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DPC SEMESTRAL 
Direito Administrativo 
Roberto Baldacci 
Data: 18/03/2013 
Aula 6 
 
DPC SEMESTRAL – 2013 
Anotador(a): Tiago Ferreira 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
RESUMO 
SUMÁRIO 
 
1) Atos Administrativos; 
 
 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
 
Atributos dos atos administrativos: 
 
Ato administrativo pode gerar um conjunto de efeitos especiais e os mais importantes são: 
 
a) Imperatividade: A administração não depende da concordância do particular (nem todos os atos 
administrativos possuem); 
 
b) Autoexecutoriedade: A administração não depende do judiciário para decretar e executar seus atos (nem 
todos os atos são); 
 
c) Presunção de legitimidade: Ato administrativo é presumivelmente legal (todos têm). 
 
d) Presunção de veracidade: Ato administrativo é presumivelmente verdade tanto em sua forma quanto em 
seu conteúdo (todos têm). 
 
Pressupostos de validade e tipos de atos: 
 
Os atos privados em regra são válidos quando o objeto for lícito, o agente for capaz e for respeitada uma certa 
forma prevista em lei. 
 
Já os atos administrativos serão válidos quando 05 pressupostos especiais estiverem completamente 
preenchidos: Competência ou sujeito, finalidade, forma, motivo e objeto. 
 
*O ato vinculado é aquele que possui estes 05 pressupostos já preenchidos pela própria lei (o administrador é 
um mero cumpridor de leis). 
 
*O ato discricionário é aquele que possui no mínimo competência, finalidade e forma previamente fixados 
pela lei. Motivo ou objeto, ou ambos, poderão estar em branco na lei. Caberá ao administrador preenchê-los 
motivadamente através de fatos e circunstâncias que demonstram a oportunidade e conveniência (esta 
motivação que demonstra oportunidade conveniência constitui o “MÉRITO DISCRICIONÁRIO”). 
 
 
São os pressupostos: 
 
1 - Competência: Sempre é a lei que determina qual é o agente competente, e o administrador pode delegar 
(do superior para o subordinado) ou avocar (o superior puxa para si aquilo que era de seu subordinado) as 
competências. 
 
 
2 de 3 
 
Todas as competências são delegáveis, exceto três: 
 
-As decisórias (de procedimentos e recursos administrativos); 
-As normativas; e 
-As competências exclusivas. 
 
2 - Finalidade: É sempre a lei que determina a finalidade do ato. 
 
*Este é o pressuposto mais rígido que não admite qualquer alteração ou descumprimento - que implicará em 
“desvio de finalidade” (sempre é uma nulidade absoluta - não é passível de correção). 
 
3 - Forma: É sempre a lei que determina a forma do ato, mas em certos casos a escolha da forma é 
discricionária pelo administrador. 
 
Certos atos têm apenas uma forma possível (Ex: portaria para instauração de IP é sempre escrita). 
 
Outros atos têm mais de uma forma em lei e é a lei que determina quando usa uma ou outra (Ex: fluxo no 
cruzamento é regulado por luzes do semáforo, e quando o semáforo queima a lei prevê gestos e apitos do 
policial). 
 
Em outros casos a lei prevê mais de uma forma e a escolha entre uma ou outra é feita pelo administrador, 
conforme oportunidade e conveniência (Ex: sinais de navegação são por símbolos ou luzes ou apitos, e o 
capitão (agente público chamado “prático”) escolhe qual é a forma mais oportuna ou conveniente). 
 
4 - Motivo: É a obrigatória exposição das circunstâncias fáticas e legais que, quando preenchidas, demonstram 
que a prática do ato é válida, conforme a lei. 
 
*Todos os atos (discricionários e vinculados) exigem exposição de motivo. 
 
Motivo não se confunde com motivação, pois esta é a demonstração fundamentada de que a prática daquele 
ato está atendendo interesses públicos. 
 
Todos os atos também exigem motivação, ainda que sucintamente, exceto três tipos de atos: 
 
a) Atos de mero expediente; 
b) Atos de impossível motivação; e 
c) Atos ad nutum. 
 
 
CONTROLE SOBRE OS ATOS: 
 
1) Controle sobre atos vinculados: 
 
Como tudo que é necessário para a prática deste ato está previsto na lei, quando houver vício será sempre 
uma ilegalidade. 
 
A ilegalidade pode ser decretada pelo judiciário ou pela própria administração em autotutela. O ato é anulado, 
anulando-se também tudo o que decorreu deste ato a partir de sua origem, retroativamente (ex tunc). 
 
 
 
3 de 3 
2) Controle sobre atos discricionários: 
 
Estes atos podem sofrer dois tipos de vícios: 
 
a) Ilegalidade - Quando aquilo fixado por lei for descumprido ou violado (vícios de competência, finalidade ou 
forma). Nestes casos o ato discricionário será ilegal e, ou o judiciário ou a administração poderão anular o ato 
com efeitos ex tunc. 
 
b) Vícios de mérito - São três os vícios possíveis sobre o mérito: 
 
I - Perda do mérito: Quando o administrador decreta o ato discricionário ele demonstra que em função de 
determinados fatos e circunstâncias que estão ocorrendo é oportuno e conveniente praticar aquele ato. 
 
Ocorrendo um fato superveniente é possível que aquele ato passe a ser agora inoportuno ou inconveniente ao 
interesse público. Neste caso o administrador (e somente ele) decretará a revogação daquele ato 
discricionários, daquela data em diante (efeitos futuros ex nunc). 
 
II - Ilegalidade de mérito: Quando o administrador motiva o seu mérito ele (e somente ele) escolherá os fatos e 
circunstâncias que irão sustentar o seu mérito. Ele deverá escolher aqueles que sejam RAZOÁVEIS E 
PROPORCIONAIS. Caso escolha fatos ou circunstâncias não razoáveis ou não proporcionais estará violando os 
limites da lei e sua motivação do mérito será ilegal, permitindo ao judiciário anular o ato discricionário com 
efeitos retroativos ex tunc. 
 
III -Teoria dos motivos determinantes: Quando o ato motivado possuir em sua motivação motivos acessórios e 
motivos apontados como determinantes, caso os motivos determinantes sejam inverídicos ou inexistentes o 
ato poderá ser anulado pelo judiciário com efeitos retroativos ex tunc. 
 
Atenção: 
 
-Essa teoria é aplicada a todos os atos motivados, incluindo-se os vinculados, discricionários e ad nutum que 
foram espontaneamente motivados. 
 
-Motivos acessórios, inverídicos ou inexistentes em regra não invalidam o ato. 
 
-Caso um ato possua diversos motivos apontados como determinantes e a maioria destes sejam inverídicos ou 
inexistentes, basta que pelo menos um motivo determinante seja verídico e existente para o ato ser 
preservado (Em regra só anula quando todos os motivos determinantes forem inverídicos ou inexistentes).

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