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DPC SEMESTRAL 
Direito Administrativo 
Roberto Baldacci 
Data: 20/02/2013 
Aula 3 
 
DPC SEMESTRAL – 2013 
Anotador(a): Tiago Ferreira 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
RESUMO 
SUMÁRIO 
 
1) Organização da Administração; 
 
 
ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO 
 
Segundo a CF/88, compete ao chefe do Executivo a responsabilidade política pelo atendimento dos interesses 
públicos e coletivos em geral (Esta responsabilidade política é chamada de “regra ou princípio da 
concentração”). 
 
Mediante a propositura de lei especial de competência exclusiva do chefe do Executivo, haverá a delegação 
destas responsabilidades políticas “dentro” de uma mesma estrutura ou “para fora” de uma estrutura, criando 
ou autorizando a criação de outras estruturas: 
 
 
1) Desconcentração Administrativa: 
 
Desconcentrar é “delegar dentro” de uma mesma estrutura. 
 
Ocorrendo desconcentração através de lei, serão criados núcleos de competências administrativas chamados 
de órgãos (e, se somente lei cria órgão, somente lei poderá extingui-lo, mas, conforme artigo 84,VI da CF/88, o 
chefe do Executivo pode organizar os órgãos através de decretos autônomos, desde que não aumente 
despesas públicas em função desta organização – Atenção: a organização é possível por decreto, mas a criação 
ou extinção de órgão não, somente lei faz isso). 
 
Como a desconcentração é interna, haverá subordinação hierárquica entre os órgãos. 
 
Os órgãos são explicados conforme a ”Teoria do Órgão” de Otto Giërke: 
 
 Órgãos não possui personalidade jurídica (órgão sempre integra alguém, não é alguém); 
 Como não possui personalidade própria, o órgão não possui patrimônio próprio; 
 Não possui capacidade processual para ser autor ou réu (O correto é processar a pessoa jurídica a qual o 
órgão pertence); 
***Excepcionalmente órgãos podem impetrar Mandado de Segurança sozinhos para defenderem suas 
prerrogativas constitucionais. 
 Órgão é sempre de regime público e, portanto, sujeito às regras de licitação, responsabilidade fiscal e os 
agentes públicos serão concursados e estatutários, em regra; 
 Assim como agentes públicos, os órgãos não atuam por vontade própria, mas, sim, por “imputação 
volitiva” – e, portanto, órgão é impessoal e não responde por seus atos. 
 
Os órgãos estão divididos em quatro níveis: 
 
I – Órgãos Independentes: São aqueles que encabeçam cada poder ou estrutura do Estado, e não se 
subordinam a qualquer outro. Exemplo: A Presidência da República. 
 
2 de 4 
II – Órgãos Autônomos: Formam o 1º escalão de poder, hierarquicamente subordinados para planejarem as 
políticas fixadas pelos órgãos independentes. Exemplo: Os Ministérios. 
 
III – Órgãos Superiores: Desprovidos de independência ou autonomia, são os órgãos que deverão cumprir as 
ordens dos órgãos autônomos, coordenando a implementação das políticas planejadas. Exemplo: 
Departamento de Polícia e Delegado Geral, Procuradorias, Secretarias, Delegacias (do meio ambiente, da 
receita federal) etc. 
 
IV – Órgãos Subalternos: São os órgãos de execução. Exemplo: O Delegado de Polícia, o Auditor, o Inspetor etc. 
 
 
2) Descentralização Administrativa: 
 
Mediante lei o chefe do Executivo delega para fora da estrutura central parte das competências e deveres 
políticos. Esta lei cria ou autoriza a criação de uma nova pessoa jurídica. 
 
Estas pessoas descentralizadas não estão sujeitas à subordinação hierárquica – são autônomas para agir e por 
terem personalidade jurídica própria possuem o próprio patrimônio, gozam de capacidade processual para 
serem autor ou réu e não são alcançados pela imputação volitiva – não são impessoais e, portanto, respondem 
pessoalmente pelos próprios atos. 
 
 
DESCONCENTRAÇÃO ADMINISTRATIVA DESCENTRALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA 
Cria órgãos – o conjunto de órgãos forma a 
Administração Direta. 
Cria / autoriza a criação de pessoas jurídicas 
estatais – o conjunto de pessoas jurídicas 
forma a Administração Indireta. 
Subordinação hierárquica – controle direto 
do órgão de cima sobre o de baixo. 
Não há subordinação hierárquica, apenas 
controle indireto do criador (Tutela 
Ministerial, por exemplo). 
 
 
As pessoas descentralizadas possuem um objetivo ou finalidade pública específica fixada pela lei de 
descentralização. Assim, só podem fazer aquela finalidade para que otimizem a eficiência ao se tornarem 
especialistas (Regra ou Princípio da Especialização). 
 
Caberá, na esfera federal, ao Ministério o controle sobre estas pessoas, para verificar se estão obedecendo a 
especialização – É um controle indireto e finalístico chamado de Tutela ou Supervisão Ministerial. 
 
