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ANHANGUERA EDUCACIONAL CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Disciplinas norteadoras: Organização e Regionalização do Espaço Mundial, Geografia da População e Ambiente, História do Pensamento Geográfico, Geografia do Brasil, Direitos Humanos e Geografia Cultural. CURSO LICENCIATURA: GEOGRAFIA 3º SEMESTRE ALEX DOS REIS OLIVEIRA RA: 5654175566 ROBERIO SILVA DE OLIVEIRA RA: 2908304827 GEOVANIA DOS SANTOS RIBEIRO RA: 3288412437 MARCIA GOMES SILVA RA: 3274406930 Construindo a igualdade de gênero e etnia. IBICOARA-BAHIA CONSTRUINDO A IGUALDADE DE GENERO E ETNIA. Desafio profissional apresentado ao curso de Geografia, da Faculdade Anhanguera como requisito parcial de nota. Orientador: Márcia Cristina Botelho Braga Aguiar. Tutores a distância: Anderson Alves, Virgílio de Araújo Neto e Natalia Branco Lopes Krawczun. ALEX DOS REIS OLIVEIRA RA: 5654175566 GEOVANIA DOS SANTOS RIBEIRO RA: 328841243 ROBERIO SILVA DE OLIVEIRA RA: 2908304827 MARCIA GOMES SILVA RA: 3274406930 IBICOARA-BA, 30 DE MAIO DE 2017. SUMÁRIO 1 ENTREVISTA SEMIESTRUTURADA.................................................................................4 2 ANALISE CRITICA............................................................................................................5-6 3 INTRODUÇÃO....................................................................................................................7-8 4 JUSTIFICATIVA....................................................................................................................9 5 OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS .............................................................................10 6 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA....................................................................................11-12 7 METODOLOGIA.............................................................................................................13-15 8 PÚBLICO ALVO .................................................................................................................16 9 CRONOGRAMA ..................................................................................................................16 10 RESULTADOS ESPERADOS ...........................................................................................17 11 AVALIAÇÃO......................................................................................................................17 12 REFERENCIAS...................................................................................................................18 1. ENTREVISTA SEMIESTRUTURADA 1. Qual o seu grau de escolaridade? 2. Quantos membros da família são do sexo feminino e masculino? 3. Você se considera de qual grupo étnico ou qual a sua raça/cor? 4. Quantas pessoas incluindo você moram em sua casa? 5. Qual a principal fonte de renda da família? 6. Qual a carga horaria aproximada de trabalho do responsável pela principal fonte de renda da família? 7. Quantos dias na semana em média o responsável pela renda da família trabalha? 8. O responsável pela renda da família possui algum vínculo contratual? 9. Quem é o principal responsável pela fonte de renda da família? 10. Algum outro membro da família contribui com a renda familiar? 11. Com quantos anos e por que o responsável pela família se ingressou no mercado de trabalho? 12. O responsável pela renda família já recebeu ou pretende receber algum tipo de melhoria nas condições de trabalho? 13. Você considera já ter sofrido algum tipo de discriminação seja ela de gênero ou raça em algum trabalho que exerceu ou exerce? 14. Caso tenha sofrido algum tipo de discriminação, a que você atribui essa situação? 15. Qual cargo/função exerce o principal responsável pela renda da família? 