Buscar

Aguas da Uniao Parques Area Aquicola

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Águas da União 
Publicado: Sexta, 20 de Junho de 2014, 18h24 | Última atualização em Sexta, 03 de Outubro de 2014, 18h16 
Acessos: 15974 
Mas, afinal, o que são “Águas da União”? As Águas da União são as que banham mais de um Estado da 
Federação, fazem divisa com Estados nacionais e fronteira com outros países. 
Também estão nessa condição as águas acumuladas em represas construídas com aporte de recursos da 
União e o Mar Territorial brasileiro, incluindo baías, enseadas e estuários, além das zonas de mar aberto que 
podem ser usadas para cultivo offshore. Constitucionalmente, apenas o Governo Federal pode autorizar a 
implantação de projetos aquícolas em Águas da União, mediante cessão das águas, ou promover licitações 
para o aproveitamento dessas águas em diferentes usos, entre eles a aquicultura. 
A cessão das águas é necessária porque a água é um recurso natural de domínio público, de valor 
econômico, essencial à vida. Para que todos tenham acesso à água e a usem de forma sustentável, cabe ao 
Poder Público a regulação desse bem. 
São exemplos de mananciais cujas águas são de domínio da União: 
 Rio Paraná (Brasil, Paraguai e Argentina); 
 Rio Paraíba do Sul (São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro); 
 Rio São Francisco (Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas; Sergipe); 
 Lagoa Mirim (Brasil e Uruguai), entre outros. 
Confira alguns reservatórios construídos pelo Governo Federal, e por isso as suas águas são de domínio da 
União: 
 Reservatórios da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), do 
Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), do extinto Departamento Nacional de 
Obras e Saneamento (DNOS), da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), entre outros. 
Mas atenção: são de domínio dos Estados e do Distrito Federal as águas de rios e de bacias que se encontram 
apenas em seus limites. São exemplos disso: 
 Rio Tietê (São Paulo); 
 Lagoa dos Patos (Rio Grande do Sul); 
 Rio das Velhas (Minas Gerais); 
 Rio Jaguaribe (Ceará); 
 Rio Paraguaçu (Bahia). 
Autorização de Uso 
Publicado: Sexta, 20 de Junho de 2014, 18h29 | Última atualização em Terça, 09 de Junho de 2015, 14h08 | Acessos: 
5861 
 Procedimentos para autorização de uso das Águas da União 
Existem algumas recomendações importantes aos interessados em tornar-se aquicultor. 
A primeira etapa é contar com um profissional especializado em aquicultura, para desenvolver o projeto 
seguindo as recomendações preconizadas pela Instrução Normativa Interministerial nº 06, 31 de março de 
2004. 
Mas a quem se deve apresentar a solicitação de uso? É preciso saber se as águas onde se pretende 
desenvolver o projeto são de domínio da União ou estaduais. Caso o recurso hídrico seja de domínio da 
União, o projeto deve ser encaminhado à Superintendência Federal de Pesca e Aquicultura do Ministério da 
Pesca e Aquicultura na Unidade da Federação. Se a dominialidade for estadual, o requerente deve apresentar 
o projeto aos órgãos estaduais ou municipais de meio ambiente. 
Para o empreendedor saber se o domínio do recurso hídrico é estadual ou federal deve consultar os órgãos de 
recursos hídricos ou a Agência Nacional de Águas. 
Se o seu projeto diz respeito às Águas da União, siga os passos de todo o processo para a obtenção da cessão 
das águas. Essa licença é válida para um período de 20 anos, podendo ser renovada por igual período. 
Para a elaboração do projeto devem ser preenchidos os anexos contidos na INI nº 06/2004. 
Verifique com cuidado, antes de encaminhar o processo à Superintendência Federal da Pesca e Aquicultura 
em seu Estado ou no DF, se anexou os documentos exigidos, especificados no Anexo II da INI 06/04. 
Dentre os documentos normalmente esquecidos ou enviados incorretamente destacam-se: 
1. Pelo interessado, quando pessoa física: 1) Cópia da carteira de identidade (RG) e CPF; 2) Certidões Negativas 
da Receita Federal e do INSS; 3) Certidão Negativa de Débito junto ao Ibama; 4) Cadastro Técnico Federal 
junto ao Ibama, enquadrado em “Uso de Recursos Naturais em manejo de recursos aquáticos vivos – 
aquicultura” e 5) Comprovante de endereço. 
