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O QUE É ÉTICA E O QUE É MORAL

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O QUE É ÉTICA E O QUE É MORAL?
 
Durkheim explica Moral como “ciência dos costumes”, sendo algo anterior a própria sociedade.  A Moral tem caráter obrigatório. Já Vásquez (1998) já define que a Ética como ciência teórica e reflexiva, o conclui quanto a Moral como eminentemente prática.
Motta (1984) já defini a Ética como um “conjunto de valores que orientam tais comportamentos do homem entre si”
Em suma: a Ética e a Moral asseguram o bem-estar, a convivência, a tolerância e esclarecem princípios que limitam as tolerâncias de uns para com os outros.
O que confirma, no meu entender, a semelhança que há na definição e na prática do que seja Moral e Ética “Uma completa a outra, havendo um inter-relacionamento entre ambas, pois na ação humana, o conhecer e o agir são indissociáveis”. (Durkheim).
Digamos que a ética seja a vestimenta externa que torna concreto o invisível abstrato. Muitos entendem que a ética e a moral resumem o caráter que não é revelado a olha nu. Olhamos para as pessoas e podemos analisar seu perfil estético, mas sem conhecer suas ações, jamais podemos tirar conclusões de seu caráter, logo, seus valores éticos e morais só se tornam visíveis através das ações práticas, ou seja, de uma conversa, através da qual podemos avaliar seus valores, pelo que revela, que externa seus pensamentos e suas ações.
Ética é a forma como o homem deve se comportar no seu meio social. Moral é o caráter os valores que se atribui a esse comportamento.
Tais princípios estão intrínsecos em sua própria concepção. Todo ser humano possui uma consciência entre o certo e o errado. Este conceito de certo e errado sempre esteve ligado a consciência humana, o que lhe traz conhecimento pleno da prática de seus atos e o faz distinguir o que é O BEM e o que é O MAL.
O princípio da moralidade tem a idade do homem, desde a era primitivas, das sociedades tribais ao mundo globalizado, altamente tecnológico esses conceitos têm se ajustado as mudanças e se aperfeiçoados diante do conhecimento, mas em si, representam os mesmos valores comportamentais do homem, em sua vida em sociedade.
Certamente nos assustaria hoje, se um homem de nosso século, de repente passasse a agir como um homem australopithecus, (a mais antiga espécie humanoide, surgida na África a três milhões de anos passados) ou mesmo com os princípios comportamentais de um ou dois séculos passados, já que os princípios morais se atualizam a medida que o homem se desenvolve em conhecimento de si mesmo.
Entretanto somente em 469 a 399 a. C., na época em que a arte da retórica era muito prestigiada pelos jovens, foi que Sócrates, o filósofo grego, introduziu os primeiros conceitos que definiam a Ética como ciência do conhecimento humano, passando então a sociedade passou a exigir do homem maior grau de cultura e conhecimento de si mesmo.
A Ética desde então passa a desempenhar papel de um agente investigador da aplicação das normas morais e éticas, como forma de se conhecer a integridade do homem, diante de si mesmo e dos outros. Tanto a Ética como a Moral levam o homem a agir instruído por normas, tradição, costumes, hábitos e a prática da cultura adquirida. É assim que temos a capacidade de saber distinguir o certo do errado sem nos confundir com as falsas aparências e modéstias.
O comportamento humano é portando o resultado dessas normas estabelecidas ou dos costumes praticados adotados classes, tribos; povos, segundo seus princípios e vivência.  A prática dos costumes, hábitos, crendices acabam sendo ético e moral, mesmo que na visão de outras classes, pareça contrário a todos os valores e conceitos estabelecidos, ou seja, antiético e imoral, dentro dos princípios estabelecidos pelos costumes e hábitos, o que não parece ser diante dos costumes dos que vivem conceituados nesta prática. (ex.: certas tribos indígenas costumam sacrificar crianças deficientes e tem justificativas que explicam essa prática; enquanto nós cuidados em detalhes dessas crianças.) O homem civilizado jamais enterraria vivo um filho que nasceu ou se tornou deficiente físico ou mental. Ainda hoje temos aldeias indígenas que praticam tais atos, por entender que aquela criança ou adulto, não tem condições naturais para sobreviver a dureza da vida selvagem. Um indígena tem por imoral e antiético os costumes dos brancos, em destruir a natureza em nome do progresso, quando para eles o progresso é o estado natural das selvas. O que um faz com naturalidade o outro abomina.
