor. Em contrapartida, o tecido muscular cardíaco se contrai quando estimulado por suas próprias fibras autorrítmicas. Sob condições de repouso normais, o tecido muscular cardíaco se contrai e relaxa cerca de 75 vezes por minuto. Essa atividade rítmica contínua é a grande diferença fisiológica entre os tecidos musculares cardíaco e esquelético. As mitocôndrias nas fibras musculares cardíacas são maiores e mais numerosas do que nas fibras musculares esqueléticas. Essa característica estrutural sugere corretamente que o músculo cardíaco depende amplamente da respiração aeróbica para gerar ATP e, por isso, requer um suprimento constante de oxigênio. As fibras musculares cardíacas também podem usar ácido láctico produzido pelas fibras musculares esqueléticas para produzir ATP, um benefício durante o exercício. Assim como o músculo esquelético, as fibras musculares cardíacas podem sofrer hipertrofia em resposta a uma carga de trabalho maior. Isso é chamado de coração fisiologicamente aumentado e é o motivo pelo qual muitos atletas apresentam corações maiores. Em contraste, o coração patologicamente aumentado tem relação com doença cardíaca importante.
Contração músculo liso
Assim como o tecido muscular cardíaco, o tecido muscular liso é normalmente ativado de maneira involuntária. Dos dois tipos de tecido muscular liso, o mais comum é o tecido muscular liso visceral (unitário), encontrado na pele e em arranjos tubulares que formam parte das paredes das pequenas artérias e veias e de órgãos ocos como estômago, intestinos, útero e bexiga urinária. Assim como o músculo cardíaco, o músculo liso visceral é autorrítmico. As fibras se conectam umas às outras por sinapses, formando uma rede pela qual os potenciais de ação muscular podem se disseminar. Quando um neurotransmissor, hormônio ou sinal autorrítmico estimula uma fibra, o potencial de ação muscular é transmitido às fibras vizinhas, que, por sua vez, se contraem em uníssono, como uma só unidade.
O segundo tipo de tecido muscular liso, o tecido muscular liso multiunitário (Figura 10.16B), consiste em fibras individuais, cada uma com seus próprios neurônios motores terminais e com algumas sinapses entre as fibras vizinhas. A estimulação de uma fibra muscular visceral promove a contração de muitas fibras adjacentes, porém o estímulo de uma fibra multiunitária provoca a contração apenas daquela fibra. O tecido muscular liso multiunitário é encontrado nas paredes de grandes artérias, nas vias respiratórias dos pulmões, nos músculos eretores dos pelos, nos músculos da íris que ajustam o diâmetro da pupila e no corpo ciliar que ajusta o foco da lente no olho

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