2. ANÁLISE CRÍTICA A desigualdade tornada uma experiência natural não se apresenta aos olhos de nossa sociedade como um artifício. No entanto, resulta de um acordo social excludente, que não reconhece a cidadania para todos, onde a cidadania dos incluídos é distinta da dos excluídos e, em decorrência, também são distintos os direitos, as oportunidades e os horizontes. (Henriques 2001). O mercado de trabalho brasileiro vem a décadas sendo marcado por significativas e persistentes desigualdades de gênero e etnia, isso implica diretamente na situação social e econômica fazendo com que poderosas barreiras adicionais sejam criadas dificultando a longo prazo uma melhor condição para que pessoas e grupos discriminados possam superar a pobreza e ter acesso a uma condição de vida menos vulnerável diante da sociedade. No Brasil, as desigualdades de gênero e raça não são fenômenos que atingem uma pequena porção de cidadãos ou a grupos específicos da sociedade, muito pelo contrário, em um país onde a maioria é preto ou pardo e ainda do gênero feminino, o que existe é uma discriminação mascarada por conta das leis que protegem a igualdade, mas que são desmistificados pelos números das pesquisas que órgãos competentes divulgam. No Brasil, durante muitas décadas os homens possuíram um nível de escolaridade maior que as mulheres. Contudo, a partir de 1979, ocorreu uma inversão na média educacional, quando as mulheres passaram a ter mais anos de estudo que os homens. Apesar disso, ainda hoje, o sexo continua sendo motivo de desigualdade salarial (MATOS e MACHADO, 2006). Existe um crescimento significativo de mulheres no mercado de trabalho, porem com salários inferiores aos homens ocupando os mesmos cargos. A situação é ainda mais crítica quando se trata de mulheres pretas ou pardas, pois sofrem discriminação duas vezes, além de essas possuírem menor nível de escolaridade e geralmente trabalhar na informalidade, sem carteira assinada ou sem remuneração como no caso das domesticas. A população negra tem menos escolaridade que a população branca o que contribui para a desigualdade salarial, mas as posturas racistas e discriminatórias existentes no ambiente de trabalho, dificultam o acesso e ascensão dos negros a cargos de chefia ou de poder. Desse modo, os negros estão mais propensos a se concentram em atividades mais precárias e com menor proteção social que os brancos, e apresentam maiores índices de desemprego (PINHEIRO e SOARES, 2003). As ocupações dos pretos ou pardos também são sistematicamente inferiores aos dos brancos, inclusive entre aqueles que têm o mesmo nível de escolaridade. Sobre essa questão, Henriques (2002) argumenta que os estudos sobre as desigualdades raciais deixam evidente a seguinte frase: “pobreza tem cor no Brasil, é negra”. Se comparamos mulheres negras com homens brancos a diferença é ainda maior, com esses dados fazem cair por terra aquela ideia de que os diferenciais acentuados existem por conta de nível de escolaridade dos pretos ou pardos ser inferior ao dos brancos, portanto o que determina a ocupação baseada na raça/cor é uma série de fatores diretos ou indiretos relacionados a discriminação. Carneiro (2011, p.127) argumenta que: [...] a conjugação do racismo e o sexismo produzem sobre as mulheres negras uma espécie de asfixia social com desdobramentos negativos sobre todas as dimensões da vida. Esses se manifestam em sequelas emocionais com danos à saúde mental e rebaixamento da autoestima; numa expectativa de vida menor, em 5 anos, em relação a das mulheres brancas; num menor índice de nupcialidade; e sobretudo no confinamento nas ocupações de menorprestígio e remuneração. As leis que tem como objetivo acabar com a desigualdade no país vem fazendo um papel expressivamente significativo ao que se refere a desigualdade Étnica, fornecendo em alguns momentos suporte adequado para valer a igualdade de raça, porém não existe nenhuma especifica para por a “pé de igualdade” as mulheres, que costumam trabalhar como homens, receber menos pelos mesmos serviços prestados, algumas vezes serem provedoras do lar e ter carga horaria de trabalho duplicada. É observado uma evolução no que diz respeito ao número de mulheres no mercado de trabalho porém, esse aumento expressivo vem junto com outras responsabilidades que as mulheres costumavam antes já assumir, como as tarefas domesticas. O que ouve foi expressivo aumento no número de mulheres que são provedoras do lar. Com relação aos pretos ou pardos que hoje se assumem como mais de 50 % da população do pais, as políticas de igualdade tem melhorado no que diz respeito à nível de escolaridade, o grande problema ainda para uma população miscigenada é o preconceito enraizado na cultura que por sua vez é muito mais complexo que o julgamento de competências. O que conseguimos de evolução deve- se ao trabalho de conscientização e das leis com relação a igualdade racial. Portanto ainda há a necessidade de políticas públicas mais firmes no que