A diferença prática entre Moral e Ética é que uma age como juiz em relação as consequências advindas das causas do comportamento, sejam por hábitos ou normas, pois os hábitos acabam por ser normas estabelecidas pela prática numa sociedade. Caminhamos em direção de uma teoria onde ambas nos levam a explorar, esclarecer ou investigar, disciplinar o comportamento ético e moral do homem.
Confirma-se mais uma vez a citação de Vasquez (1998) ao definir Moral como “sistema de normas, princípios e valores, segundo o qual são regulamentadas as relações mútuas entre os indivíduos ou entre estes e a comunidade, de tal maneira que estas normas, dotadas de um caráter histórico e social, sejam acatadas livres e conscientemente, por uma convicção íntima, e não de uma maneira mecânica, externa ou impessoal”.
A FALENCIA DA ÉTICA
A realidade hoje é que tais fundamentos Ética e Moral, vem sucumbindo na sociedade, onde o próprio Estado não mais eleva a cidadania do homem moderno à condição de dignidade por sua prática e importância na essência da vida humana; o Estado tem se tornado o principal agente desmotivador que mata em seu seio os princípios básicos que norteiam a Ética e Moral, no momentos em que seus valores começam a ser alterados, sob a críticas das partes que lutam para preservar o que era, enquanto outros, levados por seus interesses,  impõe mudanças que conflitam.
Percebemos que hoje em dia que o mundo mudou, virou de ponta-cabeça há muito tempo. Houve o tempo que o homem morria por uma palavra empenhada, o que mais tarde passou a valer o que está escrito, assinado, gravado com áudio e vídeo, firmado reconhecido e autenticado em cartório, com testemunhas arroladas.
O Estado e a classe política, geral e irrestrita, são os grandes responsáveis pela tragédia ética e moral, que deturpou o conceito social do que seja Ética e Moral. Eles tornaram-se fonte de inesgotáveis escândalos e desonra que cada vez mais desagrega a consciência do que seja cidadania; tornaram-se fontes dos maus exemplos de desvio de conduta, que é a definição para aqueles que não se ajustam as normas que regulam os princípios da ética e da Moral por eles mesmo constituída e transformadas em LEI.
O Estado exige do cidadão seus deveres, principalmente no que se refere ao pagamento de impostos, mas deixa de cumprir o que já está determinado na sua Constituição, que atribui ao Estado, as garantias de Saúde, Educação, Trabalho, Segurança, Justiça e eu diria direito Honra.
Eu pergunto a vocês brasileiros, quais desses fundamentos o Estado, hoje, cumpre com eficiência e credibilidade! Os deveres do cidadão têm sobre si a ação deste Estado, que chega até ser opressor na defesa de seus direitos, mas displicente e ineficiente, no cumprimento de suas obrigações. O Senado Brasileiro, as Câmaras Legislativas, judiciais, estão sempre colidindo com os princípios do que seja Moral e Ético, quando transgredem os valores do que seja ética e moral e o povo segue na mesma toada, quando deixa de cumprir suas obrigações, colocando acima do que seja ético e moral, suas conveniências pessoais.
Na ausência ou descumprimento dos princípios constitucionais, o Estado passa a compensar sua ineficiência com programas sociais: distribuição de tickets, vales, bolsas e cotas que viciam o homem na dependência do Estado, e poucos são os que tiram proveito dos objetivos idealizados por tais programas, adquirindo conhecimento, cultura ao instruir-se; em sua maioria os alvos de tais programas estacionam no ócio de uma vida vegetativa.
Os honoráveis do povo, tipo SARNEY, MALUF, RORIZ,ARRUDA, LULA, RENAM e inclui-se na lista como bandido que ultraja os valores morais e éticos o deputado Gay JEAN WYLLYS que tenta exterminar a ética de ser heterose sexual e torna-se notoriedade na mídia e nas redes sócias, como os honoráveis bandidos, recordistas no ranking da corrupção nacional.
Cada vez mais o homem se distancia do que seja ética e moral. Com o fim dos valores referenciais, os maus exemplos se espalham por todas os segmentos da sociedade e o resultado é a inversão dos valores, a decadência dos bons princípios que nos faz concluir: Salve-se quem puder.
Flamarion Costa

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