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Casos Concretos das semanas 9 a 16 de Direito Constitucional II

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Casos Concretos das semanas 9 a 16 de Direito Constitucional II - 4º período - Universidade Estácio de Sá
DIREITO CONSTITUCIONAL II - CCJ0020
Título
SEMANA 9
Descrição
Câmara de Vereadores da Cidade aprovou lei que torna obrigatório a prestação do serviço
militar por 3 anos, antiga reivindicação do “Movimento Cidade Segura”, sediado naquela
localidade. Uma vez encaminhada para o gabinete do Prefeito ele alega estar em dúvida
quanto à sua constitucionalidade e a obrigatoriedade de sua aplicação. Chama a
Procuradoria Geral do Município para um parecer.
Você é o (a) Procurador Geral do Município. Como orientaria o Prefeito?
Pode o Prefeito negar a aplicação da lei por inconstitucionalidade?
Desenvolvimento
Caso Concreto – Semana 9 - Dir. Constitucional II – 4º Período
Janderson Miranda
1 – a) O Prefeito deve ser orientado quanto à completa inconstitucionalidade da citada lei municipal, inconstitucionalidade essa do tipo formal orgânica, pois trata-se de competência privativa da União.
b) Sim, o Prefeito pode negar a aplicação da lei alegando a sua inconstitucionalidade. Segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal e da doutrina majoritária, o Chefe do Executivo, como aplicador da lei, está, pelo Princípio da Legalidade, vinculado à observância da lei e da Constituição, desse modo, se entender que determinada lei contrária a Carta Magna, não só pode como deve dar preferência à aplicação desta. Essa posição não é pacífica, existindo uma minoria que não admite tal prática na vigência da atual Constituição, pois esta confere legitimação ao Chefe do Executivo para propor Ação Direta de Inconstitucionalidade.
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DIREITO CONSTITUCIONAL II - CCJ0020
Título
SEMANA 10
Descrição
A Empresa Brasileira de Tecnologia é uma estatal que pesquisa e produz tecnologias de
ponta para o Brasil. Grande orgulho nacional, é também grande empregadora, social e
ambientalmente responsável, tendo sido classificada como uma das 10 melhores
empresas para se trabalhar no mundo. Este ano ela vai completar 10 anos de fundação.
Após algum debate sobre a conveniência, ou não, de um evento comemorativo, o
Governo Federal decide por realizar uma grande festa pública com shows gratuitos,
emissão de selo comemorativo pela ETC (Correios), criação e entrega de um prêmio
?mentes pensantes? para pessoas que se destacaram na área na última década. Ocorre que
o debate sobre a realização do evento deixou pouco tempo para organizar tudo. Assim,
como a situação era urgente e a causa relevante, o Governo Federal decide emitir uma
Medida Provisória para dispensar as licitações da empresa de produção dos shows, da
festa de premiação e ainda para permitir empenho de despesas mesmo sem comprovação
prévia.
Um parlamentar a oposição considera absurdo a contratação sem licitação e chama seu
escritório de advocacia para ajudar.
É cabível a edição de MP neste caso?
Desenvolvimento
Caso Concreto – Semana 10 – Dir. Constitucional II – 4º Período
Janderson Miranda
1 –          No caso citado, não é cabível a edição de Medida Provisória.
                Em princípio, a competência para aferição dos pressupostos constitucionais da relevância e urgência, justificadores da edição da MP, é do Chefe do Executivo. Porém, questiona-se se há discricionariedade do Presidente da República ou se o Legislativo e o Judiciário podem fiscalizar a presença de tais pressupostos.
                Nas lições de Paulo e Alexandrino, o tema deve ser analisado da seguinte forma (Direito Constitucional Descomplicado. 16ª ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2017), ipsis verbis:
“A questão foi objeto de grande discussão também no âmbito do STF, tendo a Corte firmado orientação de que a aferição dos pressupostos de relevância e urgência tem caráter político, ficando sua apreciação, em princípio, por conta do Chefe do Executivo (no momento da adoção da medida) e do Poder Legislativo (no momento da apreciação da medida).