2. Pelo interessado, quando pessoa jurídica: 1) Cópia dos documentos comprobatórios da capacidade jurídica 
(CNPJ) e contrato social; 2) Certidões Negativas da Receita Federal, Estadual e Municipal do domicílio ou 
sede; 3) Certidão Negativa do INSS; 4) Certidão Negativa de Débito junto ao Ibama; 4) Cadastro Técnico 
Federal junto ao Ibama, enquadrado em “Uso de Recursos Naturais em manejo de recursos aquáticos vivos – 
aquicultura” e 5) Comprovante de endereço. 
3. Pelo Responsável Técnico: 1) Certidão Negativa de Débito junto ao Ibama; 2) Cadastro Técnico Federal junto 
ao Ibama, enquadrado em “Atividade de Instrumento de Defesa Ambiental” e 3) Anotação de 
Responsabilidade Técnica (ART). 
4. Quanto à espécie: verificar as premissas da Portaria-N n° 145/98, do Ibama, comprovando a presença da 
espécie na Bacia Hidrográfica ou no mar e, quando não constar nessa Portaria, deve-se comprovar a 
presença da (s) espécie (s), na bacia hidrográfica ou mar, mediante documento oriundo de instituições 
oficiais, como o órgão ambiental do Estado. 
5. Atentar-se ao exigido quanto às especificações do memorial descritivo, cronograma de implantação do 
projeto, especificação do manejo e gestão dos resíduos (sacos de ração, peixes mortos, etc.), estimativa de 
fósforo total das rações, plano de monitoramento da água, mapas e plantas com escala e precisão 
especificadas nos itens 6.10, 6.11, 6.12 e 6.13 da INI 06/04. 
Qualquer falha ou omissão pode atrasar o andamento da concessão da cessão das águas, porque o processo, 
mesmo em fase adiantada, fica parado até que tudo esteja resolvido. 
Uma vez entregue na Superintendência Federal do MPA na Unidade da Federação, o seu processo ficará sob 
a guarda do Ministério da Pesca e Aquicultura, responsável pelo Parecer Técnico inicial e pelo 
encaminhamento do projeto de autorização de uso às outras instâncias do Governo Federal. 
O processo passará pelo Ibama, responsável pela análise ambiental; pela Marinha do Brasil, responsável por 
questões como sinalização e navegação; e ainda pela Agência Nacional de Águas – ANA (no caso de águas 
continentais), que cuida da outorga das águas. Após tramitar e ser analisado por todas essas instâncias, o 
processo retornará ao Ministério da Pesca e Aquicultura com os respectivos Pareceres Técnicos. Se tudo 
estiver de acordo, ainda restam dois procedimentos fundamentais: o primeiro é o encaminhamento do 
processo à Secretaria do Patrimônio da União (SPU), que emite Termo de Entrega ao Ministério da Pesca e 
Aquicultura, e este passará ao segundo procedimento – a licitação pública. 
Os critérios de julgamento do processo seletivo público da área aquícola são estabelecidos no Edital de 
Licitação da área aquícola, disponibilizado no site www.mpa.gov.br na área Aquicultura, subitem Licitações 
de Áreas Aquícolas. 
A Licença Ambiental deverá ser solicitada para a implantação do projeto, no órgão de meio ambiente de sua 
Unidade da Federação ou Município, que deverá atender aos requisitos da Resolução Conama nº 413/2009. 
Ressalta-se que todas as informações sobre o processo ficarão registradas no Sistema Nacional de Uso de 
Águas da União (Sinau), onde são protocolados todos os trâmites relativos à aquicultura brasileira em Águas 
da União. 
Esse sistema foi criado pelo Decreto 4.895, de 25 de novembro de 2003, que dispõe sobre a autorização de 
uso de espaços físicos de corpos d’água de domínio da União para fins de aquicultura. 
Para agilizar os procedimentos atualmente empregados, o Sinau está sendo totalmente informatizado, de 
forma que todos os usuários possam compartilhar o banco de dados online.
O MPA, Ibama, Marinha do 
Brasil, ANA, Secretaria de Patrimônio da União e os órgãos responsáveis pelo licenciamento ambiental 
passarão a contar com uma ferramenta indispensável para cumprir com agilidade e segurança as suas 
obrigações legais. O MPA estima que o tempo gasto com a análise dos processos será reduzido de um ano e 
meio a poucos meses. Afinal, a aquicultura brasileira tem pressa, e o processo de regularização não pode ser 
empecilho. 
