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Direito Constitucional 
Prof. Fabio Tavares 
Matéria: Conceito de Constituição/ Processo Legislativo. 
28/02/2011 
1. Conceito de Constituição/ Concepção: A CF é concepcionada por 3 conceitos, são eles: 
1º Constituição Sociológica (Fedinard Lassare): A norma constitucional deve refletir a sua 
sociedade, sob pena da norma constitucional ser apenas um pedaço de papel em branco. 
Com isso identificamos que os fatores reais do poder de fato pertence à sociedade. 
 
2º Constituição Política (Carl Schimit): A norma constitucional irá atribuir os interesses do 
Estado e definir os direitos fundamentais. 
Obs.: Na concepção de Schimit tudo que estiver inserido no texto constitucional que não faça 
menção as atribuições do Estado e aos direitos fundamentais são leis com atribuições 
constitucionais. 
 
3º Constituição Jurídica (Hans Kelsen): A concepção jurídica de Hans Kelsen foi adotada pelo 
constituinte originário de 05/outubro/1988. 
Hans Kelsen desenhou um sistema fechado, representado por uma pirâmide, tendo por finalidade 
dar noção de um sistema escalonado (no ápice da pirâmide está a norma 
constitucional/supremacia e abaixo as normas infraconstitucionais/sem supremacia, no qual 
correspondem a todos os atos do Art. 59, II até VII, da CF). Obs.: As emendas constitucionais 
são normas dotadas de supremacia. 
 
Exs. de regulamentos: Portarias, Cartas de Ordem e Decretos de Regulamentação e etc. 
 
Os regulamentos estão abaixo das leis, logo um regulamento somente será criado via comando 
de lei. Todos os regulamentos estarão subordinados ao comando de uma lei, sob pena da 
ilegalidade (e não inconstitucionalidade). 
 
 
 
A concepção jurídica denuncia que a norma constitucional é a lei hipoteticamente fundamental. 
 
 
2. Processo Legislativo (Art. 59, da CF): É formado por 7 espécies (uma espécies dotada de 
supremacia e seis espécies desprovidas de supremacia). 
- Emendas Constitucionals (norma suprema); 
- Lei Complementar; 
- Lei Ordinária; 
- Lei Delegada; 
- Resoluções; 
- Decretos Legislativos; 
- Medidas Provisórias. 
 
Art. 59 – “O processo legislativo compreende a elaboração de: 
I - emendas à Constituição; 
II - leis complementares; 
III - leis ordinárias; 
IV - leis delegadas; 
V - medidas provisórias; 
VI - decretos legislativos; 
VII - resoluções.” 
 
Fases do Processo Legislativo: 
1ª Fase da Iniciativa: É o momento da propositura onde identificamos o legitimado 
constitucional dos projetos de leis em sentido lato. 
2ª Fase Deliberativa: Discussão que nos levará à aprovação ou rejeição dos projetos leis em 
sentido lato. Sendo possível a sanção ou o veto. 
3ª Fase Complementar: Representada por 2 institutos – promulgação e publicação. 
 
3. Espécies Legislativas: 
a) Proposta de Emendas Constitucionais (PEC): 
a.1) Iniciativa: Presidennte da República; 1/3 da Câmara; 1/3 do Senado; 1/2 das Assembleias 
Legislativas. 
O Presidente é um orgão singular e os demais legitimados tem iniciativa colegiada. 
 
a.2) Deliberativa: A PEC será discutida em cada caso do Congresso Nacional, em 2 turnos e 
aprovada pelo quorum qualificado de 3/5 dos seus membros. 
Obs.: O único ato legislativo do Art. 59, da CF que será deliberado em 2 turnos e aprovados pelo 
quorum qualificado de 3/5 serão as EC – por 2 motivos: 
I. Um ato dotado de supremacia. 
II. E materializa a rigidez constitucional – que é uma classificação ligada a mutabilidade 
(elasticidade/ flexibilidade). 
 
a.3) Complementar: Após aprovação a EC será promulgada pelas mesas da Câmara e do 
Senado. 
Promulgação/conceito: É o ato de ratificar, atestar, dizer ao mundo jurídico que uma espécie 
normativa acaba de nascer. Obs.: Sem a promulgação não se atesta a publicação. 
Mesa da Câmara e Mesa do Senado: As mesas são formadas pelo o seu Presidente, 1º Vice 
Presidente, 2º Vice Presidente e 4 Secretários. 
 
 
Ato contínuo: a Emenda será publicada no Diário Oficial da União. 
 
Obs.: É vedado a sanção e o veto em EC. 
 
Disposições Gerais das Emendas Constitucionais: 
1º Criação: Serão criadas pelo poder constituinte derivado, que é um poder de direito e que 
apresenta os seguintes caracteres: 
- poder limitado; 
- condicionado; 
- subordinado. 
 
O poder constituinte derivado foi criado pelo poder constituinte originário, que tem o poder de 
criar todas as normas constitucionais, em outras palavras tem o poder “de inovar o ordenamento 
jurídico constitucional”. 
 
2º Poder Constituinte: Existem 2 poderes como já vimos – originário e derivado. Sendo que, o 
poder constituinte derivado é um poder de direito (limitado, condicionado e subordinado) e o 
poder constituinte originário é um fato (inicial, limitado, incondicionado e adotado de 
autonomia/insubordinado). Obs.: Quem dá as regras “do jogo” é o originário e o derivado 
apenas segue. 
 
O poder constituinte originário cria a própria CF, através de 2 mecanismos – poder constituinte 
originário histórico e o poder constituinte originário revolucionário. 
- Poder constituinte originário histórico: Só cria a 1ª CF/ 1824. 
- Poder constituinte originário revolucionario: Para criar as demais Constituições – 1891; 
1934; 1937; 1946; 1967 e 1988. 
Obs.: Existe uma discussão doutrinária sobre a de 1969. O Prof. e a OAB adotam o seguinte 
posicionado – a de 69 é uma Emenda Constitucional, baseada na CF/67. Já alguns doutrinadores 
afirmam que trata-se de uma Constituicão. 
 
O poder constituinte derivado é um poder de direito que tem o poder de reformar o próprio texto 
constitucional via EC. 
 
3º Limitações do Poder de Emendas: 
3.1 Limitações Materiais (matéria): Conforme o Art. 60, p.4º, da CF não serão objeto de 
deliberações as propostas de Emendas tendentes a abolir – Pacto Federativo, Separação dos 
Poderes, Voto (direto, secreto, universal e periódico), Direitos e Garantias Individuais. São as 
chamadas cláusulas pétreas. 
A expressão abolir tem duplo sentido – de extermínio ou de reduzir. Obs.: As limitações 
materiais traduz o que é uma cláusula pétrea. A federação (Arts. 1º e 18, da CF), voto (direto, 
secreto, universal e periódico – Arts. 14, 15 e 16), separação dos poderes (Arts. 2º, 44, 51, 52, 84 
e 92) e os direitos e garantias individuais (Art. 5º e outros) são cláusulas petreas.

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