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FATO TÍPICO
Crimes dolosos e culposos
Elementos do fato típico no crime doloso: conduta dolosa e tipicidade.
Nos crimes materiais – além da conduta dolosa e tipicidade, temos o resultado, nexo causal e relação de imputação objetiva.
Elementos do fato típico culposo – conduta voluntária, resultado involuntário, nexo de causa, tipicidade, relação de imputação objetiva, quebra do dever de cuidado objetivo e previsibilidade objetiva do resultado.
CONDUTA
Ação/omissão humana, consciente e voluntária, dirigida a uma finalidade.
Elementos da conduta: exteriorização do pensamento – movimento corpóreo/omissão.; consciência – só os atos conscientes entram na ilicitude penal; voluntariedade – ato voluntário, produto de sua vontade consciente. (atos reflexos e coação física irresistível são irrelevantes penais.
Formas de conduta: ação – conduta positiva – movimento corpóreo; omissão – conduta negativa – indevida abstenção de um movimento.
Omissão penalmente relevante: Teorias:
1- Naturalística (causal) – imputa-se o resultado ao omitente sempre que sua inação lhe der causa – nexo causal é verificado quando o resultado poderia ter sido evitado.
2- Normativa (jurídica) – omissão não produz relação de causalidade. Imputa-se ao omitente o resultado como decorrência de uma obrigação anterior à omissão.
Essa obrigação impõe dever de agir, em caso de possibilidade de agir para evitar o resultado. 
O nexo entre a ação e o resultado é jurídico – art. 13, §2º CP
HIPÓTESES DO DEVER JURÍDICO
1- dever legal/imposição legal: obrigação decorre da lei. Ex: mãe em relação ao filho, diretor de presídio em relação aos detentos.
2- dever de garantidor: o agente assume a responsabilidade de impedir o resultado. 
3- ingerência na norma: o agente cria com seu comportamento anterior o risco da ocorrência do resultado.;
Crimes de conduta mista: a conduta é inicialmente positiva, mas a consumação se dá por omissão posterior – art. 169, §ú, II.
TEORIAS DA AÇÃO:
1- Teoria Causal ou naturalista: ação é a exteriorização do pensamento, consistente numa modificação causal no mundo exterior (Von Liszt).
Possibilidade de atribuir a tal ação, o resultado.
2- Teoria Finalista da Ação: (Welzel) – ação é conduta humana dirigida a uma finalidade. Ação e finalidade são inseparáveis.
3- Teoria Social da Ação: (Jescheck e Wessels) – ação é conduta positiva socialmente relevante, dominada ou dominável pela vontade e dirigida a uma finalidade.
4- Teorias Funcionais: para o funcionalismo a ação tem papel coadjuvante, importa-se com os critérios jurídicos que devam ser utilizados para imputar o resultado a uma conduta.
VERTENTES FUNCIONALISTAS
1- Funcionalismo racional teleológico – (Claus Roxin) – a função do DP é promover a proteção subsidiária de bens jurídicos, cabendo ao Estado verificar o que deve ser tratado como delito segundo os anseios sociais.
2- Funcionalismo sistêmico: Günther Jacobs – a função do DP é reafirmar a autoridade do DP. A pena é fator que ratifica a importância da norma violada. 
TIPICIDADE
Pode se dar no plano formal e material (encaixe/enquadramento)
Trata-se da subsunção entre um fato concreto e um tipo penal (formal) ou ainda a lesão ou perigo de lesão ao bem penalmente tutelado (material).
Tipicidade: caráter indiciário da ilicitude – indício de ilicitude ( Mayer – 1915)
Praticado o fato típico, presume-se ilícito, até que se prove o contrário.
Adequação típica – sinônimo de tipicidade
Modalidades:
1- subordinação direta/imediata: adequação do fato à norma é direta, sem necessidade de se recorrer a nenhuma norma de extensão. Ex: atirar em alguém dolosamente e obter resultado morte – art. 121 CP
2- subordinação indireta/mediata: é necessário o uso de norma de extensão para haver subsunção total entre o fato e a norma. Ex: homicídio tentado – art. 121 combinado com o art. 14, II do CP.
TIPICIDADE CONGLOBANTE
Zaffaroni – divide a tipicidade em legal e conglobante. 
Legal – adequação do fato a norma penal- análise formal.
Conglobante – inadequação do fato a normas extrapenais. 
Verifica-se se o fato que aparentemente se enquadra num tipo penal, não é permitido/incentivado por outras normas jurídicas. Ex: intervenção cirúrgica, violência desportiva. 
A tipicidade conglobante resulta da análise conglobada do fato com todas as normas jurídicas, inclusive extrapenais.
Por tal teoria, as condutas praticadas sob excludente de ilicitude, são atípicas em razão da falta de tipicidade conglobante. (a teoria da imputação objetiva torna supérflua a conglobante neste aspecto).