se refere a desigualdade de gênero e etnia, pois os problemas sociais e econômicos do pais estão diretamente ligados ao mercado de trabalho e a condição em que o mesmo submete os cidadãos. A análise da discriminação de gênero e etnia na PEA do Brasil ajuda não apenas a entender os problemas vividos por mulheres e pretos ou pardos e os fatores que os produzem, mas também a compreender melhor o funcionamento do mercado de trabalho em seu conjunto, assim como a dinâmica de produção e reprodução das desigualdades sociais no Brasil que é um problema de séculos e que vem sendo exposto, analisado e apresentando pequena melhora porem não tão significativa para atender as necessidades de um povo cuja a descendência é a miscigenação. Enquanto não houver mudança de pensamento e comportamento por parte da sociedade os problemas sociais relacionados a etnia bem como os problemas econômicos vão continuar a fazer parte da nossa realidade. 3 INTRODUÇÃO O mercado de trabalho discrimina quando remunera de forma diferenciada homens e mulheres ou brancos e negros com a mesma produtividade. O mercado de trabalho é segmentado quando remunera de forma diferenciada trabalhadores que são perfeitamente substituíveis no processo de produção, e que se trocassem entre si os postos de trabalho não alterariam o nível de produtividade de nenhum deles, nesse caso, o mercado de trabalho passa a agir como gerador das desigualdades de rendimentos (BARROS et al., 2007). A desigualdade de gênero e etnia também é uma triste e dura realidade no mercado de trabalho As origens históricas e institucionais da desigualdade brasileira são múltiplas, mas sua longa estabilidade faz com que o convívio cotidiano com ela passe a ser encarado, pela sociedade, como algo natural. (Henriques 2000,2001) O referido projeto visa despertar o olhar crítico dos alunos para o assunto em questão. Desta forma o que será implementado na Escola Desenvolvimento Integral é um projeto que permita um olhar não só estatístico do aluno mas também formar e gerar uma visão crítica e social dos dados quantitativos referentes à desigualdade de gênero e etnia na PEA do Brasil. A prática de orientação profissional nas escolas deve oferecer aos alunos um espaço para refletir sobre seus projetos de vida profissional, preparando-o para uma inserção consciente e crítica no mundo do trabalho (BASTOS, 2005). O projeto será implantado em uma instituição filantrópica com boa estrutura física que atende alunos do ensino médio oriundos de famílias menos abastadas da comunidade que ingressam na escola por meio de processo seletivo, dispondo de uma sala de recursos contendo os mais diversos tipos de materiais didáticos necessário para realização das atividades escolares, possui cerca de 12 (doze) salas de aula que funcionam em turno diurno. Possui 342 alunos, sendo 180 no turno matutino e 162 no turno vespertino. Funciona também com salas de vídeo, jogos, artesanato, pintura e sala para eventos. O corpo docente é composto por 24 professores divididos no turno diurno, entre matérias; com formação profissional diversa como letras, geografia, história, psicopedagogos, educador físico, matemático, físico e químico. O quadro de professores possui tempo distinto de trabalho na escola variando de dois a dez anos e fazem contato e buscam envolver a comunidade através de eventos, reuniões e encontros. O perfil discente do colégio é de alunos de classe social baixa, heterogêneo entre os sexos (masculino, feminino e homossexual) e religiões (católico e protestante). Um colégio com índice de reprovação que varia até 15% do total de alunos. O projeto de Geografia Construindo Igualdade de Gênero e Etnia será o único projeto que terá como temática, a preparação dos alunos para o concurso cujo o qual a escola foi convidada a participar. Desse modo, o referido projeto tem por finalidade apresentar o mercado de trabalho brasileiro se suas adversidades, a fim de mostrar a existência ou não da desigualdade na PEA. A professora irá propor a implementação do projeto com intencionalidade pedagógica, para que os alunos reflitam sobre conceitos como a desigualdade e oportunidade profissional no mercado e campo de trabalho. Também haverá inserção da comunidade, para que os mesmos apoiem e colaborem com os alunos nas pesquisas e levantamentos de dados. 