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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO - UFPE CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – CCB BACHARELADO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS Prof. Dr. Bruno Severo Gomes Disciplina: Microbiologia e Imunologia bseverogomes@gmail.com Aula 1 Módulo: Imunologia Introdução à Imunologia INTRODUÇÃO Apesar da exposição constante a numerosos patógenos (como os vírus e microrganismos causadores de doenças, tais como as bactérias e fungos), nem sempre ficamos doentes. Imunidade Do latim immunitas, é um termo que significa proteção contra infecções. Principal função do Sistema Imunológico Prevenir ou limitar infecções RESISTÊNCIA A vulnerabilidade ou falta de resistência é denominada suscetibilidade. Resistência É a capacidade de evitar dano ou doenças. A resistência inespecífica (defesa inata) Está presente ao nascer, fornece proteção imediata, porém geral, contra a invasão de um grande espectro de patógenos. A resistência específica (imunidade) Responde a um invasor particular, envolve a ativação de linfócitos específicos que podem combater um invasor específico. O SISTEMA LINFÁTICO O sistema corporal responsável pela resistência específica (e alguns aspectos da resistência inespecífica) é o sistema linfático. Consiste na linfa, nos vasos linfáticos, em numerosas estruturas e órgãos que contêm tecido linfático e na medula óssea vermelha. Tecido linfático É uma forma especializada de tecido conjuntivo reticular que contém grande número de linfócitos. 2 A maioria dos componentes do plasma sanguíneo é filtrado através das paredes dos vasos capilares sanguíneos Para formar o líquido intersticial (fluido que circunda as células dos tecidos corporais). O SISTEMA LINFÁTICO 1- capilar sanguíneo 2- plaquetas 3- hemácias 4- leucócitos 5- plasma 6- célula 7- líquido intersticial 8- capilar linfático 9- linfa O SISTEMA LINFÁTICO Depois de passar para os vasos linfáticos, o líquido intersticial é denominado linfa. Ambos os líquidos são quimicamente similares ao plasma sanguíneo. Sua principal diferença é que o líquido intersticial e a linfa contêm menos proteínas do que o plasma. Plasma Drenagem do excesso de líquido intersticial. Transporte de lipídeos alimentares. Realização das respostas imunes. O sistema linfático tem três funções primárias Vasos linfáticos e circulação da linfa Os vasos linfáticos começam como capilares linfáticos (que são vasos minúsculos fechados em uma das extremidades)localizados nos espaços intercelulares. Os capilares linfáticos são ligeiramente maiores que os capilares sanguíneos. Apresentam uma estrutura única que permite o fluxo do líquido intersticial para o seu interior, mas não para fora dos mesmos. As células endoteliais que constituem a parede de um capilar linfático não são ligadas pelas extremidades, mas na verdade elas se sobrepõem. Vasos linfáticos e circulação da linfa 3 Vasos linfáticos e circulação da linfa Quando a pressão é maior no líquido intersticial do que na linfa. As células separam-se ligeiramente, como em uma porta de “vai-vem” que se abre em um só sentido, e o líquido intersticial entra no capilar linfático. Quando a pressão é maior no interior do capilar linfático. As células aderem-se mais firmemente e a linfa não pode escapar de volta ao líquido intersticial. Vasos capilares sanguíneos ligam dois vasos sanguíneos maiores que fazem parte de um circuito; Os capilares linfáticos iniciam-se nos tecidos e carregam a linfa que aí se forma em direção a um vaso linfático maior; Os vasos capilares sanguíneos convergem para formar as vênulas e as veias; Os capilares linfáticos unem-se para formar vasos linfáticos cada vez maiores; Vasos linfáticos e circulação da linfa Origens da Microbiologia Vasos linfáticos e circulação da linfa Intercalados ao longo dos vasos linfáticos, encontram- se os linfonodos, massas de células B e células T circundadas por uma cápsula, pelas quais circula a linfa. Os vasos linfáticos assemelham-se estruturalmente às veias, mas têm paredes mais finas e apresentam mais válvulas. 4 Vasos linfáticos e circulação da linfa Dos vasos linfáticos, a linfa passa finalmente para um dos dois canais principais: Ducto torácico Ducto linfático direito Principal ducto coletor da linfa, recebe a linfa do lado esquerdo da cabeça, do pescoço e do tórax;do membro superior esquerdo e do corpo inteiro abaixo das costelas. Drena a linfa do lado superior direito do corpo. Vasos linfáticos e circulação da linfa Por fim, o ducto torácico esvazia-se de sua linfa na junção das veias jugular interna e subclávia esquerda, enquanto o ducto linfático direito o faz na junção das veias jugulares interna direita e subclávia direita. Vasos linfáticos e circulação da linfa Desse modo, a linfa drena de volta ao sangue. Vasos linfáticos e circulação da linfa As mesmas duas bombas que auxiliam o retorno do sangue venoso ao coração mantêm o fluxo da linfa. Bomba do músculo esquelético: A ação de “ordenha” das contrações do músculo esquelético, comprime os vasos linfáticos (assim como as veias) e força a linfa em direção às veias subclávias. Bomba respiratória: O fluxo da linfa também é mantido pelas variações de pressão que ocorrem durante a inspiração (na respiração). A linfa flui da região abdominal, onde a pressão é maior, em direção à região torácica, onde ela é menor. Quando as pressões se invertem, durante a expiração, as valvas impedem o refluxo da linfa 5 EDEMA É um acúmulo do excesso de líquido intersticial nos espaços tissulares, que pode ser causado por uma obstrução do sistema linfático, tal como um linfonodo infectado ou um vaso linfático bloqueado. Vasos linfáticos e circulação da linfa O edema pode também resultar de um aumento na pressão sanguínea capilar, que causa a formação de líquido intersticial em excesso mais rapidamente do que ele pode passar pelos vasos linfáticos ou ser reabsorvido pelos capilares linfáticos. Outra causa é a falta de contrações do músculo esquelético. Vasos linfáticos e circulação da linfa EDEMA
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