Todavia, se uma ou outra, relevância ou urgência, evidenciar-se improcedente, no controle judicial, o Poder Judiciário deverá decidir pela ilegalidade constitucional da medida provisória.”
                Sendo assim, há evidente inexistência dos pressupostos constitucionais para edição da medida provisória, a relevância e a urgência, uma vez que a comemoração é do 10º ano de criação da empresa estatal, ou seja, houve tempo suficiente para se planejar uma festa, tornando a medida provisória totalmente inconstitucional.
PS1: Entendo haver um erro na questão no que tange ao Direito Administrativo. A lei de licitações, nº 8.666/93, prevê que há inexigilidade da licitação para contratação de shows artísticos, conforme disposto em seu art. 25: “É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial: III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública”.
                Desse modo, não há que se falar em “dispensa” de licitação para contratação de artista, pois, como vimos, não há necessidade alguma de se fazer licitação para tais casos, tendo em vista a inviabilidade de competição.
PS2: A sigla correta é ECT - Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. :)
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DIREITO CONSTITUCIONAL II - CCJ0020
Título
SEMANA 11
Descrição
Prova: 31º Exame de Ordem - 1ª fase
1- Os cargos de Ministro do S.T.J. devem ser providos por:
1. Brasileiros natos;
2. Brasileiros;
3. Brasileiros natos e portugueses equiparados;
4. Brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil.
2 - A Constituição Federal estabelece que o Estatuto da Magistratura deve observar
princípios constitucionais expressos, entre os quais a vedação à promoção do juiz que:
a) tiver idade inferior a 35 (trinta e cinco) anos.
b) estiver abaixo de outro juiz em lista de antiguidade na carreira.
c) possuir menos de 10 (dez) anos de efetivo exercício de função pública.
d) figurar por três vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento.
e) retiver, injustificadamente, autos em seu poder além do prazo legal, não podendo
devolvê-los ao cartório sem despacho ou decisão.
Caso concreto:
Governador do Estado de Marués foi citado na delação premiada da empresa LUCH S/A
e é acusado de receber vantagens indevidas. A denúncia foi recebida no STJ e a defesa do
Governador, invocando o Princípio da Simetria, a Assembleia Legislativa do Estado
precisaria autorizar o início do processo contra o Governador no STJ, tal qual o
Congresso Nacional precisa autorizar o processo contra a Presidência da República no
STF.
A defesa está correta? Aplica-se o Princípio da Simetria neste caso?
Desenvolvimento
Caso Concreto – Semana 11 – Dir. Constitucional II
Janderson Miranda
QUESTÕES OBJETIVAS
1 – (b)
2 – (e)
QUESTÃO DISCURSIVA
1 – A defesa, em princípio, não está correta. Conforme interpretação da maioria, não há necessidade de autorização prévia da Assembleia Legislativa para ter início o processo contra o Governador, pois não se aplica, nesse caso, o Princípio da Simetria.
                No entanto, segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, esse tipo de imunidade formal pode sim ser estendido aos Governadores, havendo a necessidade de prévia autorização de dois terços da Assembleia Legislativa ou Câmara Distrital para o processo e julgamento.
   
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DIREITO CONSTITUCIONAL II - CCJ0020
Título
SEMANA 12
Descrição
Prova: 32º Exame de Ordem - 1ª fase - Caderno X
1 - Assinale a opção corretano que se refere ao regime da repartição constitucional
de competências entre os órgãos da função jurisdicional.
1. Ao STF compete processar e julgar, originariamente, mandados de segurança
contra ato do presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do
Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do procurador-geral da
República, dos ministros de Estado e do próprio STF.
2. Ao STF compete julgar, em grau de recurso ordinário, habeas corpus e
mandados de segurança decididos em única ou última instância pelos tribunais
superiores, se denegatória a decisão.