4 JUSTIFICATIVA A proposta da construção de um projeto de intervenção pedagógica surgiu quando a escola de Desenvolvimento Integral foi convidada a participar de um concurso de projeto de aprendizagem em geografia cujo o tema é “Construindo a Igualdade de Gênero e Etnia” a professora coordenadora do projeto, uma jovem atendida pela instituição, oriunda de uma família em que a mãe era a única responsável pelo sustento, assim sendo escolhida por sua trajetória. Depois de reunirem-se ficou decidido que o projeto teria como objetivo demonstrar a existência ou não de desigualdades relacionadas ao gênero e à etnia na PEA do Brasil, e ainda, a existência ou não dessa mesma desigualdade nas famílias que compunham a comunidade escolar. As desigualdades de gênero e raça são eixos estruturantes da matriz da desigualdade social no Brasil que, por sua vez, está na raiz da permanência e reprodução das situações de pobreza e exclusão social. (LAÍS ABRAMO). É dentro dessa perspectiva que o projeto visa a compreensão de que o Brasil é um país que sofre com a discriminação ao longo dos tempos e vem tentando mudar esse quadro com projetos e implementações de leis para mudança da questão socioeconômica. Logo, a síntese destas experiências, atreladas às características sociais e culturais do desenvolvimento, bem como aquelas características pertencentes ao mundo do trabalho, favorecem o conjunto de motivações que precisam ser levadas em conta. Dessa forma foi percebida a necessidade de incentivar o olhar crítico do aluno enquanto cidadão, a fim de despertar no mesmo a consciência do seu papel no mundo do trabalho e sua inserção, sob a perspectiva do seu valor social. Esse tema muitas vezes é abordado nas salas de aula ao longo da história, com isso diversos grupos étnicos vem surgindo em defesa de seus direitos, daí mais um proposito para que seja discutido o assunto naescola e elaborado um projeto de suma importância. Desse modo, o contexto escolar, além de poder ter uma perspectiva preventiva, pode ser uma intervenção para a promoção de um futuro melhor para seus alunos, de forma que as ações, os métodos e o envolvimento despertem um olhar crítico do aluno e faça com que sua percepção de mundo e intenções no mercado de trabalho sejam mais claras e motivadas por informações sobre o contexto histórico que o país vive com relação a desigualdade de gênero e etnia. 5 OBJETIVO 5.1 Objetivo geral Esse projeto tem como objetivo principal identificar a existência da desigualdade de gênero e etnia na comunidade circunvizinha da Escola Desenvolvimento Integral a fim de despertar um olhar crítico dos alunos para a desigualdade existente na PEA nacional. 5.2 Objetivos específicos Identificar a existência de desigualdade de gênero e etnia na comunidade da escola de Desenvolvimento Integral; Levantar dados que esclareçam a desigualdade de gênero e etnia na comunidade; Despertar um olhar crítico dos alunos sobe a desigualdade existente na comunidade e no pais; Identificar qual a concepção dos jovens a respeito do seu futuro no mercado de trabalho. Promover atividades com o tema Construindo a Igualdade de Gênero e Etnia. Desenvolver um concurso para construir a igualdade de gênero e etnia na comunidade; 6 FUNDAMENTAÇÃO TEORICA O fundamento teórico surge a partir do convite para participar do projeto “Construindo Igualdade de Gênero e Etnia”, está pautado nas análises feitas nas pesquisas de órgãos competentes estatísticos do país bem como IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), IPEA (Instituto de Pesquisa econômica Aplicada) e a escola crítica do pensamento geográfico como pensadores teórico, filósofos e sociólogos que analisam qualitativamente os dados quantitativos que são levantados e assuntos correlacionados no contexto da desigualdade de gênero e etnia. “A desigualdade tornada uma experiência natural não se apresenta aos olhos de nossa sociedade como um artifício”. HENRIQUES, Ricardo. Desigualdade racial no Brasil: evolução das condições de vida na década de 90. Rio de Janeiro: IPEA, Texto para Discussão nº 807, 2001. Relatório sobre o desenvolvimento humano no Brasil. Rio de Janeiro: IPEA; Brasília, DF: PNUD, 1996 “No Brasil, durante muitas décadas os homens possuíram um nível de escolaridade maior que as mulheres. Contudo, a partir de 1979, ocorreu uma inversão na média educacional, quando as mulheres passaram a ter mais anos de estudo que os homens”. MATOS, R. S.; MACHADO, A. F. Diferencial de rendimentos por cor e sexo no