Dúvidas e informações sobre aquicultura em Águas da União podem ser solicitadas no e-
mail divulgacaodeau@mpa.gov.br 
O que é um parque aquícola? 
Publicado: Terça, 24 de Junho de 2014, 11h08 | Última atualização em Quinta, 02 de Julho de 2015, 18h35 | 
Acessos: 5249 
Parque aquícola é um espaço físico contínuo em meio aquático, delimitado, que compreende um conjunto de 
áreas aquícolas afins, em cujos espaços físicos intermediários podem ser desenvolvidos outras atividades 
compatíveis com a prática da aquicultura (figura 1). Por sua vez, área aquícola é um espaço físico contínuo 
em meio aquático, delimitado, destinado a projetos de aquicultura, individuais ou coletivos. 
 
Figura 1. Modelo representativo de parque aquícola, área de produção e área aquícola que deverão ser 
sinalizados. As áreas, após a delimitação do parque aquícola, são licitadas pelo governo federal, de forma 
onerosa ou não onerosa, já com todos os seus aspectos legais e ambientais de cessão totalmente resolvidos. 
Estudos Prévios 
Publicado: Terça, 24 de Junho de 2014, 16h37 | Última atualização em Terça, 24 de Junho de 2014, 16h44 | 
Acessos: 2127 
Como o governo federal seleciona os locais adequados para implantação de parques aquícolas 
A definição dos locais onde serão implantados os parques aquícolas é realizada por meio de estudos 
conduzidos por equipes multidisciplinares. 
Os estudos, iniciados em 2004, consideram aspectos da sustentabilidade ambiental, social e econômica. 
No âmbito socioeconômico destacam-se nos estudos: equidade na aplicação das políticas; respeito aos 
aspectos de gênero, geração e etnia; especificidades regionais, viabilidade econômica e a competitividade 
dos empreendimentos considerando as prioridades das populações de baixa renda ao uso das águas de 
domínio da União; uso e ocupação do solo; infraestrutura regional; tráfego aquaviário; direitos minerários e 
ações de fomentos à aquicultura no entorno dos reservatórios. 
No que toca aos aspectos ambientais: qualidade de água, caracterização dos meios físicos e bióticos, 
influências antrópicas, identificação das unidades de conservação, bacias hidrográficas, vegetação aquática, 
hidrologia, modelagem hidrodinâmica e ambiental, batimetria, circulação hidrodinâmica, modelo de 
dispersão de material particulado e pistas de vento e estimativa da capacidade suporte do ambiente aquático. 
A partir desses estudos, os dados são estruturados por meio do sistema de informações geográficas (SIG) 
que geram os mapas de favorabilidade, de forma a auxiliar a demarcação dos parques aquícolas. 
O Ministério da Pesca e Aquicultura investiu ao todo R$ 22.607.473,70 em estudos para demarcação dos 
Parques Aquícolas. Atualmente estão demarcados seis Reservatórios que totalizam 42 Parques Aquícolas, 
que possuem área total de 28.503,00 hectares e com isso estima-se gerar 66.056 ocupações e produzir 
269.569,33 t/ano. Estão em processo de demarcação 25 Reservatórios, que ao final dos estudos estima-se 
gerar 349.140 ocupações e produzir 563.912,57 t/ano. Essa política contempla 21 estados e 278 municípios. 
Ressalta-se que, por precaução, de forma a evitar impactos ambientais e outros nos reservatórios, o 
Governo Federal destina no máximo 1% da Lâmina d’água dos Reservatórios da União para a implantação 
de parques aquícolas (INI 08, 2003). Entretanto, em média, apenas 0,167% estão sendo efetivamente 
utilizados para esse fim. 
Cessão de áreas nos parques aquícolas 
Publicado: Terça, 24 de Junho de 2014, 16h45 | Última atualização em Terça, 24 de Junho de 2014, 17h47 | 
Acessos: 2593 
O MPA apoia a implantação de parques aquícolas em águas de domínio da União com o objetivo de 
desenvolver a cadeia produtiva, gerar empregos, capacitar os atores envolvidos e aumentar a produção de 
pescado e de alimento no país. 
O processo seletivo público, para a cessão das áreas aquícolas delimitadas nos parques, pode ser oneroso ou 
não oneroso. A seleção de áreas não onerosas tem forte cunho social e são ofertadas gratuitamente, mediante 
licitação não onerosa observando parâmetros socioeconômicos. 