3. Ao Superior Tribunal de Justiça compete julgar, em grau de recurso
ordinário, habeas corpus e mandados de segurança decididos em única ou última
instância pelos tribunais regionais federais (TRFs) ou pelos tribunais dos estados,
se denegatória a decisão.
4. Aos TRFs compete processar e julgar, originariamente, os mandados de
segurança impetrados contra ato de juiz federal ou contra ato do próprio tribunal.
2- O controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do
cumprimento dos deveres funcionais dos juízes é competência constitucionalmente
atribuída ao:
a) Tribunal de Contas da União.
b) Supremo Tribunal Federal.
c) Superior Tribunal de Justiça.
d) Conselho Nacional de Justiça.
e) Conselho da Justiça Federal.
Caso concreto:
A constituição do Estado de Muriapá em seu artigo 8.º determina que em caso de crime
de responsabilidade, o Governador será julgado pela Assembleia Legislativa local.
Analise o referido dispositivo legal.
Desenvolvimento
Caso Concreto – Semana 12 – Dir. Constitucional II
Janderson Miranda
QUESTÕES OBJETIVAS
1 – (c)
2 – (d)
QUESTÃO DISCURSIVA
1 – O referido dispositivo não está correto, pois o governador de estado será processado e julgado pela prática de crime de responsabilidade por um tribunal especial, indicado na Lei 1079/50, que dispõe que esse tribunal será composto por 10 membros, sendo 5 parlamentares e 5 desembargadores.
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DIREITO CONSTITUCIONAL II - CCJ0020
Título
SEMANA 13
Descrição
1 - Determinado projeto de lei de iniciativa do Supremo Tribunal Federal é
primeiramente discutido, votado e aprovado sem emendas no Senado Federal, seguindo
para a Câmara dos Deputados, onde também é discutido, votado e aprovado sem
emendas, sendo então enviado ao presidente da República, para sancioná-lo ou vetá-lo no
prazo de 15 dias úteis, contados das datas do recebimento. Todavia, o Presidente da
República resta silente, sendo, pois, o projeto considerado vetado. Considerando
exclusivamente os aspectos mencionados, nessa situação foram:
a) Desrespeitadas apenas as regras constitucionais quanto ao prazo para sanção ou veto e
quanto aos efeitos do silêncio do Presidente da República;
b) Desrespeitadas apenas as regras constitucionais quanto à ordem de votação entre as
casas legislativas e quanto aos efeitos do silêncio do Presidente da República;
c) Respeitadas as regras constitucionais quanto ao processo legislativo;
d) Desrespeitadas as regras constitucionais quanto à ordem de votação entre as casas
legislativas, quanto ao prazo para sanção ou veto e quanto aos efeitos do silêncio do
Presidente da República.
2 - O Presidente da República expede Decreto com o fim de regulamentar determinada lei
federal. No entanto, o Decreto acaba por criar determinada obrigação não prevista na lei
regulamentada. Em tal hipótese, o Congresso nacional:
a) Poderia revogar todo o Decreto, por meio de Resolução;
b) Poderia revogar a parte do Decreto que criou a obrigação não prevista na lei, por meio
de Resolução;
c) Poderia sustar a parte do Decreto que criou a obrigação não prevista na lei, por meio
de Decreto Legislativo;
d) Nada poderia fazer em relação ao Decreto, em respeito ao principio da separação dos
poderes.
Caso concreto:
Morador de São Paulo ajuizou Ação em face da União, no Justiça Federal local e perdeu
e Recorreu ao TRF. Ocorre que os funcionários do TRF entraram em greve. Como a sua
causa era urgente, ajuizou paralelamente um mandado de segurança, com pedido de
liminar dirigido ao CNJ.
O referido procedimento está correto?