Brasil (1987- 2001). Econômica, Rio de Janeiro, v. 8, n.1, p. 5-27, jun. 2006. “A população negra tem menos escolaridade que a população branca o que contribui para a desigualdade salarial, mas as posturas racistas e discriminatórias existentes no ambiente de trabalho, dificultam o acesso e ascensão dos negros a cargos de chefia ou de poder”. PINHEIRO, L.; SOARES, V. Brasil retrato das desigualdades gênero raça, IPEA, 2003. “A conjugação do racismo e o sexismo produzem sobre as mulheres negras uma espécie de asfixia social com desdobramentos negativos sobre todas as dimensões da vida. Esses se manifestam em sequelas emocionais com danos à saúde mental e rebaixamento da autoestima”. CARNEIRO, S. Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil. São Paulo: Selo Negro, 2011. “As desigualdades de gênero e raça são eixos estruturantes da matriz da desigualdade social no Brasil que, por sua vez, está na raiz da permanência e reprodução das situações de pobreza e exclusão social”. ABRAMO, Laís Abramo. Desigualdade de gênero e raça no mercado de trabalho brasileiro. Análise baseada nos dados da PNAD de 1992 a 2003, processados pela OIT. Cienc. Cult. vol.58 no.4 São Paulo Oct./Dec. 2006 “A prática de orientação profissional nas escolas deve oferecer aos alunos um espaço para refletir sobre seus projetos de vida profissional, preparando-o para uma inserção consciente e crítica no mundo do trabalho”. BASTOS, J. C. Efetivação de escolhas profissionais de jovens oriundos do ensino público: Um olhar sobre suas trajetórias. Revista Brasileira de Orientação Profissional, Ribeirão Preto, v.6, n.2, p31-43. Dez. 2005 7 METODOLOGIA Durante o desenvolvimento do projeto serão realizados uma produção de um roteiro de entrevista que será aplicado às famílias da comunidade escolar afim de identificar a existência ou não da desigualdade de gênero e etnia na comunidade em seguida será formulada uma análise crítica sobre os resultados obtidos a partir da entrevista da comunidade da Escola de Desenvolvimento Integral ampliando os resultados a nível nacional com base nos dados fornecidos pelo IBGE ( Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A partir dessa observação dos discentes, docentes e funcionários montarão o projeto que será apresentado no concurso do projeto de aprendizagem em geografia. Para realização dos encontros serão propostas atividades diversificadas, como a realização do roteiro de entrevista e levantamentos de dados para a construção da análise crítica. As atividades serão divididas na seguinte forma: 1° atividade: No primeiro momento, será apresentada a toda comunidade escolar o projeto: “Construindo a Igualdade de Gênero e Etnia”, a fim de informar a toda comunidade escolar como irão ocorrer as atividades, seus objetivos e importância do projeto. Após apresentação, os alunos irão montar um roteiro de entrevista que será aplicado nas famílias da comunidade escolar. A entrevista semiestruturada irá direcionar os alunos para identificar na comunidade a existência ou não da desigualdade. A entrevista semiestruturada proporcionará mais liberdade ao entrevistador e entrevistado alcançando assim com mais facilidade o objetivo proposto. Os professores irão conduzir os alunos a pensarem criticamente sobre o resultado da entrevista, levando-os a relacionar o resultado obtido na comunidade a nível nacional. A atividade irá acontecer nos turnos matutino e vespertino, os alunos deverão ser direcionados para o espaço de eventos, juntos com os professores para primeiramente montar o roteiro de entrevista a ser aplicado na comunidade. Recursos para realização da atividade: Cadeiras Mesas Computador (para a formulação da entrevista) Folhas e impressora (para a impressão das fichas de pesquisa) Ao final dessa atividade, os alunos terão em mãos um roteiro semiestruturado de entrevista para ser aplicado na comunidade 2° atividade: A proposta da segunda atividade é realizar a pesquisa de campo, de forma que sejam separados os alunos em duplas ou trios para aplicarem de casa em casa o roteiro de entrevista. Os alunos serão orientados pelos professores de como será a abordagem feita em cada casa visitada para a aplicação da entrevista. 1.Recursos para realização da atividade: Pranchetas Fichas de entrevista e caneta Ao final desta parte do desenvolvimento do projeto o aluno terá em mãos os dados para a comparação com os dados do IBGE. 2. Participarão da atividade de formulação da entrevista: professores, alunos e comunidade escolar. 