Tipo objetivo: comportamento descrito no preceito primário sem a análise da intenção do agente.
Tipo subjetivo: corresponde à atitude psíquica (interna) do agente – ex: para si ou para outrem, para fins libidinosos.
Tipo aberto: na definição empregam-se termos amplos que abarcam diversos comportamentos. (ex: se o homicídio é culposo – art. 121,§3º)
Tipo fechado: utiliza-se expressões de alcance restrito, englobando-se poucos comportamentos na definição legal.
RESULTADO
RESULTADO: 	a expressão possui dois significados em matéria penal – pode-se falar em resultado material (naturalístico) ou jurídico (normativo).
Material – significa a modificação no mundo exterior provocada pela conduta – só é importante nos crimes materiais – aqueles que a norma descreve a conduta e o resultado, exigindo ambos para a consumação.
Resultado Jurídico: reside na lesão ou ameaça de lesão ao bem jurídico tutelado pela norma penal.
A doutrina moderna se preocupa com o resultado normativo (jurídico), pois, este constitui elemento implícito de todo fato penalmente típico – tipicidade material.
Classificação dos crimes quanto ao resultado naturalístico:
Materiais ou de Resultado: o tipo penal descreve a conduta e o resultado, exigindo ambos para a consumação. Ex: 155, 121, 171, 157.
Formais ou de consumação antecipada: o tipo penal descreve conduta e resultado material, mas basta a conduta para a consumação. Ex: 159, 148,§1º,V
De mera conduta ou simples atividade: o tipo penal não faz menção a resultado naturalístico- apenas descreve a conduta punível – Ex: 135 – omissão de socorro, 150
Classificação quanto ao resultado jurídico:
De dano ou de lesão: quando a consumação exige efetiva lesão ao bem jurídico – ex: 129, 155
De perigo ou de ameaça: caso a consumação se dê com a simples exposição do bem jurídico a situação de risco. Art. 130, 132.
NEXO DE CAUSALIDADE
Importante nos crimes materiais ou de resultado – vínculo entre a conduta e o resultado.
Teorias: Da condição simples e da condição qualificada.
Da Condição Simples: todo e qualquer fato que contribua para o resultado é considerado causa, ainda que minimamente o influencie. Teoria adotada no art. 13 do CP – teoria da equivalência dos antecedentes (conditio sine qua non)
Utiliza-se um juízo de eliminação hipotética para se verificar se o fato é causa do resultado ou não.
Da condição Qualificada: Teoria da causalidade adequada merece destaque – causa é o antecedente adequado à produção do resultado. Relação de causalidade (conduta e resultado) verifica-se se no momento da conduta o resultado era provável pelo entendimento do homem médio.
Teoria da equivalência dos antecedentes e as causas independentes
Causas independentes: são fatores que podem interpor-se no nexo da causalidade entre a conduta e o resultado, influenciando no liame causal.
Divisão doutrinária: causas dependentes e independentes.
Dependentes: são desdobramentos naturais de uma conduta, são esperadas. Possuem origem na conduta. Ex: morte por choque hemorrágico decorrente de ferimento perfurante profundo; infecção hospitalar. 
Independentes: causas que originadas ou não da conduta, produzem por si só o resultado. Não são desdobramentos normais da conduta, o que costumeiramente ocorre.
Ex: a morte decorrente de pequeno ferimento num hemofílico. 
A teoria da equivalência dos antecedentes e seu juízo de eliminação hipotética, levam a responsabilidade do agente quando o resultado for produtode causas dependentes.
No tocante às causas independentes deve-se verificar se são absolutamente independentes ou relativamente independentes.
Absolutamente independentes: não possuem origem/ligação com a conduta e por si só levam ao resultado. O resultado ocorreria de qualquer modo, com ou sem a conduta realizada. Afasta-se o nexo de causalidade, não se podendo atribuir o resultado ao agente.
DIVISÃO DAS CAUSAS ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTES 
Preexistentes/anteriores: ex: atirar em alguém que já falecera momentos antes do disparo.
Concomitantes/simultâneas: ex: atirar em alguém que no momento exato do tiro, sofre um ataque cardíaco fulminante e que não tem relação com o disparo.
Posteriores/supervenientes: empregar veneno na vítima que é atropelada antes que o veneno faça efeito – o agente neste caso responde pelos atos praticados.
Relativamente Independentes: são causas que agregadas à conduta, conduzem à produção do resultado.
A presença de uma causa relativamente independente não exclui o nexo de causalidade.
Divide-se também em preexistente, concomitantes e supervenientes.
Preexistentes: ex: leve ferimento num hemofílico que o leva a morte.
Concomitantes: ex: atirar numa pessoa que ao receber o tiro sofre um ataque cardíaco, vindo a morrer – soma dos fatores leva ao resultado.