Desenvolvimento
Caso Concreto – Semana 13 – Dir. Constitucional II
Janderson Miranda
QUESTÕES OBJETIVAS
1 – (b)
2 – (c)
QUESTÃO DISCURSIVA
1 – O referido procedimento está incorreto. O Conselho Nacional de Justiça é órgão eminentemente administrativo, com funções meramente administrativas, não dispondo de funções jurisdicionais, muito menos de competência para fiscalizar a atuação jurisdicional dos juízes, sendo-lhe vedado interferir, fiscalizar, reexaminar, ou suspender os efeitos de qualquer conteúdo jurisdicional.
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DIREITO CONSTITUCIONAL II - CCJ0020
Título
SEMANA 14
Descrição
32º Exame de Ordem - 1ª fase - Caderno X
1 - Nos termos do art. 62 da Constituição Federal, com a redação que lhe foi dada
pela Emenda Constitucional nº 32, as medidas provisórias:
1. Não podem ser reeditadas na mesma sessão legislativa, perdendo sua
eficácia, automaticamente, quando completados 60 dias de vigência, vedada a
prorrogação em qualquer hipótese.
2. Não podem ser reeditadas na mesma sessão legislativa, mas o seu prazo
inicial de vigência, de 60 dias, será prorrogado, uma única vez, por mais 60 dias.
3. Podem ser reeditadas pelo presidente da República tantas vezes quantas
sejam necessárias até que o Congresso Nacional delibere sobre as mesmas.
4. Não podem sofrer reedição, nem prorrogação, perdendo sua eficácia se,
completado o prazo de 60 dias, não tiverem sido convertidas em lei.
2- Considerando as normas constitucionais sobre processo legislativo, assinale a opção
correta:
A) São de iniciativa privativa do presidente da República as leis que disponham sobre o
aumento de remuneração dos cargos, funções e empregos na administração direta e
autárquica.
B) A iniciativa popular de lei pode ser exercida pela apresentação, à Câmara dos
Deputados ou ao Senado Federal, de projeto de lei subscrito por, no mínimo, 1% do
eleitorado nacional, distribuído, pelo menos, por cinco estados.
C) A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro da Câmara
dos Deputados ou do Senado Federal. As comissões permanentes de ambas as casas
podem discutir e votar projetos de lei que dispensarem a competência do plenário, mas
não têm o poder de apresentar tais projetos para dar início ao processo legislativo.
D) A emenda à CF será promulgada, com o respectivo número de ordem, pelo presidente
do Senado Federal, na condição de presidente do Congresso Nacional. Se a promulgação
não ocorrer dentro do prazo de quarenta e oito horas após a sua aprovação, as mesas da
Câmara dos Deputados e do Senado Federal deverão fazê-lo.
Caso concreto:
A multinacional japonesa CONIMAX – Petróleo S/A entende que não são devidos os
pagamentos dos royalties advindos da exploração petrolífera no Estado de Marupiaçu.
Por isto ajuizou uma Ação com pedido de liminar para isentar-se do referido encargo. O
governador do Estado solicita uma audiência com o magistrado responsável aduz as suas
razões, mas a multinacional consegue uma liminar favorável. Como forma de pressionar
o por uma decisão favorável ao Estado, o Governador então, não repassa os valores
relativos àquele mês para o custeio do Tribunal (deixando sem salários servidores, juízes
e desembargadores) alegando falta de verbas, uma vez que o Tribunal lhe retirara os
royalties.
Considerando a situação fictícia acima, responda:
Está correta a atitude do Governador?
Desenvolvimento
Caso Concreto – Semana 14 – Dir. Constitucional II
Janderson Miranda
QUESTÕES OBJETIVAS
1 – (b)
2 – (c)
QUESTÃO DISCURSIVA1 – A atitude do Governador está completamente equivocada, pois há clara tentativa de influir na autonomia e independência do Judiciário para o imparcial exercício da Jurisdição, sendo, inclusive, tal ato motivo para a decretação de intervenção federal, caso não seja cessada a coação.