2.1. Os professores orientarão os alunos quanto a formulação do roteiro de entrevista. 2.2 O aluno montará e aplicará a entrevista na comunidade escolar. 2.3 A comunidade receberá e responderá ao roteiro de entrevista semiestruturada aplicado pelo aluno. 2. Após finalizaremas entrevistas os alunos montarão um gráfico com os resultados obtidos. 3. Os alunos analisarão os dados das tabelas e gráficos do senso 2010 do IBGE 4. Farão uma comparação entre os resultados obtidos na comunidade com a realidade nacional. 3° atividade: Desenvolver uma análise crítica Essa atividade terá como intuito abranger a visão do aluno com relação ao resultado da entrevista aplicada na comunidade promovendo uma discussão que relacione os dados quantitativos e quantitativos do assunto em questão. 1. Recursos para realização da atividade: Computador com acesso à internet (para acompanhar os dados do IBGE) Equipamento de impressão Folhas de ofício 4° atividade: Realização de uma culminância para apresentar os resultados obtidos a partir do trabalho de levantamento de dados dos alunos. Essa atividade terá como objetivo preparar o aluno para o aluno para a apresentação do projeto. 1. Recursos para realização da atividade: Equipamento de som e microfone. Cadeiras para os convidados Ao final dessa etapa o aluno estará pronto para o Concurso “Construindo Igualdade de Gênero e Etnia” Para encerramento, haverá salgados e bebidas (suco, café e refrigerante) para docentes, discentes e comunidade a fim de finalizar as atividades. 8 PUBLICO ALVO O projeto dar-se-á a partir de um convite feito à Escola Desenvolvimento Integral, onde o público alvo seria os discentes e comunidade escolar, visando levantar dados e analisar criticamente o desafio proposto, sendo que o mesmo é de grande relevância para toda a sociedade. A implementação do projeto na Escola Desenvolvimento Integral veio a calhar uma vez que seu corpo discente provem de alunos onde a realidade está dentro das estatísticas levantadas em pesquisas de desigualdades. 9 CRONOGRAMA Cronograma de atividade do Projeto Construindo a Igualdade de Gênero e Etnia Encontro Mês Atividade 1ª Atividade Março Apresentar a toda comunidade escolar o projeto: “Construindo a Igualdade de Gênero e Etnia” 2ª Atividade Junho Realizar a pesquisa de campo, aplicando o roteiro de entrevista na comunidade. 3ª Atividade Setembro Desenvolver uma análise crítica 4ª Atividade Novembro Realização de uma culminância para apresentar os resultados obtidos a partir do trabalho de levantamento de dados dos alunos. 10 RESULTADO ESPERADO Com a adesão ao projeto “Construindo Igualdade de Gênero e Etnia” a Escola Desenvolvimento Integral visa trazer para o alunado e comunidade escolar um olhar crítico e consciente da desigualdade existente na comunidade bem como no pais e tentar apresentar propostas que ajudem amenizar a situação de desigualdade existente na comunidade. 11 AVALIAÇÃO A avaliação dos professores sobre a atuação e progresso dos alunos, ocorrerá durante todas as etapas do trabalho, e ao final das atividades na correção da redação, será realizado uma auto - avaliação, na qual os educandos poderão avaliar sua escolha profissional, bem como sua participação na elaboração do material. 12 REFERÊNCIAS HENRIQUES, Ricardo. Desigualdade racial no Brasil: evolução das condições de vida na década de 90. Rio de Janeiro: IPEA, Texto para Discussão nº 807, 2001. Relatório sobre o desenvolvimento humano no Brasil. Rio de Janeiro: IPEA; Brasília, DF: PNUD, 1996 MATOS, R. S.; MACHADO, A. F. Diferencial de rendimentos por cor e sexo no Brasil (1987- 2001). Econômica, Rio de Janeiro, v. 8, n.1, p. 5-27, jun. 2006. PINHEIRO, L.; SOARES, V. Brasil retrato das desigualdades gênero raça, IPEA, 2003. CARNEIRO, S. Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil. São Paulo: Selo Negro, 2011. ABRAMO, Laís Abramo. Desigualdade de gênero e raça no mercado de trabalho brasileiro. Análise baseada nos dados da PNAD de 1992 a 2003, processados pela OIT. Cienc. Cult. vol.58 no.4 São Paulo Oct./Dec. 2006 BASTOS, J. C. Efetivação de escolhas profissionais de jovens oriundos do ensino público: Um olhar sobre suas trajetórias. Revista Brasileira de Orientação Profissional, Ribeirão Preto, v.6, n.2, p31-43. Dez. 2005
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