 
ESTRUTURA DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA: 
 
Para parte da doutrina são 05 os tipos de pessoas jurídicas que formam a administração indireta (Amplamente 
aceito na prova de Delegado de Polícia): 
 
1) Autarquias; 
2) Fundações Públicas; 
3) Associações Públicas decorrentes de consórcios; 
4) Empresas Públicas; 
5) Sociedades de Economia Mista. 
 
 
3 de 4 
 
Para outra parte da doutrina, na administração indireta há apenas: 
 
1) Autarquias, incluindo-se autarquias fundacionais e autarquias associativas; 
2) Empresas públicas; 
3) Sociedades de Economia Mista. 
 
 
1) Autarquias: 
 
-São diretamente criadas por lei (todo o resto é autorizado por lei); 
 
-Prestam serviços públicos sem fins lucrativos; 
 
-Podem ser comuns, especiais ou agências reguladoras; 
 
-Sempre serão de regime jurídico de direito público, que determina as seguintes características: 
 
a) Seu patrimônio é público e, portanto, impenhorável; 
b) Estão obrigadas a licitar, prestar contas ao tribunal de contas e concursar agentes; 
c) Gozam de prerrogativas públicas especiais: -Imunidade tributária recíproca; 
-Isenções previdenciárias; 
-Pagam seus credores conforme Art. 100 da CF/88: Até 
determinado valor o pagamento é em dinheiro através 
de “RPV – Requisição de Pequeno Valor”, e, acima 
deste limite, pagam por precatórios. 
 
-Possuem vantagens processuais: 
-Não admitem citação ficta por edital ou hora certa, mas apenas citação real; 
-Quando em revelia, em regra não sofrem os efeitos da pena de confissão ou da presunção da 
veracidade do alegado pelo autor; 
-Pagam honorários de sucumbência arbitrados pelo juiz por equidade; 
-Possuem prazos especiais – Em 4x para contestação, reconvenção e opor exceções, e em 2x para 
recorrer (Para contrarrazões de recurso o prazo é simples - Atenção). 
Atenção: O prazo de contestação da ação rescisória é simples, pois é fixado pelo juiz (não provém da 
lei). 
 
 
Tipos de Autarquias: 
 
 Autarquia Comum: 
 
-Prestam serviços públicos comuns; 
-Seus agentes são estatutários com estabilidade funcional; 
-Seu dirigente é nomeado sem concurso e destituível ad nutum. 
 
Texto: Prestam serviços públicos comuns com agentes estatutários e dirigentes nomeados. 
 
Exemplos de autarquias comuns: Incra e INSS. 
 
 
 
4 de 4 
 
 Autarquia Especial: 
 
-Prestam serviços públicos especiais em regra de ensino superior (Usp, Unicamp, UFRJ etc) ou fiscalização 
de profissões regulamentadas (CREA, CRM etc); 
-Os agentes são, em regra, celetistas (celetistas não possuem direto à estabilidade); 
-O dirigente é eleito pela classe ou categoria – destituível somente por decisão motivada. 
 
Texto: Prestam serviços públicos especiais, em regra de ensino ou fiscalização profissional onde seus agentes 
são, em regra, celetistas, sem direito a estabilidade e seus dirigente são eleitos pela categoria que 
representam, destituíveis somente por decisão motivada. 
 
 Autarquias especiais na forma de agências reguladoras (gozam de maior autonomia política): 
 
-Prestam serviços públicos especiais em regra de fiscalização sobre concessionárias, regulação de serviços 
públicos privatizados e apreciação com exclusividade das matériase litígios técnicos de suas matérias; 
-Os agentes em regra são estatutários com estabilidade; 
-O dirigente é nomeado sem concurso, mas goza de mandato fixo e só pode ser destituído por decisão 
motivada. 
 
Texto: São autarquias especiais que gozam de maior autonomia política. Prestam serviços, em regra, de 
fiscalização e controle sobre concessionárias de serviços públicos privatizados, fixando as normas regulatórias 
e julgando com exclusividade as questões envolvendo suas matérias técnicas. Seus agentes, em regra, são 
estatutários e os dirigentes, apesar de nomeados sem concurso, só são destituídos por decisão motivada. 
 
Exemplos: Agência Nacional do Petróleo, ANVISA, Agência Nacional de Transporte Aquaviário etc. 
 
 
OAB 
 
Para o STF não é mais autarquia especial – é um ente estatal sui generis e: 
 
-Não é obrigada a licitar; 
-Não contrata agentes por concurso; 
-Não presta contas ao Tribunal de Contas. 
 
 
Agência Executiva: 
 
É uma autarquia comum ou uma fundação pública já existente, que assina com a administração direta 
mediante dispensa licitatória um contrato de gestão. Durante a vigência do contrato, parte das atividades do 
ente contratante serão diretamente prestadas pela autarquia ou fundação contratada, e enquanto o contrato 
durar, essa será uma “agência executiva”. 
 
-Autarquia comum ou fundação pública; 
-Contrato de gestão; 
-Na vigência do contrato vira “agência”.

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