Supervenientes: vítima socorrida após o ataque, ocorrendo capotamento da ambulância, vem a morrer.
Apesar de em todos os casos de causas relativamente independentes existir nexo causal entre conduta e resultado, nem sempre ele será atribuído ao agente.
Necessidade de elemento de caráter subjetivo – deve-se verificar se a causa era por ele conhecida (responsabilização a título de dolo) ou, ao menos, previsível (indicativo de culpa).
Causas relativamente independentes supervenientes excluem a responsabilidade penal no tocante ao evento subsequente (13,§1º), somente se atribui o resultado por ele diretamente produzido.
Imputação Objetiva
Relação de imputação objetiva é inserida como elemento do fato típico pelo funcionalismo é um complemento em relação à causalidade.
Agregam-se outros requisitos à relação de causalidade para que o resultado não decorra de um procedimento lógico, mas também justo.
Critérios justos, não bastando a relação de causalidade para imputação do resultado.
São eles: criação de um risco juridicamente proibido e relevante; produção de risco no resultado; que o resultado se encontre na esfera de proteção do tipo penal.
DOLO E CULPA
DOLO – vontade de efetivar o fato previsto no tipo penal.
Trata-se de elemento subjetivo implícito da conduta – presente no fato típico doloso.
Teorias que conceituam o dolo: 
Da vontade: dolo é a vontade dirigida ao resultado (Carrara) – age dolosamente aquele que tendo consciência do resultado, pratica a conduta com a intenção de produzi-lo.
Da representação: haverá dolo quando o agente realiza a conduta ou omissão prevendo o resultado com certo ou provável (mesmo não o desejando) – Von Listz e Frank.
Não há distinção entre dolo eventual e culpa consciente.
Do consentimento ou assentimento: consentir na produção do resultado é o mesmo que o querer. Quem prevê o resultado e assume o risco de sua produção age dolosamente.
NO BRASIL: CP adota a teoria da vontade para o dolo direto e a do assentimento para o dolo eventual.
Elementos do dolo:
1- intelectual ou cognitivo: corresponde à consciência da conduta, do resultado e do nexo entre eles.
2- volitivo: vontade de realizar a conduta e produzir o resultado.
A consciência da ilicitude não pertence ao dolo, mas sim à culpabilidade
Dolo de primeiro grau – objetivo perseguido pelo agente.
Dolo de segundo grau/ de cosequências secundárias – meios escolhidos para a consecução do fim e as consequências secundárias ligadas ao meio escolhido.
Ex: terrorista que coloca bomba no carro de líder político e consegue a morte deste e do motorista.
Dolo direto de 2º grau x dolo eventual:
No de 2º grau as consequências secundárias são inerentes ao meio escolhido.
No dolo eventual, se verifica quando alguém assume o risco de produzir determinado resultado (embora não o deseje), o resultado não é inerente ao meio escolhido. O evento pode ou não ocorrer.
ESPÉCIES DE DOLO
Dolo direto ou imediato: ocorre quando o agente quer produzir o resultado – 1º e 2º graus.
Dolo indireto ou mediato: divide-se em eventual – (o agente não quer o resultado, mas com sua conduta assume o risco de produzi-lo) e alternativo (o agente quer produzir um ou outro resultado – matar ou ferir)
Dolo de dano: visa lesar o bem jurídico tutelado na norma penal.
Dolo de perigo:visa expor o bem jurídico a perigo, sem intenção de lesioná-lo.
Dolo natural ou neutro: é aquele que possui somente dois elementos- consciência e vontade – concepção dominante.
Dolo híbrido ou normativo: além dos dois elementos + consciência da ilicitude – teoria superada.
Dolo genérico: trata-se da vontade de concretizar os elementos do tipo penal.
Dolo específico: trata-se de intenção especial a que se dirige a conduta do agente em alguns crimes dolosos. Ex: 159.
Trata-se de elemento subjetivo específico do tipo.
Dolo geral: ocorre quando o agente pratica uma conduta visando um resultado e , após acreditar erroneamente tê-lo atingido, pratica nova conduta, o qual acaba por produzi-lo. 
Dolo geral x erro sobre o nexo causal ou com a figura da consumação antecipada:
No dolo geral existem duas condutas enquanto no erro sobre o nexo, há somente uma conduta (jogar vítima da ponte).
Consumação antecipada é o oposto do dolo geral – refere-se a situações em que o agente produz antecipadamente o resultado esperado, sem se da conta disso.
Ex: enfermeira que ministra sedativo ao paciente em alta dose e, após, envenená-lo mortalmente., descobre-se posteriormente que a morte se deu pela excessiva dose de sedativo e não pelo veneno ministrado posteriormente – responde por homicídio doloso.

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