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DIREITO DAS COISAS DIREITO CIVIL VI Conceito “ É o complexo de normas reguladoras das relações jurídicas referente às coisas suscetíveis de apropriação pelo homem. Tais coisas são, ordinariamente, do mundo físico, porque sobre elas é que é possível exercer o poder do domínio.” conceito É o ramo do Direito Civil que tem como conteúdo as relações jurídicas estabelecidas entre pessoas e coisas determinadas ou determináveis. (Flávio Tartuce) Teorias dos direito das coisas Teoria Personalista – Afirma que os direitos reais são relações jurídicas estabelecidas entre pessoas, mas intermediadas por coisas. Teoria Realista – informa que o direito real constitui um poder imediato que a pessoa exerce sobre as coisas com eficácia contra todos (erga omnes) DIREITOS REAIS E PESSOAIS O direito real é o que afeta a coisa direta e indiretamente e segue em poder de quem a detenha O direito pessoal consiste numa relação jurídica pela qual o sujeito ativo pode exigir do sujeito passivo determinada prestação. Direitos reais e pessoais DireitosReais Direitos Pessoais Relação jurídica entre pessoa e coisa Relação jurídica entre pessoas Princípio da Publicidade – tradição e registro Princípio da Autonomia - liberdade Efeitos erga omnes – podem ser restringidos Efeitosinterpartes Rol taxativo –numerusclausus– art. 1,225 Rol exemplificativo –munerusapertus A coisa responde – direito de sequela Bens do devedor respondem Caráter permanente Caráter provisório Objeto do direito das coisas O objeto do direito das coisas tanto podem ser as coisas corpóreas, moveis e imóveis, quanto as coisas incorpóreas. Tanto o direito que liga o homem as coisas Quantos o que liga ao produto do intelecto Sujeito do direito das coisas Titular do direito subjetivo sobre um bem – sujeito ativo Aquele que tem o direito de de respeito pelo sujeito passivo Obrigações propter rem Obrigações propter rem significam obrigações própria da coisa. são obrigações que perseguem a coisa onde quer que elas estejam. Art. 1.345 do CC PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DOS DIREITOS REAIS Princípio da aderência ou especialização – exclusão de terceiros Princípio do absolutismo – em regra são erga omnes Princípio da publicidade ou visibilidade – devem ser tornados públicos Princípio da taxatividade – são aqueles criados pelo direito 10 Características dos direitos reais Oponibilidade – contra todos. Uma prerrogativda do titular que opõe contra todos. Direito de sequela – o direito de seguir a coisa Exclusividade – não há dois direitos reais sobre a mesma coisa Preferência – é o privilégio de obter o pagamento de dívida, exclusivamente, com o valor do bem. Taxatividade – os direitos reais são aqueles previstos em lei Classificação dos direitos reais Os direitos reais são classificados quanto à propriedade do bem: Direitos reais sobre a propriedade Direitos reais sobre coisa alheia Direitos reais de gozo e fruição Direitos reais de garantia Direito real de aquisição Classificação dos direitos reais Quanto aos poderes do titular do direito real: Direitos reais limitados Direitos reais ilimitados Teorias da posse Teoria Subjetiva de Savgny A posse reuniria dois elementos: Corpus – elemento subjetivo que indica físico sobre a coisa Animus – elemento objetivo que deve ser enetendido como a vontade de ser dono Teorias da posse Teoria Objetiva de Ihering Para Ihering, para se caracterizar a posse, não há necessidade do elemento subjetivo animus porque a posse se caracteriza independe da vontade de ser dono. A posse se caracteriza pelo exercício de algum dos poderes inerentes a propriedade Teoria da posse O CC conceitua possuidor – art. 1.196 do CC As duas teorias sobre a posse estão contempladas no CC. Art. 1.238 do CC – Teoria subjetiva Posse e detenção Há diferenças entre posse e detenção. Posse – exercício de poder em nome próprio sobre o bem Detentor – exerce poder em nome alheio, sob sua orientação. Classificação da posse Quanto à relação pessoa coisa (art. 1.197 do CC) Posse direta ou imediata – quem tem a coisa materialmente Posse indireta ou mediata – exercício de direito exercido por outra pessoa. Quanto à presença de vícios objetivos (art. 1.200 do CC) Posse justa Posse violenta – força Clandestina - oculta Precária – abuso de confiança CLASSIFICAÇÃO da posse Quanto à boa-fé subjetiva ou intencional – art. 1.201 Posse de boa-fé – ignora vícios Posse de má-fé – conhece do vício Quanto à presença de título Posse com título – causa representativa Posse sem título – não há vontade jurídica Espécies de posse Quanto aos efeitos Posse ad interdicta – pode ser defendida por ações possessórias Posse ad usucapionem – se admite a aquisição da propriedade Espécies de posse Quanto ao tempo: Posse nova – a que conta com menos de um ano e um dia Posse velha – a que conta com pelo menos um ano e um dia A classificação da posse quanto ao tempo é fundamental para a questão processual. Relativa as ações possessórias – art. 558 do CPC composse A composse se apresenta pelos poderes possessórios que duas ou mais pessoas exercem, simultaneamente, sobre a coisa Art. 1.199 do CC Efeitos da posse Efeitos da posse quanto aos frutos – art. 1.214 do CC Direito aos frutos ao possuidor de boa fé Separação dos frutos naturais – art. 1.215 do CC Possuidor de má fé – art. 1.216 do CC Efeitos da posse em relação às benfeitorias – art. 1.219 do CC Direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis Efeitos da posse Efeitos da posse em relação as benfeitorias O possuidor de boa fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias – art. 1.219 do CC Possuidor de boa fé não indenizado tem direito à retenção dessas benfeitorias O possuidor de boa fé tem direito ao levantamento das benfeitorias voluptuárias, se não forem pagas, desde que não gere prejuízo à coisa. Posse e responsabilidade O possuidor de boa - fé não responde pela perda ou deterioração da coisa – art. 1.217 do CC. Responsabilidade subjetiva Responsabilidade objetiva – art. 1.218 do CC. Posse e processo civil os interditos possessórios Interditos possessórios são as ações possessórias diretas. O possuidor tem a faculdade de propor essas demandas para manter-se na posse Regras do art. 554 do CPC Interditos possessório São três as situações concretas eu possibilitam a propositura de três ações correspondentes: No caso de ameaça à posse (risco ou atentado à posse) – caberá ação de interdito proibitório No caso de turbação (atentados fracionados à posse) – caberá ação de manutenção de posse No caso de esbulho (atentado a posse) – caberá ação de reintegração de posse Interditos possessórios As três medidas cabíveis são autorizadas pelo art. 1.210, caput do CC Embora haja diferença nas ações o art. 554 do CPC consagra a fungibilidade total. Formas de aquisição da posse A posse se adquire pela própria pessoa que a pretende ou por seu representante. Também se adquire pelo constituto possessório – cláusula contratual onde o alienante transmite a posse da coisa ao adquirente, mas continua a deter o bem Art. 1.205 do CC Transmissão da posse Pelo art. 1.206 fica claro o princípio da continuidade do caráter da posse. Ninguém muda a forma como ela foi adquirida Se bem imóvel, transmite-se também os imóveis – art. 1.209 Perda da posse Quanto à perda da posse, o art. 1.223 do CC é bastante genérico. O art. 1.224 do CC mantém relação com a boa fé objetiva, O possuidor que não toma as medidas em tempo hábil, a lei acaba por presumir que sua posse está perdida.
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