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DIREITO CONSTITUCIONAL II - CCJ0020
Título
SEMANA 15
Descrição
1- (CESGRANRIO/Advogado-SEMSA-Manaus/2005) A fiscalização financeira e
orçamentária do Município será exercida pelo:
(A) Tribunal de Contas da União.
(B) Órgão de controle externo federal.
(C) Chefe do Poder Executivo estadual.
(D) Poder Judiciário.
(E) Poder Legislativo municipal e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo
municipal.
2- (CESGRANRIO/Advogado-BNDES/2004) Sobre o Tribunal de Contas da União, é
correto afirmar que:
(A) pratica atos de natureza legislativa.
(B) constitui órgão integrante do Poder Judiciário.
(C) exerce função judicante e suas decisões produzem coisa julgada.
(D) é composto por Ministros aprovados em concurso público para o exercício do cargo.
(E) pode tomar decisões de que resulte imputação de multa, com eficácia de título
executivo.
Caso concreto:
Os filhos de um fazendeiro da cidade de Caraupi, voltando de uma noite de balada na
cidade avista uma pessoa dormindo no ponto de ônibus. Ambos carregavam armas de
fogo e resolvem atirar contra o ponto de ônibus a fim de assustar a pessoa que lá dormia.
No entanto, um tiro atinge a pessoa que vem a morrer. Posteriormente descobre-se que a
vítima fatal era um índio que viera à cidade para pegar seus documentos e perdera o
ônibus para voltar para casa.
Com base nessa situação, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos
jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso.
1. A quem compete julgar esse caso?
2. Qual é o fundamento do art. 109, IX, da Constituição da República?
3. Caso o juiz federal entendesse ser incompetente para julgar esse caso e encaminhasse
os autos ao juiz de direito e este também entendesse ser incompetente, a quem caberia
decidir qual o juízo competente? Por quê?
Desenvolvimento
Caso Concreto – Semana 15 – Dir. Constitucional II
Janderson Miranda
QUESTÕES OBJETIVAS
1 – (e)
2 – (e)
QUESTÃO DISCURSIVA
1 – a) Compete à Justiça Estadual, uma vez que não há, no caso em tela, disputa sobre direitos indígenas, mas agressão a direito individual. Esse é o entendimento do STF, que adotou posição do STJ, em julgamento no qual se firmou pela competência da Justiça Federal apenas para o processo e julgamento das demandas sobre direitos indígenas.
b) Com certeza há erro na citação do inciso IX, art. 109 da CF, pois este trata da competência da Justiça Federal para o julgamento de crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a competência da Justiça Militar. Provavelmente a questão quis se referir ao inciso XI, art. 109, da CF, que diz ser competência da Justiça Federal julgar a disputa sobre direitos indígenas.
                O fundamento do referido inciso encontra-se na proteção pela União das terras indígenas, conforme disposto no artigo 231 da CF.
c)  Essa decisão caberia ao Superior Tribunal de Justiça, conforme disposto no artigo 105, I, g, da CF.
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DIREITO CONSTITUCIONAL II - CCJ0020
Título
SEMANA 16
Descrição
O TCU ao julgar as contas da empresa estatal federal ENTREMAX, decidiu que havia
uma “maquiagem” na contabilidade com o fim de esconder um grande desvio de dinheiro
público. Como a sessão de julgamento foi transmitida pela internet, considerou em sua
sentença que houve total respeito aos princípios da ampla defesa, porquanto condenou os
diretores da empresa a penas privativas de liberdade e multas.
Analise justificadamente a afirmação.
Desenvolvimento
Caso Concreto – Semana 16 – Dir. Constitucional II
Janderson Miranda
1 – A decisão do TCU está completamente equivocada. A simples publicidade do ato não assegura, por si só, o respeito aos princípios da ampla defesa e o referido tribunal não tem competência para aplicação de penas privativas de liberdade.

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