A seleção de empreendedores para as áreas onerosas é efetuada por meio de licitação onerosa, onde 
vencedor é aquele disposto a pagar mais pelo uso da área. Além de ser um negócio que pode ser lucrativo, os 
interessados em cultivar pescados nos parques aquícolas levam uma grande vantagem: as áreas são cedidas 
já com todos os seus aspectos legais e ambientais de cessão totalmente resolvidos. 
Os parques aquícolas são implantados pela Secretaria de Planejamento e Ordenamento da Aquicultura 
(SEPOA) do ministério, com o apoio das superintendências federais nos estados. 
Parques Aquícolas Marinhos 
Publicado: Terça, 24 de Junho de 2014, 17h07 | Última atualização em Terça, 24 de Junho de 2014, 17h13 
Acessos: 2948 
A utilização de águas da União para o desenvolvimento da maricultura contribuirá substancialmente para se 
atingir as metas e os objetivos nacionais de desenvolvimento socioeconômico, como a produção de 
alimentos, a redução da pobreza e a geração de renda para as pessoas que vivem na região costeira. 
 
O Ministério da Pesca e Aquicultura viabiliza estudos para o Ordenamento de Parques Aquícolas Marinhos. 
O objetivo é aprimorar o gerenciamento da maricultura e promover a melhor localização das fazendas 
marinhas, com a elaboração de uma detalhada caracterização socioambiental do local, incluindo aspectos do 
meio físico e biológico das áreas marinhas e terrestres adjacentes aonde será instalada a atividade de 
maricultura. 
 
Para cada parque aquícola são elaborados planos de gerenciamento e de monitoramento ambiental visando à 
manutenção da sustentabilidade em longo prazo. 
A partir destes estudos, o governo federal licitará áreas em parques aquícolas marinhos no segundo semestre 
de 2011. Os primeiros serão no litoral de Santa Catarina para a produção de moluscos (ostra, mexilhão e 
vieira) e macroalgas. Apenas estes parques serão responsáveis pela produção de mais de 90% da produção 
de moluscos do País. 
Parques aquícolas também serão ofertados no litoral dos estados da Bahia, Ceará e Rio Grande do Norte, 
para peixes marinhos, moluscos e macroalgas. Outros projetos estão em andamento nos estados do Rio de 
Janeiro, do Paraná, de Sergipe e do Pará. 
Os estados de Alagoas, Paraíba, Pernambuco, Piauí, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul foram 
contemplados no edital MCT/CNPq/CT-Hidro/MPA nº 018/2010 para a realização de estudos ambientais 
para futura demarcação de parques aquícolas. 
O referido edital contemplou propostas para o plano de gestão e monitoramento ambiental nos parques 
aquícolas dos seguintes estados: São Paulo, Santa Catarina e Bahia (Baía de Todos os Santos). 
Cultivo de Bijupirá em Águas Marinhas da União 
Parques Aquícolas Continentais 
Publicado: Terça, 24 de Junho de 2014, 17h19 | Última atualização em Terça, 24 de Junho de 2014, 17h45 | 
Acessos: 2941 
Nos grandes reservatórios públicos do Brasil estão sendo implantados parques aquícolas – verdadeiras 
“fazendas” para a produção intensiva de pescado. Milhares de áreas estão sendo ofertadas nestes parques 
aquícolas, atendendo a demanda de pequenos, médios e grandes produtores. 
 
Existem parques aquícolas em reservatórios
de todas as regiões do País. Os primeiros em atividades estão 
nos reservatórios de Itaipu (PR), Castanhão (CE), Ilha Solteira (MS, MG e SP), Furnas (MG), Três Marias 
(MG) e Tucuruí (PA). 
Esses seis reservatórios contam com 42 parques aquícolas, que somam uma lâmina d’água de 28.500 
hectares. A estimativa é de que quando eles estiverem produzindo com sua capacidade outorgada irão ofertar 
ao mercado em torno de 269 mil toneladas de pescado por ano. 
Nos próximos dois anos estarão concluídos os estudos para demarcação dos parques aquícolas em 31 
reservatórios, cuja capacidade de produção conjunta é estimada em 800 mil toneladas anuais de pescado. 
Este volume equivalente a 66% da atual produção nacional de pescado, que é de 1,24 milhões de toneladas 
por ano. 
O uso dos reservatórios para a aquicultura de forma ordenada e planejada é uma forma de evitar impactos 
ambientais indesejados e de garantir o uso múltiplo das águas.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando