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HANSENÍASE O que é? Hanseníase é uma doença infecciosa e contagiosa que afeta principalmente a pele, os olhos e os nervos. Possui alta infectividade e baixa patogenicidade – isto é, infecta muitas pessoas, porém, poucas adoecem. Na Antiguidade era considerada como castigos dos deuses. Os doentes eram recolhidos em leprosários, onde ficavam em completo isolamento, até morrerem. Atualmente, a hanseníase é cercada de tabus e preconceitos em meios sociais menos esclarecidos. O nome da doença foi dado em homenagem a um cientista chamado Gerhard Hansen, que a descreveu cientificamente em 1873. A hanseníase é também conhecida como lepra, morfeia, mal de Hansen ou mal de Lázaro e além do homem, pode afetar também outros animais, como macacos, coelhos, ratos e tatus. Definição de caso Considera-se caso de hanseníase a pessoa que apresenta um ou mais dos seguintes sinais cardinais, a qual necessita de tratamento com poliquimioterapia (PQT): a) lesão(ões) e/ou área(s) da pele com alteração da sensibilidade térmica e/ ou dolorosa e/ou tátil; ou b) espessamento de nervo periférico, associado a alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas; ou c) presença de bacilos M. leprae, confirmada na baciloscopia de esfregaço intradérmico ou na biopsia de pele. Considera-se caso novo de hanseníase a pessoa que nunca recebeu qualquer tratamento específico para a doença. Notificação dos casos A hanseníase é uma doença de notificação compulsória e de investigação obrigatória. Os casos diagnosticados devem ser notificados, utilizando-se a ficha de Notificação/Investigação, do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) Esquema de Vacinação com BCG: Ausência cicatriz BCG - Uma dose Uma cicatriz de BCG - Uma dose Duas cicatrizes de BCG - Não prescrever Quais são as causas? A hanseníase é causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, um parasita intracelular que tem uma afinidade especial pelas células da pele e células nervosas. Os infectados eliminam os bacilos através das secreções nasais, gotículas da fala e da tosse ou espirro. Embora transmissível, a hanseníase NÃO é uma doença de alta contagiosidade. A maioria das pessoas que entra em contato com o bacilo não desenvolve a hanseníase, somente cerca de 5% das pessoas adoecem e a maior ou menor resistência à doença parece ligada a fatores genéticos. O período de incubação da doença é extremamente prolongado e variável, indo de alguns meses a alguns anos. É considerada uma doença cutânea, mas eventualmente pode afetar os olhos e os nervos periféricos. Sinais/Sintomas Manchas pardas na pele; Sensação de formigamento nas extremidades; Insensibilidade térmica à dor e ao tato; Ausência da secreção de suor nas áreas; Caroços; Placas em qualquer local do corpo; Diminuição da força muscular; A insensibilidade as regiões afetadas impede que o paciente sinta dor quando exposto a ferimento e isso serve de porta de entrada para várias infecções. Fisiopatologia da doença A hanseníase se fundamenta em quatro aspectos: a baciloscopia, a clínica, a imunologia e a histopatologia. Portanto a doença pode ser dividida em quatro tipos: Indeterminada - quando não há comprometimento dos troncos nervosos; Tuberculóide - quando já há distúrbios de sensibilidade; Dimorfa - que é uma forma de transição; Virchowiana - que é o único tipo contagioso. Outra forma de se classificar esta doença é através da resistência ao bacilo e ao seu número de lesões, constituindo os casos paucibacilares (PB) e os casos multibacilares (MB), sendo o último a forma de maior transmissão da doença. Diagnóstico É feito por meio da avaliação clínica do paciente e por testes de sensibilidade cutânea, palpação de nervos, avaliação da força motora, etc. O médico pode também fazer uma biópsia da área suspeita, que permite verificar a presença do bacilo e estabelecer a forma clínica e a gravidade da doença. Tratamento O tratamento da hanseníase é feito com a associação de dois ou três fármacos antibióticos, ao que se chama poliquimioterapia, que deve ser mantida por um tempo longo, de seis meses a um ano ou mais. 16 Evolução A evolução da hanseníase depende da maior ou menor energia do sistema imunológico da pessoa infectada. Apesar de não ser mortal, a doença pode acarretar invalidez severa e/ou permanente se não for tratada a tempo. Prevenção A melhor maneira de prevenir a hanseníase é levar os familiares e pessoas próximas a um doente para fazerem um exame preventivo. Programas de Saúde Pública No Brasil, a hanseníase permanece como um problema de saúde pública devido a sua magnitude, ao seu potencial incapacitante e por acometer a população na fixa etária ativa. Através dos esforços concentrados dos governos Federal, Estaduais, Municipais, e de profissionais de Saúde, foram obtidos resultados positivos: a redução do número de casos novos registrados e o coeficiente de detecção geral de habitantes em 2001 foram bastante significativas. Estima-se que 70 a 90% da população seja resistente ao M. Leprae devido à imunidade inata, que poderia estar reforçada pela vacinação com BCG ou por reação cruzada em pessoas que têm contato com o Mycibacterium tublerculosis ou outras micobactérias atípicas. O TRATAMENTO PARA A HANSENÍASE É OFERECIDO PARA TODOS OS DOENTES nos Postos de Saúde; também como os medicamentos são oferecidos e os pacientes recebem acompanhamento durante todo o tratamento. OBRIGADA!
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